O Playboy E A Abusada... escrita por Alponcho Scharf


Capítulo 2
Capítulo 2 - A FULGA




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Os dois estavam no banheiro. Daniel apoiado sobre a porta e José parado a sua frente respirando ofegante e descontroladamente.

– Será que ela vai estudar aqui? - perguntou o amigo de José apoiado ainda na porta.

– Claro que não! - meio que gritou o garoto de cabelos negros.

– Como você sabe que não, José? - indagou o amigo esperando uma resposta.

– Ta na cara que ela não tem dinheiro para pagar uma matrícula no Beta... - respirou e continuou - ... nós discutimos por causa de um celular vagabundo - ele passou a mão de leve pelo topete e virou-se olhando para o espelho e pensou numa hipótese e virou para seu amigo ainda posto na porta - Será que foi as câmeras que me denunciaram ou ela é ...

– Bolsista! - balançou a cabeça - Mas ...

– Mas o quê? - perguntou José com algum resto de esperança.

– Bolsista aqui nessa escola é bem raro , só temos dois ou três bolsistas aqui no Beta - confirmou para o amigo o deixando mais desesperado.

– Então ela veio atrás de mim - disse pensativo - Cara, to ferrado.

– Vai pedir desculpas a ela e pronto. Fala que dá outro celular para ela ... - disse o amigo intacto sobre a porta, ainda.

– Não! Só vou comprar o celular - disse estufando o peito.

– Você se esqueceu que quase matou ela também? - Daniel estava gostando de ver o amigo orgulhoso se rebaixar um pouco.

– Pare Daniel, ela nem morreu e não aconteceu nada com ela - José deslisava língua sobre os lábios superiores, parecia um tipo de tique-nervoso.

– Vamos sair daqui com cuidado, é tudo ou nada - falou Daniel olhando pela fresta da porta.

Os dois foram para o corredor em direção ao laboratório e entraram na sala toda branca e com grandes mesas de mármore e se sentaram um ao lado do outro já que a próxima aula era de Química.

Trinta minutos depois, Daniel estava posto na porta olhando pela pequena janela de vidro o movimento pelo corredor congestionado do Beta. Assim, os alunos que teriam aula na sala começaram a entrar.

Enquanto Daniel dava uma varredura em todo Beta atrás da garota, José estava no laboratório esperando o amigo voltar para ele poder ir embora. Até que Daniel volta depois de olhar cada canto do Beta.

– Vamos, tudo limpo - falou Daniel.

– Vamos, antes temos que passar la na sala da Chapa e pegar os panfletos das inscrições para os novos membros se inscreverem.
Assim os dois seguiram para a sala da Chapa Blanco.

A sala lembrava um escritório e nela tinha vários quadros com o emblema da chapa, que era um leão pintado a óleo e o nome Blanco com uma caligrafia impecável. Parecia um quadro pintado por Da Vince e tinha cara de caro. O resto da sala era pintado a verde escuro e azul-marinho em estilo medieval com portas e janelas de madeiras brutas pintada de negra e sobre as paredes tinha poster de banda, chiclete grudado, pinturas, e fotos dos membros em toda parte.

Pegando as folhas das inscrições na gaveta da mesa-mestra, José tranca a mesa e sai com o amigo em direção a porta que e invadida pela inspetora Silvia e a garota.

– Bom! Sra. Rodriguez, essa é a sala da Chapa Blanco... o dono da chapa ai.. - a inspetora aponta para o garoto que deixa as folhas cair no chão ao ver a garota - Sr. Blanco, você está bem?

Os olhos da garota arderam ao ver o seu quase assassino e o destruidor de celular. Ela ficou calada ao ver o garoto todo atrapalhado ao chão e virou para Daniel sorrindo, e assim o garoto o retribuiu.

– Vejo que o Sr. já imprimiu as inscrições para a chapa - disse a inspetora parando ao lado da garota.

– Sim-sim, Senhora. - sem contato visual ele se levantou e parou ao lado do amigo.

– Essa é a aluna nova do Beta - olhou a inspetora para a garota sorrindo - Comprimente-os Sra. Rodriguez.

