Incompatíveis escrita por Puella


Capítulo 14
Entrando em um consenso - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi! mas um capítulo a vista, e agora com uma incrível reviravolta: eu não aguentei ver o meu Thorzito sendo tão trolado nos últimos comentários, por isso hoje vocês terão motívos para re-amá-lo, isso mesmo, além de muitas emoções vindo.... e quanto ao casamento da Sif e do Loki, bem provavelmente não no proximo cap, mas depois desse próximo...

Agora boa leitura!



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Ainda naquele mesmo dia, Thor saiu do castelo, precisava esfriar a cabeça e repensar no que estava fazendo ali. Sentiu-se um tolo tendo agido de forma estupida e machista com sua amiga. Precisava pedir perdão a Sif e também a Loki por tentar usá-lo, bem mas este último, Thor ainda resistia com certo orgulho.

Odin soube do acontecido e do desentendimento entre os três, ficando lógico, aborrecido, mandou chamarem Thor, mas este não se encontrava mais no castelo, o pai de todos então foi atrás de Loki e Sif. O rei encontrou o jovem casal em uma das saletas do castelo.

– Me expliquem o que está acontecendo aqui? – disse o pai de todos.

Loki olhou para o pai se levantando e falou:

– Meu pai, creio que talvez Thor tenha que falar sobre isso e não eu.

– Como assim? Se é com Thor então por que não acho em lugar algum?

– Como? – disse Loki.

– Seu irmão sumiu – disse Odin – não o acho em lugar algum.

Sif e Loki se encararam. Aquilo era estranho, Thor não tinha o costume de se esconder, Loki então disse.

– Eu vou procura-lo – ele disse indo em direção a saída da sala, antes dando uma última olhada para Sif e para o Odin – e não se preocupem, nós dois não vamos nos matar.

Loki andou por todo perímetro do castelo, embora tivesse certeza de que já sabia onde Thor estava, o trapaceiro o fez mesmo assim. Então adentrou no bosque negro, que ficava nos fundos do imenso jardim do castelo, foi e foi adentrando naquela mata verde escura e farta, andou por cerca de meia hora até chegar em uma gruta escura, em cima desta havia uma placa de madeira com escritas rúnicas, marcadas com duas mãos de criança, uma um pouco maior que a outra. Apenas alguém além de Loki conhecia aquele esconderijo, afinal era ali que dois pequenos irmãos se escondiam para brincar, trocar segredos e se esconder da fúria de Odin quando aprontavam. Na época, o esperto Loki havia descoberto que aquela gruta era uma espécie de ponto “cego”, em que nem mesmo Heimdall e o trono de Odin poderiam ver.

Loki entrou na gruta logo se deparando com Mjonir largada num canto, e seu dono sentado de costas para si, com os braços apoiados nas pernas e rosto encaixado nestes. Thor nem se importou em virar o rosto para encarar o mais novo.

– Ele te mandou atrás de mim? – foi a pergunta do trovejante, com uma voz aparentemente tranquila.

– Não – disse Loki – Papai não faz a mínima ideia desse lugar, eu apenas disse que iria procura-lo.

Thor riu, imaginando que o velho queria lhe dar umas boas cacetadas na cabeça com sua Gugnir.

– Como ela está? – disse Thor se referindo a Sif.

– Ela está bem – disse Loki, e nisso Thor se virou para o irmão, havia certo ressentimento no rosto deste.

– Eu estou realmente arrependido – disse Thor – eu nunca faria algo como aquilo, ainda mais com Sif...

– Mas fez – disse Loki – mas ela já perdoou você, porem eu sinceramente penso que eu deveria ter te dado mais de um soco.

Thor encarou o irmão com sorriso triste.

– É, e deveria mesmo – disse o loiro – e para ser honesto eu não sei o que está se passando comigo.

– Não é muito difícil de se descobrir – disse Loki andando em círculos envolta do irmão até chegar próximo do rosto deste.

Thor olhou Loki sem compreender.

– Você está com ciúmes de mim e Sif.

– Ciúmes? Não, isso não faz sentido!

– Claro que faz – rebateu Loki – se não fosse ciúme você não teria perguntado as coisas que perguntou a ela. E o mais curioso, que até mesmo eu tenho medo de acreditar: você ama mesmo a midgardiana?

– Mas, claro que eu a amo! – Thor disse com veemência na voz.

– E então me explique uma coisa – disse Loki acalmando a voz – você já amou Sif alguma vez?

Thor hesitou, pensou um pouco, lady Sif era atraente e talentosa, e quando os dois namoravam ele ainda era o príncipe mimado e que gostava de se gabar, Sif era algo a mais para seu hall de conquistas, uma possível candidata como noiva, uma mulher com um corpo esbelto para saciar seus prazeres, mas acima de tudo sua melhor amiga. Porém o amor puro propriamente dito ele só sentira com Jane.

– Não – disse o deus do trovão – ela apenas me despertava desejos mas não amor. Eu amo Jane.

Loki não queria demonstrar mas se sentiu aliviado por ouvir aquilo.

– Mas, e você irmão – disse Thor – ama Sif?

– Eu a amo há muito mais tempo do que você imagina – ele disse.

Thor o olhou confuso e surpreso.

– Por que acha que eu cortei os fios de ouro dela? E os poemas que eu escrevia me passando por você para declamar para ela? Era tudo o que eu sentia.

