O Sr. Blanco era alto e tinha os ombros largos. Por de baixo daquele blase Júlia imagina que eles escondia músculos bem definidos, ele aparentava ter uns quarenta anos bem reservado. Seu olhar era negro e cauteloso e dizia: Cuidado.
O cabelo tinha o topete igual ao de José. Ele não sorria e não esboçava quase nenhuma palavra a não ser repreensão. Júlia estava sentada a mesa ao lado de José. Brigite estava a sua frente e o Sr. Blanco esta a cadeira mestre. Pietro corria pela casa sendo seguido por sua babá. Os empregados circulavam pela casa e cirviam a comida que era fina e bem diferente do arroz e feijão que Júlia comia.
– Diga-me Júlia? - falou Brigite - O que pretende fazer depois que terminar as aulas? - perguntou ela se apoiando lindamente sobre a mesa.
– Pretendo fazer publicidade - falou a garota sorrindo e logo tomando um gole de vinho.
– Um enteressante! - falou ela - Muito bom! Não é Pablo? - ela se virou falando com o Sr. Blanco.
– Claro! Brigite! - disse ele a encarando logo olhando para Júlia. Seus olhos franziram vendo a garota.
José observara silêncioso a todos. Sua mão estava posta sobre a perna da garota por de baixo da mesa.
A campanhia tocou. Uma empregada da casa saiu correndo em direção a porta a abrindo.
– Quem será? - perguntou a voz rouca do Sr. Blanco.
Júlia e José se viraram para a entrada quando Vegas passa pela porta divina.
Júlia olhou para José com surpresa. O garoto levantou os ombros.
– Boa noite a todos! - falou ela sorrindo com aqueles olhos verdes e cabelos loiros soltos.
– O que você está fazendo aqui? - perguntou José.
Júlia a olhava.
– Eu a convidei! - falou Brigite olhando para José.
– Pois é! - falou Vegas se sentada a o lado de Brigite ficando em frente a Júlia que a encarava e a matava em seus pensamentos vagos.
O Sr. Blanco observara as duas garotas.
– E o namorado atleta? - perguntou Júlia sorrindo falsamente.
– Quem foi que lhe disse que agente namora? - desdenhou Vegas a olhando.
– Você está linda como sempre Vegas - falou Brigite a acariciando no braço.
José observara a mãe bajulando a sua ex namorada.
– Por que você a chamou mãe? - José perguntou - Você sabia que esse jantar era apenas para mim, Júlia, você e meu pai - indagou o garoto.
Vegas sorriu para Brigite que lhe retribuiu um sorriso malicioso.
– Por que eu gosto da companhia dela! - Brigite deu-lhe uma olhada em Júlia que franziu os olhos.
– Onde fica o banheiro José - cochichou Júlia no ouvido do garoto.
– Calma ae! Eu te levarei lá - José falava em seu ouvido agora.
Vegas e Brigite estavam em um papo de lúxuria. O Sr. Blanco estava concentrado comendo sua comida, mas seus olhos eram para as duas garotas de gênios fortes.
– Não precisa José, só me falar que eu irei - disse a garota mumurrando.

Júlia sorrir e acaricia o rosto do garoto que ressaltas as bochechas em um sorriso preso. Com um beijo rápido, Júlia se levanta pedindo licença a todos e saindo rumo ao banheiro indicado pelo garoto de topete.
Vegas e Brigite olham a garota sair e riem. José observara a duas que pareciam desdenhar de Júlia.

No banheiro de granito preto e branco, Júlia respira fundo olhando-se sobre o enorme espelho redondo e pega o celular.
Hannah atende.
– Tu não vai acreditar! - falou Júlia para Hannah.
– O que houve? - Hannah curiosa que só.
– Vegas está aqui a mando da mãe de José - falou Júlia sorrindo irônicamente.
– Mais, que... Bruaca - disse Hannah - Ela fez isso de propósito só pode.
– É claro, ela estava me tratando super bem na base da falsidade, agora que a vaca loira chegou elas duas ficam tirando uma com minha face. Vê se pode! - falou Júlia para Hannah e se olhando no espelho.
– Ja vi tudo. Ela quer mostrar a José o que ele perdeu - falou Hannah do outro lado da linha.
– Ele não perdeu nada, ele só ganhou - disse a garota fazendo bico.
Hannah riu.
–Verdade! - concordou a amiga.
– Mas eu naõ entendo uma coisa - falou Júlia.
– O que? - perguntou Hannah.
– Ele não esta pegando o atleta? - disse Júlia.
– É tudo fogo no rabo. Aquilo tudo era um teatrinho. Ela queria por ciúmes no herdeiro Blanco, mais ele ta caidinho por você - disse a amiga com razão.
– Piranha! E eu acreditando que ela estava em outra - disse Júlia surpresa.
A porta treme com batidas.
– Pretinha vou desligar tem gente querendo usar o banheiro - falou Júlia mandando um beijo.
– Se cuida e de na cara de loira por mim - irôzinou Hannah do outro lado da linha.
– Pode deixar que ela vai sair daqui com marcar de chinelada em cada lado da buchecha - sorriu Júlia baixinho para ninguém escutar - Fui que fui.
Desligou o telefone.

