Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 17
Gente bêbada, pré-ressaca e semi fofices




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— Claro que não, pequena. Você canta maravilhosamente bem. Mas que tal um cochilo?

— Sem cochilos, pelo amor de Deus! Vai ser pior quando ela acordar. Deixem-na assim e amanhã ela mata aula e fica reclamado sozinha.

— Eu a aturo – disse Gabriel, dando os ombros.

— Não! – gritou Natalie.

— Vá comer sua puta. Eu vou deitar.

Tentei subir na cama, e, novamente, fracassei. Caí em cima de Gabriel, que riu pra mim e me pegou no colo, de novo, colocando-me na cama. Encolhi-me.

— Não pode dormir, pequena.

Ele pulou na cama comigo e eu rolei até o canto, abraçando os joelhos. Gabriel estendeu o braço.

— Vem cá.

— Não. Você me odeia

— Claro que não te odeio. Pare com isso.

— Vá lá com a Natalie.

Ele me abraçou por trás, encostando os lábios em minha orelha e respirando pesadamente. Senti até o último pelinho da minha nuca se arrepiando e ele, pelo visto, também. Sorriu.

— Para com isso.

— Eu quero dormir.

— Então durma.

— E quem disse que eu quero dormir de conchinha com você? – resmunguei

— Alguma das vezes que você foi ácida no intuito de me tirar daqui, deu certo?

— Porra, Gabriel, você acabou de dizer que  tá pouco se fudendo pra mim e agora tá aí fazendo o que?

— Te amando.

Bufei, deitei num canto e ele de frente pra mim.

— Por favor, me deixa.

Ele desceu correndo da cama e eu suspirei aliviada, deitando-me de costas de novo. Fechei os olhos.

— Olha o que eu trouxe!

— O quê?

— Comprimido pra dor de cabeça. Pomme disse que você jamais acorda de ressaca depois dele.

Engoli o remédio sem água nem nada e fechei os olhos. Senti os braços dele me envolvendo e bufei.

— Boa noite. Eu não te odeio, pequena.

— Fala isso porque eu to bêbada.

— Claro que não. Falo isso porque te amo.

— E por isso agarrou a outra na minha frente. Faz todo sentido.

— E isso nem se compara ao que eu vi hoje cedo entre você e o Gustavo. Boa noite, pequena.

Senti a dor naquelas palavras. Ajeitei-me nos braços de Gabriel e fechei os olhos, adormecendo pouco depois. E o mais triste de tudo é me lembrar do meu sonho naquela noite. Na verdade, pude até sentir o gosto do halls de Gustavo em meus lábios, ao acordar.


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