Pov’s Klaus.

Ódio, ódio, ódio! Acho que tudo que estou sentindo nesse momento resume-se a isso. O que Caroline pensa que está fazendo? Saiu e nem olhou para mim! O que aconteceu hoje? Isso tudo não pode ser porque sai com Hayley. Hoje ela só ficou com… Elijah!

Corro para seu quarto e em um piscar de olhos chego em frente a sua porta. Não fiz questão de bater, simplesmente, abri. Ele está me olhando com uma expressão neutra.

- O que você fez? – Praticamente gritei minha pergunta.

- Eu não fiz nada, quem está fazendo é você. – Ah ele está sendo sarcástivo, perfeito.

- Você me entendeu, não se faça de besta. O. Que. Você. Falou. Para. Caroline? – Questiono gritando e bufando, o segurando pelo pescoço.

- Eu fiz o que você não fez, disse a verdade. – O desgraçado diz simplesmente, ele não tem que se meter nos meus assuntos.

- E por que? Não devia se meter se ninguém te chama. – Digo seco, soltei-o e sentei-me em sua cama.

- Ela me chamou. Pediu que eu dissesse a verdade, você subestima demais Caroline. Mas parece que depois que vocês conversaram ela até começou a acreditar, porém você saiu com Hayley e como eu, tinha prometido a levei para descobrir a verdade. – Fala sentando-se em minha frente.

- Para onde você a levou? – Indago curioso para saber quem tinha tido a coragem.

- A de casa Sophie . – Diz sorrindo, parece até satisfeito.

- Aquela bruxa de merda! – Grito trincando os dentes.

- Não a culpe. Ela fez o que você deveria ter feito desde o começo. – Odeio admitir, mas ele tem razão. Se eu tivesse fala a verdade, nada disso estaria acontecendo. – Mas se acalme, ela não vai embora, só está brava, quer “vingança”. – Fala fazendo aspas porque sabe que Car não vai fazer nada grave.

- Sabe onde Caroline foi? – Pergunto, preciso falar com aqueles grandes olhos verdes e com aquela pele macia.

- Não, saiu sem falar nada, mas pelo cheiro que eu senti foi bem perfumada. – Diz sorrindo.

- Sei. Isso não acabou, eu, você e a bruxa vamos conversar. – Digo já saindo pela porta.

Desço a escada rapidamente e vejo Hayley me olhando divertida.

- Aconteceu alguma coisa? – Ela se faz de preocupada, mas sei que no fundo está amando tudo isso.

- Não se esforçe fingindo que está preocupada, isso tudo deve estar sendo uma grande diversão para você. Então poupe-me de sua falsidade. – Digo seco e vejo seu rosto ficar carrancudo.

Antes de ter que escutar toda sua gritaria saio, entro em meu carro. Preciso acha-lá, não posso e nã quero perde-lá. Passar o resto de minha eternidade ao seu lado não seria nada ruim. Nunca pensei que pudesse gostar de alguém dessa forma, quando a vejo sorrir meu peito queima de alegria, quando a toco sinto calafrios percorrerem por meu corpo e quando olho dentro daqueles olhos minhas pernas ficam bambas. Caralho, acho que a amo.

Sinto minha vista começar a ficar embaçada e uma estúpida lágrima desce por meu rosto. Sempre odiei chorar, demonstra fraqueza.

Ligo o carro e dou partida, piso fundo no acelerador. Vasculho a cidade inteira se for preciso.

• • •

Faz horas que eu estou procurando, já passei por quase todas as boates e bares dessa cidade, só falta ir na casa/bar que Marcel fica.

Estaciono em frente ao estabelecimento. Entro e lgo o vejo com outra vampira, parece que está interessado.

- Marcel, como está? – Digo pegando em seu ombro forte o suficiente para ele sentir dor.

- Klaus! Estou ótimo e você? – Pergunta fingindo que não sente nada, mas seu rosto o denuncia além da dor, está bravo.

- Não muito bem, viu Caroline? – Questiono soltando-o, vejo sua face relaxar.

- Problemas com a loirinha? Ela, com certeza, é um furacão! – Diz dando risada.

- Marcel, você a viu? Sim ou não? – Falo duro, em um tom ameaçador.

- Nossa você precisa relaxar! Toma alguma coisa, eu pago. – Fala tirando uma da minha cara, estou começando a ficar impaciente com ele.

- MARCEL! – Grito.

- Calma cara, eu vi sim. Ela saiu não faz nem cinco minutos com um cara daqui, mas já deve estar bem longe pelo olhar voraz que ela tinha sobre ele. – Com um cara? Como assim Caroline saiu com um cara?

- Você tem certeza? Olhar voraz? – Questiono sem acreditar no que ele diz.

- Tenho sim, foi só uma outra loirinha falar que ela atacou ele e saiu. – Loirinha? Que loirinha? Ah dane-se, não tenho tempo para isso.

Saio disparado para fora, olho em volta e não a vejo. Me concentro para apurar minha audição e ver se a escuto, e, ela está gemendo! O filho da puta que ousa toca-lá vai morrer.

Não estão longe, corro até lá e é um beco.  O cheiro de sangue está muito forte, me aproximo, ela está de costas. Parece que nem me notou.

- Caroline? Love, tudo bem? – Pergunto cauteloso.

Ela se vira devagar, seu rosto e seu vestido estão cobertos de sangue. Seu olhar é realmente voraz, como um bicho. Suas mãos vão para sua cintura, o rapaz que estava atrás dela cai ao chão, morto. Ela olha para o chão e volta a me olhar.

Caroline sorri diabolicamente.