Louca.

Narcissa Black era louca.

Há tempos eu percebia seu jeito de me olhar, sua forma de caminhar quando esta perto de mim.

Seu corpo se movendo lentamente, como uma serpente conquistando sua presa.

E eu era a presa.

Ela não disfarçava. Seus olhos avisavam: quero você. E ao mesmo tempo uma luz vermelha piscava em minha cabeça: PERIGO.

Era um perigo de fato. Essa mulher era um perigo, os Black são perigosos.

Mas eu estava comprometido com Bellatrix.

Bellatrix Black era tão quente quando uma pedra de gelo.

Enquanto sua irmã sim, era fogosa e abusada.

“Disfarçadamente” encostava-se a mim, sorrisos, olhares.

Fomos brincar na piscina, coisa normal, todos estavam fazendo.

Ali foi o exemplo claro de que algo estava ocorrendo, então quando ela apertou suas pernas em mim... Fiquei excitado.

No mesmo instante.

Uma loucura.

Eu sabia que precisava sair dali, urgente. Afinal tem coisa, como uma evidente ereção, que a gente não esconde.

O único lugar que poderia me acolher, era meu quarto.

E antes mesmo que eu raciocinasse direito, ouvi batidas na porta, pensei serem os rapazes. Mas não...

Ela estava ali.

Narcissa Black. Como uma Veela mandada só para me atormentar, com um sorriso sacana e um olhar cheio de ideias.

Entrando sem ao menos ser convidada no meu aposento.

— Não permiti que você entrasse no meu quarto. — eu disse mais do que depressa.

— Não pedi sua permissão. — só de abrir a boca, ela me irritava.

— O que você quer Narcisa? — minha paciência estava curta.

— Vou te mostrar...

Então ela começou a tirar o roupão que vestia. Eu já estava duro, por causa dela mesma, inclusive.

Agora ela vinha assim.

Com toda essa ginga, lábia, e jeito doce. Ficando quase sem roupa na minha frente, era motivo bastante para me apavorar.

— Ficou louca, mas que... Coloque esse roupão de volta. — eu disse beirando ao desespero.

— Não. Esta tão aflito Malfoy, ainda nem comecei a tirar o biquine. — mais uma pulsada bem no meu pau.

— Não faço ideia de que merda você tem na cabeça, mas quero que saia agora.

Ela negava veemente.

Que fique claro... Eu gosto de mulher!

É claro que gosto. Mas Narcisa era... Nova demais. Irritante. Infantil. Gostosinha, delicada. Ah... E era irmã da minha noiva!

— Pensa na sua irmã, lembra que sou comprometido com Bellatrix! — me apeguei a ultima alternativa.

— E Bela por acaso faz isso?

Ela perguntou, desamarrando a parte de cima do biquine e ficando sem nada ali.

Minha garganta ficou seca, minhas mãos foram automaticamente para meu membro.

— Cissy... Narcisa. Não. — supliquei.

— Não? Então ela não faz?

— Não é isso, não. Ela não faz. Mas... — minha língua embolava na boca. Porque meus olhos de desviavam em seu corpo. Seus seios, que seios...

— E isso?

Narcisa perguntou, tirando dessa vez a única peça de roupa que cobria seu corpo.

— Pelo amor de Merlin garota! — espirei fundo, tentando não olhar. Impossível.

— Shii, ninguém vai saber. É um segredo nosso.

— Sua irmã... — era impossível. Eu a queria.

— Nem ela. Só eu e você. Sim?

Ela disse, já bem próxima a mim.

Se ela oferecia de graça algo tão perfeito, então eu pegaria.

Se era safada e queria sexo, então ela teria.

Eu não tinha o que falar, apenas a ergui com facilidade do chão, a deitando com certa urgência na cama.

— Então você é abusadinha... Hum? — murmurei. Descendo minha mão nervosa para sua bunda.

E ocupando minha boca com seus seios expostos.

Quando a penetrei com o dedo, ela esta tão exposta, tão... Molhada. Minha boca tremia de vontade de estar em todos os lugares daquele corpo.

Ela me auxiliou a tirar a roupa. Suas mãos tocavam sem hesitação nenhuma no meu corpo.

Era pecaminoso.

Narcisa Black era linda.

Rosto indefectível. Os olhos grandes e expressivos dos Black estavam ali, mas numa tonalidade de azul puro.

A pele... A pele era toda igual, eu duvidava que ela tivesse sequer um arranhão.

— O quão experiente você é? — perguntei sem delongas.

— Eu... Não sou.

Sua voz falhou pela primeira vez desde que eu a conhecia. Então entendi o obvio. Melhor assim.

— Não é mais virgem? Ok.

— Não...

Mas eu não escutava mais nada.

Meu membro estava doendo de vontade de estar dentro dela, totalmente.

