Sonho de Uma Noite de Verão escrita por Anny Taisho


Capítulo 6
Desenho




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Cap. VI – Desenho


(N/A: Gente, ao contrário do que pensei a fic tomou rumos mais longos e por isso ela foi promovida de medium para long fic!)


Riza acordou já com noite alta e um pouco sobressaltada. Olhou para os lados e custou um pouco a se localizar.


- Nossa! Quantas horas?


A loira se levantou e caminhou até a sala onde o avô estava sentado no sofá tomando uma xícara de chá.


- Eu já estava pensando em te acordar.


A loira passa as mãos sobre o rosto e os cabelos e se senta a frente do avô.


- Onde está a Amy?


- Dormindo profundamente.


- O Roy não chegou a vê-la, chegou?


- Na verdade sim.


- O que?


- Ele estava saindo, decidido a esquecer tudo quando a viu.


- E o que isso quer dizer?


- Que o Roy não vai desistir. Se prepare, meu bem, ele vai fazer o inferno em sua vida se você tentar afastá-lo dela.


- E que direitos ele tem sobre a MINHA filha!??


Riza se levantou de supetão, estava indignada.


- Ela não é só sua filha.


- O Roy não tem condições de ser o pai de uma criança!!


- Elizabeth, eu sei que você não ter contado para o Roy sobre a Amy vai muito além do medo de poder atrapalhá-lo ou do fato dele não te inspirar segurança... Mas isso não quer dizer que você tenha o direito de tirar dele a Amy.


- O senhor sabe muito bem que eu nunca amei ninguém e te garanto que não vou amar.


- Eu acho que é meio tarde para isso, mas se você quiser continuar se enganando ligue para o Kaio, ele pediu para você ligar.


- Não sei o que o senhor tem tomado, mas deve estar te fazendo mal. Boa noite!


Riza saiu a passos largos para o segundo andar.


O velho general apenas sorriu e continuou a beber seu chá.


- A mãe dizia a mesma coisa quando se pegou apaixonada pelo meu genro, de tantas qualidades que herdou de Lizandra podia ter ficado sem essa tenacidade.


No segundo andar, Riza entrou no quarto que a pequena dormia e com ela adormecida começou a trocar a roupinha pelo pijama.


- Boa noite.


Deu um beijo de boa noite e foi para o seu quarto na grande residência.


Estava extremamente estressada com Roy. Ele não tinha direito nenhum sobre Amy e ela não iria facilitar nada.


- Vamos ver quem pode mais!


-


-


O dia amanhecia ensolarado e Roy começava a abrir os olhos. Sua mente ainda estava meio nebulosa.


- Kami-sama...


Era surreal demais, mas era verdade, ele era pai de uma menina que era filha de Riza também.


Nunca havia se imaginado como pai, quanto mais nesse momento de sua vida, mas também não queria enterrar esse assunto. O que disse a Riza na noite anterior foi por causa da raiva.


Era horrível saber que ela o via como um monstro que seria capaz de rejeitar a própria filha ou acusá-la de alguma coisa. Era certo que podia não inspirar uma confiança tão sólida quanto a de Maes, mas isso não queria dizer que não era capaz de ser pai.


Se ela tivesse contado, teria ficado ao lado dela sem titubear um minuto. Talvez tivesse ficado um pouco surpreso e assustado, mas acusá-la de ter feito de propósito, jamais!


- Ah... Riza...


Levantou-se e foi tomar um banho gelado para pôr as idéias no lugar. Teria de ter outra conversa com Riza e se não obtivesse sucesso, teria de apelar para meios judiciários.


Coisa que não lhe agrava em nada.


Olhou para o relógio e constatou que já era quase meio-dia e lembrou-se do convite de Maes para um almoço em sua casa.


-


-


- E ai, man?


- E ai, Maes. Cheguei muito atrasado?


- Não, a Gracia ainda terminou o assado.


- Que bom, eu acho que dormi demais.


Roy dá um sorriso amarelo.


- Pra mim está com cara de preocupação.


- Imagine.


- Papai, papai!


A pequena Elycia correu para Maes com um desenho na mão.


- O que foi, meu bem?


- Olha o desenho que eu fiz para você!


Maes pega o desenho das pequenas mãos.


- Que lindo!! É um cachorro muito lindo!


- ela dá uma risadinha – Não é um cachorro, é uma borboleta, papai!


- AHhh! – Maes vira o desenho tentando achar a borboleta – Por isso não vi que era uma borboleta, estava de cabeça para baixo.


- Você gostou?


- Lógico! Está lindo, meu amozinho!


O moreno dá um beijo na filha a põe no chão e ela sai correndo.


- Você consegue achar uma borboleta aqui?


Roy pega o desenho.


- Não vejo nem o cachorro.


- Bem, é uma coisa abstrata, se você afastar alguns centímetros e fechar um olho e virar 120° para leste...


- Vai continuar sendo um monte de rabiscos multicoloridos numa folha branca.


Roy ria.


