Sonho de Uma Noite de Verão escrita por Anny Taisho


Capítulo 10
Promessa




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Cap. X – Promessa


Aos poucos, as coisas ao redor da mulher começavam a tomar forma, abriu e fechou algumas vezes os olhos tentando se acostumar com a claridade. A janela aberta fazia com que a luz iluminasse demais o quarto branco.


- Senhorita Elizabeth, consegue me ouvir?


Um homem de olhos escuros se aproximou de seu rosto e mandou um raio de luz sobre seus olhos.


- Consegue me ouvir?


- Hai.


A voz da mulher saiu num fiozinho de voz. Sua garganta estava seca e por algum motivo sentia-se zonza, onde estava?


- Consegue falar, bom... Muito bom.


O homem se afastou e foi até os pés da cama.


- O... Onde estou?


- No hospital, a senhorita sofreu um acidente.


Nesse momento, as lembranças do carro avançando, da mulher que gritou, do metal indo contra sua pele caíram como uma bomba em sua cabeça.


O médico percebe a alteração da freqüência cardíaca nos monitores.


- Calma, respire fundo, a senhorita não pode se exaltar.


Por mais difícil que fosse, resolveu tentar obedecer ao médico.


- Isso, relaxe... Está sentindo alguma coisa?


- Meu corpo está pesado, não consigo me mexer... E minha cabeça dói.


- Pesado, mas sente os membros?


- Sin... Sinto.


- Muito bom, a coluna não foi afetada como imaginávamos. Mas não tente se mexer, pode se sentir nauseada.


- Oh...


- A senhorita estava em coma induzido, ainda vai demorar um pouco para que possa se mexer naturalmente e daqui a pouco pode sentir náuseas, então se você quiser algum sedativo...


- Não.


- Tudo bem, qualquer coisa toque está campainha.


O médico põe um interruptor na mão da loira e sai.


-


-


Roy não estava lá muito feliz por saber e lembrar de Kaio. Não gostava daquele cara e isso porque não havia passado mais que CINCO minutos com ele na mesa sala. Aquele lá era o tipinho que adorava tomar as coisas que não lhe pertenciam tais como: a filha dos outros.


- Respira, ele não vai conseguir tomar a Amy de você... Se bem que para tomar alguma coisa ela tinha que lhe pertencer.


Roy respirou fundo enquanto caminhava pela grande loja de brinquedos, tinha que achar alguma coisa que servisse para a pequena Amy.


Depois de dar algumas voltas, optou por uma casinha de boneca extremamente trabalhada. Parecia mesmo uma casinha de verdade.


- Os ursinhos chegaram...


- Não obrigado. Vou levar essa mesmo.


- Para embrulhar?


- Hai.


- Um minuto.


Habilmente a mulher começa a embrulhar a grande casinha, sempre olhando o Mustang com o canto dos olhos. Não entendia por que todos os homens bonitos tinham que sem comprometidos. Apesar de não ter visto nenhuma aliança na mão direita e muito menos na esquerda.


- Aqui, senhor!


Roy deixa o dinheiro sobre o balcão e pega o embrulho para sair. Era domingo e não estava a fim daquela mulher dando em cima dele.


Colocou cuidadosamente o brinquedo sobre o bando traseiro do automóvel e seguiu para o hospital, queria saber como Riza estava.


Como era domingo, o transito não estava muito congestionado, por isso chegou rápido ao hospital.


- Boa tarde, gostaria de saber como está a senhorita Hawkeye.


A recepcionista não sabia o que fazer, olhar para Roy e seu sorriso ou procurar as informações que ele pediu.


- Hawkeye? – ela digita alguma coisa no teclado – Um minuto.


- Tudo bem.


Depois de alguns erros durante a procura, a moça encontrou as informações.


- Ela foi transferida para o quarto e já acordou.


- Já acordou?


A mulher não gostou muito de ver o interesse de Roy sobre a paciente citada.


