Love & Sin escrita por Thais


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

oiii

capítulo novo

Boa leitura *u*



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Abril deu espaço a maio e os dias começaram a passar. O movimento na clinica era razoável.

Clove, Annie e Madge haviam me ligado ontem dizendo que está tudo bem lá. Prim está normal, porém ainda chorando pelos cantos por minha causa. Ela iria se acostumar. Demoraria, mas iria.

Peeta passou aqui para deixar mais algumas coisas e um pouco de dinheiro. Não consigo ainda acreditar como uma pessoa consegue ser como ele, ele é tão bom e carinhoso nunca ninguém me tratou da forma como Peeta me trata.

De dentro de casa consigo ver Glimmer limpando alguma coisa, ela parece ser meio louca às vezes. Desde aquele primeiro encontro, nós duas não havíamos conversado muito. O trabalho dela, seja qual fora, parecia mantê-la bem ocupada. À noite pude ver as luzes acessas em sua casa, mas já era tarde demais para que eu fosse até lá. Por sua vez, Glimmer não tinha passado o fim de semana em casa.

– Há quanto tempo, hein? – disse Glimmer, com um gritinho.

Chego até a varanda – Por onde esteve?

Glimmer deu de ombros – Você sabe como são as coisas. Trabalhando a tarde toda, acordando cedo pela manhã, indo aqui e ali. Há momentos em que eu sinto ser puxada para todas as direções – disse ela apontando para cadeira de balanço – Você se importa? Passei a manhã inteira limpando a casa.

– Fique a vontade – digo.

Glimmer se sentou e ficou movimentando os ombros em círculos, tentando relaxar – Você está ficando bronzeada. Anda indo pra praia?

– Não – digo, esticando as pernas – E você, o que tem feito?

– Nada de sol nem diversão para mim ultimamente – disse Glimmer – Eu queria ter vindo mais cedo tomar um café, mas você não estava.

– Fui dar um volta e receber umas coisas – digo.

Na verdade eu tinha ido comprar umas roupas pra mim. Peeta havia trazido comida e dinheiro apenas e o que eu tinha de roupa comigo não era o suficiente. Então, fui a uma lojinha qualquer e comprei algumas roupas.

– Estou vendo. Achou algo interessante?

– Acho que não.

– Bem, não fique sentada ai. Mostre-me o que você comprou.

– Tem certeza de que quer ver?

Glimmer riu – Eu moro em uma cabana no fim de uma rua de cascalho que fica no meio fim do mundo, passei a manhã toda lavando meus armários. Que outra opção eu tenho pra me divertir?

Tirei uma calça jeans da sacola e entreguei a ela, que a segurou em frente do rosto, observando os dois lados – Uau! – disse ela – Você provavelmente comprou no Anna Jean’s. Eu amo aquele lugar.

– Como você sabe que eu comprei na Anna Jean’s?

– Porque nenhuma outra loja da cidade vende roupas tão boas. Isso veio do armário de alguém. Provavelmente de uma mulher bem rica.

Pousando o jeans sobre o colo, Glimmer deslizou os dedos sobre o bolso de trás – os detalhes são maravilhosos – disse ela, em direção das sacolas – você comprou mais alguma coisa?

Passei-lhe as peças uma por uma, me divertindo com a empolgação de Glimmer – Bem, agora estou oficialmente morrendo de inveja. E deixe-me adivinhar: não sobrou nada parecido com isso na loja, não é?

Dou de ombros – Passei um belo tempo escolhendo tudo isso.

– Não tem problema. Você fez ótimas escolhas.

Olho para casa de Glimmer – Como estão as coisas lá? Já começou a pintar os cômodos?

– Ainda não.

– O trabalho está te tirando muito tempo?

Glimmer fez uma carreta – A verdade é que, depois de começar a fazer tudo o que eu ando fazendo minhas energias acabaram. Mas fico feliz de ser sua amiga.

– Obrigada.

– Obrigada você, isso realmente significa pra mim. Mas um velho vai me trazer algumas latas de tintas amanha. Arrepio-me com a ideia de ter que ficar toda suja de tinta.

– Não é tão ruim assim.

– Está vendo essas mãos? – pergunto Glimmer, quase as esfregando em minha cara – Não foram feitas para isso de maneira alguma.

Dou uma risadinha – Quer que eu a ajude?

– De jeito nenhum. Sou especialista em deixar as coisas para depois, mas a ultima coisa que quero é que você pense que sou incompetente. Porque sou muito boa no que faço.

O vento sobra em nós e a temperatura está agradável. Glimmer é linda, mas só tem um pequeno problema: fala demais.

– O que você exatamente faz? – pergunto.

– Trabalho com aconselhamento psicológico.

 – Em uma escola?

Ela balançou a cabeça negativamente – Não. Em situações de luto e perda.

Fico pensado um pouco sobre o que ela falou. Que diabos era aquilo? – Eu não entendi.

– Eu vou até a casa das pessoas e tento ajudá-las. Geralmente isso acontece quando perdem alguém muito próximo – disse ela. Após uma pausa, sua voz ficou mais suave – as pessoas reagem de maneiras diferentes e meu trabalho é descobrir como ajudá-las a aceitar o que aconteceu. Alias, detesto essa palavra, pois nunca conheci alguém que realmente estivesse disposto a aceitar os fatos. Mas, basicamente é isso o que faço. Afinal, independente do quão seja difícil, a aceitação ajuda as pessoas a seguir em frente com suas vidas. Mas, às vezes...

Ela deixou a frase no ar. Em meio ao silêncio, observei-a com atenção e sorri para ela, que retribui sorrindo de volta – às vezes, quando estou cuidando de alguém, outros problemas surgem. E é com isso que venho trabalhando ultimamente. Em geral, as pessoas precisam de outros tipos de ajuda também.

– Parece ser um bom trabalho.

– E é – conclui ela, se virando para mim – e você, o que me diz?

– Não sei.

– Okay então – ela diz com as mãos para o alto – acho que já cansei você.

– Não mesmo – digo, mas na verdade estava meio cansada mesmo.

– Relaxa Catnip.

– É Katniss.

– Ah – ela bate com a mão na testa – Katniss.

– Isso mesmo.

– Já está meio tarde, eu vou indo.

– Até.

– Até lá.

Glimmer me assustava algumas vezes. Ela era engraçada, falava muito e tinha um jeito totalmente escândalo, mas gostava dela. Daquele jeito.

Arrumo minhas roupas no armário. Elas não são como as que tinham e nem tem como compará-las, porém por enquanto, são boas o suficiente. Deito-me na cama e fico encarando o teto, esperando o sono chegar. Amanha será um longo dia.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostando

Até lá :)



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