Amor e Perdão [HIATUS - VOLTA EM BREVE] escrita por That Girl


Capítulo 12
Capítulo 11 - Consequência.




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– Você não teria me chamado com tanta urgência se tivesse dado negativo... – disse aos sussurros e eu assenti concordando. Voltei ao estado de choque. Ele me encarou extasiado e prosseguiu: - Anna, agora entendo em parte, o porque da sua mudança de comportamento nesses últimos dois meses... Eu não acredito que engravidei você... – sussurrou as últimas palavras e abaixou o rosto. Eu não podia mais segurar, precisava desafogar... E então liberei minhas lágrimas que estava guardando durante todos estes dias. John levantou o rosto e me abraçou. Meu choro saiu com mais força quando percebi que ele também chorava.

“O que vai acontecer agora?” . Era só o que eu conseguia pensar.

*********

Nem sei quanto tempo passou, mas eu e John ainda estamos sentados na minha cama, abraçados e chorando. Não esperávamos por isso e o modo como aconteceu foi mais assustador ainda. Uma vida inteira amando, quatro meses juntos e um filho a caminho. É demais pra minha cabeça. Ele ainda está chorando e eu já não enxergo mais nada, as lágrimas estão deixando minha visão turva.

Ele apertou mais ainda o abraço e senti que estava tentando parar de chorar. Ficamos mais alguns minutos assim, até que o nosso choro cessou e ele se afastou de mim e se levantou da cama.

– Já volto, preciso lavar a rosto... – disse com a voz rouca enquanto caminhava até o banheiro. “O que vai acontecer agora?”, novamente essa pergunta assaltava meus pensamentos. Ele voltou rapidamente e sentou à minha frente. “Chegou a hora Anna. Mantenha a calma e converse com ele. Coloque-se à disposição para discutir a melhor forma de lidar com essa notícia.” Minha consciência me “aconselhava”. “Ok, eu posso fazer isso. Eu VOU fazer isso”.

Decidi começar a falar:

– John, estou mais calma, na medida do possível... – eu precisava me controlar. Essa conversa seria longa e tínhamos muito o que decidir.

– Faço das minhas palavras as suas minha Pequena. Bom, vou expor o meu lado, ok? – perguntou arqueando uma sobrancelha e segurando firme minhas mãos. Me limitei a assentir. – Então, já que agora eu consegui realmente uma brecha no seu “casulo”, preciso ser sincero Pequena... Esses últimos dois meses têm sido difíceis pra mim. Você ainda me beija, abraça, diz que me ama, demonstra carinho... Mas apenas quando estamos a sós. Perto dos outros você se perde em pensamentos e se isola. Isso estava me deixando louco. Comecei a ficar com medo, um sério medo de perder você... – fez uma pausa me olhando com uma cara séria. Tudo o que ele dizia era verdade. A preocupação fez com que eu me isolasse.

– John, eu... – ele me interrompeu com um selinho e disse:

– Pequena, como eu disse, eu entendo em parte o porque desse isolamento. E digo “em parte” porque a partir de agora nós já temos o motivo dessa preocupação. Então você terá que se abrir comigo sobre o que sente, para que possamos pensar no que faremos daqui pra frente. Eu não estava mentindo todas as vezes que eu disse que te amo, que estou aqui pra você, que não sairei do seu lado e que vou cuidar de você e te proteger! – disse me olhando profundamente.

– Eu acreditei em cada palavra que você disse John... Por isso você está aqui comigo, porque eu confio em você. – disse devolvendo o olhar na mesma profundidade.

– Bom, primeiro de tudo... Sei que fizemos isso com consentimento mútuo, mas eu não era nenhum virgem desesperado quando transamos. Eu assumo a irresponsabilidade de não ter nos protegido naquela noite... – falou de maneira séria, mas eu não podia deixá-lo tomar toda a culpa:

– John... – segurei firme seu rosto. – Eu era virgem, mas não uma tola. Eu sabia que é necessário usar métodos contraceptivos se quiséssemos evitar filhos. Nós dois fomos irresponsáveis. Mas você tentou impedir, trouxe as pílulas do dia seguinte... Mas elas falharam... Agora temos que pensar no presente... – parei de falar porque paralisei quando vi a expressão de John à menção da palavra “presente”, seu rosto se iluminou e então ele pousou delicadamente suas mãos na minha barriga; naquele momento tive consciência de que agora eu carrego um ser dentro de mim, um ser que pertence à nós dois e é fruto do amor infinito que sinto por este homem. Por um momento ele se permitiu entregar-se a sensação de sentir o filho dele em meu vente. Ele percebeu minha expressão de confusão e decidiu retomar nossa conversa, mas manteve suas mãos em minha barriga.

– Pequena, eu sei que está muito assustada, isso é claramente visível em você, chega a ser palpável até. Mas mesmo sendo inesperado este bebê é um presente. De todos os envolvidos ele é o verdadeiro inocente dessa história; afinal ele não pediu para estar aqui... – ele me olhava com carinho. Eu não precisava dizer nada, ele já havia percebido o que eu estava tentando ignorar: eu estava inconscientemente, e agora já não era tão inconsciente assim, rejeitando a gravidez.

– John... – eu lutava pra segurar as lágrimas que se formavam. – Estou muito confusa... – me dar conta de que parte de mim estava rejeitando a gravidez foi mais assustador do que eu pensava. – Eu.. Eu.. – não consegui segurar, chorava violentamente enquanto John me amparava tentando me acalmar.

– Calma minha Pequena, eu sei que é muito assustador. Também estou muito assustado, mas vou cuidar de vocês, dos dois... – falou colocando uma de suas mãos em minha barriga. – Não vou, de maneira nenhuma, abandoná-los. Você tem um apoio, não passará por isso sozinha. Confie em mim.

Apenas assenti enquanto ele me ninava em seus braços, meu choro foi cessando, mas não me acalmei por completo. Ainda tínhamos muito o que resolver, e eu tinha que enfrentar as conseqüências que seguiriam esta gravidez, que iam desde a descoberta ao pânico por tê-la feito.


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Notas finais do capítulo

Não deixarem de postar a história, mesmo com a total falta de reviews.



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