Querendo libertação e querendo o que ela esfregou na minha cara o dia inteiro.

Então, para minha terrível surpresa. Eu senti a relutância natural do seu corpo. Não o bastante para impedir meu penis de invadi-la. Mas o bastante para que eu percebesse.

Narcisa é virgem.

Safada, abusada, tarada... Mas virgem.

Ou pelo menos era. Se eu não a tivesse tirado dessa posição há um minuto atrás.

— Acabei de perguntar, pensei que você não era mais virgem!

— Continue Malfoy, por favor...

Ela pediu.

Eu fui incapaz de parar, mas também como pararia?

Narcisa era maravilhosa e gostosa.

De uma forma que eu nunca senti. De uma forma perfeita.

Ela era quase perfeita.

Quando terminamos foi cansativo.

Estávamos abraçados e eu sentia o quão cheiroso era seu cabelo. Se fosse com outras, teria deixado ali.

Como já fiz tantas vezes.

Teria mandado ir embora, se retirar... Mas Narcisa era. Era ela.

Só que não podíamos ficar desse jeito. A qualquer momento alguém procuraria por ela e por mim, meus amigos viriam ate meu quarto. E se a vissem saindo, não seria necessária palavra nenhuma.

— É melhor você ir para seu quarto. — murmurei.

— Ok. — ela respondeu se levantando.

— E Cissy?

— Sim?

Uma vergonha me assolou. Não queria ser um filha da puta, mas seria inevitável. Ela tinha que entender que o que aconteceu, era só isso.

— Foi tudo... Bom. Foi muito bom. — resmunguei.

— Foi sim. Foi maravilhoso.

— Só não conte a ninguém.

Finalizei.

Ela não podia se iludir. Se queria uma foda, se tinha um tesão por mim, eu fiquei faceiro — literalmente — em satisfazer.

Mas não ia passar disso.

Nunca curti muito Narcisa, e ainda tinha um compromisso com sua irmã mais velha.

Depois desse nosso encontro. Acabei indo jantar.

Claro que para mim era fácil vestir uma mascara de desvalorização. Na verdade esse assunto não me tocava mais.

Era sexo. Pronto.

Se ela queria ferrar com o próprio futuro, problema dela.

Acabei, o que não era novidade, ficando na mesa das Black. Afinal, tinha que acompanhar minha noiva.

— Mas me conte Ciça, onde você estava de tarde na piscina? Do nada sumiu.

Andrômeda perguntou, com uma entoação de ironia.

— Andy eu... Fui deitar. Estava me sentindo enjoada. Acho que esse balanço do mar. — ela mentiu sem relutância nenhuma.

— Na verdade você parece ainda estar mal. Esta meio amarela. — disse Bela.

— Talvez...

Percebi que Narcisa falaria algo mais. Ela não olhava um minuto sequer para mim.

Engraçado, antes do ocorrido de tarde, vivia me encarando como se fosse um colar de diamante gigantesco. E agora, mal virava a face para meu lado.

— Lucius, por que você não demonstra todo seu cavalheirismo e acompanha Cissy ate seu dormitório. Ela parece que vai desmaiar. — Bela disse.

— Eu? Vamos Narcisa. — respondi.

Sem emitir nenhuma hesitação.

Ate porque não precisava. Se alguém estava errado, essa pessoa era Narcisa.

Eu apenas fiz o que qualquer homem faria.

Levantamos e seguimos o caminho novamente dos dormitórios.

— Esta entregue. — ele disse tranquilamente.

— Ok. Obrigada Malfoy.

Ela murmurou olhando para mim.

Os olhos.

Esses olhos adquiriram um brilho profano quando eu a penetrava. Lembrava-se de cada expressão do seu rosto. Cada gemido.

Olhei para os lados, procurando algo que pudesse nos incriminar. Nada. Ótimo.

— Temos tempo. Não muito, mas temos. — ela disse com falsa inocência.

— Narcissa! Não... Você não acha que é cedo para...

Afinal ela tinha feito há poucas horas. Comigo. E podia ser...

Meus pensamentos foram evaporados quando ela agarrou a parte frontal de minha camisa.

— Não mesmo. — disse deixando a inocência de lado.

E essa segunda vez foi menos eufórica, mais calma.

Mais delicada, mais gostosa.

Julguei-me um animal por não conseguir manter as mãos longe dela, por não conseguir manter meu pau longe dela. Por não conseguir me manter longe.

Talvez fosse isso que ela planejava.

Deixar-me louco com essa perseguição, com as insinuações irritantes e excitantes.

Ela era uma praga.

E eu um tremendo idiota que não conseguia dizer não.

Ia casar com Bellatrix.

E ai?

Comeria sua irmãzinha cada vez que fosse possível? Essa ideia me deixava ainda mais excitado.

De fato eu era um animal. Um animal movido a sexo.