E assim ela fez, apertou a mão de Daniel que olhou para a garota com um sorriso meio patético no rosto e ela se virou para José e apertou sua mão. Seus olhos observaram todo o garoto e o soltou. Ela estava adorando esse nervosismo.

– Bom, Sra. Rodriguez, essa é a última sala que lhe mostro. Vou deixa-lá aqui, porque terei que fazer muitas coisas, esses alunos daqui são muito bagunceiros - ela olhou para Daniel e José - Seja bem-vinda ao Beta - A inspetora Silvia sorrir para a garota e diz : - Você vai ficar bem? - perguntou ela para a garota.

– Pode deixar Senhora, estou ótima - disse ela para inspetora que saiu da sala deixando os três jovens sozinhos.

– Oi! - disse Daniel.

– Nos encontramos - virou ela ajeitando os fios negros de seu cabelo atrás da orelha.

– Eu lhe darei outro celular - ele saiu andando em direção a porta mas ela segurou seu braço.

– Calma ae! Onde você pensa que vai? - sem contato visual, disse ela.

– Estou ocupado..digo, estamos ocupados, vamos Daniel - ele tentou escapar mas ela não o largou.

Daniel pegou os papeis da mão do garoto e saiu deixando-o surpreso.

– Belo amigo esse - pensou o garoto.

– A sós. Bom garoto, acho que me deve desculpas - ela o soltou e foi em direção a porta a fechando e parando em frente a ele, assim, os dois ficaram se observando.

– Não é para tanto. Olha para você. Sem um arrainhão

Verdade! Ele a observou naquele shorts curtos, blusa curtas e um tênis all star de cano longo até a canela , a deixando despojada e sensual.

– Mais sem celular... e por pouco sem vida - Olhos cinzas observavam o garoto de topete - Ou me pede desculpas ou terei que falar com a inspetora sobre o incidente com um filhinho de papai que eu tive hoje cedo.

José sorriu mas sem humor. Dava para ver que ela não fazia parte do mundo dele.

– Não vou pedir - ele caminhou até ela ficando a sua frente. - Pode sair de frente da porta?

Ela balançou a cabeça negativamente. Ela estava determinada a tirar um pouco de orgulho daquele garoto.

– Ou desculpas ou um celular novo!

– Onde vou arranjar um celular aqui? - disse ele sem tirar os olhos dela.

– Então me pede desculpas, oras. - cruzou os braços.

Quem é mais orgulhoso?

– Não! - ele balançou a cabeça negativamente.

– INSPETORA SILVIAAAAAAAAAA! .... - ela gritou.

Sim ela gritou. ( risos)

Em um movimento rápido ele tapou a boca da garota com uma das mãos e a empurrou para a porta fazendo que seus corpos ficassem grudados.

– Fique quieta - disse ele pondo a outra mão no bolso.

Assim ele tirou a mão da boca da garota pedindo para ela ficar quieta.

– O que você está fazendo com essa mão ai? Desgrude de mim - ela tentou empurrar ele, mas, sem sucesso.

Ele tirou seu celular da ultima geração do bolso e a entregou.

– Fique com o meu até eu comprar outro - ele se afastou dela - Não conte para ninguém o que aconteceu.

– Vou te dar um prazo de dois dias até você me dá outro celular. Se não ... - ela balançou o celular em frente ao seu rosto.

– Se não o quê? - ele a segurou no braço.

– Acho que hoje já mantemos contato físico o bastante - ela se soltou dele e saiu porta a fora e ele foi atrás dela - Não demore muito em filhinho de papai, se não bye bye celular.

Ela saiu desfilando corredor a fora. A essa hora o Beta estava vazio. José ficou a observando com uma carranca na cara.

– Mas que garota petulante - disse ele sussurrando e lamentando pelo seu celular está em mãos de estranhos.

– Ela e linda, né? - disse a voz feminina da inspetora atrás dele - É inteligente, tem um gênio forte e não parece bolsista - falou ela para o garoto.

– Eu vou ter aula com ela todos os dias?

– Sim! Vai.

– Cadê a faca para enfiar na minha jugular e me matar mais rápido? - sussurrou o garoto

– Que? Falou algo? - perguntou a inspetora

– Nada, não.


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