The Princess- Interativa escrita por Blue Diet Coke


Capítulo 4
Pra que raios o creme tem sabor de cupcake?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, não me culpem se ficou sem garça, tive um bloqueio criativo.

Pus um pouco de romance no meio ;)

Quem não apareceu vai aparecer no próximo.

Quem não comentar em dois caps seguidos tem as personagens retiradas da Seleção.

Só isso :)



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A ida até o palácio foi relativamente tranquila. Rence e Kobato estavam conversando animadamente, rindo, as vezes eu contribuía a conversa com alguns comentários, mas em geral eu estava quieta. Eu ainda estava analisando Jeane, procurando onde sua armadura poderia cair. Ela parece ser implacável, mas eu vejo nos olhos dela algo... Humano. É, humano seria a palavra certa. Chegamos a entrada do palácio, onde uma multidão gritava o nome de várias Selecionadas, vi meu nome algumas vezes, o que me deixou meio triste, já que vou decepciona-los. É meio deprimente. O nome que eu mais vi foi o de uma garota chamada Ravenna, estava espalhado por todo lugar. Vai ser interessante conhece-la.

Entramos no palácio e fomos recebidas por uma escandalosa mulher com cabelo platinado. Ela primeiro nos levou para tirar uma foto de perfil (o "antes") e depois nos levou até um enorme salão com vários stands, como cabeleireiro, maquiagem ou vestuário. Estava quase tudo vazio, fomos uma das primeiras a chegar. Fui direcionada ao stand de tratamento de pele. Lá, passaram um creme que dizia ter "cheiro e gosto de cupcakes". Sério, pra que alguém vai querer comer o creme?

Depois fui para o stand de cabelo. O cabeleireiro, Jonas, logo que cheguei, perguntou:

–Que imagem você quer mostrar?

–Minha imagem não está o suficiente para Vossa Alteza?- perguntei sarcástica.

–Agressiva? Isso não combina com sua cara de anjinho, esse cabelo louro e olhos azuis inocentes. Que tal uma imagem mais conservadora?- ele perguntou, com voz afetada.

–Que seja.- eu disse, mal humorada. Conservadora é a tua mãe. Quanto mais eu rezo, mais babaca me aparece.

Jonas pelo menos sabia o que estava fazendo. Cortou meu cabelo em camadas, com a franja um na altura da boca, o que o deixou mais volumoso e brilhante. Terminado o cabelo, fui para a maquiagem.

Lá, uma mulher chamada Diana me recepcionou. Ela me perguntou se eu tinha alguma preferência. Eu disse que queria algo simples.

Terminada a simples maquiagem, hora de fazer as unhas. Lá, insistiram em pintar minha mão de verde piscina. A moça foi tão simpática que eu deixei sem problemas.

Finalmente a parte que mais me interessava: os vestidos. Tinha uma arara com meu nome, cheia de vestidos até a altura do joelho. Eles todos eram lindos, mas preferi escolher um da mesma cor do meu esmalte, que era justo no busto e na barriga com uma saia balonê que eu simplesmente amei. Pus os saltos que me deram e sentei em uma poltrona. Uma jornalista fez algumas perguntas que eu respondi rapidamente. Depois de alguns minutos, notei que uma garota se sentou ao meu lado. Ela é ruiva, com cabelo curto e cacheado, a pele alva, uma pequena argola prateada no nariz, olhos azuis e uma expressão cansada.

–Oi, sou Julieta. - eu disse, tentando puxar assunto.

–Sou Catherrine. Mas me chame de Cat- ela disse, a expressão, apesar de simpática, mostrava cansaço.

–Você parece exausta. - comentei.

–Discuti com o cabeleireiro, ele queria encher meu cabelo de produtos para que ele ficasse liso, além dele querer colocar um aplique.

–Eu, sinceramente achei seu cabelo lindo. Esse ruivo combina perfeitamente com sua pele. Se você deixasse seu cabelo crescer ficaria lindo.

–Obrigada. Só não é muito pratico ter cabelo grande quando você é uma pintora.

–Você é uma Cinco? Eu adoro arte, compro muitos quadros das feiras de Cincos na minha cidade. Você pinta que tipo de quadros.

–Pinto um pouco de tudo, mas atualmente estou pintando muitas paisagens?- ela disse, e notei que havia uma mancha verde na mão dela. Tinta. Isso automaticamente me fez lembrar de Matt.


–Tem certeza? Você sabe que eu mal desenho boneco de palito direito!- eu disse, rindo, enquanto Matt me entregava um pincel e uma paleta.

Ele havia me prometido uma aula de pintura. Estávamos na floresta do parque da cidade, aonde ninguém ia pois dizia-se que o fantasma de um antigo prefeito assombrava. Pode não parecer, mas eu estava achando extremamente romântico.

Me lembro que eu estava usando um vestido, e que Matt, logo que eu cheguei me deu três rosas vermelhas. "Uma parecia muito pouco, e uma dúzia muito clichê" ele disse. Eu havia prendido meu cabelo em um coque frouxo, de modo que algumas mechas caiam em meu rosto.

