No final da festa, muito já haviam subido para seus quartos. Rony ia subindo, segurando a mão de Hermione. Os dois então pararam juntos a porta do quarto onde o garoto estava hospedado.

– Só posso ir para casa amanhã de manhã, cedo. Ainda tenho que dormir aqui hoje. Você vai ficar comigo, não vai? – perguntou Rony

– Ah Rony, bem que eu gostaria, mas não vai dá. Tenho que tomar um banho e não trouxe roupa... – respondeu.

– Por favor, Mione!

– É sério. Hoje não dá. Espero-te amanhã cedinho, okay? – falou Hermione, beijando o garoto. – Durma bem então. Tchau Ron.

Hermione sorriu e se virou. Ela estava indo embora, quando Rony pegou sua mãe e disse:

– Eu te amo. Muito, muito mesmo! Minha princesa.

– Eu te amo também, muito, muito e muito. Meu príncipe. – disse Hermione por fim.

Os dois sorriram. Hermione saiu e Rony entrou no quarto. Sua primeira parada foi o banheiro. O garoto tirou a roupa, entrou embaixo do chuveiro e lá ficou por minutos. Por fim, embrulhou sua cintura em uma pequena toalha e escovou os dentes.

Voltou para o quarto, pôs uma roupa de dormir e se deitou. Ele não estava com sono, mas fechou os olhos com a intenção de adiar a vinda do outro dia. Queria poder ver a namorada o mais rápido possível.

Enfim, o garoto conseguiu dormir. E sem perceber, o dia já estava claro. Levantou-se de um pulo da cama e correu para o banheiro. Tomou banho, escovou os dentes e se arrumou. Pegou sua bolsa de viajem e o kit que Hermione havia lhe dado. Correu então para fora do quarto, onde lá embaixo, Gina e Harry lhe esperavam.

– Mamãe disse que não ficássemos para comer aqui. Vamos? – falou Gina

– Vamos. – respondeu Rony.

Os três então saíram com as suas coisas. Atravessaram o campo para chegar a uma área que pudesse aparatar. Eles deram as mãos um para o outro e sumiram dali. Logo, estavam parados defronte a’ Toca. O cheiro do café de Molly dava para sentir de fora.

Os três entraram e foram recebidos com beijos e abraços da Sra. Weasley, a saudação de Arthur Weasley, os comprimentos e zoações de Percy e Jorge...

Subiram para guardar suas coisas nos seus respectivos quartos, menos Rony, que fora direto para o quarto onde Hermione dormira. A garota então fez sinal para ele sair, e os dois foram para o quarto dele.

Ao passar, Rony fechou a porta. Jogou a bolsa no chão e o kit que ganhara, pôs sobre a cama. Hermione sentara.

– Dormiu bem? – perguntou Hermione sorridente.

– Como não?! – respondeu.

Os dois ficaram calados por minutos, apenas trocando olhares e sorrisos, até Rony se aproximar da menina.

Passou seus braços entre os dela e deu-lhe um beijo calmo. Ela correspondeu, tirando suas mãos da cama e passando no rosto de Rony. O beijo prolongava-se por um grande tempo. Separaram-se quase sem ar. Hermione afastou-se sentando mais atrás. Rony sentou-se na frente. Pegou a mão da menina e beijou.

– Você é um fofo, sabia? – falou ela.

– Você acha? Depois de tudo que eu te fiz? Depois de ter sido insensível, egoísta, não pensar nos seus sentimentos e te fazer chorar diversas vezes? – perguntou, aparentando-se triste.

– Claro Ron! Isso é passado. Você mudou, pelo menos ou acho. – respondeu sorrindo. – Afinal, eu sempre gostei de você, mesmo sendo como era. Fico feliz por você está expressando o que sente agora. Muito feliz.

– E devo isso graças a você. Mas, amor... Mesmo sendo passado, eu não consigo tirar a minha culpa de ter feito tanto mal a quem eu tanto amava. Você! – falou, ainda segurando a mão da garota.

– Dá pra deixar isso pra lá? Pensa nos sorrisos que eu já dei por causa de você... Ron, amor, esqueça isso. Algumas coisas do passado não valem a pena lembrar – terminou.

Rony sorriu, concordando. Mas sabia, no fundo, que não conseguiria esquecer o que já fizera a garota. Isso ficava na sua cabeça, rodando.

– Anda, vamos tomar café. – Hermione chamou.

Ela se levantou, e, ainda de mãos dadas, os dois saíram do quarto. Desceram as escadas e lá embaixo encontraram os outros Weasleys. Embora eles, e todos os demais que estavam na Copa Mundial de Quadribol, tivessem visto o enorme beijo, os dois pareciam está envergonhados, pois ainda não haviam falado para o resto da família que agora estavam namorando.

Hermione soltou a mão de Rony e sentou. Ele sentou-se ao seu lado.

– Vejo que ontem foi um dia bom para os dois não é? – começou Jorge

– Jorge! Pelo amor de Merlin! – disse Molly.

– Tudo bem mãe. Ele está certo... – falou Rony olhando para Hermione que logo sorrira – Bom, eu e Hermione estamos... Namorando agora.

