Provavelmente agora Edward agora se perguntava o que Jake estava fazendo ou aonde ele estava me levando.

–O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO MALDITO? –Edward gritou para Jake que o fuzilou com os olhos.

–SALVANDO ELA! –Jake respondeu gritando também- Ela tem que ir Edward, não há outra opção! Você quer que ela morra?

–Não... –Edward suspirou quase chorando- Queria que tivesse outra forma...

–Alice te contou não é? –Jake perguntou sorrindo.

–Contou... Eu vou sentir saudades dela. –Edward disse abaixando a cabeça.

Eu não entendia nada do que eles estavam falando, mas preferi não perguntar pra não arranjar mais confusão.

***

Já era madrugada e nós ainda estávamos no carro. Já havíamos chegado em New York, mas Jake disse que não tinha chegado o ‘lugar’ ainda.

Pra onde será que esse deficiente está me levando? Já estamos na estrada a horas e esse lugar nunca chega... Acho que estamos indo pra Narnia. Ah, eu contei que o Jake usa muletas? Pois é, usa. Por isso está demorando ainda mais.

–Chegamos! –Ouvi Jake dizer com um sorriso que não saia de seu rosto.

–Onde estamos? –Eu perguntei não reconhecendo o lugar.

–Long Island. Aquela ali –Jake apontou- É a Colina Meio-Sangue.

–Oi? –Eu disse com cara de desentendimento.

–Venha, lá você entenderá.

–Espere... –Edward disse com um olhar triste- Eu posso me despedir dela pelo menos?

Jake assentiu. Então eu me dei conta: Eu ia deixar Edward. Abandoná-lo. Jacob não tinha me dito que teria de fazer isso. E eu não queria, jamais deixar meu namorado. Meu vampiro. Meu tudo. Meu amor...

Ele se aproximou mais de mim, nos deixando separados por alguns poucos centímetros. Colou nossos corpos, dando-me um forte abraço de ‘despedida’. E depois soltou-me, olhando fixamente em meus dois tristes olhos. Uma pequena lágrima caiu de meus olhos e dos de Edward ao mesmo tempo. Foi triste, ver ele assim. E estar assim. Era como se uma parte de mim estivesse indo embora, e eu não tivesse como impedir de maneira nenhuma que ela fosse. Me senti incompleta. E acabei por chorar. Pouco, mas chorei. Edward fez o que eu esperava. Me beijou. Talvez nosso último beijo. O mais perfeito que já tivemos em todo nosso tempo juntos. E depois de pararmos ao ouvir Jake nos chamando, eu me separei dele. Me virei e segui Jake, subindo em uma Colina. Dei uma última olhada para trás, mas ele não estava mais lá, na verdade o que vi foi ainda mais surpreendente: Monstros. Devia ter uma dúzia deles. Lembrei-me daquele dia na minha casa, quando aquele monstro me atacou. Assim corri até o topo da Colina, ultrapassando Jake que em seguida correu também.

Quando cheguei até o fim da Colina já podia avistar o lugar que estávamos. Era... Lindo. Tinha um pinheiro, uma quadra de vôlei, um tipo de ‘casa’ bem grande, um lago... Estábulos, campos de cultivação, arena, um anfiteatro, uma parede de escalada, umas casinhas cada uma com uma decoração diferente e um lugar grande, devia ser algum tipo de casa pra comer ou refeitório... O lugar era extraordinário!

Olhei para Jake, que estava ao meu lado sorrindo e observando o lugar. Ele me olhou também e sorrimos ao mesmo tempo.

–O que é isso? –Eu perguntei em um tom maravilhado.

–Bella, este é o Acampamento Meio-Sangue. –Jake disse sorrindo- Você se lembra do que o nosso Professor, Sr.Bolder disse sobre os semideuses? Ele disse que eles viviam neste Acampamento, pois era o único lugar seguro para eles. Pois bem, esse lugar existe e isso é ele. Os deuses gregos existem, e até hoje tem filhos com pessoas normais, os mortais, e esses filhos vivem aqui.

Oi?

Jake só podia estar brincando! Como assim os deuses gregos existem? Achei que eles fossem apenas mito... Mitologia. Será que existem mesmo? Como é possível, deuses de mais de mil anos atrás ainda estarem vivos na Terra tendo filhos com simples pessoas normais? Isso é estranho...

–Eles existem mesmo? Todas aquelas pessoas são filhos deles? Por que eles têm filhos com simples pessoas normais? –Eu ia continuar fazendo perguntas, mas um garoto apareceu.

Ele tinha cabelos castanhos e olhos meio azulados. Seus olhos me lembravam a água da praia. Ele tinha pele branca e vestia uma calça jeans, um tênis branco e uma blusa laranja-claro escrito ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE. Estava suado, e respirava muito rápido.