Segunda – feira é uma merda.

Sério, quem nunca acordou cedo na segunda e desejou que ainda fosse domingo? Ou que fosse feriado? Que os professores estivessem doentes?

Certo, desejar o professor de biologia no hospital não é uma coisa muito boa, mas aposto que você já quis que ele estivesse com alguma gripe ou dor de garganta que o impedisse de dar aquela prova, não é?

Alexya estava escorada no Negão, seu carro. Sim, ele tinha um nome. Era um focus preto com vidro fumê que havia ganhado de sua avó em seu aniversário. Simplesmente amava o carro, seus bancos de couro, mp3 e as caixas de som potentes.

Usava uma xorts jeans que deixavam muito pouco a imaginar e uma blusa justa preta com um profundo decote em V. Nos pés, seu adidas de guerra.

Certo. Não é como se você pudesse passar a manhã inteira no carro, né garota. Ta na hora de encarar a selva. Alexya pensou.

Pegou sua mochila e saiu do carro.

– Alexya, oi! – Brittany chegou ao lado dela quase instantaneamente.

– Hey, Brittany. Como você está. – Alexya perguntou, mais por educação que interesse.

Veja bem, ela não era o tipo de menina fútil, que não se preocupa com os outros. Longe disso. Muitas vezes se preocupava até de mais com suas companheiras de time.

Apenas... Ela tinha muita coisa em seu prato, por agora. E ainda não conseguia entender como, tendo passado a noite toda acordada, estava de pé e sem sono.

Sério. Isso poderia não parecer grande coisa, mas ela não era o tipo de garota que recusava uma longa noite agarrada em seus travesseiros.

Costumava brincar que era uma potencia na cama. Se deixasse, dormia 25 horas por dia.

E brincadeiras a parte, se realmente deixassem que acontecesse, era bem provável.

– Ah, estou bem. Eu... Posso te fazer uma pergunta? – Ela perguntou meio desconfortável.

– Claro. – Alexya tentou ser o mais amável possível com a outra menina. Embora seus pensamentos estivessem em guerra dentro de sua mente, sabia que Brittany não iria lhe perguntar nada que não fosse muito importante pra ela. Sua timidez não permitiria.

– As meninas que votaram em mim, elas vieram me contar, sabe? E bem, até agora só soube de quatro meninas. Eu apenas estava pensando... Por acaso não foi você que me deu o quinto voto, foi? Tipo, eu sei que soa loucura e tudo mais, mas... Bom, por um momento eu pensei que fosse você, então eu disse a mim mesma “Apenas vá e pergunte a ela, Brittany.”. Parecia uma boa idéia na hora... Mas, agora que eu estou perguntando a você soa muito estúpido e presunçoso. Me desculpe, foi idiota da minha parte.

Alexya sorriu com a timidez e insegurança da outra garota. Fazia muito tempo, mas ela lembrava-a de Melanie.

– Você está certa.

Brittany murchou ao seu lado. – Claro. Como eu disse, foi totalmente idiota.

Alexya riu agora, abertamente. – Não... Eu disse que você esta certa não em pensar que soava estúpido. Está certa em acreditar que o quinto voto foi meu. Eu também votei em você, Brittany.

A pequena Brittany olhava Alexya completamente espantada. Ela havia parado a poucos metros da entrada principal da faculdade e parecia que não se moveria tão cedo.

Alexya parou e olhou pra ela. – Que foi? Você não vem?

Como se estivesse se sacudindo pra fora de um sonho ruim, Brittany chacoalhou sua cabeça e olhou em direção a Alexya, um sorriso enorme em seu rosto. - Oh, pode apostar. Estou logo atrás de você.

Alexya adentrou o pavilhão de ciências, os corredores cheios de alunos indo e vindo, alguns abrindo seus armários, outros contando sobre como o final de semana foi tão intenso.

Alexya era a menina mais popular da faculdade.

Também pudera.

Melhor aluna, eleita a garota mais bonita do

Campus

, gentil com todos e agora eleita a Capitã das Wolfs.

Era o sonho de qualquer menina que Alexya poderia conhecer. Era a vida perfeita e ela dava muito valor a tudo que tinha.

As pessoas no corredor a saudavam e Alexya sorria e acenava em reconhecimento. Estava totalmente confortável com aquilo. Estava no seu mundo.

Quando chegou ao seu armário, antes que pudesse colocar a combinação correta no cadeado para pegar seus livros e ir para a aula de Biologia, sentiu um corpo grande prende-la contra seu armário.

Alexya sentiu sua respiração acelerar freneticamente, enquanto sentia o corpo duro e musculoso atrás do seu. Uma mão subia pela sua coxa enquanto outra agarrava seu seio.

Lembranças da noite em que o vampiro a atacou em seu carro correram por sua mente e Alexya sentiu seu corpo ficar tenso.

Mas que porra?

Antes que pudesse gritar por socorro e fazer um escândalo por que um vampiro a estava atacando em plena luz do dia, Josh sussurrou em seu ouvido.

– Hey baby, senti sua falta.