– EM FIM! – gritaram Percy, Arthur, Harry, Gina e Jorge.

– Que bom meu filho! – disse Molly beijando o garoto e ignorando os demais – Você finalmente tomou coragem!

– Mãe! – indagou Rony.

– Olha aqui menino. Vou lhe dizer a mesma coisa que eu disse na época com Harry e Gina. Se você não cuidar da Hermione, se fazer algum mal a ela, ou vise e versa... – olhando agora para Hermione – Bom, não quero assusta-los, então, felicidades para os dois.

– Obrigada Sra. Weasley. – disse Hermione.

– Molly, me chame de Molly querida. – falou sorridente.

– Molly então, está bem. – terminou.

Todos tomaram café. E como sempre, Arthur e Percy foram para o trabalho, Jorge para a Gemialidades Weasley, e agora, Molly foi para Hogsmead fazer algumas comprar.

Já era final de Junho, no início Julho. O sol lá fora era quente. Muito quente. Harry e Gina foram checar como iam as coisas no Largo Grimmauld.

– Vamos dá uma volta por aqui? – perguntou Rony

– Claro. Vamos – respondeu Hermione.

Os dois deram as mãos e saíram. Foram andando, andando e andando. Quem pudera imaginar que os arredores d’A Toca eram tão grandes...

Eles andaram até chegar a um pequeno parque infantil, com bancos, balanços, escorregadores entre outros brinquedos. Os dois se sentaram em um banco que a sombra de uma enorme arvore cobria. O lugar tinha até um pequeno lago...

– Não sabia que existia um lugar desses por aqui. – falou Hermione olhando a sua volta.

– Antes esse lugar era lotado. Não sei para onde foram todos, mas sempre achei estranho, isso no meio do nada. – explicou Rony.

Os dois ficaram sentados por minutos, observando o lago, as borboletas... Até que, uma sombra freta aparece na frente deles. Os dois se levantaram assustados com as varinhas na mão. Era Fenrir Greyback, o Comensal da Morte vivo. O lobo abriu a boca, mostrando seus grandes dentes...

– Pensei que tivesse te matado seu idiota! – surtou Rony

– Mas não matou! Você é fraco demais para isso. – debochou Greyback

– Eu mato agora então, não seja por isso...! – gritou Rony, correndo para o lobo, mas fora interceptado por Hermione que o agarrara.

– Relaxa Weasley. Eu não vim para brigar. Não agora... – explicou Fenrir.

– O que você quer então? – perguntou Rony

– Ela! – falou apontando para Hermione – A sangue ruim. Ela tem uma pele macia...

 – Ela? Mas nem comigo morto você toca nela! – gritou Rony, raivoso.

Hermione nunca o vira assim. Gritar e surtar daquele jeito. Ele estava aflito e nervoso. Ainda agarrado por Hermione, se mexia tentando se soltar.

Ele colocou a garota para suas costas, impedindo de Greyback chegar perto ou até mesmo toca-la.

– Não agora seu pateta! Eu já estou bem alimentado. Mas eu voltarei. – disse por fim sumindo com a mesma sombra preta que aparecera quando chegara.

Hermione soltou Rony. Os dois abaixaram as varinhas e o garoto voltou a sentar no banco, sem dizer uma única palavra. Ela estendeu a mão para o garoto, e ele a segurou.

Juntos, caminharam de volta a’ Toca, onde já estavam todos para o almoço. Arthur e Percy haviam chegado cedo do trabalho...

– Onde estavam? – perguntou Percy

– Fomos dá uma volta, mas... – começou Rony

Vendo que o garoto não conseguia terminar, Hermione completou:

–...Greyback apareceu.

– O QUE? – gritou Molly – O QUE AQUELE LOBO NOJENTO FEZ DESTA VEZ?

– Nada. Mas ele disse que voltaria, para... Bom, ele... Ele quer a Hermione. – terminou Rony, com dificuldade.

– Ah, mais nem pensar! – falou Gina.

– Querida, você deve tomar cuidado. Ele deve está mais ‘animal’ do que nunca. Afinal, você ajudou a derrotar o ‘mestre’ dele... – opinou Molly.

– Vou me cuidar sim... – disse a garota

– Vamos subir Mione, preciso falar com você. – disse Rony, pegando na mão da garota.

Os dois chegaram lá em cima, no quarto de Rony. Ao passar, Hermione fechou a porta, e, ao virar-se para o garoto, percebeu no seu olhar que ele não estava de brincadeira. Estava sério. O que lhe preocupava, por que, sempre o vira sorridente.

– Rony, olha... O Greyback é mais burro do que um Trasgo! – começou.

– Eu sei. Mesmo assim é perigoso! Lembra o que ele fez com a Lilá? Acha que eu quero o mesmo com você?

– Não, eu...

–... Hermione, é sério. Prometa-me que não vai andar por ai sozinha. – disse Rony, pegando no rosto dela e fazendo a garota olhar nos seus olhos.

– Eu... Prometo. – disse por fim.

– Ah, e mais uma coisa... – exclamou Rony.

– O que? – perguntou Hermione.

– Só quem pode tocar na sua pele sou eu. – disse sorrindo.