Ela Só Tem Um Simples Desejo. escrita por Thayná


Capítulo 8
Não toque nela.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem a demora, tenho estado muito ocupada, espero que não tenham me deixado :( Bom eu espero que vocês gostem deste capítulo, eu particularmente amei. Boa leitura e espero as suas criticas, sejam elas boas ou ruins..



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 Eu estava me arrumando para ir ao show da Banca e da Cone Crew Diretoria com Kayke. Tomei meu banho passei maquiagem, sequei o cabelo e sai do banheiro ainda enrolada na toalha. Quando sai Kayke me deu um susto. Cheguei a gritar.

- Calma cara, sou eu pô.- Ele disse rindo em quanto eu estava contra a porta do banheiro.

- Ai seu idiota.- Falei dando tapas nele.- Eu te mato,viu ?- Ele parou e me observou dos pés a cabeça.

- Acho que você me mata antes.- Ele com um sorriso de canto de boca e colocou as mãos no bolso da frente de sua calça jeans escura, acompanhada de sua blusa de manga branca e uma jaqueta de couro preta, a e claro o all star preto dele. Serrei os olhos.

- Saia daqui agora, que eu ainda não terminei de me arrumar.- Falei segurando a toalha com a mão direita e com a outra empurrei ele até a porta.

- Tudo bem, tudo bem já parei.- Ele disse e saiu.

-Idiota.- Eu disse entre risos.

 Terminei de me arrumar e depois sai.

- Gostei, é ta linda princesa.- Disse Kayke e eu fiquei feliz por ele ter gostado. Abri um sorriso pra ele.

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- Vamos ?

- Vamos.

(...)

Estávamos assistindo ao show da Cone Crew , que por sinal estava maravilhoso, na área vip. Cara é por isso que eu amo meu melhor amigo. Quando a Cone saiu o DJ começou a tocar várias músicas até a Banca entrar.

- AI vou pegar alguma coisa pra beber, você quer alguma coisa ?- Perguntei.

- Quero alguma coisa com álcool.- Ele disse.

- O.k.- Eu disse pegando no queixo dele e depois fui até o open bar.

- Hei, me da um refrigerante e uma lagoa azul.-  Acho melhor ficar só no refrigerante mesmo. O barmam logo começou a preparar.

- Está se divertindo ?- Ouvi uma voz em meu ouvido. Me virei e vi André com uma blusa Pólo branca, uma calça jeans preta justa e um classic low nike branco.

- A-ah, oi. Sim estou e você ?- EU disse meio atrapalhada.

- Também. Cê ta sozinha aqui ?- Ele perguntou curioso.

- Não. To com Kayke.

- A sim, você tinha comentado com seu irmão né ?

- É.- Eu disse e me virei para pegar as bebidas da mão do barmam que me cutucava.- Valeu. Então, eu vou indo.. vamos comigo ou você ta esperando alguém ?- Perguntei super curiosa. Ele sorriu.

- Não, não estou esperando ninguém. Que, que eu te ajude ?- Ele estendeu a mão para a bebida.

- A não, não precisa.

- Isso ai é pra você ?- Ele perguntou.

- Não, é pra Kayke.

- Ata.- Conforme fomos chegando mais perto da área vip o som ia aumentando e as pessoas esbarrando em nós também. Mais felizmente consegui chegar inteira e com o copo de bebida de Kayke ainda cheio até ele.

- Hey, ó consegui chegar, com o seu copo cheio, toma.- Disse entregando o copo de bebida a Kayke.

- Valeu. Fala ai André.- Kayke disse cumprimentando André.

- Fala ai.- Disse André apertando a mão de Kayke.

E então a Banca subiu ao palco e o show começou a rolar. Eu cantando igual uma louca ao lado de André e Kayke, que as vezes me davam uma olhada tipo “ que garota retardada “. Mas Kayke entrou no ritmo e começou a cantar comigo, logo depois André disse que ia pegar algo para beber.