- Mas um rabisco feito pelo meu anjinho para mim, se ela quer que eu veja uma borboleta, eu vejo uma borboleta.


Nesse momento, a imagem da pequena Amy entrou em sua mente. Será que um dia a pequena faria algo assim para ele? Será que a filha um dia o chamaria de pai como a pequena Ely fazia com Maes.


- Terra para Roy! Hallo!


- Hã?


- Viajou na batatinha em cara!


- Desculpe... Maes, será que a gente podia conversar um minuto antes do almoço ficar pronto?


- Tá... Amor, eu vou conversar um pouquinho com o Roy lá no quintal, hora que estiver pronto você chama a gente!


- Certo!


Os dois caminham para o quintal.


- O que foi?


- Como eu faço para colocar meu nome no registro de uma criança?


- Bem, primeiro teria de ser pedido um teste de paternidade, mas por quê?


- Eu tenho uma filha.


Os dois estavam sentados em uns dos degraus da escadinha da porta dos fundos.


- O que?? Repete que eu acho que ouvi errado!


- Eu tenho uma filha.


- COMO??? POR QUE EU NÂO FUI INFORMADO DE QUE TENHO UMA AFILHADA??


- Fale mais baixo e eu também não sabia até ontem a noite.


- Ok... Desculpe, mas quem é mãe? Quantos anos a menina tem? É uma menina, certo?


- Ela tem cinco anos ou vai fazer cinco... Não sei direito, é uma menina e mãe é a Riza.


- Para tudo e chama o exército! Riza Hawkeye???


- Sim.


Roy olhava para um ponto distante no horizonte.


- Quando? Eu não sabia que você já teve um caso com a Riza?


- Não foi um bem um caso, foi mais para uma única noite. Depois da minha promoção a coronel fomos para um pub, bebemos demais e acabou rolando.


- Kami-sama! Eu estou perplexo!!


- Você? O pai da menina sou eu!!


- Por que você não soube disso antes?


- Ela escondeu de mim, caso você não tenha notado.


- Por quê?


- Ela não acha que eu sou capaz de ser pai. Na verdade, preferia qualquer um a mim para pai da filha dela.


- Hey! Vamos com calma que o andor é de barro...


- Ela disse isso com todas as letras na minha cara.


- Então vocês já conversaram?


- Já sim e ela não está muito a fim de me incluir na vida da filha.


- Olha, você não é o cara que se olha e se fala que tem vocação para pai de família, mas pela sua cara você ficou bem derrubado.


- Nem tanto por ela ter escondido, eu quase chego a compreender os motivos dela, mas dizer que preferia qualquer um a mim para pai da Amy...


- Doeu, não é?


- Muito. A raiva no olhar dela, o desprezo...


- Sabe, eu sempre achei que vocês acabariam juntos, e agora tenho certeza.


- Não viaja. Ela não me quer nem como companhia.


- Dê tempo ao tempo. Te garanto que logo a idéia de casamento não vai te parecer tão horripilante e que para noiva só vai aparecer um nome em sua mente.


- Vamos comer rapazes.


Gracia apareceu atrás deles.


- O cheiro está ótimo, meu bem.


Maes dá um beijo na esposa e eles seguem para dentro onde a pequena Elycia já estava a mesa.


- Posso saber sobre o que conversavam?


- Bem... – Maes coça a nuca –


- Eu tenho uma filha, Gracia-san...


A jarra que estava na mão da mulher que servia o refresco caiu.


- O que foi, amor?


- Nada!


Ela recolhia os cacos.


- Como nada, você deixou a jarra cair quando o Roy falou...


- Você sabia?


Gacia recolheu os cacos.


- Sabia. Na verdade, fui eu quem a convenci a ir ao médico, pois estava desconfiada.


- Não olhe para mim, eu juro que não sabia de nada.


- Nós estamos falando da mesma pessoa?


- Riza.


- Amor...


- Sou amiga da Riza a muitos anos... Desculpe, mas ela me pediu de uma maneira.


- Nossa! Parece que eu sou o mais desinformado da história.


- Não veja as coisas assim! Ela estava assustada, a Riza sempre foi muito protecionista. Se sentiu ameaçada quando apareceu a possibilidade de você julgá-la.


- Julgar? Por que todos acham que eu a julgaria?


A pequena Elycia não entendia paçoca do que os adultos falavam, mas também não estava muito ai, preferia se deliciar com a comida.


- Você julgaria, mesmo sem dizer uma única palavra e sabe disso. Ela não alguém ao lado dela por obrigação. Mas agora você pode tentar fazer a diferença...


- Como se ela quisesse deixar.


Roy soltou com certo rancor.


- Ela vai, mostre que quer de verdade e ela vai ceder.


- Certo... Mas eu vou para casa.


- Não, fica amigo...


- Não, eu preciso descansar e colocar a cabeça no lugar.


- Certo. Vai lá...


Continua...


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

hi!! Desculpem a demora para postar!!
Mas ai está mais um cap!!!
KIsss e comentem!



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