Sonho de Uma Noite de Verão escrita por Anny Taisho


Capítulo 18
Poker night




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Cap. XVIII – poker night...

Aquele dia no escritório foi muito longo, Roy parecia estar com o demônio no corpo. Há muito tempo não viam o moreno com aquele mau-humor.

- Cara, será que ele tomou um toco?

- Ou será que não deu conta do recado...?

O.o

Todos ficaram meio sem ação ao pensar em tal hipótese. Não lhes parecia possível que uma coisa daquela acontecesse, ou será que não?

- Ai cara... Vamos parar com isso.

- Vamos. Esse papo ficou muito sinistro.

Os rapazes voltaram cada um para sua mesa, mas ficaram olhando Roy com um olhar estranho. Roy que já estava com o pavio curto botou a galera para correr com sua luva branca.

- Que isso, man? Quase matou seus subordinados...

- Eu não estou de bom humor, Maes.

- Isso eu e a torcida do Flamengo já notamos. Mas o que especificamente causou isso?

- A Riza estava jantando com o Kaio ontem.

O Mustang rosnou.

- Eu não vi nenhuma aliança na mão dela com seu nome gravado dentro.

- Mas ela teve a coragem de falar na minha cara que iria sair com uma amiga.

- O ciúme é uma coisa triste, man... – Maes meneou a cabeça para os lados –

- Eu não engulo aquele maldito. O que raios ele tem que eu não tenho?

- Eu posso fazer uma lista dos motivos que levam a Riza a ter um caso com ele.

- Eles não têm um caso! – o moreno bateu a mão sobre a mesa – Não use essa expressão!

- Roy, eles já devem ter dormido juntos, o que me leva a crer que eles têm um caso.

- Obrigado por me fazer imaginar essa cena horrenda.

Maes riu.

- O que tem de engraçado nisso??

- Por que só damos valor as coisas quando perdemos? A Riza esteve ao seu lado a vida inteira, mas antes do Kaio, eu não estou falando da Amy, você tinha uma certeza interna de que ela estava a sua disposição e agora...

- Eu nunca tive a Riza, ela nunca me deixou chegar perto.

- Teve Roy, tem. Aquela mulher tem todos os motivos que um ser humano precisa para te odiar e mesmo assim esteve ao seu lado sempre. Se isso não é amor, é o que?

- Eu não posso concorrer com o Kaio...

- Você não tem que superar ninguém além de si mesmo. – Maes se levanta – Bem agora eu vou trabalhar, quero ir para casa cedo ver a minha esposa e filha. Posso fazer a renca voltar?

- Pode.

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Os dias passaram e já era quinta-feira, o dia do poker com os rapazes. Mas naquele dia especifico não poderia.

- O que??? Mas hoje é o dia de jogar na sua casa!!

- Desculpe rapazes, mas já tenho planos inadiáveis.

- Fala sério,você dispensa qualquer uma que depois elas voltam.

- Não é mulher, rapazes.

Na verdade, era, mas a mulher tinha quatro anos. Riza tinha deixado Amy ir ficar com ele aquele dia.

Riza não queria deixar muito, mas acabou se controlando e deixando. Na sexta, Amy não teria aula e ele tinha folga de manhã. Era uma oportunidade perfeita de estar com ela sem a mãe, ou a babá, ou o maldito.

Era preciso isso. Amy tinha que vê-lo longe de qualquer influencia, ela tinha que aprender a confiar nele como o pai.

- Se não é mulher, o que pode ser mais importante que a “noite do poker”?

- Semana que vem pode ser lá em casa, hoje não.

- Ai cara, que saco!

- Foi muito mal, cara!

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Roy foi direto do quartel para casa de Riza. Estava ansioso, não sabia muito bem o que esperar daquilo. Foi recepcionado por uma pulante Amy.

- Loy!!!

- Oi, princesa, tudo bem?

- Tudo, você demorou.

- Fui comprar algumas coisas... Cadê sua mãe?

- Boa noite, Roy.

Riza entrou trazendo uma malinha da Barbie, uma boneca, um urso caramelo e uma outra malinha que ele nem imaginava o que tinha. Parecia coisa demais para uma única noite.

- Boa noite, essas são as coisas da Amy?

- São sim.

- Não tem coisa dema...

Amy segurou o rosto dele e sussurrou em seu ouvido:

- Não fala isso, a mami odeia que achem que ela é exagerada.

Riza não ouviu, mas imaginou o que Amy dissera.

- O dever dela está aqui, mas se não quiser fazer eu mesma cuido disso depois.

- Certo. Mas o que tem na outra mala?

- Os copos, o jogo americano, os pratos, algumas anotações das coisas que ela gosta de comer, o remédio para alergia dela caso ataque de madrugada...

- O que?

- Está tudo anotado, não se preocupe.

A loura colocou as coisas no chão e pegou a filha no colo lhe dando um abraço apertado. Roy notou que aquilo estava sendo muito mais difícil para ela do que imaginara.

- Qualquer coisa liga para mim, okay?

- Tá.

A pequena abriu um sorriso, ainda não parecia ter se dado conta direito que passaria uma noite sem a mãe no quarto ao lado.

- Vai pegar a coleira do Black.

Amy saiu correndo.

- Não se importa de levar o Black, não é? Ela vai se sentir mais a vontade.

- Não tem problema. Riza... Não se preocupe, eu vou cuidar bem dela.

- É bom mesmo.

- O Black gosta muito dela.