- Acho que ele se cansou da gente.- Eu disse a Kayke.

- Hum, com certeza, cê ta igual a uma retardada ai.- Ele disse rindo.

- Euu ?- Fiz cara de irônica.- Magina.- Abanei a mão. De repente senti um vento gelado pelo meu corpo inteiro, fazendo com que eu me arrepiasse. – Ai, acho que vai esfriar.

- Que esfriar, ta mó calo. – Disse Kayke olhando uma loira alta, que estava a sua frente e que também o encarava.

- Aah... é, é.- Eu disse e percebi que estava sobrando ali.- Então, é, vou ali e já volto.

- Ali onde ?- Perguntou ele.

- Ali, no, no banheiro.

- Ta bom, mas volta hein ?

- Ok.- Eu disse e fui andando até o banheiro, No caminho avistei Thomas e uma ruivinha, que parecia uma maluca dançando e pulando na frente dele  e ele, hum, parecia uma estatua parado atrás da garota com as mãos no bolso de sua calça levi’s escura, juntamente com seu coturno marrom e sua blusa de manga preta. Não demorou muito para que ele me avistasse e eu rapidamente voltei meus olhos para o caminho ate o banheiro.

Quando achei, finalmente, o banheiro entrei e me olhei no espelho. Quando sai do banheiro esbarrei com Thomas que estava encostado na parede.

- Pedi que ficasse longe dele não pedi ?- Falou ele.

- Pedi pediu, mas na vida nada acontece como a gente que né , pena.- Dei de ombros e segui meu caminho mas ele se meteu na minha frente.

- Eu não estou brincando Jessica.- Ele respirou fundo.- Olha, ele não é quem você pensa que ele é, ele é perigoso.- Soltei uma risadinha.

- Ah é, perigoso como , me explica ?- Falei meio irônica.

-Eu não posso.- Ele disse olhando para o lado e estava com a cara mas séria.

- é uma pena, pois enquanto você não me explicar não vai ter com eu sair de perto dele.- e voltei a andar até Kayke, mas vi ele agarrado com a loira que estava na frente dele , então resolvi sair um pouco dali e tomar um ar. No caminho esbarrei em André que estava conversando com um garoto, forte e alto.

- Desculpa.- Eu disse a ele, que sorriu.

- Ta indo embora já ?- Ele apoiou a mão em meu braço e eu senti um vento gelado assoprar por toda intensidade do meu corpo, engoli em seco relembrando das palavras de Thomas “ ele não é quem você pensa que ele é, ele é perigoso”.

- Não, vou, vou ali só.- Sorri seco para ele.

- Posso ir com você ?- Com um pouco, talvez, de medo resolvi botar um sorriso no rosto e fingir está tudo bem.

- Não precisa, pode ficar ai com seu amigo.- Eu disse com um sorriso no rosto.

- Ah não, não tem importância eu vou com você.- A minha vontade era de gritar, NÃO PORRA, TA SURDO, mas eu fiz bem ao contrario disso.

- Ta, ta bom.- Ele passou o braço pelo meu ombro e começamos a andar em direção a saída.

- Não agüenta mas tanta gente junto ?- Ele disse sorrindo e tirando a mão de meus ombros e ficando atrás de mim, para que possamos passar pela multidão a nossa frente, mas sem soltar a minha mão.

- É, não agüentei.- Sorri. NÃO AGUENTEI É TANTA GENTE FALANDO BESTEIRA.

- Então, vai embora com quem, já que seu amigo, bem, seu amigo ta agarrado com aquela loirinha lá ?- Disse ele enquanto passávamos pela saída e encaravamos o céu cheio de estrelas.

- Hum, sabe que eu não sei.- Eu disse botando a mão no queixo pensativa, já que ele tinha razão.

- Se você quiser, eu posso te levar.- Ele disse dando de ombros. Pensei antes de responder, e se Thomas estivesse certo ? e se André realmente fosse perigoso ? Mas se ele é tão perigoso , por que ele não me disse o por que, por que ele preferiu esconder ? Não importa, se ele for mesmo perigoso eu vou correr esse risco.

