Pov’s Caroline

Não acredito que elas estão aqui. Vejo Rebekah sorrir para Hayley e ir em direção a Klaus e o abraça, ela olha para mim e sorri ironicamente. Elijah entra na sala e fica ao lado de Hayley.

– Eu, suponho, que vocês estejam se perguntando o por que de elas estarem aqui. – O vampiro começa a falar muito calmo. Acho que ele esteve armando tudo isso enquanto eu e Klaus estivemos fora. – Bem, elas virão morar com a gente. – O que?

– Como assim? Elas virão morar com a gente? – Pergunto olhando Elijah nos olhos.

– Eu sei que você não está de acordo com isso, Caroline, mas elas tem que vir para cá. – Responde simplesmente, como se já esperasse minha reação. – Olha, Hayley está carregando um bebê que precisa ser protegido e ficar por ai com as bruxas não é proteção e, Rebekah ela é da familia, então tem o direito de estar aqui. – Explica.

– Eu acho justo. – Pronúncia Klaus.

Eu respiro fundo.

– Tá, eu vou para o meu quarto. – Falo começando a andar.

– Na verdade, agora o quarto é meu, você vai dormir com Nik de agora em diante. – Rebekah diz entrando em meu caminho.

– Como é que é? Desde de quando você fala aonde eu vou dormir? – Começo a falar alto.

– Olha você nem deveria estar aqui, você só vai se meter em problemas aqui. – Diz se aproximando de mim.

– Caroline, se acalma, depois a gente dá um jeito, mas por enquanto arruma as suas coisas. – Klaus fala pegando em meu braço.

– Tá, tanto faz. – Respondo subindo correndo para o quarto.

Entro no meu, agora, antigo quarto. Mas arrumar o que? Tem tanta coisa aqui que não tem onde colocar. Deito-me na cama de barriga para baixo e solto um berro abafado.

– Por que você veio para cá? – Escuto Rebekah me perguntar.

– Porque eu quis vir, Klaus me convidou e eu aceitei. – Respondo levantando somente a cabeça.

– Não pode ser somente por isso, você poderia estar na faculdade, curtindo e fazendo coisas novas. Mas ao invés disso, veio com meu irmão para o meio de uma guerra. – Fala como se quisesse mais explicações.

– O que você quer? – Indago me sentando.

– Quero que você vá embora e não volte mais. – Pronúncia seriamente.

– Como? – Digo surpresa.

– Olha, Nik não te fará nenhum bem. Vai acabar se machucando. – Fala em tom de preocupação. Isso só pode ser brincadeira, não tô acreditando.

– E você veio me falar isso por que se preocupa comigo? – Pergunto irônica.

– Não me preocupo, mas acho que quanto menos sangue for derramado melhor. – Diz muito séria. Nunca a vi assim.

– Por que o meu sangue seria derramado? – Indago novamente.

– Só estou te avisando. Isso aqui não vai acabar bem. – Isso aqui o que?

Rebekah sai impaciente. Vou até o quarto de Klaus, retirando minhas roupas e me jogo na cama. Ai que droga! Parece que eu não tenho paz, tem sempre alguma coisa para atrpalhar.

– Nossa! Muito bom eu poder encontrar uma mulher tão linda na minha cama e ainda desse jeito. – Klaus entra falando cheio de empolgação.

– Nem vem. Estou irritada. – Respondo seca.

– Por que elas vem morar aqui? Olha, sei que isso não é legal nem nada, mas é necessário. Desculpe. – Passa a mão em meus cabelos vagarosamente.

– Eu sei, mas a Rebekah veio falar comigo agora. – Digo rolando na cama. – Ela disse que é melhor eu ir embora, que quanto menos sangue for derramado melhor. – Repito as palavras dela imitando o seu tom de voz.

– hum, não dê ouvidos a ela. Isso tudo é uma besteira. – Fala entre beijos. Seus beijos são tão bons, principalmente quando ele os dá no meu pescoço, me arrepia toda. – Essa noite eu vou ter que sair. – Agora, está sério e me olhando nos olhos.

– E vai me deixar sozinha ? Com essas duas aqui? – Pergunto irônicamente .

– Não demorarei! Agora tomarei um banho e depois buscarei nosso jantar. O que acha? – Indaga retirando a roupa.

– Acho digno! Mas não demore, estou faminta. – Respondo rindo.

