Ela Só Tem Um Simples Desejo. escrita por Thayná
Notas iniciais do capítulo
E ai pessoal ? Espero que gostem e deem a opinião de vocês. Boa leitura.
– Você o que ?- Perguntei
– É exatamente isso, mas agora a gente não vai poder falar sobre isso. Vamos embora ?- Ele falou já levantando e me ajudando.
– Oi ? Mas Cam nem ligou.
– Mas seu irmão mandou uma msg, vamos ?
– Sério ? Você acaba de dizer que acha que me ama, e nada, não vai falar mais nada e quer ir embora ? - Fiquei com um pouco de raiva da situação.
– Sério, numa boa, eu acho que bebi demais. Agora vamos.- Ele começou a me puxar para o carro, com delicadeza ainda assim.
Me soltei dele e sai andando.
– Idiota.- Falei em um sussurro.
– Aonde você está indo ?- Ele perguntou.
– Pra casa.- Eu disse sem olhar pra trás.
– E você vai como ? A pé ? Entra logo nesse carro e para de birra.
– Birra ?- Virei violentamente e ele parou na minha frente.- Eu vou de táxi, não precisa se preocupar.- Falei irônica.
– Volta aqu...- Ele falava e então André apareceu na minha frente, me assustou até.
– Ei, tá tudo bem ?- Ele perguntou segurando meu braço, como se eu fosse cair.
– Tá, agora tá.- E sorri pra ele.
– Jessica, vamos ?- Falou Thomas.
– Já disse, eu vou de táxi.
– Táxi ? Eu te levo em casa, se você quiser claro.- E sorriu, ok, isso me deu um pouco de medo, mas o que eu realmente não queria era ficar uma hora no carro com Thomas.
– Claro, eu ac...
– Não, eu te levo. Você não precisa leva-la em casa.- Me interrompeu Thomas.
– Não é o que parece. Acho que sua princesa não quer a sua companhia.- E riu. Acho que Thomas não suportou aquilo, não pela cara dele e por como agiu.
– Olha só, eu não preciso da sua opinião pra nada, ela vai comigo e acabou.- Thomas falou segurando André pela gola da camisa.
– Thomas solta ele, eu vou com ele.
– Princesa, olha pra mim - Thomas segurou o meu queixo.- Vamos comigo, por favor, seu pai não vai gostar de saber disso.- Ele parecia preocupado, com raiva, nervoso.
– E ele não precisa, a não ser que você fale.- Vi Thomas já cheio de raiva.
– Então amigão, eu a levo em casa, pode confiar.- Disse André.
– Claro que confio.- Disse Thomas irônico, quase enfiando um soco na cara de André. E então foi até a limousine, mas ela não saiu do lugar.
– Então. Foi mal, ele é um idiota. Você não precisa me levar, eu pego um táxi aqui mesmo.
– Não princesa, eu te levo em casa.
– Tá, só.. não me chame de princesa, ok ?
– Desculpe, é o costume.
– Claro.
André estava no caminho pra minha casa, e até então eu estava o reconhecendo mas do nada, sem que eu reparasse, não estávamos no caminho para ela.
– Onde estamos ?- Perguntei sem deixar transparecer o meu pânico daquele garoto louco.
– Resolvi te amostrar um lugar, bem legal, já que está tão cedo.- Ele sorriu, um sorriso mal, que me dava medo. Meu Deus, eu sou tão nova pra morrer, não faça isso, por favor.
– Lugar bem legal ?!- Soou mais como uma pergunta, diferente do que eu queria.
– Não está com medo, está ?- Ele não tirava o sorriso da cara. E então eu sorri, atuando tudo aquilo que aprendi nas aulas de teatro da escola.
– Deveria ?
– Depende.
– De ?
– Do humor de quem vai estar lá.
– E quem vai estar lá ?- Ta, eu estou com medo, por favor, pare esse carro.
– Um amigo do seu pai.- Amigo ? Meu pai não tem muitos amigos, principalmente se é alguém que você conheça.
– OK, como ele se chama ?
– Você não precisa dessa informação.
– Como não ? Se eu vou ver essa pessoa tenho que, no mínimo saber o nome dela.
– Mas você não vai conversar com ele... e aposto que ele não quer falar muito, ele gosta mais de agir.- Deu uma risada. Tirei o meu sinto bem devagar, para que ele não visse, mas foi em vão.- Você acha que vai sair do carro por acaso ?- Ele disse apertando o meu braço.
– Olha só, para esse carro, por favor.- Eu disse me virando pra ele.
– Parar ? - E riu.
– Por favor, o que você quer de mim ? O que essa pessoa quer ? .. Vo-Você disse que ele, seja quem "ele" for, é amigo do meu pai, certo ? Ele quer dinheiro ? É isso ? Não é ? Meu pai dá o dinheiro que ele quiser. - Eu disse com muito medo e já gaguejando.
– Dinheiro ? Acho que não. Está mais pra uma vingança básica.
– Vingança ?- Entrei em choque.
– Você vai saber mais daqui a pouco.
Passaram-se alguns minutos e eu já sentia as lagrimas escorrendo do meu rosto. Quem seria essa pessoa ? O que ela quer de mim ou do meu pai ? Seja la o que for, como eu queria ter ido embora com Thomas, como eu queria poder pedir desculpas a ele agora. Por que eu sou sempre tão teimosa ?
O carro havia parado em frente a um deposito, bem escondido e largado aparentemente. Ninguém iria me achar ali, nem se eu gritasse, era longe de tudo.
André me enxotou para dentro do deposito e tampou meus olhos. Me fez sentar em uma cadeira, pude sentir que tinha uma mesa em frente, a cadeira estava gelada, assim como eu. Ouvia o sussurrar das folhas do lado de fora, e dos homens que ali dentro estavam. Ouvi a voz de André duas vezes, onde ele dizia:
– Pode mandar chama-lo, a Dama dele já chegou- E ria. Da outra vez ele disse:
– Senhor, aqui está ela, a seu dispor.- Meu Deus, esse homem, seja ele quem for, estava aqui, e eu não conseguia nem mexer, e só chorava, em silêncio, como se aquilo fosse adiantar algo.
– Pode tirar a venda de seus olhos, quero que ela olhe nos meus olhos antes de morrer.- Sua voz era fria, rouca, e em nenhum momento ele ria, enquanto os seus seguranças, ou qualquer outra merda que fossem, riam da situação.
A venda foi tirada dos meus olhos. E mesmo com os olhos marejados, pude ver o seu rosto nitidamente. Era o homem com quem meu pai estava conversando hoje na festa. Seus cabelos milimetricamente arrumados, seus olhos negros me encarando, sem nem um ar de humor em seu rosto.
– Boa noite querida. Como foi sua noite ?- Ele se sentou em minha frente, fumando um charuto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E ai ? O que acharam ? O que acham que vai acontecer com Jessi ? Será que vai haver uma revira volta ? Será ? Deixem a opinião de vocês aqui, digam o que acham que vai acontecer, o que esperam que aconteça. Beijos. Lembrem-se: Eu acho que meio que amo vocês.