POV’S Caroline

  Acordei com a claridade em meu rosto. Olhei para cima e vi o rosto sereno de Klaus, ainda dormindo, não queria o acordar, estava tão lindo. Levantei sem fazer barulho procurando minha camisa, não foi difícil de encontrar estava perto da porta, abri a mesma sem fazer muito barulho colocando a camisa. Entrei em meu quarto e fui para pequena varanda, não consegui evitar de pensar no dia anterior.

 Depois da briga com Klaus eu tomei um banho, estava estremamente irritada, não consigo acreditar até agora que ele ficou com a Hayley, mas enfim depois do banho fiquei inquieta, queria sair e conhecer a cidade só que eu não tinha com quem ir, fique um tempo pensando se ia ou não, mas no final decidi que iria sozinha mesmo. Coloquei um vestido não muito curto e peguei minha bolsa, sai.

New Orleans é linda mesmo entendo porque ele gosta tanto daqui, andei, e andei, passei por vários lugares, porém parei para ver músicos tocando fiquei ali admirando por um bom tempo. Me lembrei que ainda não sabia onde conseguir bolsas de sangue para me alimentar, caminhei até um dos bares que Klaus tinha me mostrado, entrei e vi Marcel sentado com seus amigos em volta hesitei por um momento em ir falar com ele. Antes que pudesse fazer qualquer coisa ouvi meu nome ser chamado e fazendo um gesto para que me juntasse a eles, fui sem pensar muito.

 Marcel já me olhava com aquele sorriso cínico, odiei aquilo.

- Então Caroline o que faz por aqui? – Perguntou-me sem muito interesse.

- Só estava dando uma volta, então me perguntei onde eu conseguiria bolsas de sangue  aqui na cidade. – Disse ríspida, o olhando sincera. 

- Bolsas de sangue? Aqui você não vai conseguir isso, porém temos humanos muito apetitosos. – Olhou-me divertido.

- Não me alimento se humanos, preciso de bolsas de sangue. – Falei o mais seca que consegui.

- Mas aqui não tem, só temos humanos. – Sorriu presunçoso.

- E o hospital da cidade, não tem sangue lá? – Falei vitoriosa para ele.

- Olha eu entendo você veio de outra cidade e não entende como as coisas funcionam por aqui, mas então aqui não roubamos hospitais, a gente se alimenta de humanos, você pode não gostar, mas as coisas funcionam assim por aqui. – Disse com certa raiva.

- Entendi, e eu devo te obedecer? – Falei um pouco alto demais.

- Sim, eu mando aqui e você me obedece – Falou olhando para mim autoritário.

- Claro. – Falei sarcástica.

 Fiz menção de sair, mas ele me segurou e disse breve:

-Relaxa, daqui a pouco o Klaus aparece.

Sentei, precisava de uma bebida, eu não estou ali a nem uma semana e já o odeio, ele consegue ser pior que Klaus. Olhei para o bar e vi uma garrafa de uísque, peguei a garrafa sem falar nada encostei em minha e bebi sentindo o liquid passar por minha garganta. Olhei de canto e vi Marcel me encarando, eca!       Não consigo nem imaginar eu ficando ele, detesto esse jeitinho dele, se acha melhor do que os outros. Continuei a beber e o lugar foi ficando cheio, tantos vampiros e tanto sangue, novamente me senti em uma mistura de décadas, estava zonza. Senti minha garganta seca, estava com fome de novo. Dois caras se aproximaram, um sentou de cada lado meu, ótimo era o que eu mais precisava naquele momento, os dois me olhavam com certa malícia e cheiravam a álcool.

- Você está aqui sozinha? – O homem a minha direita perguntou.

- Sim, estou. – Respondi dando risada.

- Não deveria ficar sozinha em um bar a essa hora, ainda mais bêbada. – Falou se aproximando de mim. Como me irritou ele falar assim comigo.

- Eu posso me cuidar sozinha. – Falei ríspida.

- Calma ae loirinha, a gente só não quer que aconteça nada com você, por que não fica conosco? – Disse colocando a mão em volta de minha cintura.

Estava com muita raiva, nem estava conseguindo pensar direito por causa do efeito da bebibda, Eu estava com fome e como não iria conseguir nenhuma bolsa de sangue por aqui, eu poderia usá-los um pouco.

