Minha visão começou a perder o foco, ficando tudo preto.

- Anjo, acalme-se.

Patch pegou-me no colo antes de desmaiar e cair no chão. Levou-me para o quarto.

- Anjo, aguente firme vou chamar o Henry.

Aos poucos fui voltando ao normal ou ao máximo do normal que podia chegar. Quando Henry chegou já estava melhor.

- Nora, você está bem?

- Um pouco tonta e enjoada, mas melhor.

- Pode se levantar?

Levantei-me, mas a visão ficou embaçada e voltei para a cama.

- Já tomou a bebida dos arcanjos?

Não ainda não havia bebido.

- Não. Preciso ver a minha mãe agora.

Minha mãe estava em coma e precisava vê-la.

- Nora você precisa descansar, eu mesmo irei ir ver sua mãe. Beba a bebida e fique quieta.

Como eu iria ficar quieta com a minha mãe em coma? Patch trouxe a bebida para mim.

- Anjo tome se você tomar e ficar bem, Henry autoriza você ir ver sua mãe.

Tomei, se esse fosse o jeito para ver minha mãe. A bebida não me causava mais efeitos como no inicio.  Meus olhos começaram a ficar pesados como se eu estivesse com sono, eu não estava até minutos antes de beber a bebida e ela nunca havia me deixado assim. Patch havia posto alguma coisa na minha bebida.

PATCH

Não tive alternativa sabia que com Blyth em coma Nora nunca que iria viajar, precisei adiantar a viagem. Único jeito de Nora viajar era inconsciente. Odiava ter que fazer isso, mas não via nenhuma alternativa a não ser essa. Já fazia duas horas que havíamos saído de Coadwater  e Nora continuava dormindo e precisava que ela continuasse assim até pegar o voo particular que havia conseguido por meio de uns amigos nunca que em um voo normal conseguiria embarcar com ela inconsciência provavelmente seria preso.

Nora continuava inconsciente já fazia duas horas de voo ela iria acordar a qualquer momento e tinha que estar preparado pra o que iria vir, Nora nunca aceitaria fácil o que eu havia feito.  Sei que não tinha feito a coisa certa, mas eu sabia o que realmente havia acontecido com Blyth, eu sabia que se não  adiantássemos a viagem as coisas iriam ficar perigosas. Eu amava Nora e o nosso filho demais para deixa-los correndo perigo, eu vou fazer de tudo para poder protegê-los inclusive fazer as coisas do meu jeito. Nora começou a se mexer, sabia que agora a coisa iria ficar feia para o meu lado.

NORA

Minha mãe corre de mim e eu vou atrás dela, mas nunca consigo alcança-la. Eu acordo. Não lembro como adormeci, quando abro os meus olhos reparo que não estou no meu quarto estou em  um lugar onde nunca estive antes, também reparo que estou me movendo aos poucos vou me acostumado e finalmente sei onde estou dentro de um avião. Como vim parar aqui? Por que? Mas um pouco e finalmente minha visão se acostuma então reparo em Patch sentado em uma poltrona ao meu lado. Patch não me olhava nos olhos.

- Patch o que aconteceu?

PATCH

Não sabia como responder.

- Anjo foi para o seu bem e do nosso filho.

- Patch onde estamos?

Tinha que acabar logo com isso sabia que não adiantaria muita coisa enrolar Nora.

- Austrália.

- Como assim?  E minha mãe? Patch você não podia ter feito isso.

- Anjo o caso da sua mãe e mais complexo do que parece, corríamos um enorme risco permanecendo lá.

- E a minha mãe?

Ás lágrimas escorriam pelo rosto de Nora.

- Anjo tente entender.

- Patch tente entender você ela é minha mãe se você não tem com quem se preocupar eu tenho.

Nora estava gritando.

- Eu não tenho com quem me preocupar? Tudo isso é por vocês.

- Desculpa se somos um peso pra você.

- Nora você sabe que não é isso.

- Não sei demais nada.

Nora estava pegando pesado ela sabia o quanto eu era doido por ela.

- Anjo eu entendo, mas não tínhamos alternativa.

- Eu tinha que ter ficado.

- Agora quem está agindo como se não se importasse com o seu filho e você.

Nora se agachou e botou as mãos no rosto, chorava incontrolavelmente levantei e abracei.

- Anjo eu te amo.