Alexya poderia suspirar alto de alivio, afinal nenhum vampiro estava a atacando.

Era apenas Josh, o capitão do time de futebol americano e o cara mais quente do Campus.

E atualmente, sua mais nova conquista.

Todo o medo havia flutuado junto com um suspiro para longe de Alexya, e seu corpo começou a arder em desejo.

A radio da escola soava alto nos auto-falantes, e um funk com uma batida inebriante soava ao redor dos murmúrios dos outros alunos.

Alexya começou a rebolar no ritmo da musica, seus braços apoiados contra os armários, sua bunda fazendo movimentos circulares, depois de vai e vem, seguido de pra cima e pra baixo na frente de Josh. O corpo dele apoiado contra o seu, e ela podia sentir sua ereção pressionando deliciosamente contra ela.

Ela podia ouvir Josh suspirar, enquanto suas mãos percorriam sua cintura parando em seu quadril.

Os alunos ao redor pararam para o olhar a cena, mas Alexya não se incomodava minimamente com isso. Tudo que ela queria era provar de novo e novamente para Josh o porquê de ela ser a que mandava na situação.

– Isso, baby. – Josh suspirou em seu ouvido.

Alexya riu com a situação. Josh era tão malditamente previsível. Era tudo sobre hormônios.

A musica trocou para uma eletrônica das que tocavam direto nas baladas, e Alexya se virou para encarar Josh com um sorriso sacana no rosto.

Ele tinha no rosto um olhar torturado, como se estivesse pensando em como iria adorar transar com ela contra os armários ali mesmo, se não houvessem os professores por perto.

Mas infelizmente haviam os professores, e eles estavam de olho. Sempre.

Alexya puxou Josh pela camiseta até que seu corpo estivesse esmagando o dela contra os armários e prendeu sua perna esquerda ao redor do quadril dele, mantendo a direita apoiada no chão.

Sua mão esquerda correu pelas costas dele, enquanto a outra puxava os cabelos de sua nuca, trazendo os lábios dele para junto dos seus.

Josh agarrava a perna que estava em seu quadril, sua ereção pressionando contra a barriga de Alexya. Ele ergueu sua outra perna, tirando-a do chão, os braços de Josh e os armários em suas costas sendo seu único ponto de equilíbrio.

Josh beijava-a de forma intensa e desesperada, e por pura maldade Alexya rebolava contra sua ereção enquanto suas pernas estavam cruzadas atrás das costas do Quarterback.

Josh deixou o ar escapar por seus lábios novamente e Alexya estava adorando tudo aquilo. Ele colou os lábios em seu ouvido e disse, sua voz sufocada pelo desejo. – Ah, baby. Eu quero você.

Alexya não disse nada, apenas lançou-lhe um sorriso cheio de promessas.

Ao seu lado, alguém pigarreou.

– Senhorita Steven, senhor Austin. Vocês poderiam demonstrar com menor intensidade seu afeto em publico?

Como se tivesse levado um choque, Josh soltou Alexya e se afastou. Suas mãos cobriam sua ereção, tentando afastar os olhares dos outros alunos.

Não é necessário dizer que ele falhava miseravelmente.

Alexya lançou um olhar doce ao diretor, senhor Ramirez. Era um latino com traços fortes, e mesmo com sua idade avançada – devia ter seus 48 anos. – Era incrivelmente atraente e bem conservado.

– É impossível manter minhas mãos longe dele, senhor Ramirez. O senhor já deu uma olhada pra essa bunda? Ela é incrível. - Alexya disse, com uma piscadela.

O diretor Ramirez corou loucamente, seus olhos parando em todos os lugares, menos na bunda de Josh.

Alexya parou para medir o diretor, e olhou para todo o corpo, sem pudores.

Ele era alto, mais ou menos 1,85 e embora magro, Alexya poderia ver os gominhos da barriga tanquinho marcados pela camisa branca extremamente passada do diretor.

Sua pele era deliciosamente bronzeada, seus cabelos pretos como piche, seus olhos castanhos esverdeados. Sua boca sensual era apenas uma linha rígida em seu rosto.

Sr. Ramirez pigarreou novamente.

– Senhorita Steven, por mais que a bunda do senhor Austin possa parecer à coisa mais sensual do mundo nesse momento para a senhorita, devo lhes lembrar que vocês ainda estão em uma instituição de ensino. Talvez vocês queiram esperar até o final das aulas para continuarem o que estavam fazendo.

– Claro diretor. – Josh se apressou em dizer.

Alexya apenas deu uma piscadela para o diretor – que enrubesceu novamente. – e pegou seus livros no armário.

Sr. Ramirez seguiu em direção a sua sala, ralhando com um ou outro estudante que estavam - não em tanta intensidade quanto Alexya e Josh - se pegando pelos corredores.

– Vejo você no almoço, baby? – Josh perguntou, segurando a mão de Alexya.

– Se você tiver sorte, gatinho. – Alexya respondeu, pegando uma Brittany muito atordoada e arrastando pra aula de Biologia.