Jo-ken-pon escrita por FerNand0


Capítulo 5
Capítulo 3 - A natureza verdadeira


Notas iniciais do capítulo

Finalmente. Já faz um tempo que eu não posto nada mas foi por causa da semana de provas e porque eu tava procurando leitores beta. Mas eu já achei e eles fizeram um bom trabalho(eu acho).



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- Gihihihihihi! - Riu alto o homem de cartola. - Isso não funciona contra Meirt! Ele consegue criar correntes de ar!

E será que ele repele isso? - Gritou John arremessando três relógios para onde eles estavam.

Depois da explosão, houve uma grande nuvem de poeira que encheu o galpão inteiro, onde só foi possível escutar o som de algo cair e se esparramar no chão. Quando a poeira baixou, eles viram que saíam três tentáculos de sangue de alguns cortes que havia no braço do homem de cartola, e pendurados neles havia o que sobrou dos relógios.

- Amadores. - Falou Troy ao fechar os olhos. Alguns segundos depois, os abriu e apontou uma pistola que tinha sacado de um dos vários coldres que ele tinha e a apontou para a esquerda de onde estavam Meirt e o homem de cartola. A bala ricocheteou em vários lugares até entrar na direção da cabeça de Meirt, mas ele foi protegido por um dos tentáculos.

- Eu que digo: amadores. Meu nome é Jerigoff. -Disse o homem de cartola.

Ken e John se prepararam para uma ofensiva, mas tiveram que desviar de algumas adagas de sangue que quase arrancam suas cabeças.

- Até nunca mais. - Disse Jerigoff enquanto abria um buraco no teto com os tentáculos e espava por ele com Meirt em suas costas.

Esper... - Ken foi interrompido por Paul e Victor que entraram no galpão pela parede, quebrando tudo na sua frente.

- Ken! John! - Gritou Paul enquanto tentava segurar as asas de Victor. - Peguem logo o maldito dinheiro!

- Sinto muito mas ele é nosso. - Disse Troy que já estava na escada para subir até o buraco aberto por Jerigoff.

- Sai daqui! - Gritou Paul quando finalmente conseguiu nocautear Victor e jogá-lo no mar. - Se prepara, John!

- Gabe! - Gritou Troy. - Agora!

Gabe não pôde fazer nada, porque Paul havia corrido até John e o jogado com toda a sua força na direção do buraco feito por Jerigoff,  e ele foi levando Troy junto.

- Ken. Bora quebrar esse último otário aqui. - Falou Paul enquanto arrancava o que sobrou de sua camisa.

- Será que vocês conseguem? - Falou Gabe quase rindo.

De repente, Jeanne saiu de trás de uma caixa que havia no galpão e se jogou em cima de Paul.

- Paul! Seu miserável! - Gritou Victor que saiu voando da água e levou Paul e Jeanne com ele para fora do galpão e pelo telhado, como sempre.

- Pois é né. - Disse Ken preparando sua arma. - Depois dessas saídas clichês de todo mundo, acho que tá na hora de você sumir também!

Antes de Ken atirar, várias caixas foram voando em sua direção, mas com seu poder, ele evitou todas elas.

- Que interessante. - Falou Gabe. - Aceleração corporal.

- Você é o primeiro a dizer isso com tanta certeza. - Disse Ken impressionado. - Como sabe?

- Se fosse uma paralisação do tempo, eu não poderia me mexer, e eu me mexi plenamente bem desde que você estava num lugar e foi pra outro.

- Parece que você não é um completo amador certo? E aquilo que você fez? Era vento que nem o tal Meirt?

- Não. Telecinese. Mil vezes melhor, e você ainda tem tempo de não morrer aqui. - Disse Gabe fazendo algumas caixas flutuarem atrás de si.

-Digo o mesmo. - Disse Ken apontando sua arma para Gabe e pegando uma faca de dentro do casaco.

Enquanto isso, John e Troy pousam violentamente num prédio não muito longe do píer.

- Aquele vagabundo do Paul... - Disse John se levantando.

- Concordo... - Disse Troy rastejando pra longe de John.

- Olha, Troy. - Disse John apontando para Jerigoff e Meirt, que estavam escalando um prédio mais a frente.

- Pois é John. - Disse Troy já se levantando. - Vamos fazer uma aposta como nos velhos tempos. Se o dinheiro estiver com o carinha que você escolher, o JoKenPon leva, mas se estiver com o que eu escolher, o Darkness leva. Eu escolho o Jerigoff e você fica com o Meirt.

- Você já escolheu por mim mesmo. - Falou John enquanto rasgava as mangas da camisa, deixando os relógios à mostra.

- Muito bem então. - Disse Troy montando várias partes de alguma coisa que tinha retirado de dentro da jaqueta e que também estavam penduradas nas suas pernas.

- Mas o que... - Falou John ao ver Victor voando e levando Jeanne e Paul bater direto em Jerigoff e Meirt.

- Pronto! - Gritou Troy ao levantar e mostrar o que ele havia montado: um RPG-7.

- De onde você tirou essa bazuca?! - Falou John sem conseguir dizer qual fato era mais estranho.

-  Não importa. - Disse Troy mirando em Jerigoff, que havia caído dentro de um prédio com Victor e Paul. - Meirt está naquele prédio junto com Jeanne. - Apontou ele para o prédio oposto ao de Jerigoff.

- Pronto pra começar, Troy? - Disse John enquanto retirava dois relógios dos braços.

- Como nos velhos tempos, John. - Disse Troy quando atirou no andar superior ao que Jerigoff estava, fazendo tudo desabar sobre ele.

John saiu correndo do prédio onde estava e pulou, entrando em outro pelas janelas, e foi fazendo isso até chegar no prédio onde Meirt estava, e começou a subir as escadas para chegar ao andar certo.

