Ela Só Tem Um Simples Desejo. escrita por Thayná


Capítulo 18
Tantos sentimentos.


Notas iniciais do capítulo

E ai pessoal ? Espero que gostem e deem a opinião de vocês. Boa leitura.



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– Você o que ?- Perguntei

– É exatamente isso, mas agora a gente não vai poder falar sobre isso. Vamos embora ?- Ele falou já levantando e me ajudando.

– Oi ? Mas Cam nem ligou.

– Mas seu irmão mandou uma msg, vamos ?

– Sério ? Você acaba de dizer que acha que me ama, e nada, não vai falar mais nada e quer ir embora ? - Fiquei com um pouco de raiva da situação.

– Sério, numa boa, eu acho que bebi demais. Agora vamos.- Ele começou a me puxar para o carro, com delicadeza ainda assim.

Me soltei dele e sai andando.

– Idiota.- Falei em um sussurro.

– Aonde você está indo ?- Ele perguntou.

– Pra casa.- Eu disse sem olhar pra trás.

– E você vai como ? A pé ? Entra logo nesse carro e para de birra.

– Birra ?- Virei violentamente e ele parou na minha frente.- Eu vou de táxi, não precisa se preocupar.- Falei irônica.

– Volta aqu...- Ele falava e então André apareceu na minha frente, me assustou até.

– Ei, tá tudo bem ?- Ele perguntou segurando meu braço, como se eu fosse cair.

– Tá, agora tá.- E sorri pra ele.

– Jessica, vamos ?- Falou Thomas.

– Já disse, eu vou de táxi.

– Táxi ? Eu te levo em casa, se você quiser claro.- E sorriu, ok, isso me deu um pouco de medo, mas o que eu realmente não queria era ficar uma hora no carro com Thomas.

– Claro, eu ac...

– Não, eu te levo. Você não precisa leva-la em casa.- Me interrompeu Thomas.

– Não é o que parece. Acho que sua princesa não quer a sua companhia.- E riu. Acho que Thomas não suportou aquilo, não pela cara dele e por como agiu.

– Olha só, eu não preciso da sua opinião pra nada, ela vai comigo e acabou.- Thomas falou segurando André pela gola da camisa.

– Thomas solta ele, eu vou com ele.

– Princesa, olha pra mim - Thomas segurou o meu queixo.- Vamos comigo, por favor, seu pai não vai gostar de saber disso.- Ele parecia preocupado, com raiva, nervoso.

– E ele não precisa, a não ser que você fale.- Vi Thomas já cheio de raiva.

– Então amigão, eu a levo em casa, pode confiar.- Disse André.

– Claro que confio.- Disse Thomas irônico, quase enfiando um soco na cara de André. E então foi até a limousine, mas ela não saiu do lugar.

– Então. Foi mal, ele é um idiota. Você não precisa me levar, eu pego um táxi aqui mesmo.

– Não princesa, eu te levo em casa.

– Tá, só.. não me chame de princesa, ok ?

– Desculpe, é o costume.

– Claro.

André estava no caminho pra minha casa, e até então eu estava o reconhecendo mas do nada, sem que eu reparasse, não estávamos no caminho para ela.

– Onde estamos ?- Perguntei sem deixar transparecer o meu pânico daquele garoto louco.

– Resolvi te amostrar um lugar, bem legal, já que está tão cedo.- Ele sorriu, um sorriso mal, que me dava medo. Meu Deus, eu sou tão nova pra morrer, não faça isso, por favor.

– Lugar bem legal ?!- Soou mais como uma pergunta, diferente do que eu queria.

– Não está com medo, está ?- Ele não tirava o sorriso da cara. E então eu sorri, atuando tudo aquilo que aprendi nas aulas de teatro da escola.

– Deveria ?

– Depende.

– De ?

– Do humor de quem vai estar lá.

– E quem vai estar lá ?- Ta, eu estou com medo, por favor, pare esse carro.

– Um amigo do seu pai.- Amigo ? Meu pai não tem muitos amigos, principalmente se é alguém que você conheça.

– OK, como ele se chama ?

– Você não precisa dessa informação.

– Como não ? Se eu vou ver essa pessoa tenho que, no mínimo saber o nome dela.

– Mas você não vai conversar com ele... e aposto que ele não quer falar muito, ele gosta mais de agir.- Deu uma risada. Tirei o meu sinto bem devagar, para que ele não visse, mas foi em vão.- Você acha que vai sair do carro por acaso ?- Ele disse apertando o meu braço.

– Olha só, para esse carro, por favor.- Eu disse me virando pra ele.

– Parar ? - E riu.

– Por favor, o que você quer de mim ? O que essa pessoa quer ? .. Vo-Você disse que ele, seja quem "ele" for, é amigo do meu pai, certo ? Ele quer dinheiro ? É isso ? Não é ? Meu pai dá o dinheiro que ele quiser. - Eu disse com muito medo e já gaguejando.

– Dinheiro ? Acho que não. Está mais pra uma vingança básica.

– Vingança ?- Entrei em choque.

– Você vai saber mais daqui a pouco.

Passaram-se alguns minutos e eu já sentia as lagrimas escorrendo do meu rosto. Quem seria essa pessoa ? O que ela quer de mim ou do meu pai ? Seja la o que for, como eu queria ter ido embora com Thomas, como eu queria poder pedir desculpas a ele agora. Por que eu sou sempre tão teimosa ?

O carro havia parado em frente a um deposito, bem escondido e largado aparentemente. Ninguém iria me achar ali, nem se eu gritasse, era longe de tudo.

André me enxotou para dentro do deposito e tampou meus olhos. Me fez sentar em uma cadeira, pude sentir que tinha uma mesa em frente, a cadeira estava gelada, assim como eu. Ouvia o sussurrar das folhas do lado de fora, e dos homens que ali dentro estavam. Ouvi a voz de André duas vezes, onde ele dizia:

– Pode mandar chama-lo, a Dama dele já chegou- E ria. Da outra vez ele disse:

– Senhor, aqui está ela, a seu dispor.- Meu Deus, esse homem, seja ele quem for, estava aqui, e eu não conseguia nem mexer, e só chorava, em silêncio, como se aquilo fosse adiantar algo.

– Pode tirar a venda de seus olhos, quero que ela olhe nos meus olhos antes de morrer.- Sua voz era fria, rouca, e em nenhum momento ele ria, enquanto os seus seguranças, ou qualquer outra merda que fossem, riam da situação.

A venda foi tirada dos meus olhos. E mesmo com os olhos marejados, pude ver o seu rosto nitidamente. Era o homem com quem meu pai estava conversando hoje na festa. Seus cabelos milimetricamente arrumados, seus olhos negros me encarando, sem nem um ar de humor em seu rosto.

– Boa noite querida. Como foi sua noite ?- Ele se sentou em minha frente, fumando um charuto.


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Notas finais do capítulo

E ai ? O que acharam ? O que acham que vai acontecer com Jessi ? Será que vai haver uma revira volta ? Será ? Deixem a opinião de vocês aqui, digam o que acham que vai acontecer, o que esperam que aconteça. Beijos. Lembrem-se: Eu acho que meio que amo vocês.



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