Acordei na manhã seguinte um bagaço, dormi muito mal, isso quando conseguia dormir, me levantei pra minha higiene matinal e pra me arrumar, já que queria falar com meu pai teria que ir até ele.

Roupa básica, porem mais recatada, foi assim que decidi me vestir. Desci para tomar café da manhã com minha mãe e Pedro, mas Thomás estava lá também, e conversando com minha mãe, OK, logo de manhã, que maravilha.

– Bom dia - Falei para todos.

– Bom dia - Todos falaram em resposta.

Fui até a bancada pegar um prato pra por meu café da manhã e Thomas se aproximou.

– Precisamos conversar. - ele disse, bem proximo de mim.

– Sobre ? - Nem fiz questão de olhar nos olhos dele, adimito que eu estava irritada com ele, eu esperava muito mais dele naquela noite, esperava que ele me explicasse aquele " eu acho que te amo", esperava que ele me beijasse ali mesmo, esperava que ele me arrastasse pra porcaria daquele carro, esperava que... Que ele entrasse pela porra daquele portão do deposito pra me salvar, e nada, nenhuma dessas, nem ao menos eu acho que ele esteve envolvido pra ajudar o meu pai, quem dirá ser a merda da "proteção".

– Sobre aquela noite. - ah que ótimo.

– Então nós não temos nada pra conversar. - E voltei a mesa.

Pov's Thomás

O que deu nessa garota ? Eu só quero conversar, explicar pra ela tudo que aconteceu naquela noite, ou parte pelo menos. Quer saber, eu vou esperar ela se acalmar e depois volto a falar com ela.

Voltei para mesa onde continuamos a conversar sobre planos para faculdade, bem, tirando o fato de que eu já estou na faculdade é da pra enteragir com o assunto.

Numa boa, não aguento mais isso, esses segredos, é tanto detalhe que eu tenho que tomar cuidado para não descobrirem que puta que pariu, não aguento mais, nem na faculdade eu tenho mais certeza de nada.

Fiquei observando Jessi comendo e lendo algo no celular que a fazia sorrir e nossa que sorriso lindo ela tem, minha vontade era de beijar ela ali mesmo, de abraça-la, de poder protege-la, ou de simplesmente poder dizer a ela " Ei, eu sei que pode ser idiota, mas eu sou o cara que tem te protegido nos últimos dias, que te salvou daquele imbecil, eu não aguento mais te esconder" e realmente eu não aguento mais, eu preciso falar com o Dr, não aguento mais essa situação.

Vou acabar logo com isso, e eu sei que vou ter que me afastar dela, mas vai ser o melhor pra ela, quem sabe algum dia a gente não se encontra... OK, isso não vai rolar.

– Ai Thomas, vamos ? - Falou Pedro.

– ah,vamos sim, tchau Dona Melissa e tchau Jessica.- não ousei nem chama-la de princesa ou de Jessi, já que eu vou sumir da vida dela.

Pov's Jessi

Caramba ele ta bem ? Não me chamou de Princesa ou de Jessi, pelo menos, até minha mãe reparou.

– UE, não te cha,ou de princesa ?

– Pois é né ? Vai ver que de tanto eu falar que não gosto ele resolveu parar. - Minha mãe riu, nossa OK. Obrigado.

– aham filha, com certeza.

– Então o que foi ?

– Vai saber. Mas não é isso.

– OK, o mãe eu, vou visitar meu pai hoje tá ?

– Por que ?

– Por que ele é meu pai - Sorri pra ela. E ela fez aquela cara " e eu sou o bobo da côrte né ?" - Eu só quero saber como ele me achou. - Verdade e mentira.

– Minha filha, você deve deixar isso pra lá, ficar remoendo isso não vai te fazer bem.

– Eu sei mãe, mas eu preciso, se não eu não vou ficar bem.

– Tudo bem então, quer que eu te leve lá ?

– Seria ótimo. - Sorri pra ela.

E minha mãe me levou até a casa do meu pai e eu ainda estava pensando no que iria falar pra ele. E que talvez eu não vá receber uma resposta muito sincera, mas não importa.

– Obrigado mãe, eu vou ficar bem e volto de táxi OK ?

– Eu posso ficar, sem problemas.

– E subir também ? Não precisa, pode ir, vai fazer compras , ir ao salão e não se preocupa.

– Tudo bem então filha.

E assim eu subi até o apê do papai querido. Bati na porta e ele quem abriu, parecia suroreso .

– Oi. - eu disse.

– Oi minha filha, que surpresa, entra, pode entrar. - Ele me abraçou e eu entrei.- Como você está ?

– Eu to bem, me recuperando do acontecido , mas tenho pessoas maravilhosas ao meu lado. Inclusive, foi por isso que eu vim aqui hoje.

