A semana passou como outra qualquer, chata, entediante, entre outros adjetivos que eu poderia usar para definir essa semana. Pedro passou a semana toda tentando me convencer de não sair com André, mas foi em vão. E Thomas ? Bem, Thomas nem falou direito comigo essa semana.

–OK, agora eu tenho que achar uma roupa... agradável.- Eu estava falando com a minha mãe, que estava me ajudando a achar uma roupa para eu sair com André.

– E para onde vocês vão ?

– Na verdade nem eu sei.

– Bem, ai fica difícil de achar uma roupa né.

– Pois é.

– E vai só você e ele ?

– Sim. Por que ?- Aposto que meu irmão já encheu a cabeça da minha mãe.

– Não, nada. Mas você conhece esse menino, para ter um encontro com ele ? Assim, só vocês dois, em um lugar que você nem sabe onde ?- PARA. Encontro ? Será que poderia chamar isso de encontro ? Bem, eu não sei, mas de qualquer forma.

– Bom, na verdade agora que você ta falando, é verdade eu conheço bem pouco dele. Mas de qualquer forma, deve ser um lugar publico. – Assim eu espero.

– Tomara, vai que ele é um assassino ?!- Fiquei olhando pra ela com cara de louca, idiota.- Não quero perder a minha filinha e nem quero parar em uma prisão.- E me deu um beijo na testa.

– Vai mandar Pedro ir atrás de mim né ?!- Ela estava atrás de mim.

– Vou sim - Ufa, menos mal, vai que André realmente é um assassino ? Quero nem pensar nisso.

– Otimo, só fala pra ele, que eu não quero ver ele por favor.

– Pode deixar que você não vai ver nem a sombra dele.- E continuamos a procurar uma roupa descente.

Ás 18:30 em ponto a campainha tocou.

– Nossa, que pessoa pontual .- EU disse. E quando eu abri a porta, dei de cara com Thomas. Fala sério.-Não me diga que vai acompanhar meu irmão essa noite ?

– Ta, se você não quer eu não digo.- Ele disse e entrou.

– Olha, eu só não quero ver vocês dois ta ?- Eu disse olhando para os dois sentados no sofá.

– Ver a gente ?- Thomas disse olhando pra Pedro.

– Ela já sabe que a gente vai.

– E não falou nada ?

– Inacreditavelmente não.- A campainha tocou e eu atendi e dessa vez nenhuma surpresa.

– Oi.- Eu disse.

– Oi, e ai, pronta ?

– Pronta.- E sorri pra ele.

Ele abriu a porta do carro pra mim.

– Você está linda sabia ?

– Obrigado.- Não vou dizer que você também está. Apesar de estar um gato;

Jessica- http://www.campinafm.com.br/img/img_up/images/anitta%20%281gay%29.jpg

André- http://www.canalmasculino.com.br/6-maneiras-de-buscar-inspiracao-para-se-vestir-melhor-sem-sair-de-casa/

Ele dirigiu com o rádio ligado até a um restaurante .

Nós sentamos em uma mesa bem nos fundos. Eu sugeri uma mesa perto da saída, mas ele não quis. O que eu podia fazer ? Gritar ? Fazer ele passar vergonha ? Ele tava tão gato que nem merecia.

Nós ficamos conversando, fizemos o pedido.

– Sabe, eu tava pensando. Eu conheço bem pouco sobre você, que tal você me contar um pouco mais sobre você ?

– Sobre mim ? Minha vida não é nem um pouco atrativa.

– E o que, que tem ? Vai conta.

– O que você quer saber ?

– Ah não sei, o que você faz no seu tempo livre ?- Saber um pouco mas sobre ele, não seria nada mal. Ele sorriu.

– Brinco de policia e ladrão.

– Não entendi.- Sorri pra ele.- Me explica ?

– Se eu te contar eu teria que te matar.- Ahaha que comédia ele.

–Nossa, é uma coisa tão secreta assim ?

– Você nem imagina.

– Ta bom, então me conta algo que você possa conta né.

– Deixa eu ver. Não gosto muito de estudar é entediante.

– Não me diga, eu nem tinha percebido.- Falei sarcástica. Ele se debruçou um pouco na mesa.

– Eu gosto do seu jeito sabia ?- Eu me debrucei um pouco

– Não, mas agora eu sei.- E sorri pra ele.- Mas e ai, quando você volta pra escola ?

– Ainda estou vendo isso.

– Entendi. Bem, eu vou ao toilette e já volto.- Eu disse e me levantei.

–Ok.

Fui em direção ao toilette e por sorte estava vazio, assim como o restaurante estava, se tinha 5 mesas ocupadas eram muitas.

Lavei a mão e a sequei. Ouvi a porta do banheiro bater e levei um susto. Olhei e vi Thomas.

– AI que susto garoto.

– O que foi, achou que fosse o seu amiguinho. – Sim achei né.

– Não, não achei nada.- E virei para o espelho, procurando o batom na bolsa.

– Sobre o que o idiota ta falando com você ?- Ele recostou na pia.

– Você quer saber se ele ameaçou a enfiar aquela faca em mim ? Não, ele não fez isso.- Eu comecei a passar o batom na boca.

– Você é tão engraçada Jessica.

– É, já me disseram.- Ele ficou olhando pra mim e eu olhei pra ele.- O que foi ?

– Gostei do batom.- Era um batom meio pêssego.

– É, eu também.- Eu tentando disfarçar a vergonha, me olhei no espelho e eu estava um pouco vermelha. Ai fala sério.- Eu to indo.- Ele segurou meu braço.

– Não faça nenhuma besteira ta ?

– O que seria “fazer uma besteira” pra você ?- Ele ficou me olhando e não disse nada.- Ok, vou agarrar ele, isso não me parece nenhuma besteira.

– Quem vai se arrepender depois é você.

– E por que eu iria me arrepender ?

– Por que não é ele que você quer agarrar é ?- Ele soltou um sorriso.

– E quem seria ? Você ? Desculpe, mas se você pensa isso, está estupidamente enganado.

Sai do banheiro e voltei a mesa.

O jantar foi tranqüilo, conversamos sobre ele, sobre mim e nada de extraordinário aconteceu. A não ser quando íamos embora e estávamos perto do carro dele.

Estavamos bem perto um do outro e eu vi o carro de Thomas parado do outro lado da rua, mas ligado e acabei fazendo uma besteira, ou não, mas o fato é que eu me senti mal depois. Beijei André, assim de repente. Bem, pelo menos ele retribuiu, mas eu acabei me sentindo uma idiota depois. Mas até que eu gostei do beijo.

Mas foi estranho, seilá, era como se nós dois estivéssemos forçando aquele beijo. Depois ele me levou pra casa e não falou nada a viajem toda.

Chegando em casa ele me deu um selinho e disse.

– Amei sair com você, espero que tenha uma próxima vez.- Sorri pra ele.

– Quem sabe ?!

Entrei em casa e me tranquei no quarto. Não queria ver a cara dos meninos, muito menos a de Thomas.

Não é errando que se aprende ? Acho que aprendi que é errado beijar os outros só pra deixar o outro com ciúme, ou raiva né. Espero que ele esteja morrendo de raiva também, tudo bem que não foi nenhum sacrifício beijar André, e não foi mesmo, mas era ele quem eu queria beijar. Af espero que tenha valido a pena.