– Achei que você nunca gostasse de Sif.

– Sim, eu a odiava, mas ao mesmo tempo me sentia atraído por ela, ela tinha tudo o que eu não gostava e ao mesmo tempo me fascinava, só que ela nunca havia tido olhos para mim antes. Eu queria tê-la só para mim, como se fosse algo meu, mas agora, depois do que aconteceu eu apenas a quero como a mulher que amo.

– Então você a ama realmente.

– Sim – disse Loki.

– Agora tudo faz sentido – disse Thor – eu estava com ciúmes de vocês dois, mas era um ciúme protetor, tive medo de que você fizesse mal a Sif, mas acabei me confundindo com outro tipo de sentimento, afinal ela é minha grande amiga. Mas acabei sendo um estupido com ela, e com você.

Os dois irmãos se encararam, de repente Loki deixou um sorriso lateral surgir em seu rosto.

– Somos dois tolos – disse Loki – as coisas pereciam muito melhores antes – disse olhando ao redor com certa nostalgia.

– Também sinto falta dessa época, irmão.

– Eu também, mas o passado fica no passado.

– Mas, um recomeço é sempre possível, basta querer.

Odin, Frigga e Sif estavam na sala de estar, esperando por Loki que ainda não aparecera.

– Mas ondes é que estão esses dois? – Odin questionou impaciente.

Porém como se alguém o tivesse escutado a porta se abrir com Thor e Loki vindo lado a lado.

– Onde raios você estava? – Odin bradou impaciente.

– Perdão, meu pai – disse Thor, bastante calmo, e depois caminhou até Sif deixando o pai de todos vermelho de raiva – Sif?

A jovem o encarou desconfiada.

– O que é? – ela perguntou na defensiva.

– Me perdoe. Me perdoe pela minha falta de cavalheirismo, fui um tolo. Eu nunca quis mal algum a você.

A jovem o encarou surpresa e depois sorriu de forma tímida.

– Tá, eu... eu perdoo você –ela respondeu e logo foi abraçada por ele.

Loki soltou um pigarro e dois se separaram, depois Thor fitou o pai que ainda estava irritado.

– Afinal, o que está acontecendo aqui?

– Eu lhe explico meu pai – disse Thor – quando voltei para Asgard, não voltei porque estava sentido falta, bem talvez em parte, eu vim porque queria tratar de um assunto importante - Thor deu uma pausa e prosseguiu – eu não quero mais assumir o trono.

Odin piscou ligeiramente o seu único olho.

– Como assim não quer assumir? Isso é responsabilidade sua! Você é meu sucessor!

– Quero poder fazer as minhas escolhas – disse Thor.

– Você não nasceu com este privilégio, Thor – disse Odin – já conversamos sobre isso.

– Cada um pode escolher para si o que quer – disse Thor – e além do mais, eu não nasci para ser um rei, há alguém melhor do que eu para isso! Meu pai, tu nunca quisestes enxergar nesses anos todos que eu nunca seria um bom rei, e que Loki estaria muito mais preparado do que eu para isso.

Loki se engasgou, Sif e Frigga se entreolharam surpresas.

– O quê? – disse o velho.

– O que quero é entregar a minha sucessão ao trono para o meu irmão Loki – Thor disse de uma vez – Sinto que minha vida e minha missão estão em Midgard.

– Outra vez Midgard? Tudo por causa daquela mortal?

– Sim, é por ela. Mas isso não quer dizer que darei as costas para a minha casa, sempre que preciso eu estarei aqui, mas por hora, meus olhos estarão voltados para Midgard – e Jane pensou consigo mesmo.

Odin o fitava com magoa e raiva.

– Nunca – falou velho numa voz baixa – definitivamente nunca! Jamais, você vai ser rei e ponto! Suas obrigações são aqui e não lá! Eu o proíbo!

Thor encarou o pai com pesar, e Loki fechou os olhos entristecido.

– Você realmente nunca o permitiria ir – disse o mais novo – assim como nunca aceitaria colocar um gigante de gelo no trono de Asgard. Você diz que nos ama, que somos seus filhos, mas nunca se dá ao luxo de compreender os nossos anseios ou o que queremos. Você só nos usa para realizar o que lhe interessa, sempre presos embaixo da sua aba. Você não passa de um velho cruel.

Odin arfou de raiva apontando sua lança para o mais novo.

– Como se atreve a desferir tais palavras contra mim! É você quem costuma manipular por aqui.

– Não tão bem quanto o senhor.

Odin quis avançar sobre Loki, porem Sif se prostrou frente aos dois irmãos.

– Não pai de todos – a jovem falou – sem querer desrespeitá-lo, mas Loki não está enganado no que ele fala. O senhor realmente gosta de ter tudo sob o seu controle.

Odin fitava os três jovens a sua frente, eles ousavam mesmo afrontá-lo.

– Vocês são uns tolos, todos tolos... – porém o velho sentiu o ar lhe faltar, seu corpo tombou para o lado porem antes amparado pela esposa.

– Odin! – disse Frigga.

Os três jovens correram para socorrer o velho que tinha uma das mãos no peito que doía.


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Notas finais do capítulo

E então o que será que vai acontecer agora heim, que Odin ruim neh gente (agora eh vez dele de ser trolado kkkk)