Acordei, ainda estava envolta dos braços de Patch tinha adormecido ali em seus braços onde eu me sentia segura. Onde sentia que nenhum nefilin , anjo caído, arcanjo, maligno podia chegar até mim. Patch era meu porto seguro.  Abri os olhos e afastei minha cabeça de seu peito.

- Anjo, como está se sentindo?

Podia ver a sua preocupação estampada em seu rosto.

- Está tudo bem, estou me sentindo muito bem. Mas morrendo de fome.

A última vez que tinha comido algo tinha sido no café da manhã é mesmo assim havia vomitado tudo.

- Assim que você sair de cima mim, podemos ir comprar alguma coisa.

Um sorriso surgiu em seu rosto, me senti mais aliviada o tom de brincadeira e ironia surgia no lugar do tom de preocupação.

- Claro – sai de seu colo e me deitei no outro lado da cama – Pode ser tacos?

A primeira vez que fiquei sozinha com Patch ele havia me ensinado a preparar tacos, sabia que ele iria lembrar. Patch ficou em cima de mim, mas sem encostar mim de joelhos ao lado do meu quadril e cotovelos do lado da minha cabeça encostados no colchão.

- Que tal prepara-los anjo?

Patch se inclinou e me beijou.

- Ótima ideia, pena que não lembro como prepará-los.

- Sorte sua ter um marido que pode ensinar a prepará-los, não acha?

Ele se levantou é me puxo pela mão com ele.

- É claro, tenho muita sorte.

Falei enquanto íamos para cozinha.

..............................

- Patch o que realmente somos?
Estava repassando minha conversa com a minha mãe.

- Como assim anjo?

Patch parou de secar os pratos e se virou pra mim, sua expressão era de confusão.

- Minha mãe...

- Sua mãe está sobre truque de mente. – Patch não me deixou termina- Nada do que ela falou, ela realmente quis falar.

Mesmo sabendo que ela estava sobre truque de mente o que ela disse sobre não saber como chamar o que eu e Patch tínhamos havia me perturbado.

- Eu sei Patch, mas mesmo assim fiquei perturbada ela me disse que não sabia como chamar o que tínhamos. Ela disse não é casamento e nem namoro.

Patch largou o pano na pia e veio até o balcão onde estava sentada.

Ele parou a centímetros de mim.

- Você quer casar Nora é isso?

Patch parecia tenso. A conversa não era pra tomar esse rumo não era isso que eu quis dizer.

- Patch eu não quis dizer, esquece o que eu falei foi besteira minha.

Patch pegou minha mão e deu um beijo no dedo onde estava o anel que havia me dado.

- Já somos mais do que casados, mas se você quiser casar anjo...

Casar com Patch poderia ser um sonho, mas eu não precisava disso pra saber o que nós tínhamos não podia ter nome era pra sempre. Patch puxou minha mãe para que descesse do balcão.

- Sabe Nora acho que com você e por você eu topo qualquer coisa. Eu não sei se já te disse, mas eu te amo.

Lágrimas teimavam de sair dos meus olhos. Patch se inclinou e beijou meu rosto retirando as lágrimas que escorriam em meu rosto. Depois beijou minha boca, podia sentir gosto de sal nos seus lábios causado pelas minhas lágrimas.

- Eu também te amo, mas eu não quero casar. Eu não devia nem ter levado em consideração o que a minha mãe disse.

Patch se afastou como se estivesse magoado e aquele sorriso malicioso que eu tanto amo surgiu em seu rosto.

- Então você não quer casar comigo, anjo?- ele me puxou para mais perto- Essa eu não esperava, um filho não prende um casal?

Sabia que pela sua voz que ele estava brincando.

- Isso é o que casais normais dizem. Não sei se podemos ser classificados como normais. – me aproximei dele e lhe dei um selinho- E o nosso baby nem nasceu ainda.

- Então só saberemos se a teoria se aplica a nós quando nosso filho nascer? – Patch revirou olhos, como se estivesse entediado- Só poderemos casar depois que nosso filho nascer é isso?

- Eu não disse isso. Falei que só poderemos testar a teoria que um filho prende um casal quando o nosso nascer.

- Então você quer casar?

- Patch isso foi um pedido de casamento?

- Pode se dizer que sim, anjo.

Nunca havia pensado em me casar com Patch sabia que o que tínhamos não precisava disso.

- Patch, eu sei que você me ama e você sabe que eu amo, não precisamos casar pra provar isso.

- Eu não vejo problema em casar, Nora, se você realmente quiser.

- Patch está tudo bem, eu não quero casar.

Não que eu não casaria com Patch, mas isso não era uma prioridade.

- Anjo?

Estava acontecendo tanta coisa eu acho que a ideia de casamento não combinava muito.

- Não agora Patch não no meio de tudo isso.

Patch me abraçou.

- Tudo bem se é assim que você quer anjo. - Patch me largou dos seus braços e hesitou antes de falar- O médico que ver você amanhã.

Patch sabia o quanto eu não confiava naquele médico nefilim , eu não tinha nenhuma confiança nele e não gostava da ideia de ter ele lidando com a minha gravidez.

- Precisa mesmo?

Eu sabia a resposta, mas se existisse uma chance de adiar.

- Não. Nora ele realmente tem que ver você.

Podia ver a preocupação em seu rosto, Patch estava me escondendo alguma coisa.

- O que está acontecendo Patch? O que você está me escondendo?

Antes de Patch me responder o telefone tocou. Patch foi atender ele queria fugir da conversa. Ele demorou uns dez minutos no telefone. Fui pra sala sabia que ele estava me seguindo.

- Não vai pergunta quem era no telefone?

- Era o seu amiguinho médico?

Deixei transparecer a ironia na minha voz. Sentei no sofá, Patch ficou escorado na porta da cozinha pra sala.

- Era Lisa. Dabria foi procura-la.

- O que?

- Dabria quer os nefilins do seu lado. Lisa falou que ia pensar.

Lisa tinha saído sem falar nada aquele dia na reunião achava que ela estava com raiva, mas não a ponto de pensar em se aliar a Dabria.

- Ela ligou pra que exatamente?

- Pra dizer que não vai aceitar a proposta de Dabria por Hank e não por você.

Podia ter morrido sem essa , Lisa tinha confessado que havia tido um romance com Hank e me acusou de ter acabado com a chance dela de ter ficado com Hank e claro que ela nunca faria nada por mim.

- Patch você, por favor,  pode  me contar o que está escondendo, agora?

Patch veio e se sentou do meu lado.

- Anjo, o médico  disse que sua gravidez era mais grave do que ele havia pensando , que você precisa de certos cuidados.

Patch parecia tenso, com o tom de voz que se usa com criança.

- E se ele estiver mentindo?

- Ele não está anjo, fiz ele jurar.

Patch me puxou para ficar com a cabeça em seu peito. Podia sentir lágrimas rolarem pelo meu rosto.

- O que vai acontecer?

- Nada anjo nada eu não vou deixar nada acontecer.