Love & Sin escrita por Thais


Capítulo 15
Capítulo 14 - Katniss


Notas iniciais do capítulo

olá *-*

Boa leitura e espero que gostem!



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O vento e a chuva rasgavam os céus escuros, jogando verdadeiros rios contra as janelas de casa. Odiava chuva desse jeito. Chuva é boa, eficaz, mas, em grande quantidade e desta forma não era nada agradáveis para mim. Eu sei que não deveria reclamar de nada disso, afinal tenho uma casa, que ganhei de graça. Mesmo que às vezes quando eu ando quebro a madeira do chão e acabo caindo de cara no mesmo. Enquanto lavava algumas roupas na pia colei o desenho que Kristen me deu na geladeira. Na sala havia duas goteiras e eu já havia colocado um balde lá e esvaziado duas vezes.

A minha cozinha é simples e nem tem como comparar ela com a da minha casa ou da casa em que morava com Marvel. Aquela mesa era enorme; porém, aqui nesta casa, a mesa era pequenina assim como as cadeiras

Pela janela, pude ver Glimmer apagando as luzes de casa e saindo. Abri a porta da frente e ela estava vindo em minha direção, pulando para se desviar das poças de água e com uma garrafa de vinhos em mãos.

– Acho que agora entendo como Noé se sentia. Estou ensopada! Fora o fato de metade de a minha cozinha estar cheia de poças d’água.

– Nem me fale – digo, abrindo espaço para ela entrar – estou cheia dessa merda de chuva. Tenho duas belas goteiras na sala.

– Lar, doce lar, não é mesmo? Aqui está – ela disse me entregando a garrafa – não vejo a hora de acabar com ela.

– Teve um dia difícil?

– Você nem imagina o quanto.

Coloquei o vinho na mesa, peguei as taças e tirei a pizza do fogo. Não era nada boa como cozinheira, mas quando Peeta trouxe as coisas aqui, trouxe duas caixas de pizza para assar.

Ah, Peeta ele é tão...

– Isso parece muito bom – sou tirada dos meus devaneios com Glimmer quase berrando – eu não comi nada hoje.

– Deve estar bom mesmo, foi ele em que... – gaguejo – quero dizer, pode comer.

– Hummm... está bom mesmo – ela diz, com a boca cheia – meu dia foi uma grande bosta hoje.

– Aconteceu alguma coisa?

– Eu te conto depois. Primeiro preciso de vinho. E você? O que fez hoje?

– Nada de mais. Passei à tarde na clinica.

– Muito bom.

Coloquei a garrafa entre as pernas e abri, servindo em seguida.

– Mas falando serio agora, obrigada por me receber – Glimmer começou – Você não faz idéia de quanto tempo estou esperando por isso.

– É mesmo?

– Não faça isso.

– Não faça o que? – perguntei.

– Não finja estar surpresa pelo fato de eu vir aqui. Amigas é para essas coisas – ela suspirou, alevantando uma das sobrancelhas – confie em mim quando digo que considero você uma amiga. De maneira sincera e absoluta.

Ela deixou as palavras no ar antes de prosseguir – Então, que tal um pouco de vinho agora.

[...]

Finalmente ao anoitecer a chuva parou. O céu assumiu uma tonalidade diferente e ar se tornou frio. Glimmer e eu ficamos lá fora.

Enquanto ela devorava alguns doces, as memórias afloravam em minha cabeça. Pensei em meus pais, pensei em Prim e quanto sentia sua falta. Ela estava bem eu sabia disso, mas mesmo assim queria ela comigo. Agora. Lembrei de todos os momentos e por um momento as lágrimas quase caíram. Mas não iria chorar de maneira alguma.

Glimmer fez poucas perguntas. Em vez disso, ficou olhando o nada junto comigo enquanto comia sem parar.

Voltei para cozinha e tomei um gole do vinho que restava. A bebida desceu queimando pela minha garganta, me deixando tonta em seguida. Estava mesmo feliz. Tinha uma amiga agora, por mais estranha que ela fosse, era minha amiga.

– Você está bem? – Glimmer perguntou.

– Estou ótima – respondi – estava só pensando... estou feliz por você ter vindo.

Ela soltou uma risada e me olhou em seguida – Acho que alguém andou bebendo demais aqui.

– Eu também acho.

– Katniss – Glimmer apontou para a porta – acho que tivemos visitas.

– Como assim?

– Há uma bicicleta lá fora.

Sai pela porta e quando a abri havia realmente uma bicicleta encostada na árvore.

– De quem é isso? – perguntei.

– Não sei.

– Você ouviu alguém chegando?

– Não. Mas acho que alguém a deixou pra você. Está vendo? Aquilo ao redor do guidão não é um laço de fita?

Inclinei-me para frente e pude enxergar um laçinho de fita verde. A bicicleta tinha uma cestinha na frente, atrás havia um cadeado junto com as chaves e até que era bem bonitinha.

– Por que infernos alguém me daria uma bicicleta?

– Por que você fica me fazendo essas perguntas? Não faço a menor idéia do que está acontecendo.

Descemos as escadas para rua. Embora maior parte das poças já tivesse secado, o gramado ainda estava encharcado e molhou todo os meus pés. Deslizei os dedos sobre as fitinhas e junto delas havia um cartão. Suspirei tremendamente irrita quando soube de quem era.

– Foi Peeta – digo.

– Peeta? O cara da clinica?

– Sim, ele em pessoa.

– O que diz o cartão?

Balancei a cabeça, tentando compreender o que estava escrito antes de entregá-lo para Glimmer ler. Imaginei que você gostaria dela. – PM.

Glimmer me entregou o cartão e sorria sarcasticamente para mim.

– O que foi? – pergunto nervosa.

– Acho que isso significa que ele está tão interessado em você como você está interessada nele.

– Não estou interessada em ninguém!

– É claro que não – disse ela piscando o olho – por que estaria? 


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