Amor e Perdão [HIATUS - VOLTA EM BREVE] escrita por That Girl


Capítulo 13
Capítulo 12 - Decisões.


Notas iniciais do capítulo

Dedico à minha nova leitora, obrigada!



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- Calma minha Pequena, eu sei que é muito assustador. Também estou muito assustado, mas vou cuidar de vocês, dos dois... – falou colocando uma de suas mãos e minha barriga. – Não vou, de maneira nenhuma, abandoná-los. Você tem um apoio, não passará por isso sozinha. Confie em mim.

Apenas assenti  enquanto ele me ninava em seus braços, meu choro foi cessando, mas não me acalmei por completo. Ainda tínhamos muito o que resolver, e eu tinha que enfrentar as conseqüências que seguiriam esta gravidez, que iam desde a descoberta ao pânico por tê-la feito.

************

Minha mãe bateu de leve na porta do quarto:

- Meninos como vocês não desceram pra almoçar eu trouxe um lanche. – nossa, nem tinha me dado conta que estávamos a tanto tempo aqui. Fiz menção de responder, mas John negou com a cabeça e se levantou rapidamente indo até a porta, abrindo-a:

- Obrigado Tia! Eu e a Anna  estamos assistindo um filme... Nem lembramos de almoçar. Desculpe.. – disse pegando a bandeja.

- Sem problemas John querido! Precisando de algo, só ir até a cozinha. – disse se afastando e descendo as escadas.

John fechou a porta e levou a bandeja até a cama,sentou ao meu lado e me estendeu um sanduíche.

- Por favor, tente comer... – me olhava com carinho e preocupação ao mesmo tempo. Peguei o sanduíche e comecei a comer devagar, eu não queria, mas sabia que precisava comer.

- É... Então Anna, o que pretende fazer agora? – disse tentando disfarçar a preocupação.

- Eu pretendo ir ao médico.. – disse enquanto tomava um gole de suco. – Marquei uma consulta pra segunda-feira depois da escola... Você vai comigo? – eu sabia a resposta, mas mesmo assim fiz a pergunta.

- Sério? Eu vou, com certeza! Isso é bom Anna, precisamos ver como você está... – disse me olhando cautelosamente e então prosseguiu. – Anna, você pretende me deixar contar para os nossos pais somente após a consulta? – “Opa!” pensei e fiz cara de espanto. Tinha mais essa...

- Hum, não sei John... Temos que contar... Mas não sei como... – e realmente não sei mesmo!

- Vamos fazer assim, vou ligar para os meus pais e pedir para que venham aqui hoje. Acho que quanto antes  fizermos isso, melhor. – disse-me olhando cautelosamente e eu me dei conta de que as coisas mudariam drasticamente.

- John, preciso confessar algo... Até agora você expôs seu lado. Mais ainda não expus o meu. – ele voltou a me olhar com aquela expressão séria de hoje cedo e me encorajou a continuar falando. – Antes, você tem que comer... – disse lhe oferecendo um sanduíche. Ele pegou e começou a comer e eu vi aí a minha deixa para voltar a falar.

- John, eu não consigo processar o fato de estar grávida! – explodi cobrindo o rosto com as mãos. – Eu não entendo o porque... Eu te amo, eu deveria estar feliz por inteiro. Mas só parte de mim está feliz, a outra parte está morrendo de medo e preocupada com o nosso futuro! – continuava com o rosto coberto. – E o que mais me assusta é que exatamente este lado morrendo de medo que tem predominado em mim! – afastei minha mão para encarar um John surpreso e receoso. Ele sabe que isso será um fator que pode nos trazer problemas.

- Anna... Procure se acalmar, uma coisa de vez por favor! – olhou seriamente pra mim e continuou. – Você têm se estressado dia após dias desde que descobriu o risco de uma possível gravidez. E acabou de descobrir a algumas horas que de fato está grávida. Temos muitas questões para resolver, mas vamos manter o foco. E o foco para hoje é: acalmar-se e dar a notícia para os nossos pais. – disse de maneira enfática. Era surpreendente o modo como ele me apoiava. Desde que soube do risco de eu engravidar ele não me deixou, aproximou-se mais ainda e a cada momento deixa explícito que nunca vai me abandonar.

- Ok, prometo que vou tentar focar uma coisa de cada vez. Vou tomar um banho... Você vai ficar aqui ou vai descer? – era o segundo banho do dia, mas precisava relaxar porque a noite será tensa.