– Ah é ? Pode falar, quer algo pra beber ? Comer ?

– Não, eu acabei de tomar um café da manhã. Pois bem, pai eu, queria saber como você me encontrou naquele lugar horrível ? - Achei melhor começar assim .

– Como ? Bem, eu diria que não foi tão dificol , mas não muito fácil, uma pessoa que eu pedi pra proteger vocês sabia do seu paradeiro.

– Ah é ? Então realmente tem alguém nos protegendo ? - Esperava a resposta dele.

– Mas é claro minha filha, você acha que eu os deixar vocês assim, correndo risco, com a profissão que eu tenho ? Só se eu tivesse algum tipo de distúrbio.

– Verdade né ? Mamãe sempre disse isso. Mas pai... Quem é essa pessoa ? Ou pessoas ?

– Ah minha filha, eu não posso te dizer isso, você pode até correr riscos....

– Pai, pai, por favor, correr riscos ? Eu quase morri a dois dias, eu já corri riscos e talvez ainda corra, talvez se eu ao menos souber quem nos protege eu possa pedir a ajuda a essa pessoa se alguma coisa acontecer novamente, e eu vou me sentir mais segura, eu não vejo risco nenhum nisso.

– Você até tem certa razão minha filha, mas mesmo assim eu ainda acho perigoso, a pessoa sabe o que está fazendo, você não corre riscos.

– Não corro riscos ? Eu quase morri, pelo amor de Deus, eu nem sei o que poderia ter acontecido se por divindade de Deus você não aparecesse exatamente naquela hora. Por favor pai, eu vou me sentir maos segura. - Eu me exaltei um pouco e acabei falando mais alto, mas me recompus.

– Tudo bem filha, se acalme, eu sei que você ainda está em choque, mas por favor, me entenda. Eu só quero o seu bem, a sua proteção e essa pessoa não iria querer que você soubesse disso.

– OK, mas me diz uma coisa, essa pessoa é bem próxima de mim ?

– Ai filha.... Tudo bem, pelo que eu sei você s não começaram muito bem mas foram se aceitando. - Ah senhor, eu não acredito.

– Thomas Pai ? É ele não é ?- juro que nessa hora eu já estava chorando, mas de raiva. Não sei quando comecei a chorar, mas eu estava.

– Quem ? Não minha filha, eu nem sei quem é esse. Ele não estuda com você minha filha e nem....

– Ah meu pai, obrigado por confirmar o que eu já sabia, depois de tanto tempo vendo você mentir, também a trabalho, eu aprendi a ver e entender quando você mente. - Chorei mais ainda.

– O que ? Filha, não to entrndendo.

– Como você sabia que ele estudava comigo pai ? Eu nunca te falei de Thomas, suas mentiras não funcionam comigo, e por favor, tira ele da minha vida OK e deixa de ser tão mentiroso, eu não aguento mais isso, você sempre mente pai, sempre, além de nunca estar presente na minha vida não é ? - Eu comecei a gritar com ele, não dava mais pra segurar tantos anos quieta, todo esse tempo fingindo que ele não mentia pra mim, que sempre estava presente, que eu ficava feliz ao ver ele dando mais atenção para o filho da namoradinha dele do que pros seus próprios filhos. - Eu não aguento mais, eu to indo.

– Minha filha, volta aqui, eu sei que sempre minto, mas é para o seu bem e o do seu irmão, sempre foi assim, se você quiser ele sai da sua vida, eu dispenso ele e ele some

– Mas é claro não é pai, será, será que está mentindo agora também ? Pois eu não acredito em mais nada do que você diga , vai lá atrás da sua namoradinha e do filho dela que você tanto ama. - Abri a porta do apartamento com raiva e vi quem eu mais queria no momento, com a mão na parede se apoiando.

Ele me olhou quase que assustado. E eu ouvi meu pai quase que gritando " O que você está fazendo aqui Thomas ?".

– Não é ele não é pai ? - Eu ainda consegui falar antes de sair correndo. - Segura ai. - Pedi que segurassem o elevador.

Meu Deus como eu sou idiota, lerda, ele só estava junto comigo por obrigação, trabalho. Ele não podia ter feito isso. Ainda ouvi ele pedindo pra segurarem o elevador, mas ninguém segurou.

Sai daquele apartamento desorientada, sem noção do que fazer, então resolvi caminhar um pouco, andei tão rápido pra sair dali que graças a Deus, ninguém veio atrás de mim. Eu só queria que isso fosse mentira, será que tudo foi só trabalho ? Até... Até ele dizer que me ama ? Será que foi só pra se aproximar ?

– Eu quero morrer. - eu falei um pouco baixo.