POV’S Caroline

Tomei um banho bem demorado, acho que só queria adiar a conversa que taria com Klaus. Não que isso fosse adiantar de algo, mais cedo ou mais tarde eu teria que conversar com ele. Sai do box me secando, abri o grande armário que tem em meu quarto e peguei uma roupa simples, não queria parecer especial, coloquei um salto e peguei minha bolsa.

Desci a escada vagarosamente,escutei dois homens conversando, para minha surpresa eram Elijah e Klaus. Não sabia que ele também estava na cidade, parece que eu não sei de muita coisa, acho que esse almoço não será tão ruim quanto eu pensei talvez me esclareça algumas coisas.

– Boa tarde Caroline. – Disse Elijah elegante como sempre.

– Boa tarde. – Falei sorrindo para ele.

– Vamos indo? Acho que você vai adorar o lugar. – Falou Klaus me olhando alegre.

Elijah começou a caminhar na frente, comecei a caminhar e senti uma mão firme segurar minha cintura, eu ia tira-la dali, mas senti um arrepio percorrer todo o meu corpo.

Entramos em um carro espaçoso, fiquei olhando para a janela todo o tempo que estive dentro do mesmo, não queria conversar pelo menos não ali, mas Klaus e seu irmão ficaram conversando o caminho todo sobe coisas que eu não prestei atenção. O carro parou na frente de um restaurante bem antigo e muito bonito, parecia ser aconchegante olhando de fora, entramos em passos lentos, meus olhos percorreram o lugar e realmente era aconchegante, mas a cima de tudo muito bonito. Vi uma mesa de canto e caminhei até ela rapidamente.

Sentei-me e vi os dois vindo em minha direção, eles sentaram, Klaus do meu lado e Elijah na minha fente. Sorri para os dois, o garçom se aproximou com o cardápio, peguei-o e comecei a ler, pedi um frango com arroz e um vinho tinto os dois pediram o mesmo, o garçom anotou os pedidos e saiu. Olhei para Elijah curiosa, queria saber tudo o que estava acontecendo e se tinha alguém que poderia me falar, era ele.

– Então o que faz aqui na cidade? – Falei sorrindo, desentendida.

– Ué vim reconstruir uma família, já que agora Hayley esta grávida de Klaus não vejo oportunidade melhor para uma família. – Disse me olhando dando ênfase na palavra família, parece que ele acha que eu vou atrapalhar algo.

– Hum entendo. – Falei o olhando séria. – Klaus você poderia me arranjar bolsas de sangue? Marcel disse que os vampiros aqui dessa cidade não se alimentam de bolsas.

– Você falou com o Marcel? Quando? E por que não falou comigo primeiro? – Perguntou ignorando a minha pergunta, ele parecia indignado.

– Sim falei com ele, ontem. Eu não falei com você primeiro porque eu estava em um bar já e sozinha. Agora você pode ou não me arranjar bolsas? – Respondi seca.

– Entendi, posso sim. Mas o que ele te disse? – Falou curioso.

– Que nessa cidade os vampiros tinham que beber direto da veia, que são as regras dele. – Disse com descaso.

Nesse momento o garçom se aproximou com nossos pratos e o vinho, dei a primeira garfada e totalmente sem gosto, não sei porque insistíamos em comer comida humana, sei que nós temos que mater as aparências, mas é horrível. Klaus me olhou sério, parecia que não estava gostando de algo.

– Caroline, hoje nós vamos conhcer a nossa nova casa. – Falou olhando-me.

– Como assim nova casa? Minhas coisas estão todas aonde estamos morando. – Falei não entendo para onde iríamos.

– Nós só estavamos lá porque a casa ainda não estava pronta, e não precisa se preocupar com as suas coisas já mandei que pegassem tudo. – Disse sorrindo, estava começando a ficar incomodada com toda essa falta de informação, ele não me conta nada.

– Tem mais alguma coisa que eu não saiba? Por que até agora você deixou de me contar muitas coisas pelo visto. Então preciso saber de mais alguma coisa? – Falei brava.

Klaus riu de mim e disse que “No momento você não precisa se preocupar com nada”, que raiva. Mas eu ainda estava decidida a descobrir tudo o que ele não estava me contando. O almoço foi normal, não trocamos mais palavras.

Quando terminamos voltamos para o carro, e vi que os dois estavam animados para ver a nova casa. Depois de trinta minutos chegamos em um portão enorme, Klaus foi o primeiro a sair e depois Elijah, por fim eu. Segui os dois pelo enorme jardim e chegamos na casa, era linda e enorme, nem dava para acreditar que só iríamos morar nós 3 ali.

Fiquei admirando por um tempo até que fiu puxada pelo braço, a sala de entrada era prefeita, tudo tão grande acho que poderia me perder facilmente ali se não tivesse uma ótima memória. Klaus me mostrou tudo ali, o quarto dele seria ao lado do meu como já era de se esperar e então chegamos ao meu quarto.

Quando ele abriu a porta eu não acreditei, era enorme, uma cama no centro gigante, estantes com livros, ums escrivaninha com um computador e um aparelho de som que parecia muito bom, um armário maior do que precisava nem tinha tantas roupas assim e o banheiro lindo e gigante, acho que cabia umas dez pessoas ali e ainda sobrava espaço.

–Parece que você gostou! – Falou ele todo sorridente.

– Sim, eu amei! Sério, é lindo demais. – Disse animada para ele. – Quero testar logo essse som.

– Claro e não deixe de ver o armário, eu vou arrumar minhas coisas. – Disse saindo do quarto.

Li um livro durante a tarde e resolvi olhar o armário, abri e nenhuma das minhas roupas estavam lá, o que tinha dentro eram roupas novas e bonitas, tinha uma roupa para cada dia do ano, quem sera que tinha comprado as roupas? Pensei por um tempo, acho que tinha sido Klaus mesmo.

Olhei para o som e resolve testar Fiquei procurando no meu iPod e escolhi Paris – Oh la la. Deixei o som bem alto e comecei a dançar, fechei os olhos me dexando levar pela música, percebi que o som estava a baixando e abri os olhos, Klaus me olhava divertido e malicioso na mesma hora todo o sangue que tinha em meu corpo foi para o meu rosto, fiquei vermelha como um tomate.

– Você dança muito bem. – Disse malicioso.

– E você devia bater antes de entrar. – Falei ainda envergonhada

– Mas eu bati, acho que o som é realmente bom, você nem ouviu. – Falou rindo.

– Enfim o que você quer ? – Disse me fazendo de brava.

– Eu só vim te avisar que eu vou até a cidade, ver algumas coisas e arranjar suas bolsas de sangue, Elijah vai ficar aqui se você precisar de algo – Falou já saindo do quarto.

Me virei e senti agarrarem-me por trás, a respiração quente em meu pescoço fez todo o meu corpo arrepiar, era Klaus.

– Você dança muito bem, devia dançar pra mim um dia desses. – Falou passando a língua na meu pescoço.

Quando me virei ele não estava mais lá, que ódio! Me deixa com vontade e sai correndo, mas acho que foi bom preciso resolver algumas coisas.

Desci a escada e ouvi Mozart tocar baixo. Me aproximei silenciosamente.

– Acho que precisamos conversar.