- Vou te esperar para descermos juntos. Enquanto isso vou ligar para o meu pai. – disse me olhando de maneira serena. Era incrível como ele conseguia se controlar. “Ah se eu tivesse metade desse autocontrole...” . Pensei comigo mesmo enquanto pegava uma troca de roupa e ia até o banheiro. Ouvi John falando com o pai no telefone:

- Alô pai...

- Oi John! Que manda filho?

- O Sr e a mamãe podem vir aqui na casa da Anna daqui uns trinta minutos?

- Sim, podemos. Aconteceu algo? Sua voz está séria demais...

­- Sim pai, precisamos conversar. Todos juntos e pessoalmente. –disse enfatizando o pessoalmente. Não ouvi o final da conversa, fui tomar meu banho logo, antes que eu começasse a ficar nervosa de novo.

Saí do banheiro já arrumada para descer; John e eu saímos do quarto e nos preparamos para contar aos nossos pais que eles seriam avós. Só esperava que meu pai não matasse John...

Chegamos na sala e encontramos nossos pais sentados e apreensivos:

- John, o que está acontecendo? Porque nos chamou aqui? – Rose o olhava muito preocupada e Carl o encarava ansioso.

- Anna, tem algo errado com vocês dois? – minha mãe me olhava nervosa e meu pai olhava de mim para John com cara de quem iria ter um infarto, se nenhum de nós contasse logo o que estava acontecendo.

- Peço para que se acalmem, eu os chamei aqui porque eu e Anna precisamos ter uma conversa com vocês e por isso os reunimos, porque será melhor assim. – disse John tentando manter a tranqüilidade na voz. Todos assentiram esperando que começássemos a falar. Nos sentamos e John respirou fundo. “Que ninguém nos mate, amém!”

- Pai, mãe... Júlia e Matt. Eu e Anna namoramos há quase cinco meses, e como vocês sabem, eu a amo demais... Mas infelizmente nos descuidamos... E digo o “nós” porque Anna também se sente responsável pelo que aconteceu. Mas eu tendo mais experiência que ela deveria ter me lembrado. Por isso assumo diante de vocês a responsabilidade. – nossos pais nos olhava com ansiedade, John resolveu falar de uma vez. – Há dois meses, na noite do baile Anna e eu acabamos “nos amando” e esquecemos de nos proteger... Anna está grávida. – ao dizer isso ele parou de falar e olhamos para os nossos pais, que estavam processando a notícia.

- Anna... -  meu pai começou a falar e olhou pra mim e se aproximou de mim segurando minhas mãos. – Minha princesa, é verdade mesmo?

- Infelizmente sim, pai... – e comecei a chorar. Logo todos estavam ao meu lado tentando me  acalmar.

Depois de alguns minutos eu parei de chorar e então todos voltaram e se sentar. Meu pai virou-se para John e o encarou serenamente:

- Sei que a situação é complicada John, e que o certo seria eu te matar por “amado” minha filha... – John arregalou os olhos assustado. Realmente, o fato de eu ter engravidado não era motivo pra assassinato; já deflorar a filha virgem... – Mas eu admiro sua coragem e seu caráter. Não pense que não percebemos que algo estava errado, mas eu nunca vi você se afastar da Anna...

- Nisso eu concordo... Bom, não adianta brigarmos com vocês... Oferecemos então o nosso apoio. – disse minha mãe visivelmente emocionada, Rose estava chorando e apenas assentiu segurando minhas mãos.

John me olhava com carinho e naquele momento eu percebi que tinha uma família ao meu lado. E logo senti que a parte medrosa e apavorada  de mim estava começando a ceder espaço para a felicidade. “Você sabe que no fundo essa criança é um presente e já é muito amada. Inclusive por você...” Minha mente me acalmava. Sim, uma parte de mim já a amava. Afinal, eu carrego um filho do homem que sorri de maneira linda pra mim neste exato momento. E então eu tomei a decisão que fez o medo ceder mais espaço ainda:

- Pessoal, estou muito apavorada e ainda não me acostumei com isso... – disse calmamente enquanto todos me olhavam atentamente. – Mãe, Rose... Preciso mais do que nunca da ajuda de vocês. Eu quero ter uma gravidez tranqüila e ter esse bebê. – ao dizer isso em voz alta meu coração ficou mais leve.

- Você está em boas mãos meu anjo, vamos te ajudar a passar por isso! – disse Rose sorrindo pra mim. “E aos poucos, eu sei que vou conseguir!”


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