Love & Sin escrita por Thais


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

oi oi

boa leitura :3



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POV Katniss

Saímos correndo em direção do carro. Nossos guarda-chuvas pareciam que iriam voar a qualquer momento. Os relâmpagos continuavam a riscar o céu, iluminando o mesmo. Quando finalmente entramos no carro, passei a mão no vidro para desembaçá-lo

– Não achei que o tempo fosse ficar desse jeito quando sai de casa – digo.

– Ninguém imagina até a tempestade começar. Muitas vezes falam que “o céu vai cair” na previsão do tempo, mas quando uma chuva realmente forte cai, as pessoas estão desprevenidas. Se não for tão ruim quanto à televisão previu, nós reclamamos. Se for pior do que esperávamos, nós reclamamos, também, porque as previsões geralmente são erradas. Enfim, acho que reclamamos de tudo.

– Como aquelas pessoas na padaria?

Ele assentiu, abrindo um sorriso torto – Mas elas são boas pessoas, em maioria. Qualquer um que estava ali poderia cuidar da loja pra mim se eu pedisse a eles e tenho certeza de que não faltaria nenhum centavo no caixa. É assim que as coisas funcionam nesta cidade. E olha que eu demorei um pouco pra me acostumar com tudo isso.

– Você não é daqui?

– Minha esposa era. Eu nasci em New York. Quando me mudei pra cá, me lembro de pensar que nunca conseguiria morar em um lugar como este. Afinal, é apenas uma cidade pequena no sul do país. Demora um pouco pra se acostumar. Mesmo assim, depois de um tempo, você começa a sentir certo carinho pelo lugar. Está cidade me ajuda a manter atenção naquilo que é importante.

– E o que é importante?

Ele deu de ombros – Depende de cada um, não é mesmo? Mas o que é importante são meus filhos. Está cidade é o lar deles, e depois do que eles passaram, precisam de estabilidade. Depois de tudo, de todas as perdas, a loja e a clinica ficaram pra mim. Tirar as crianças daqui não seria a melhor opção.

Ele ficou em silêncio, deveria estar envergonhado depois de falar tanto.

– Então, está gostando daqui?

– Sim.

– Da uma longa caminhada, não é?

– Não é tão ruim assim – retruquei.

O caminho já era longo, chovendo então só se alongava mais. Peeta de vez em quanto me olhava de canto e sorria. Não havia sorrido ainda e confesso que não estou com vontade mínima de fazê-lo.

– Ela gosta de você – ele quebra o silêncio – Kristen.

– Eu também gosto dela. Ela tem uma personalidade linda.

– Vou dizer isso a ela. Obrigada.

– Quantos anos ela tem?

– Cinco. Quando o outono chegar e ela começar a ir para escola, eu não sei o que vou fazer. A loja vai ficar muito silenciosa.

– Você vai sentir falta dela pelo visto.

Peeta assentiu – Vou sim, e muito.

Enquanto ele falava, a chuva continuava a castigar as janelas do carro. O céu se ilumina nos meio dos relâmpagos e clarões como se fosse iluminado por milhares de lâmpadas.

Olhei pela janela do lado do passageiro, perdida em meus pensamentos. Ele esperou eu quebrar o silêncio.

– Por quanto tempo foi casado? – perguntei, finalmente.

– Cinco anos. Namoramos antes disso.

– Ah sim.

– Chegamos Catnip.

– Chegamos – digo, ignorando o fato de ele ter errado meu nome.

– Eu vou levar as compras para você.

– Você não precisa fazer isso.

– Mas eu vou mesmo assim – ele disse, saindo do carro antes que eu pudesse reclamar. Pegou as sacolas e saiu correndo para varanda.

– Obrigada – digo, devolvendo o guarda-chuva que ele me emprestou.

Peeta balançou a cabeça negativamente – Fique com ele por um tempo, ou para sempre. Não tem importância. Você caminha bastante, então vai precisar dele.

– Eu posso pagar por ele... – comecei.

– Katniss não se preocupe. Pode ficar mesmo.

– Mas não é da loja?

– Na verdade esse daí é da clinica. Mas se está tão incomoda, pode me levar o dinheiro da próxima vez que passar lá.

– Peeta, eu to falando sério e...

– Eu só quero de ajudar, está bem Katniss? Esse é meu dever com você.

Demorei um pouco pra responder, aliás, depois disso nem sabia o que exatamente falar – Obrigada – sussurro. Seus olhos, que agora haviam assumido um tom azul-escuro, estavam fixos nos meus – E obrigada por me trazer até em casa.

Ele abriu um sorriso e depositou um beijo em minha testa – Estarei aqui sempre que precisar.

[...]

POV Peeta

O que fazer com as crianças? Aquela era a pergunta recorrente e impossível de responder que eu enfrentava todo fim de semana; como de costume, não sabia o que fazer com eles.

Com a tempestade caindo furiosamente, qualquer atividade ao ar livre poderia ser cortada. Bom, eu poderia levá-los ao cinema, mas essa semana nenhum filme legal em cartaz. Poderia deixá-los jogados e fazendo qualquer coisa, porém são crianças e sei que nada disso daria certo.

Sento em uma poltrona qualquer e fico observando a chuva cair. Katniss continua meio desconfiada e parece realmente que algo a incomoda. Isso me irrita algumas vezes, mas logo passa. Talvez só de olhar para aqueles olhos cinza, qualquer tipo de incomodo passe. Desço as escadas e encontra Alex e Kristen vendo T.V entediados, até que uma idéia surge.

– Ei, crianças tive uma idéia – digo sorrindo – vamos fazer algo para Katniss?


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