POV DIANA

25 de dezembro

Hoje é natal. Um dia de comemorações para os mortais e mesmo assim, os bandidos não dão folga. Um assalto em um banco ali, sequestro de pessoas inocentes em outro lugar e um Bruce Wayne mal humorado para aguentar. O humor de Bruce estava mais azedo do que o normal. Será que a namoradinha dele não podia dar conta desse mau humor? Ele estava ficando mais frio comigo a cada dia que passava. Não gostava disso, nem um pouco. Ele me disse mês passado, que era melhor sermos amigos. Mas amigos não precisam ser tratados friamente certo?

– Deixa que eu cuido desse ai. Pode ir passar a noite com o seu noivo. – disse Bruce enquanto prendia um ladrão.

– Tem certeza? – perguntei. – Parece que você não consegue lidar com ladrões hoje em dia. – disse brincando, querendo deixar o clima mais leve.

Mas não funcionou. Bruce ficou mais amargo.

– Eu lido com vários tipos como esse todos os dias e muitas vezes lido com piores. Acho que dou conta desse ai.

– Tudo bem. Feliz Natal. – disse saindo voando dali.

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Finalmente em casa e longe do mau humor de Bruce.

Tinha que me arrumar para ir passar o feriado na casa de Shayera e John. Corri para o banheiro e fui encher a banheira. Queria relaxar um pouco, os dias estavam sendo muito cansativos para mim. E o os preparos do casamento estavam me matando e parecia que Steve não estava muito feliz com isso. Sempre que eu perguntava o que estava acontecendo, ele dizia que não era nada, que era estresse no trabalho e que ele estava nervoso pelo casamento. Mas eu não acreditei muito e deixei levar. Steve não é do tipo de pessoa que fica nervoso por nada, ele é muito confiante para ficar nervoso com um casamento. Lembro-me do dia que eu o conheci. Salvando daquele avião e o levando para o meu quarto! Minha mãe ficou maluca, diante ao que eu fiz. Steve entrou na minha vida e mudou ela completamente. Ele sempre esteve lá por mim e me escutou quando eu disse sobre o que aconteceu entre mim e Bruce.

Ah, Bruce... Por que ele não saiu ainda dos meus pensamentos? Por que eu penso tanto nele? Será que eu nunca vou deixar de amar esse homem? Por Hera! Eu vou me casar, sou feliz com Steve e o amo. Mas... Será que eu vou amar Steve do mesmo jeito que eu amei Bruce? Estar com o Bruce era a coisa mais feliz e importante da minha vida, nunca pensei que ele deixaria eu entrar na vida dele e compartilhar seus segredos comigo. Bruce era o homem mais cabeça dura, grosso e intrigante que eu conheço, mas mesmo assim, eu o amei. Amei Bruce com todas as fibras do meu ser, mas o destino não quis que nós ficássemos juntos. Quis que ele ficasse com Zatanna. E ao que parece ele está muito feliz com ela. Tento ignorar os suspiros e comentários que Zatanna faz sobre Bruce e ela, enquanto nos treinamos. Mal sabe ela que isso só me dá mais força para socar ela.

Viu? Por que eu estou pensando assim? Por que uma parte de mim quer esmagar Zatanna quando ela fala do Bruce e outra que socar Bruce por estar com ela? Ah, sim, porque eu sou uma idiota.

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POV BRUCE

– Feliz Natal, Patrão Bruce. – disse Alfred na porta do meu quarto.

Hoje eu passaria o dia com ele. Como sempre.

– Para você também Alfred. – respondi enquanto botava minha gravata.

– Tenho uma surpresa para você patrão. – disse Alfred.

– Você sabe que eu detesto surpresas.

– Mas dessa, o senhor vai gostar.

Alfred virou-se e foi andando pelo o corredor. Segui-o até a beira da escada quando escuto um barulho de algo se quebrando na sala de estar.

– O que foi isso?

– Nada, que o patrão possa se incomodar.

Desci as escadas e fui andando depressa em direção à sala de estar quando uma pessoa pula nas minhas costas.

– Feliz Natal! – gritou uma voz familiar.

– Acho que você está meio grandinho para estar nas minhas costas Dick. – respondi tentando esconder a felicidade que eu estava sentido.

– Sempre chato. – disse ele saindo de cima de mim e indo se sentar-se à mesa.

Sentados a mesa, estavam Zatanna, Tim, Stephanie e Bárbara. Eles vieram passar o natal comigo. Pela primeira vez essa mesa estava cheia.

Fui me sentar ao lado de Zatanna que me deu um beijo na bochecha.

– Feliz Natal Bruce. – disse ela sorrindo.

– Feliz Natal. – disse a ela.

– Para ela, você diz “Feliz Natal”, mas para mim... Nem um beijinho eu ganho. – disse Dick do outro lado da mesa.

– Cala a boca Grayson, pelo menos ele não te derrubou no chão. – disse Stephanie, que sorriu para mim. Dei um meio sorriso e me virei para Tim.