Quando finalmente chegou lá, Jeanne estava tentando fincar suas unhas em Meirt, mas ele sempre desviava as mãos dela mudando as correntes de ar, até que ele acertou um soco em cheio no estômago dela.

- Jeanne! - Gritou John enquanto jogava dois relógios em Meirt, que os desviou com o vento, fazendo quase tudo onde eles estavam sair voando pelos ares.

- John, sai daqui! - Gritou Jeanne. - O dinheiro é nosso! Dos Darkness! Eu não quero a sua ajuda!

- Eu não estou aqui pra te ajudar! O dinheiro vai ser do JoKenPon e eu só quero que você continue viva!

- Não adianta! Eu não vou voltar pra você! Não depois do que você fez...

- Posso avisar uma coisa? - Pela primeira vez Meirt falou. Sua voz era áspera, como se fosse parte de um filme de terror. -Não importa a disputa de vocês, mesmo que matem eu e o Jerigoff, ainda existem mais pessoas da família Wart, e eles irão atrás de vocês, cedo ou tarde.

- E nós com isso? - Falaram John e Jeanne ao mesmo tempo.

- Eles podem ir na Hourglass a qualquer hora. Nós estaremos prontos pra massacrar o resto de vocês. - Disse John retirando mais relógios do braço.

- John. - Disse Jeanne.

- O que?

- Eu te odeio. Mas a gente vai ter que cooperar pra matar ele.

- E como a gente vai fazer isso?

- É só me dar cobertura. - Disse Jeanne que avançou em Meirt, quase o arranhando na barriga, depois tentou acertar um chute com a ponta do salto, mas Meirt se desviou de tudo e acertou outro soco nela.

- Agora! - John atirou um relógio, quando Meirt o desviou, atirou outro para a direita e depois outro para a esquerda, e mais dois na sua frente, mas Meirt lançou todos para longe usando o vento, mas, deixou uma brecha, e Jeanne enfiou os cinco dedos de sua mão direita no tornozelo de Meirt.

- Desprezível. - Disse Meirt enquanto chutava Jeanne para ela sair de perto. - É só isso que consegue fazer?

- Não me subestime. - Disse Jeanne limpando o sangue da boca. - AIDS, câncer, tétano, neoplasia e tripanossomíase americana. Quando minhas unhas tocam o sangue de alguém, cada uma transmite uma doença diferente, esse é o meu poder. Você agora está com as doenças da minhas mão direita, aquelas que eu falei agora! Mesmo que vocês saia vivo daqui acabará morrendo depois.

- Sua vagabunda! - Meirt deu um chute no queixo de Jeanne, que ainda estava caída, fazendo-a ficar inconsciente.

- Você tem que saber que não se deve ser tão rude com mulheres. - Disse John que lançava mais dois relógios em Meirt.

- E você só consegue fazer isso! - Gritou Meirt num momento de raiva onde fez os dois relógios saírem voando pela janela.

- Pois é né. - Disse John contando quantos relógios ele ainda tinha. Apenas dois. - Por isso que eu prefiro ser o homem que faz os planos e as invenções.

- Você não se cansa de falar! Vou te matar logo pra você calar a boca!

Meirt investiu contra John com um soco, John ia desviar, mas o vento de Meirt empurrou-o de volta para a direção do golpe.

- Isso que é um poder digno! - Gritou Meirt enquanto continuava a bater em John, que agora tentava defender com os braços. - E agora? O que vai fazer? Jogar mais relógios? Porque você simplesmente não morre?

John de repente segurou o braço esquerdo de Meirt, e prendeu nele um dos relógios que sobrou, mas Meirt o fez voar longe com seu vento e voltou a bater em John, até ele chegar na beirada da janela, onde ele caiu sentado, apoiado com as costas na beirada, e Meirt continuou a bater nele.

- E agora? Ainda continua com a idéia boba de pegar o dinheiro? Quais são suas últimas palavras? - Perguntou Meirt sem parar de bater em John.

John apontou para trás de Meirt e falou:

- Fi...fire in the...hole...

Meirt parou de bater em John e olhou para trás, onde estava o último relógio, que explodiu, lançando-o pela janela, mas ele conseguiu se segurar do lado de fora da beirada.

- Haha. - Falou meirt com dificuldade. - Mesmo se eu cair daqui, eu vou poder modificar o vento no último instante, transformando essa queda num pequeno pulo, e então e vou subir aqui e terminar de te matar.

- Eu ainda... Não te falei o meu poder, não é verdade? - Perguntou John enquanto tentava levantar. -  O meu poder... É transformar tudo que tem um sistema rítmico imutável... Em uma bomba que explode quando eu quero. Isso inclui relógios e outras coisas que fazem barulhos que não mudam.

- E no que isso me interessa? - Perguntou Meirt, já se segurando com as duas mãos na beirada.

- Que você, eu e todas as pessoas do mundo temos uma coisa muito importante que faz um barulho que não muda.

- Não pode ser! Você também pode...

- Sim. Fazer, literalmente, homens-bombas. No final, eu acho que eu não posso ser o homem dos planos e das invenções porque a natureza verdadeira de nós, que temos poderes, é que nós realmente gostamos de matar. - No mesmo instante que terminou de dizer isso, John retirou as mãos de Meirt da beirada da janela e o soltou, para poucos segundos depois, ele explodir, jogando suas entranhas sobre os prédios e pela rua.

- Aleluia... - Disse John se deitando sobre a beirada. -  Já não aguentava apanhar tanto... Como será que estão o Ken e o Paul?

John olhou para o galpão 59 a tempo de ver ele afundando na água, junto com todo o píer 21.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Eu achei esse o melhor que eu já fiz, comparando com os capítulos dessa e das minhas outras fics.



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