Estava ensolarado, com uma pequena brisa que sacudia alguns dentes-de-leão que estavam brotando.

–Não sei por onde começar. - eu disse, rindo, segurando o pincel.

–Tente encontrar algo no seu interior.- ele disse, como se fosse fácil. Fechei os olhos e me concentrei, mas a única coisa que vinha a minha cabeça era o quanto eu queria beijar o Matt. É, ainda não tínhamos nos beijado.

–Estou me sentindo patética!- eu disse, rindo.

–Tudo bem, eu te ajudo.- ele disse. Ele me abraçou por trás e pegou minha mão direita, que estava com o pincel, e me ajudou a começar.

Passamos um bom tempo assim, até que eu disse que ele estava fazendo tudo. Ele riu e disse que ele não sabia ensinar pintura, que era algo meio instintivo.

–Você é um péssimo professor.- comentei, enquanto ele limpava o pincel.

–Você que é uma péssima aluna. Eu sou um perfeito professor.- ele disse. Enquanto ele estava de costas, eu melei meu dedo com tinta verde.

–Convencido.- eu disse, chegando bem perto dele. Quando ele virou, eu melei o nariz dele e saí correndo, rindo muito.

–Hey.- ele gritou e começou a correr atrás de mim, rindo tanto quanto eu. Não demorou muito para ele me agarrar por trás, me segurando.

–Te peguei.- ele sussurrou no meu ouvido. Me virei ofegante para ele, e notei que nossos corpos estavam grudados. Antes que eu falasse qualquer coisa, ele colou nossos lábios. Eu senti uma onda elétrica atravessar meu corpo, o deixando quente. Eu aprofundei o beijo e pus as mãos no seu pescoço para me apoiar, já que ele era (e ainda é) bem mais alto do que eu. Ele me segurava pela cintura, como naqueles beijos de cinema. Perfeito.


–Você pinta?- ouvi Cat me perguntar, tirando-me dos meus devaneios.

–Não, mal consigo desenhar um boneco de palito decente!- eu disse, e ela riu.

Continumos conversando sobre arte, e cada vez mais meninas ficavam prontas e conversavam entre si. Uma garota de cabelos pretos ondulados, pele bem branca e olhos azuis que variam em um caleidoscópio azul e verde sentou ao lado de Cat timidamente.

–Oi Cat!-a garota disse, devia conhecer Cat do caminho para cá- Oi, estranha, sou Emily. Mas pode me chamar de Mily. Ou Emy. Ou Em. Ou até Mi. Você decide.- ela disse, sorrindo simpática para mim.

–Sou Julieta. Me chame de Julieta mesmo. Vou te chamar de Mily. E você tem cheiro de chocolate.- eu disse, dando risada.

–E você de cupcake! Passaram esse creme em mim, dizendo que tinha cheiro e SABOR de chocolate. Quem iria comer o creme?

–Eu pensei a mesma coisa!- eu disse, rindo.

–Eu não deixei que passassem isso em mim. Usam animais para testar esse tipo de produto. Também não entendo a finalidade do sabor. Se eu tenho dinheiro para comprar um creme desses, obviamente eu tenho dinheiro para comprar um Cupcake.- Cat se manifestou.

–Com certeza- Mily se manifestou, rindo.

Uma garota de estatura mediana, cabelos castanhos com uma franjinha, olhos azuis esverdeados e pele caucasiana se aproximou da gente e perguntou:

–Posso sentar com vocês? Os outros lugares estão cheios ou as meninas não parecem muito simpáticas.- ela disse, indicando o outro único sofá com um lugar vazio, no grupo que estava sentado nele, estava Jeane e outras menina que pareciam tão metidas quanto a Dois.

–Claro! Sou Emily! Mas me chame de Mily. Ou de qualquer outro apelido.- Mily foi a primeira a se manifestar.

–Com certeza! Prazer, sou Julieta! Senta aqui!- eu disse, indicando meu lado, que fica na ponta do sofá.

–Sou Catherrine! Mas me chama de Cat!

–Oi. Sou Loren. Me chamem de Loren, mesmo. Do que vocês estavam falando?- ela disse, com um sorriso lindo no rosto. Seu sorriso fazia você querer sorrir também, mas percebi que ela se continha para não falar muito sobre ela.

–Estávamos pensando pra que raios o creme para pele precisa ter sabor.- Mily disse, rindo.

–Sério que vocês não sabem?- ela disse, arregalando os olhos de brincadeira.

–O que?- eu perguntei.

–Vocês são muito inocentes, caramba!

Quando ela falou isso, eu entendi.

–Eca!- Cat se manifestou antes de mim.

–Argh!- Mily disse enquanto esfregava os braços, como se isso fosse retirar o creme da sua pele.

–Minha próxima prioridade é tomar um banho.- eu disse, rindo.

Continuamos conversando até a mesma mulher que me guiou chamar a todas nós. Agora iremos conhecer o palácio.


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Notas finais do capítulo

Boa leitura ;)