– Tim, você não devia estar passando o dia com o seu pai? – perguntei.

– Eu passei o dia com o meu velho e vim passar a noite com você. – disse ele olhando para baixo.

– E você Bárbara? – perguntei.

– Meu pai sabe que eu não vejo você faz tempos e achou legal eu passar o Natal com você. – disse ela dando um sorriso.

Eu não queria admitir, mas estava feliz por eles passarem esse dia comigo. Eu sempre passava esse feriado com Alfred e nós nunca tínhamos assunto. Só comíamos e depois ele ia dormir e eu ia patrulhar a cidade. Graças a ele, meus amigos estão aqui e eu sou muito grato por isso.

– Obrigado Alfred. – disse a ele que estava indo se sentar do meu lado.

– Pelo o quê senhor? – perguntou ele confuso.

– Por existir. – disse a ele que sorriu.

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POV DIANA

– COMIDA DE GRAÇA! – gritou Wally enquanto atacava o peru que Shayera tinha preparado.

– Deixe comida para os outros, principalmente para mim. – disse Shayera enquanto se servia.

Essa mulher estava comendo muito, a cada dia que passava ela comia mais e sua fome só aumentava, se deixasse ela comeria toda a comida da Torre.

– A comida está muito boa Shayera. – disse Steve do meu lado.

– Obrigada Steve. – respondeu ela toda feliz.

– Como vão os preparativos do casamento? – perguntou John.

– Está indo bem. Muita coisa para preparar. – respondi a ele.

– É mesmo, Diana está dando duro para fazer esse casamento sair. – disse Steve segurando minha mão. – Já disse a ela que o que me importa é só casar com ela, não importa o lugar. – disse ele, fazendo com que Shayera suspirasse.

Dei um beijo rápido em Steve e voltei a comer.

– Vocês pretendem ter filhos? – perguntou Shayera, fazendo com que eu me engasgasse.

Bebo um gole de água para falar, mas Steve passa na minha frente e responde:

– Claro! Quero ter dois filhos.

Sorrio e aperto a mão dele.

– Acho que está cedo para pensar nisso... – digo.

Steve tira sua mão perto de mim e me olha confuso, mas não diz nada e volta a comer.

– Quero ser tio do Bebê Maravilha! – disse Wally com a boca cheia.

– Pra ser tio, você tem que crescer. – disse Shayera.

– Mas eu já sou bem crescidinho! Olha para mim. – disse Wally apontando para si mesmo.

Rio dele e levanto da mesa.

– Aonde você vai? – pergunta Shayera?

– Vou ajudar na cozinha, aposto que está uma bagunça. – digo a ela.

– Diana, não precisa. O John vai lavar tudo. Volte a comer. – disse ela.

– É... – diz John sem entusiasmo.

– Não vai me fazer mal ajudar. Fiquem ai e conversem, já volto. – digo me virando e indo em direção à cozinha.

Pego o primeiro prato e começo a lavá-lo.

E essa agora... Ter filhos. Nunca pensei em ser mãe, apesar de achar fascinante uma mulher grávida. De onde eu venho, nós Amazonas, não podemos ter filhos. Não podemos ter nenhum tipo de contato com homens, já que eles nos fizeram muito mal no passado. Porém eu nasci de uma maneira diferente... Minha mãe me moldou no barro e pediu aos Deuses por uma criança e eles concederam o seu pedido e cá estou eu. Princesa Diana, filha da Rainha Hipólita.

Ter um filho deve ser a coisa mais feliz que existe, afinal o seu filho cresce dentro de você, você cuida e protege-o com toda a sua alma e amor e depois de uns meses ele nasce e isso é a coisa mais feliz que uma mulher pode ter. Mas por que essa ideia não me deixa feliz? Por que isso tem que ser tão confuso para mim? E por que...

– Diana? Acho que esse prato já está limpo. – disse Steve do meu lado.

Nem notei a sua presença. Nem senti quando ele veio parar do meu lado.

– Desculpe. Estava pensando. – disse a ele.

– Pensando em que anjo? – perguntou ele.

Enxaguei o prato e o pus no escorredor.

– Sobre ter um filho. – respondi.

– Não precisamos pensar nisso agora, está muito cedo. Eu me empolguei. Me desculpe.

– Não precisa se desculpar. É só que... Isso é muito novo para mim. Entende?

Steve se aproxima e põe suas mãos em volta do meu rosto, fazendo com que eu fique arrepiada com o seu toque.

– Te entendo anjo e não vou te forçar a nada. – disse ele parando a poucos centímetros da minha boca. – Agora eu vou te beijar.

– Por favor. – pedi.

Nossas bocas se encontraram e tudo o que eu mais queria naquele momento era aquilo. Precisava beijá-lo, precisava sentir sua língua contra minha e precisava principalmente sentir o que eu sentia quando eu o beijava.

Continua...