- Quem é o capeta que acabou de me acordar ? - Ele grunhiu.

- Educação passou longe , hein ? - Eu disse, e ele suspirou.

- Quem é ? - Ele perguntou, com voz de quem tinha acabado de acordar . Ah é, acabei de lembrar que eu acordei ele.

- Sou eu... Thalia. - Eu disse, em uma voz chorosa. 

- Só podia ser você pra me acordar a essa hora ! Numa boa, dá vontade de desligar na tua cara. Desembucha, garota. - O tom de voz melhorou um pouco.

- Eu estou... Sem sono. - Eu disse , e ouvi alguns palavrões do outro lado da linha. 

- E o que eu, EU , tenho a ver com isso ? - Ele perguntou.

- Você fez eu assistir uma porrada de filmes de terror, e agora eu tô com muito medo, e não consigo dormir. - Eu disse, com voz de criancinha.

- Porr...caria, e você acordou porque ? - Ele gritou.

- Eu queria que alguém ficasse aqui comigo. - Eu disse.

- E você quer o que, que eu vá aí e fique conversando com você até você dormir ? - Ele perguntou.

- Basicamente. - Eu disse, e ele suspirou.

- Deixe a porta aberta. - Ele disse.

- Quinze minutos, Jackson. Antes que eu me arrependa de verdade. - Eu disse, e desliguei. Desci as escadas, e abri a porta. Fiquei deitada na minha cama, esperando o Percy chegar. Em quinze minutos, ele estava lá. Você deve estar achando que o meu pijama era uma coisa linda e indecente, que provoca todos os garotos que chegam perto. Então amigo, você achou errado. Meu pijama era constituído por uma camiseta larga dos Guns, e uma calça legging preta, com estampa de moustaches brancos. Tão lindo que broxou meu pinto invisível. Ele entrou no meu quarto, e se sentou na cama. Sua cara estava horrível, como se ele tivesse acabado de acordar. Deve ser porque você acordou ele, Thalia. 

- Você está um chuchu com esse pijama.  - O pijama dele era uma blusa cinza, e uma calça com estampa de peixinhos. 

- Fica quietinha, você nem mesmo TEM um pijama.  Seu pijama é uma blusa de banda. - Ele disse . Há.Há. Continue, Jackson, continue. Caçoe do meu pijama.

- O que é isso ? - Ele disse, apontando para uma pequena faca no meu criado mudo. 

- Eu jogo facas na minha porta as vezes. E em algumas pessoas de vez em quando. - Eu disse, como se isso fosse normal.

- Estou começando a me arrepender de ter levantado da minha cama pra vir até aqui. - Ele disse.

- Vá embora enquanto pode, Jackson. -  Eu disse, e ele riu.

- Bem, é pra eu fazer você dormir, certo ? - Ele perguntou, e eu assenti com a cabeça. - Vamos ver, algo que me dá sono... Pegue o livro de Matemática , vamos estudar. - Ele disse, e eu ri. 

- Há.Há. Que engraçado. Tô morrendo de rir. - Eu disse. 

- Vamos jogar banco imobiliário ? - Ele propôs.

- De dois é chato. - Eu disse.

- São duas horas da manhã, não acho que encontraremos outra pessoa para jogar.  - Ele disse , e eu ri. 

- Ok. Vamos jogar de dois. - Ele pegou o tabuleiro, e montou , dando início a uma das noites mais divertidas de toda a minha vida .