Love & Sin escrita por Thais


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

capítulo novo

Boa leitura *-*



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A manhã de sábado chegou trazendo céu azul, porém logo as nuvens começaram se formar. Cinzentas e pesadas, elas se formaram e agruparam ao mesmo tempo em que o vento soprava cada vez mais forte. A temperatura começou a cair, e quando eu sai de casa, tive que vestir uma blusa de moletom. A clinica ficava a cerca de dois quilômetros de minha nova casa, mas precisava de aproximadamente meia hora de caminhada até chegar lá.

 Apressei meus passos para poder chegar lá antes da chuva. Depois de quase me matar andando finalmente chego. Uma menininha fica me encarando de cima pra baixo. Assim como Peeta, ela tem olhos azuis e até me lembra um pouco ele.

– Oi – ela diz, com a voz baixa.

– Oi – digo, me sentando ao seu lado.

– Quem é você?

– Katniss, e você?

– Kristen.

– Ah senhorita Katniss – ela me olha confusa – porque você vem a pé pra cá?

– Por que não tenho um carro.

– Porque não?

“Por que não tenho habilitação”, pensei. “E eu também mal tenho dinheiro pra comer, como vou ter um carro?” – Bem, vou lhe dizer o que vou fazer. Vou pensar em comprar um, certo?

– Certo – disse ela. E estendeu um desenho pra mim – Você gostou do meu desenho?

– Está bonito. Você fez um ótimo trabalho.

– Obrigada. Vou lhe dar essa folha quando terminar.

– Não precisa fazer isso.

– Eu sei – disse ela, meio cabisbaixa – mas eu quero que você fique com ela.

Sorrio e alevanto – está bem então.

– Tudo bem.

Saio e dou uma volta pela clinica. Pelo visto estou na área a onde as crianças ficam se é que existe uma parte apenas paras as crianças ficarem. De longe vejo Peeta que acena pra mim e, embora não fizesse sentido, essa é a primeira vez em que eu realmente presto atenção nele. Seu cabelo é loiro, mas não totalmente. Tinha olhos azuis claros e estatura media, porém era forte. Seus ombros eram mais largos do que a cintura, e seu sorriso era extremamente lindo.

– Oi Katniss. Como está?

– Estou bem. E você?

– Tudo tranqüilo – disse ele, abrindo um sorriso – Tem uma coisa pra mostrar pra você.

– O que é?

– Vem cá.

Peeta me guia até um lago próximo a clinica, lá um menino está sentado pescando.

– Ele vivia caindo ali dentro e eu ou alguém tinha que sair correndo pra salvar ele – Peeta diz, apontando para o colete que ele usa.

– Nossa – digo meio sem jeito, afinal o que ele queria me mostrando aquilo? – Ele não se importa de usar o colete?

– Ou ele usa o colete ou fica sem pescar. Mas acho que ele não se importa de usar.

– Vocês comem os peixes?

– Algumas vezes, mas Alex geralmente os devolve pra água.

– Que bom que você encontrou uma solução.

– Um pai previdente teria pensado nisso antes que um problema tivesse ocorrido.

Pai? Peeta tem um filho? O encaro confusa e ele parece perceber, por que fica meio sem graça e um pouco triste.

– E sua esposa? – pergunto.

– Ela morreu faz alguns anos – diz ele, olhando pra mim – Câncer.

– Eu lamento – digo e sorrio pra ele – Alex é seu filho...

– Você teria gostado dela. É sim, ele e Kristen.

– Ah Kristen – suspiro – ela me lembra você.

– Vocês se conhecem?

– Acabei de conhece-lá.

– Ela é mesmo simpática. Teve a quem puxar – ele diz, com as mãos nos bolsos – me de um minuto. Vou ali falar com o Alex.

– Okay.

Peeta sorri e se distancia aos poucos. Fico pensando em tudo o que ele falou, então ele tem dois filhos, sua mãe e esposas já morreram. Como ela aguenta? Quero dizer, ele da conta de tudo isso e ainda por cima tem uma família. Ele sempre parece ser tão feliz, eu nunca imaginaria que ele havia passado por tudo isso. Mas há minutos atrás, quando parei e olhei em seus olhos, pude ver tristeza. Uma tristeza que ele próprio parece ignorar, mas afinal ele precisa fazê-lo.

– Hey Katniss – Peeta grita me tirando de meus pensamentos – você quer?

– Ah não. Obrigada – digo apontando pra o peixe.

– Por que – ele faz cara de triste – Você não gosta?

– Eu tenho cara de quem gosta?

– E não gosta?

– Não muito.

– Acho que me enganei, então.

– Tudo bem. Já me acusaram de coisas piores.

– Duvido muito.

“Não duvide”, pensei – Mas enfim, acho que vou ficar com ele. Obrigada.


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