Olhei em volta e vi Marcel com seus amigos em um canto afastado das outras pessoas,

- Ok, então venham conhecer uns amigos meus. – Disse puxando os dois pelo braço.

Quando cheguei, só vi Marcel me olhando presunçoso. Não queria ter que fazer aquilo, mas no momento estava sem opções, teria que pedir para Klaus me ajudar. Olhei para o menino a minha direita e o encostei na parede já o persuadindo.

-Não grite, não vai doer.

Mordi seu pescoço com certa delicadeza, não queria o machucar, senti o sangue descer por minha garganta me deixando completamente saciada, o sangue dele começou a escorre da minha boca para meu colo e com certa dificuldade parei.  Dei uma leve mordida em meu braço e dei para ele beber, não queria que ele morresse. Quando me virei o amigo dele já estava no chão com vampiros em cima se alimentando, não demorou muito para que outros vampiros viessem e mordessem o moço atrás de mim, tentei impedir, mas fui impedida pelas mãos de Marcel.

- Caroline beba mais um pouco, vai lhe fazer bem. – Disse para mim, realmente ele é uma pessoa horrível.

- Acho que parei por aqui. – Falei fria.

- Mas o que é isso a noite é uma criança, então beba, Klaus já deve estar para chegar. – Falou para mim com um sorriso.

Me dei por vencida e peguei a garrafa que ele entendeu para mim, não queria pensar em nada. Estava brava com ele, a briga de hoje me deixou cançada. Voltei a beber, minha cabeça denunciou que estava ficando bêbada novamente, queria dançar até o mundo acabar. Fechei os olhos absorvendo a música, senti meu braço ser puxado, quando olhei era Marcel me convidando para dançar claro que eu recusei. Percebi que alguém me abservava, era Klaus e parecia bravo.

Fiz um gesto para que ele viesse até mim, estava o olhando maliciosa e divertida. Quando ele chegou perto vi seu olhar fixo para o meu colo com sangue.

-Que foi Klaus? Quer um pouco? – Não consegui me segurar e acabei perguntando.

- Eu adoraria. – Ele disse se aproximando de mim.

Estava prestes a lember eu me levantei e o puxei para dançar. Sem me importar com nada começei a me esfregar nele, não demorou muito e suas mão já estavam na minha cintura, percebi que ele estava com certa impaciência, o olhei divertida ainda dançando.

Ele pegou minha mão e correu, quando paramos estávamos na porta de quarto. Não tive tempo de dizer nada, somente senti seus lábios pressionando os meus, eu deria empurra-lo mas não consegui, me entreguei a aquele beijo delicioso.

Klaus rapidamente abriu a porta atrás de mim e pegou-me no colo, senti sua ereção, ele tirou minha blusa com urgencia. Estava tão excitada, sentia choques elétricos corer por meu corpo e minha parte íntima pulsar, rasguei sua blusa vorazmente. Quando ele fez menção de me jogar na cama, voltei a consciência e o atirei contra a parede.

- Klaus não. – Disse me sentindo meio mal por estar dando esperanças `a ele.

- Ah sweet, vamos lá, você não me beijou por nada. – Disse irritado, era verdade não o tinha beijado por nada, mas mesmo assim não achava certo.

- A gente não pode fazer isso, tá errado. – Falei com os olhos cheios de lágrimas, eu mal por tudo aquilo e a bebida só piorou as coisas.

- Ok, então fica aqui comigo. – Falou para mim.

- Ta bom. – Respondi me deitando na cama, estava cansada e com sono, não queria fazer nada.

Ele se deitou ao meu lado e eu me deitei em seu peito, o queria, mas não de maneira sexual e sim o queria do meu lado.

Batidas na porta me tiraram de meus devaneios, suspirei fundo e fui em direção a porta. Quando a abri Klaus me olhava sorrindo.

- Gostaria de te levar para almoçar comigo, aceita? – Falou alegre.

- Claro só vou tomar um banho e já desço ok? – Disse, pensei em não aceitar, mas acho que seria bom nós dois conversarmos depois do que aconteceu ontem.

Entrei no banho me preparando mentalmente para o que iria acontecer hoje.