- Quando ela começou a andar ele tinha um ano e sempre ficava perto. Acho que ela não se machucou muitas vezes por causa dele.

- Cachorros em geral adoram crianças.

- Vamos!!!

Amy abraçou mais a mãe e foi com Roy.

Quando estavam no carro, ela parecia começar a notar que agora era só Roy.

- A mami é muito cuidadosa.

- Eu notei.

- Os copinhos e essas coisas, a mami disse que era para ficar com você.

- Oh claro...

- Loy... – ela parecia nervosa –

- O que foi?

- Eu ainda não entendi porque você só apareceu agora.

- Os adultos são tão complicados, eu acho que eu não passei uma boa impressão para a sua mãe... E...

- Eu sei que os adultos são complicados. Tipo, o padrinho tenta tanto ficar com a mamãe... – ela ri – Mas ela é dura na queda.

- Eu já notei.

- Eu já vi a mami beijar o padrinho... – ela faz uma careta – É nojento.

- Faz muito tempo?

- Não, esses dias. Acho que estão namorando... O que é estranho, a mami e você deveriam estar juntos, mas vocês parecem sempre estar analisando um ao outro... E eu estou confusa.

- Não vale a pena pensar nisso, querida. O que quer fazer quando chegarmos?

- Arrumar minhas coisas.

- Depois disso.

- Não sei...

Roy não gostou de ouvir que Riza e Kaio estavam ao pé de um romance. Mas tinha que se controlar. Chegaram em casa e Roy levou para dentro as coisas dela e algumas que tinha comprado.

Não passava muito tempo em casa, por isso, a despensa era uma negação. A pequena adorou o quarto e também o urso panda de pelúcia gigante que estava lá sobre a cama com um grande laço no pescoço.

- Então, qual vai ser o nome dele?

- Tuff!

- Tuff? – Roy olhou curioso – Que tipo de nome é esse?

- Ele tem cara de Tuff!

- E qual a cara de um Tuff?

- A cara dele, oras!

O Mustang tinha acabado de descobrir que cara tinha um Tuff. Amy era bastante inquieta, mas não dava trabalho. Ela olhava muito curiosa para tudo, mas parecia ter um certo receio.

Ela ria muito e Black andava atrás. Quando foi para a cozinha preparar o jantar, olhou de relance para o chão da sala onde ela brincava com o cachorro que estava deitado em cima dela que ria.

O moreno não se lembrava da última vez que tinha cozinhado para o jantar ou para qualquer outra refeição. Quando não comia na rua, pedia pizza, ou comida chinesa ou qualquer outra porcaria, mesmo sabendo cozinhar, não que fosse um grande cozinheiro, mas também não fazia feio.

Arrumou a mesa, pegou suco e colocou a comida de Black. Queria deixar tudo o mais familiar possível para Amy.

Essa que comeu tudo com vontade, o que era estranho, sempre tinha uma imagem de crianças pequenas eram difíceis de alimentar. Sempre dando birra ou se recusando a comer.

Ela não comia exatamente muito, mas parecia ser o suficiente para ser uma menina saudável. Depois de comerem e tirarem a mesa, levou Amy para escovar os dentes e colocar o pijama. Agora era azul piscina e tinha um par de meias combinando.

Sentaram-se no chão o quarto para fazer o dever. A pequena estava sentada em seu colo. Riza provavelmente não aprovaria aquilo, seria melhor fazer em uma mesa, mas ele não era Riza e ela não ficaria sabendo.

Achou estranho quando a campainha tocou.

- Fica aqui, Amy. Vou ver quem é!

- Tá!!

Ela estava rabiscando alguma coisa e não deu muita moral.

Roy desceu as escadas e foi para a porta.

Quando abriu, quase caiu para trás.

- Yo!!!!!!!!!!!!!!!

Breda, Havoc, Fallman, Fuery, Brosh e até mesmo os irmãos Elric. Al em seu corpo e Ed ainda com as próteses.

- O que é que vocês estão fazendo aqui?

- Jogar poker!

- Mas eu disse que hoje não dá!

Roy entrou em pânico, se vissem Amy a coisa iria sair do controle. Não era hora de contar para todos ainda. Os papéis ainda não estavam prontos.

- Larga de ser chato, Lareira!

- É Roy! Larga de ser chato! Vamos jogar!

Aquilo não era nada bom.

- Olha aqui! Eu não vou jogar poker hoje e vocês vão para casa!

- Volta aqui, Black! Devolve meu lápis de cor!

A voz de Amy ecoou pelo primeiro andar e Roy imediatamente olhou para trás. Viu a pequena perseguindo Black que parecia estar se divertindo com a situação.

- O que foi isso?

- Nada, a televisão.

Eles olharam com desdém para Roy. A voz era de criança e não tinha como negar, mas o que uma criança estaria fazendo na casa de Roy?

- Loy?? Quem está aqui?

 O rosto de Amy apareceu na porta, o corpo estava escondido atrás das pernas de Roy e ela tinha um olhar doce e curioso, uma das mãos segurava na calça preta que Roy usava.

Black Hayate apareceu do outro lado do moreno e sentando-se ao lado da outra perna de Roy.

Os rapazes estavam estáticos e Roy branco de medo.

O que ele iria fazer??

Continua...

 


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Notas finais do capítulo

Gente do meu coração!!
Cap para vcs e espero muitos reviwes!!!
Adoro muito vcs e seus comentários!!
FELIZ DIA DO COELHINHO!!!
kiss kiss



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