- É, pode ser.- Sorri pra ele que sorriu de volta. Correr esse risco era a única maneira de saber se André era ou não era “perigoso” como dissera Thomas.

- Quer ir embora agora ?- Ele perguntou.

- É, quero sim.- Eu disse afirmando com a cabeça.

- Vou pegar o meu carro, só um minuto.- Ele disse e beijou minha testa.

Será que ele é mesmo “perigoso” ? Ele parece tão fofo, é quase inacreditável, mas minha mãe sempre diz que as aparências enganam né.

Estávamos no AUDI Q7 3.0 TFSI preto de André, no caminho da minha casa.

- Jessica.- Ele chamou pelo meu nome e eu olhei.

- Oi ?

- Quero te levar em um lugar.- Olhou pra mim como se esperasse a minha resposta.E eu não sabia se dizia sim ou não.

- Que lugar ?- Perguntei, pelo menos pra ter uma ideia antes de responder.

- Um lugar especial pra mim.- Ele olhou novamente pra mim. E na radio começou a tocar uma das minhas músicas predileta. “The pretty reckless- my medicine” e de repente me subiu uma adrenalina e resolvi aceitar ir a esse lugar com ele.

- Então vamos.- Sorri pra ele.

 “Somebody mixed my medicine

I don't know what I'm on “

“Alguém misturou minha medicação

Eu não sei o que estou tomando “

Então percebi que estávamos indo em direção a Lagoa Rodrigo de Freitas.

Paramos perto da lagoa e ele saiu do carro e abriu a porta pra mim. Fiquei meio, bem, surpresa, é que é quase impossível você ver isso hoje em dia né, mas tudo bem.

Ele segurou minha mão e me levou até onde provavelmente ficava os pedalinhos, mas não havia ninguém por ali e tinha uma corrente para que não ultrapassássemos.

- Acho que a gente não pode entrar ai.- Eu disse insegura. E ele já estava pulando a corrente e se virando pra mim segurando a minha mão.

- Não vamos fazer nada demais.- Ele disse e me olhou quase implorando para que eu fosse com ele, então eu fui. Ele entrou dentro de um pedalinho e estendeu a mão pra mim e sem pensar em nada eu entrei. Começamos a pedalar, até chegarmos a metade do lago e pararmos de pedalar. Eu olhei para o céu como ele fez e sorri.

- Meu pai sempre me trazia aqui.- Eu disse sorrindo.- Por que me trouxe aqui ?- Eu calmamente disse olhando para ele e me reconfortando mais no pedalinho.

- Gosto de vir aqui, pra pensar, pra ver as estrelas, eu me sinto bem aqui e bem eu nem sei por que trouxe você até aqui, eu nunca tinha trago ninguém aqui.- Ele disse meio sem graça.

Respirei fundo.

- Obrigada por me trazer aqui, eu precisava mesmo pensar e aqui sempre foi um lugar bom pra se pensar.- Sorri pra ele e segurei sua mão que estava sobre sua calça, ele a segurou mas forte, como se para que eu não a soltasse mas. Deitei no ombro dele e voltei a olhar para o céu, ele ficou acariciando minha mão. Depois de algum tempo nós resolvemos voltar.

 Ele me ajudou a sair, mas eu me desequilibrei e ele me puxou pra mais perto, para que eu não caísse. Nossos rostos estavam perto demais, eu conseguia sentir a respiração dele tão próxima da minha, e eu tinha quase certeza de que já estava pálida ou vermelha, vai saber. Quando ele começou a se aproximar para me beijar, alguém o puxou e deu um soco no rosto dele.

 Me assustei e tampei a boca com mão para não gritar e então vi por trás de André que estava com uma mão no joelho e a outra no queixo, Thomas.

- Não Toque nela.- Disse Thomas com as mãos fechadas nas laterais de seu corpo. André riu e se levantou encarando Thomas.