O vejo entrar no banheiro e a água começa a cair. Melhor eu tomar banho também. Vou para o meu, agora, antigo banheiro e rapidamente tiro minha roupa. Quero ir o mais rápido possivel, assim poderei me alimentar com Klaus.

Demoro mais do que o planejado. Pelo menos posso dizer que sou a pessoa mais cheirosa daqui. Enrolo-me na toalha, penteio meu cabelo, passo creme para, finalmente, sair do banheiro. Abro a porta e vejo velas por todo o canto e no centro vários copos cheios de sangue.

– Como essa é a sua última noite nesse quarto e e sei que você gosta dele, resolvi fazer um jantar só para nós aqui. – Pega em minha mão.

– Eu ainda nem estou vestida. – Digo entrlaçando meus dedos com os dele. – Eu amei. – Dou um selinho em seus lábios.

– Separei uma roupa para você, troque-se que eu já volto. – Diz, mas aqui já não está.

Pego um vestido de cima da cadeira, tantos detalhes, tão delicado. É perfeito. Visto-o. Esse vestido foi feito para mim, literalmente. Coloco as sandálias, que são altíssimas por sinal, mas ficam lindas. Olho-me no espelho, me sinto poderosa e irresistível. Meu hibrido entra.

– Linda. Esse vestido foi feito para você. – Fala baixo, como se fosse algum tipo de segredo.

– Concordo plenamente. Amei! – Respondo baixo também.

– Vamos comer? – Pergunta animado.

Faço que sim com a cabeça e nos sentamos.

Viro um copo junto com ele e ficamos nos encarando por um tempo. Dentro de seus olhos, pode ser loucura, mas ele parece vazio e um tanto preocupado, agoniado e amedrontado. Suas emoções são intensas, não sei se estou pronta para receber todas elas, nem se estou pronta para perdoar todas elas, porém não consigo evitar esse sentimendo de querer estar perto dele.

Ele abaixa o olhar e bebe outra taça.

– Gostaria de poder ficar mais, mas já estou atrasado. Pode dormir essa noite aqui, Rebekah só vai se mudar amanhã. – Pronúncia se levantando.

– Ok, então nos vemos mais tarde? – Pergunto bebendo outra taça.

– Claro. Até já, sweetheart. – Sai pela porta apressado.

Quer saber eu vou atrás dele! Se está tudo bem do jeito que ele fala posso ver o que acontece. Desço rapidamente, ele já está no carro.

– Elijah, preciso de um carro que Klaus não conheça. – Digo rapidamente. Bekah me olha surpresa.

– Pode ir com o meu, não conhece o meu carro. – A vampire me responde. – Por que vai? Quer ver que eu estou certa? – Indaga sarcástica.

– Não, quero ver que você está esrrada. – Respondo.

– Esse vestido é lindo. – Diz me olhando de cima a baixo.

– Eu sei, cadê as chaves? – Pergunto e elas as joga para mim.

– Está atrás da casa. – Corro e logo estou dentro do carro.

Giro a chave e dou partida, sem querer escuto um vestígio da conversa dos dois. “Não acredito que ele deu esse vestido para ela…”, “ eu sei, mas ela tem que ver com os próprios olhos…” . Não consigo mais ouvir nada, estou longe demais.

Acelero e consigo ver seu carro, ultrapasso alguns carro e logo estou perto o suficiente para vê-lo dentro do veiculo.

Chegamos a um bar que ele para bem em frente, para não levantar suspeitas paro mais a frente. Saio e fico o observando, ele está com uma loira muito bonita, chego mais perto para poder escutar. “ Você precisa ir embora…”, “ não gosto dele, sinto isso por você”, “ você é uma mulher forte…”, “você ainda está com aquela menina?”, “ sim, eu gosto muito dela. Mas o problema aqui não é ela e sim você, não quero que se machuque.”

Entro no carro novamente. Não sou uma menina e o que está acontecendo de verdade? “não quero que se machuque” e depois ainda fala que ela falou besteira. Ai que raiva, quero explicações.

Ligo e acelero, preciso chegar em casa antes dele. Em cinco minutos eu chego, entro como uma louca.

– Alguém me explica o que está acontecendo! – Grito para os dois irmãos sentados.

– Acho que já passou da hora de termos essa conversa, por favor, sente-se. – Elijah fala com um sorriso.