Rubi Vermelho Como Sangue escrita por Lucy Himeno


Capítulo 5
A (in)certeza


Notas iniciais do capítulo

Estou com uns problemas aqui em casa, aliás, nem tô mais morando na minha casa, por isso demorei para postar e o capítulo ficou muito curto, me desculpem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/369596/chapter/5

 Cai no chão, sentada. Tentei gritar, mas nada saia, eu não conseguia me me mexer, eu queria fugir, mas não tinha como. Ele percebeu que eu estava sangrando e me olhou surpreso, se levantou e veio em minha direção.

-Tu não deverias molhar uma ferida recém-cicatrizada...- ele falou, se agachando para ficar à mesma altura que eu.

-N...Não! - consegui falar, mas minha voz era tal como um suspiro, mesmo que ele tenha escutado, foi um esforço ignorado.

 Ele estava muito perto, olhava a gaze que eu usava para comprimir o sangue que estava escorrendo pelo meu pescoço. Ele tirou minha mão dali com delicadeza, tentei resistir mas não tive forças. Ele puxou também a gaze, que tinha ficado colada junto ao sangue coagulado, foi uma sensação horrível que fez o sangue escorrer mais. Ele se aproximou de mim, ouvir sua respiração ofegante me fez estremecer.

 Ele me segurou pelos ombros com firmeza, mas seus braços tremiam como se estivesse exitando. Então, ele aproximou a boca do meu pescoço, lambendo o primeiro o sangue que escorria, depois o machucado, doeu um pouco no começo, mas logo passou.

 Ele se afastou de mim, lambendo os lábios com satisfação, e sorrindo me disse:

-Perdoe-me... Eu tenho por costume ser mais gentil com as damas, principalmente belas donzelas...- disse-me, pegando minha mão gentilmente, beijando-a.

-Por que você fez isso...?- Perguntei, me esforçando ao máximo, eu estava muito fraca. 

-Saliva cicatriza ferimentos. Diga-me, tu sabes o que significa "Du riecsth so gut"?

 Acenei que sim com a cabeça, eu sabia que era "você cheira tão bem" ou algo assim em alemão, era o nome de uma música que minha amiga Sam escutava.

-Eu estava referindo-me não ao fato de tu teres acabado de banhastes, e sim ao cheiro de teu sangue magnífico...

-O quê? Quem é você...? - não aguentei, e novamente meus olhos pesaram e senti meu corpo cair.

 Não ouvi mais nada, não esclareci minhas dúvidas, mas desta vez senti o calor de seus braços me segurando, e apesar de tudo, ali me senti segura.

 Acordei novamente na cama, isso já estava ficando cansativo! Pensei em me levantar, mas eu mal tinha forças para me mexer. Senti algo duro me incomodando por baixo do meu travesseiro. Era o diário. Eu tinha esquecido que o deixei largado ali, ainda bem que aquele cara não o achou, eu ainda não tinha conseguido abrir para ler e... 

-Aquele cara! Onde ele está?! - levantei exaltada como da última vez, e de novo caí de volta na cama. Talvez tivesse sido um sonho? 

Coloquei o diário na gaveta do criado-mudo do lado esquerdo da cama, e toquei meu pescoço com curiosidade. Não havia nenhum vestígio de sangue, nenhuma dor, e provavelmente nenhum hematoma. Então eu tinha sonhado tudo desde aquela hora? Por que eu sonharia com um cara que não conheço?

 Não, depois de tudo não há como eu tentar me convencer que nada foi real. Mesmo que todas as provas de sua existência tenham sido apagadas, eu podia senti-lo perto de mim. Naquela  hora eu senti a dor, eu senti o calor, eu senti...

Nesse momento, ouvi a porta do meu quarto se abrir. Eram meus pais, finalmente!

-Filha, chegamos! - disse minha mãe, que entrou na frente, com uma sacola na mão.

-Puxa, até que enfim! Eu passei por mal-bocados aqui sozinha!

-Você só ficou sozinha porque estava dormindo, não podíamos fazer desfeita com os vizinhos. - Disse meu pai, que estava esperando na porta.

-Mas filha, você está com febre? - minha mãe disse, colocando a mão na minha testa.

-Hm... Acho que não

-Mas você tá com a cara tão vermelha, que estranho... 

-V-vermelha?! - disse exasperada, cobrindo minhas bochechas com as mãos. Droga, pensar naquele carinha estava me fazendo corar!

-Olha só, vou descer pra fazer uma sopinha pra você ficar mais forte tá bom? E vou deixar essa torta aqui em cima dessa mesa, foi o filho dos vizinhos quem fez! - disse minha mãe, colocando sobre a mesa um grande pedaço de torta naquele estilo americana, que tem a massa bem fina e o recheio com frutas vermelhas.

-Ah, sempre quis comer uma dessas! Obrigada.

-Ora, agradeça ao vizinho, não à mim, hu hu... Aliás, que camisola bonita filha! - Ela falou, deu as costas e saiu com meu pai, fechando a porta.

 Mas como assim camisola...? Olhei para mim mesma e vi que dessa vez eu estava usando uma bela camisola, branca com um laço preto na gola. Mas eu estava só enrolada na toalha antes de desmaiar, não? Isso quer dizer que...

-Aquele pervertido maldito!!!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nossa, ficou muito curto mesmo!
Eu tô muito enrolada com os problemas aqui, mas espero que tudo se resolva logo, para que eu volte a postar normalmente. Rezem por mim! o/