- Ah é ?- Disse André- E o que você vai fazer hein ?

- Isso.- Thomas acertou mas um soco no rosto de André mas dessa vez André revidou e deu um soco no rosto de Thomas.

- Ai meu Deus, parem com isso.- Eu falei assustada. Mas nenhum dos dois me deram atenção. Eu me irritei, por eles estarem brigando, por mim, eu acho.- Se é assim, ta bom então, continuem brigando.- Eu disse e sai andando. Provavelmente, eu ficaria um século esperando um táxi aparecer.

- Onde você vai ?- Disse Thomas.

- Ah agora vocês me dão atenção ?- Os dois estavam me encarando.- Eu vou embora.- E voltei a andar. Thomas veio atrás de mim.

- Eu te levo.- Disse ele.

- Não precisa, eu pego um táxi.

- Jessica espera, eu te trouxe aqui eu te levo.- Disse André correndo  até mim.

- Não ta, eu não quero que ninguém me leve em casa.- Eu disse irritada para ele que estava parado ao meu lado. Ele me olhou e iria falar mas desistiu, sabendo que eu não iria mudar de ideia. Afirmei com a cabeça e voltei a andar. Fiquei esperando o táxi um tempão, mas ele não apareceu, então resolvi ir andando, afinal nem era tão longe.

 No caminho, eu tive a impressão de estar sendo seguida, mas não havia ninguém na rua. A toda hora eu achava que estava vendo sombra de pessoas atrás de mim, mas nunca tinha ninguém.  De repente, pro meu medo total, uma land rover evoque preta começa a andar devagar ao meu lado, e não tinha como ver quem estava dirigindo, quando eu ia começar a correr, pois estava morrendo de medo, a janela do carro abaixa e vejo Thomas dirigindo, então reparei que estava segurando a respiração e a soltei.

- Entra, eu te levo.- Ele disse, eu até diria que não, mais eu estava morrendo de medo, então entrei no carro sem dizer nada, aliás que carro hein, juro que se eu não estivesse morrendo de medo, eu estaria babando.

Ele não disse nada o caminho inteiro e eu também não. Quando chegamos em frente a minha casa eu ia sair do carro, mas ele segurou minha mão.

- Desculpa.- Ele disse.

- Pelo que ?

- Por aquela briga idiota.

- A sim. Já que você tocou no assunto, me responde uma coisa.. Por que bateu nele e como sabia que a gente estava lá ?- Eu perguntei curiosa.

- A-ah, eu disse a você que não queria você perto dele, não disse ?- Ele disse mudando de assunto e não me respondendo.

- Não muda de assunto, me responde. Por que bateu nele ?

- Olha.- Ele olhou pra estrada a sua frente.- Por que eu não quero ele perto de você, ta ?- Fiquei meio confusa.

- E por que ?

- Por que, por que , você é muito curiosa sabia ?- Ele disse olhando pra mim e com um sorrisinho de canto de boca.

- E muito teimosa também, agora me responde.

- Por que, eu-eu não sei.- Ele disse encarando o volante.  Respirei fundo e abri a porta.

- Obrigada pela carona.- Eu disse e sai do carro.

- De nada e Jessica.- Ele me chamou e eu me virei pra ele.

- Fica longe dele, por favor é a única coisa que eu te peço.- Molhei o lábio inferior.

- Prometo tentar. Mas acho que você deveria dizer isso a ele também.- Eu disse e comecei a andar em direção a minha casa. Fui direto pro meu quarto. E fiquei pensando em Thomas, ele batendo em André, pedindo para que eu ficasse longe dele e sem saber responder o por que bateu em André. Até que ele não saiu tão machucado da briga, somente um olho um pouco vermelho e inchado. 


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Notas finais do capítulo

E ai pessoal, gostaram ? O que é que deu em Thomas hein ? e André, será que ele é mesmo perigoso ? esperando as opiniões de vocês.. Beijão.



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