O tão esperado dia chegou, meu pai vai oficialmente 'conhecer' meu novo namorado, espero que tudo ocorra como o esperado.
Tinha acabado de ligar pra Thomas, confirmando o horário em que ele vai vir me buscar, já que minha mãe resolveu ir no carro dela, junto com Pedro e Bruna, a nova ficante dele, dessa vez pelo menos eu gostei, ela é legal, inteligente, educada, e parece gostar dele, fora que é bonita, tem os cabelos cacheados castanhos, olhos verdes, magra na medida, veremos até onde vai dar certo, não querendo agorar, mas conheço o irmão que tenho. E Camila ? Bem, ela não ficou pra tras, acabou ficando com Matheus, ou Matt, um garoto do bairro, gato e rico, é meio metido mas um cara bacana, moreno dos olhos azuis, difícil resistir.
Estava em fim escolhendo uma roupa para vestir, já que sou uma pessoa responsável, que planeja as coisas. Acabei por escolher uma saia de cós alto preta, soltinha, uma camiseta branca com a seguinte frase "Bitch Better Have my Money"( escolhi bem a camiseta), e uma sapatilha preta, estou bem fofa, pra conquistar o bom velhinho.
E na hora certa estávamos todos prontos e a Bruna já estava lá em casa.

- Mãe, Thomas chegou, já to indo, vamos logo. - Falei assim que ouvi Thomas buzinando como um louco.
- Ta, já estamos indo. E fala pra esse garoto parar com essa buzina, maluco, eu em.
- Ok. Tchau.
Assim que sai de casa Thomas parou com a buzina. Entrei no carro querendo matar ele.
- Começou mal meu bem, minha mãe já está querendo te matar.
- E o que eu fiz ?- Deu partida no carro.
- Não se faça de sonso. Quer estourar os tímpanos dos vizinhos ? Por que eu já me acostumei com suas loucuras, agora eles,Tadinhos.
- ah, vem cá, deixa de ser chata. - E segurou meu queixo dando um selinho em minha boca. Agora estou calma novamente.
E fomos nesse clima fofo até o apartamento do meu pai, sem mencionar uma palavra sobre o almoço que nos esperava. Até que chegamos ao estacionamento.
- Amor, se eu te falasse que não estou preparado pra... Pelo que nos espera, você acreditaria ? - Ele estava segurando minha mao e olhava para algo atras de mim, e eu sabia que ele estava imaginando várias cenas em sua mente.
- Se me dissesse que está preparado eu não acreditaria. - Sorri pra ele e segurei com as duas maos o seu rosto, olhando em seus olhos. - Mas não se preocupa, vai dar tudo certo, e eu to aqui com você, e eu também estou ansiosa, e despreparada para isso. - Dei um beijo carinhoso e demorado nele, até que meu irmão bateu em minha janela. - Te amo.
- Bora, tenho o tempo todo do mundo não. - Disse Pedro.
Então saímos e subimos de elevador até o apartamento. E em nenhum momento eu e Thomas soltamos a mão um do outro, não sei como mas, só aquele toque me deixava mais tranquila e menos nervosa, o que eu não sabia que estava tanto até estar na porta do meu pai, esperando ele abrir e ter a pior das reações.
E então ele abriu. E a primeira pessoa que ele pareceu ter visto foi Thomas, e depois nossas mãos entrelaçadas uma na outra.
- Boa tarde, vamos entrando ? - Disse ele, como se não estivesse surpreso, bem, ou ele está muito surpreso a ponto de fingir tranquilidade ou ele já esperava por este relacionamento.
Nós entramos e nos sentamos todos na sala, e fomos servidos por Catherine,sua nova empregada, eu acho, com um vinho que parecia ótimo, mas eu não beberia, já que meu pai tem formas estranhas de testar alguém, até por que eu não tenho idade suficiente pra sair por ai bebendo, o que não impede ninguém, e se eu bebesse era capaz dele alegar que estou sem capacidade para discernir o certo do errado e que por isso estou com Thomas.
- Um brinde então ? - Disse meu pai, olhei para Pedro que também me olhou, não entendendo.
- Um brinde a que exatamente ?- Perguntei.
