Zumbis De Xadrez escrita por RibeirMatheus


Capítulo 3
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/368494/chapter/3

Não acredito no que vejo, enquanto o homem se aproxima correndo em alta velocidade, noto seu rosto apodrecendo, era como se ele estivesse morto e larvas tivessem comido sua pele podre.

- Ai meu Deus! – Cindy fica paralisada de medo quando enxerga o rosto do homem, e eu também teria ficado se Brian não nos interrompesse.

-CORRAM! – Sem pensar duas vezes eu e Cindy estávamos correndo atrás de um Brian que se afastava de nós muito rapidamente, ele corria rápido demais para nós.

Eu não corro nada mal. Na verdade estava muito a frente do homem quando reparo que não enxergo mais Cindy. Ela ainda estava correndo, mas como estava de salto, ainda estava bem mais lenta do que eu e Brian, que eu não estava conseguindo enxergar mais,  ele estava muita a frente de nós.

- Cindy, acelera esse passo. Ele está quase te alcançando.

- Você tenta correr de salto, ai nós conversamos. – Diz ela tremendamente assustada com a imagem do homem e seu rosto morto quase a alcançando.

De repente escuto um barulho de algo se quebrando, era o salto de Cindy, que imediatamente cai no chão. O homem que estava correndo rápido demais para um ser humano normal, de repente para e cai em cima de Cindy.

- Cindy! – Grito seu nome alto, talvez até alto demais, mas mesmo assim seu corpo não move, aliais nenhum dos corpos movem, foi como se o homem tivesse caído em cima de Cindy e desmaiado, mas isso não explica o porquê de Cindy não estar me respondendo. Tenho que voltar.

- Cindy? Você está bem? – Nada, ela simplesmente não se mexe, o que esse homem fez com ela? Afasto seu corpo pra longe do dela e vejo o salto de Cindy encravado na testa do homem morto, que de perto além de se parecer com um cadáver, ele também fedia como um cadáver.

- Cindy? – Ela estava em choque, olhos arregalados quase saltando de seus olhos, imóvel.

- Alessa, eu matei esse homem? O que era essa coisa? O que está acontecendo? – Diz Cindy desesperada. Quem não ficaria desesperado em uma situação dessas?

- Não sei, se eu soubesse seria bem mais fácil. Mas vamos, levanta e se acalma, seja lá o que for isso está morto. – Eu me enganando de novo.

Ouvi um barulho de pessoas, e relaxo por ver mais pessoas, por mais que odiasse as pessoas da escola, eu só queria ver mais vivos. Mas não foi isso o que aconteceu. Da direção que o homem que agora estava morto com um salto alto encravado na testa, saiam dezenas de criaturas iguais a eles, só que eles não corriam. Na verdade nem andavam direito. Eles se rastejavam, eram lentos, mas ainda sim eram assustadores. E gemiam de um jeito tão mórbido que gelei a espinha quando escutei seus gemidos.

- Alessa, temos que sair daqui. – Diz Cindy arremessando seu salto que sobrou longe, agora ela com certeza correrá melhor, porque não é apenas mais um que está vindo a nossa direção agora, são dezenas de cadáveres que se rastejam atrás de nós. De repente escuto um grito familiar:

- Ei vocês duas, entrem agora! – Era David, um cara malhado, loiro, seria o típico jogador popular da escola se não fosse inteligente. Cindy é louca por ele até onde sei.

-O que são eles? – Pergunto curiosa, eles não eram humanos, com certeza não eram humanos.

- Você realmente quer conversar agora? Entra logo caralho.

- Gente, pra que isso? – comenta Cindy. “Deve ser por causa das dezenas de cadáveres atrás de nós” pensei, mas decidi ficar quieta.

     Corremos em direção à portaria da escola, onde David estava. Entramos e ele fecha as dezenas de trancas da porta e coloca três móveis em frente à porta. Seria difícil algum deles entrarem aqui.

- Obrigado por nos salvar. – diz Cindy com os olhos brilhando em cima de David, seus olhos azuis ficaram gigantes em cima dele. Ainda não sei o que ela vê nesse cara.

- De nada, só tentando ajudar. Algum de vocês sabe o que são esses monstros?

- Pensei que você saberia o que eles são. Não me chame de louca, mas cadáveres que andam atrás de pessoas vivas geralmente tem um nome certo? – Falei abruptamente interrompendo a conversa de Cindy com David. E só quando eu começo a falar com David que noto mais três pessoas dentro da sala.

Chad, um dos meninos mais populares da escola, negro, estiloso, não muito forte, aposto que ele era o engraçado do grupo de amigos dele, que aliais nunca gostei. Yoko, uma menina baixinha, asiática, provavelmente descendente de japonês, era da minha turma, sempre foi tímida demais por isso não tinha amigos e sempre tinha as melhores notas. E Brian...

- Brian? O que você estava fazendo aqui? Eu te vi sumir na velocidade que você estava correndo na hora que o homem avançou em cima de nós. – Falei quase com ar de bronca, mas na verdade estava tão preocupada com Cindy que tinha até me esquecido dele.

- Encontrei Chad e David pulando o muro da escola enquanto fugiam desses monstros e eles me ajudaram a entrar, pensei em ajuda-las, mas quando dei por mim, a escola estava toda encurralada pelos zumbis. E aliais vocês são muito lerdas. – diz Brian ainda brincalhão mesmo em uma situação dessas, não sei como consegue.

- Eu estava de salto, Brian. – diz Cindy também brincalhona. Só eu não consigo ter senso de humor em uma hora dessas?

- Dá pra cortar o papo e dizer o que está acontecendo? – diz David. Dava pra ver que ele estava nervoso, mas não acho que é pela situação zumbis, e sim por estar na mesma sala que Brian. Pode parecer coisa de amiga ciumenta, mas eu consigo ver o jeito que David olha pra ele, só não consigo saber se é o que eu estou pensando.

- O que vocês acham que está acontecendo? Zumbis, as reportagens de canibais aos redores da cidade... Acordem pessoas, o apocalipse zumbi chegou. – Brian chega a um nível de felicidade que me deixa confusa ao falar isso. – E sabe a primeira coisa que se faz em um apocalipse zumbi? Procurar armas.

- Pode ter sido a queda, mas eu sou a única que estou achando que esse cara ta falando algo com sentido pela primeira vez na vida? – Cindy diz séria agora, e ela não era a única, todos pareciam estar realmente escutando o que Brian falava.

 - Vocês não acham que nós deveríamos primeiro pegar um celular e pedir ajuda antes de sair matando coisas que não sabemos o que são? – diz Yoko, pela primeira vez escuto sua voz e presto atenção nela. Yoko estava com uma calça jeans e uma camiseta de manga longa azul escura. Sua franja preta era apenas um pouco mais curta que seu cabelo que ia até sua nuca.

- Retiro o que disse. – dispara Cindy quando percebe que a ideia de Brian era maluca. – Ok, estou sem sinal.

- Eu também – fala Chad, retirando seu celular do bolso.

Quando paro para perceber, todos nós estávamos sem sinal, e a escola fica perto de uma torre de celular. O sinal foi cortado?

    

    

   


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!