Júlia sai do banheiro e dá de cara com José com seu olhar sombrio e sexy.
Ela sorrir.
– Vai usar o banheiro? - perguntou ela se aproximando dele.
Ele nega com a cabeça. Seus olhos desviaram dos de Júlia.
– O que houve desta vez, José - Júlia estava parada em frente ao banheiro.
– Minha mãe e Vegas - falou o garoto.
Júlia se aproximou do garoto envolvendo seus braços sobre o corpo forte do garoto.
– Não se proucupe. Eu entendo - falou ela.
– Entende o que? - perguntou ele seco a Júlia agarradinha em si.
Júlia o soltou o olhando. Agora ela estava de braços cruzados.
– Eu entendo que ela trouxe aquela ... Garota para cá para me provocar e atentar meu juízo. Mas ela não vai conseguir, eu sou Júlia meu amor, e não sou bagunça, e quem diria em, sua mãe fazer isso tudo para tentar reaproximar vocês dois - Júlia balançava a cabeça incrédula.
– Eu sei! Por isso eu vim aqui para te levar para casa, porque eu não quero que você sente aquela mesa - falou José.
Júlia a olhou e levantou uma das sobrancelhas.
– Atá! Eu vim aqui para jantar, então vamos jantar - sorrio a garota se virando indo rumo a sala de jantar.
José tentou a impedir mais não conseguiu. Ele sabia que a noite iria ser longa.

A noite fora passando e Júlia participara da conversa feminina da sala com falsidade sendo retribuída. A mãe de José passou a noite exaltando para o garoto as qualidades e fortunas de Vegas jogando indiretas para Júlia que nem ligara para nada. Afianl, José era dela.
Júlia estava na sala sentada no luxuoso sofá brincando com o jovem Pietro que estava sendo guardado por sua babá. Pietro se divertia com as cocégas de Júlia. A babá amava Júlia de uma hora para a outra.
Vegas e Brigite estavam no quarto da mulher se gabando a custa da garota humilde enquanto José estava em seu quarto a proucura de algo e deixara Júlia na sala o aguardando.
O Sr. Blanco surgiu no corredor e ficou observando Júlia conversando com a babá e brincando com o pequeno Pietro. A babá o vê, logo o homem faz um gesto com a cabeça para que a babá fosse embora e deixasse ele a sós.
Assim, fez a mulher pegando jovem Pietro e o levou para o quarto.
O homem se sentou a poltrona negra a frente do sofá onde a garota estava sentada.
– Vejo que Pietro gostou de você - disse o homem que estava com um copo de wisky na mão.
– É. Ele é lindo - falou Júlia sorrindo - Ele lembra a José - sorriu ela com José em sua memória.
– Você gosta do meu filho? - perguntou ele a observando com o olhar atento.
– É claro, ele e fofinho. Quem não gosta de criança? - falou Júlia sorrindo.
– Eu estou falando de José - o homem a corrigiu dando um gole da bebida.
– Ah. Eu gosto sim por que? - perguntou Júlia.
– Você o ama? - o homem bonito perguntou.
– Por que o Sr. está me perguntando isso? - Júlia o indagou.
O homem levantou os ombros.
– Fale? - disse Júlia franzindo os olhos.
– O que me falaram é que você está afim do nosso dinheiro - Sr. Blanco a olhava com o mesmo olhar enigmático e astuto de José.
Júlia o olhou com o olhar de desdém. Ela respirou e tentou ser educada.
– Olha só Sr. Blanco. Eu nunca tive interesse no dinheiro do seu filho. Primeiro que eu não tinha enteresse nenhum por José - falou ela para o homem - O que aconteceu com agente foi tão rápido e estranho. Nesses cinco meses que eu tive com ele, eu nunca pedir um centavo se quer, afinal, ele só me deu um celular porque ele quebrou o outro meu e um skate que por vontade dele, ele me deu - Júlia engoliu a sáliva - É claro que Sr., sua mulher e todos da alta sociedade vão pensar que eu quero dar o golpe do baú no seu filho - Júlia riu irônicamente - Eu não ligo para os que os outros falam, nada disso, eu sei que José gosta de mim e eu dele - Júlia sorriu lembrando do garoto - E eu sei que com todo aquele jeito dele, se eu precisar dele, ele vai está aqui para mim.
O homem a olhava.
– Mais eu não penso em nada. Meu filho está feliz com você e isso que importa - um sorriso obscuro e sereno surgiu no rosto do homem.
– Mais, sim eu o amo - Júlia disse envergonhada.
Ela sorriu para o homem com os olhos brilhando.

José estava atrás da porta escutando a conversar dos dois. Ele sorriu ao escutar a declaração de Júlia. Um sorriso verdadeiro e bem usado.
A garota do morro lhe ama.