- A você finalmente ter trago seu novo namorado para que eu pudesse conhece-lo, apesar de já conhece-lo, não é Thomas ? HM, é minha filha, achei que você soubesse ou tivesse um gosto, um pouco mais requintado né, mas me enganei. - Disse ele, com a mão esquerda coçando o queixo e olhando de mim para Thomas.
- Pai, por favor. - Eu disse, achando toda a sua fala no minimo ridicula e sabendo o caminho pela qual iria.
- Não, tudo bem, eu não vou passar o nosso almoço em familia, insultando seu novo namorado, eu só espero minha filha, que você não se arrependa.
- Eu não deixarei isso acontecer senhor, farei de tudo para ver e fazer sua filha o mais feliz possível. - Disse Thomas, colocando o braço em volta da minha cintura e me fazendo sorrir.
- Satisfeito ? - Perguntei.
- É, veremos até quando. - Disse sarcástico.
- Então, e você e Bruna, Pedro ? - Disse minha mãe mudando o foco da conversa.
- O que é que tem ?
- É sério ou não ? - Perguntou ela.
- A gente não veio aqui pra falar do namoro se Jessica ? Não to entendendo. - tadinha de Bruna, ficou vermelha. Mas foi só até ai que consegui acompanhar a conversa, depois minha mente viajou um pouco e me virei pra falar com Thomas, sussurando.
- Até agora ta indo tudo bem, vai dar tudo certo. - E dei um beijo em sua bochecha e depois na boca.
- Mas seu pai ta odiando isso, pra tentar atrapalhar a gente custa pouco.
- Mas nós não vamos deixar ele se meter aqui, eu e você meu amor, e ninguém mais, dane-se ele, o que ele acha. Nós estamos juntos e assim vamos ficar,
- Com certeza. - Ele me abraçou e voltamos a atenção a conversa do pessoal.
Depois desta breve conversa, apresentaçao , social, não sei bem o nome a se dar, nós fomos almoçar. Sentamos todos a mesa, Pedro a minha frente, Thomas ao meu lado e Bruna em sua frente, meus pais ficaram nas pontas, meu pai claro ficou ao meu lado.
O almoço foi Fettuccine de Palmito, uma massa feita de palmito, servido com camarão e molho de coral, o camarão estava divino. Meu pai tem uma certa paixão por frutos do mar, e eu só tenho a agradecer por não ter sido Sushi, isso não é muito a minha praia. E de sobremesa foi tarte tatin, torda de maçã francesa, olha, eu juro que preferia uma torta de limao bem brasileira sabe, não tinha necessidade de pratos tão finos assim, mas eu não vou criar tumulto por causa de comida, afinal comida é comida, chique ou não eu a amo.
Depois do almoço, eles resolveram ficar um pouco na sala e eu arrastei Thomas para o terraço do prédio, onde tem uma vista linda do Rio.
- Onde vocês estão indo ? - Perguntou minha mãe.
-hm, lá em cima, já voltamos. - E sai, antes que eles ficassem enchendo o saco.
Antes de abrir a porta e mostrar a Thomas uma das vistas mais lindas, eu pedi que ele fechasse os olhos e só abrisse quando eu mandasse.
- Ok, pode abrir agora. - E ele abriu, e eu estava em sua frente de braços abertos, com um sorriso largo para mostrar a beleza do Rio atrás de mim.
O sol estava no alto, mas não estava tão calor, o céu estava em um degrade de azul, a coisa mais linda e lá no fundo o mar. - É lindo não é ? - Ele abriu um sorriso e me abraçou por trás.
- Lindo demais, assim como você . - Beijou atras da minha orelha.
- Bobo. Fico feliz de você estar aqui sabe, parece que estou te mostrando um pouco mais de mim,não sei.
- E está, é como se eu estivesse vendo o mundo do seu ponto de vista, um mundo de tão rico, que merece ser visto pela sua beleza, pela simples felicidade e calma que pode nos trazer. Pela sua grandeza e importância, a qual muitos não dão valor. - Ele me virou de frente para ele.- Obrigado, por me mostrar o mundo da forma como você vê, Obrigado por me deixar te conhecer, Orbrigado por estar aqui comigo e por querer isso. Você só me faz mais feliz a cada dia. - Eu estava olhando em seus olhos, ouvindo cada palavra e tentando não ficar emocioada , mas foi mais forte que eu.
- Eu te amo. - Dissemos os dois juntos.