- Sim e já pode receber visitas, mas somente dos familiares. O senhor é...?


Roy pensou um minuto e respondeu:


- Namorado.


- Oh... – a moça desanimou, fez o crachá de visitante e lhe entregou – O horário de visitas começa daqui alguns minutos, pode esperar na sala de espera ali a frente.


- Obrigado.


Roy caminhou até a sala de espera e alguns minutos depois o velho general entrou lá.


- Então quer dizer que você é o namorado da Elizabeth?


Naquele momento Roy sentiu-se enrubescer.


- Er... Não iam me deixar vê-la.


- Certo, agorinha a enfermeira vem liberar a entrada. Mas então, parece que você cruzou com o Kaio.


- Sim.


A cara do moreno fechou-se em uma carranca.


- E não me parece ter gostado muito disso.


- Ela o olha de um jeito que não gosto.


- Kaio esteve com Riza durante toda a gravidez, viu a pequena nascer e sempre gostou muito dela.


- Eu teria estado com ela.


- Acho que vocês dois deveriam parar de pensar no que deveriam ter feito e em coisas que não tem como mudar. Riza não te contou e isso não vai mudar. Ela não confiava em você e isso também não vai mudar. Ela não confia em você, mas isso, você pode mudar.


- Eu...


- Eu não estou te oferecendo a mão dela em casamento, apenas acho que não será bom esse clima que existe entre vocês.


- Ela acha que eu sou o inimigo.


- Prove que não é.


- Mas...


- Tantos anos de dedicação para com você deveriam merecer um pouco mais de esforço.


- Com licença. – a enfermeira entrou – A senhorita Elizabeth já pode receber visitas.


- Vá primeiro meu jovem, eu não tenho pressa, vou passa todo o dia aqui.


- Obrigado.


Roy levantou-se e caminhou até o quarto onde ela estava. A cama estava levemente inclinada deixando-a quase sentada. Pôde ver o soro ligado a pele dela e alguns outros aparelhos que monitoravam seus sinais vitais.


- Bom dia.


Ela virou o pescoço, mas não disse nada.


- Que bom que você acordou.


- Não é necessário tamanho fingimento. O que quer?


- Eu não quero nada de você, só queria saber como estava.


- O que foi? Kaio? Você conheceu o Kaio?


- Como você sabe?


- O meu avô me falou que ele estava na cidade pouco depois que acordei e que esteve aqui para me ver.


- Er... Não gostei dele.


- Você não tem que gostar dele.


- Riza, eu vou entrar com os papéis do reconhecimento de paternidade, mas um pedaço de papel não vale nada se ela não quiser um pai.


- Como você gosta de procurar sarna para se coçar. Mas quanto a Amy, não vou fazer nada contra você, no entanto, também não mexerei uma palha para ajudá-lo.


- Eu poderia ter estado ao seu lado, esse cara não tem direito a ser pai da minha filha e eu não me importo se foi ele quem esteve com ela durante seus primeiros passos. Eu não estive lá, porque se quer sabia da existência dela.


- Passado. Nada vai mudar o que fizemos ou deixamos de fazer. Não me arrependo de nada, se é isso que está achando.


- Não vou discutir. Só quero que diga para aquele idiota que a filha é minha e que eu sou pai.


- Não vou dizer nada. O Kaio só ocupa o espaço que está sobrando.


- Eu falo então. E te prometo que você vai mudar completamente sua opinião sobre mim.


- Não faça promessas a mim, pouco me importa o que você faz ou deixa de fazer, só não quero que meu anjinho sofra, se isso acontecer eu não gostaria de ser você.


- Você vai mudar o que pensa de mim.


 


 


 Continua...


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Notas finais do capítulo

Gente!!
Msais um cap para vcs minha galera do mal favorita!!!
Muitos kiss!!
Adoro vcs!!
Comentem, em!