As Aventuras De Thalia - Um Mundo Novo escrita por Stephany Pevensie


Capítulo 7
O Tempo Passa


Notas iniciais do capítulo

Oi. Calma, só se passou um mês, não foram dois anos -.-' Neste capitulo eles finalmente serão coroados oficialmente. Espero que gostem.



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Já faz um mês desde de que chegamos.

Nesse tempo aprendemos muitos feitiços novos, lições de etiqueta e um pouco sobre a história de Devonne.

Hoje iremos ao Festival de Devonne. Estou ansiosa para saber como é o povoado. Lice só está animada por causa de sua roupa luxuosa. E Hector e Ítalo estão animados apenas porque iremos sair um pouco do castelo.

– Ótimo, ficaram prontos antes do que eu esperava. - Disse Lorenzo nos avaliando de cima a baixo.

Eu estava com um vestido lilás com detalhes prateados, para combinar com meu olhos, e uma trança. Hector estava com uma roupa de príncipe da Disney, de cor azul clara. Ítalo também usava a mesma roupa,só que de cor vermelha. Ítalo como sempre detestou a roupa. Lice estava com um vestido azul do tom de seus olhos, seu cabelo estava em um tipo de coque.

Lorenzo estalou os dedos e quatro criados trouxeram em pequenas almofadas coroas de prata simples.

– Como já lhes expliquei, vocês serão reis oficialmente hoje, e vão trocar estas coroas por coroas dignas de um governante. E já sabem: não olhem por muito tempo para as pessoas; sorriam de vez em quando e acenem para a multidão às vezes.

– Ok. - Respondemos em uníssono.

– A carruagem já está nos esperando, vamos. E não se esqueçam amanhã haverá a escolha para seu guardião.

– Por que precisamos de um guardião? - Perguntou Hector acompanhando o passo de Lorenzo. - Temos tantos guardas.

– São regras. Também não sei o porque disso, mas, regras são regras.

Paramos em frente ao portão principal, aquele que há um mês atrás eu e Hector tentamos abrir. Criados abriram a porta, e recebi um jato de ar fresco. Foi uma sensação muito boa.

Havia uns dez guardas do lado de fora. Os cavalos da carruagem tinham um pelo branco e brilhoso, a carruagem era branco com detalhes dourados, na porta havia o simbolo do reino: uma coroa entre duas espadas.

Entramos na carruagem. Era tão luxuosa quanto o lado de fora. Lorenzo não entrou.

– Você não vem com a gente? - Perguntou Lice.

– Esta carruagem é exclusivamente para as majestades. Vou em outra que está ali na frente. - Ele bateu a porta. A carruagem começou a andar.

– Estou um pouco nervoso. Queria que minha mãe estivesse aqui... - Suspirou Hector. - Ela iria me tranquilizar.

– Também estou um pouco. - Admitiu Ítalo. - E não se preocupe vai dar tudo certo, um dia nossos pais virão nos visitar sei disso.

– Espero que esteja certo. - Falei olhando a paisagem pela janela.

Em mais ou menos vinte minutos chegamos ao povoado.

Um criado abriu a porta para nós e nos ajudou a descer.

– Agora, - Disse Lorenzo chegando perto. - você irão para aquela outra carruagem sem teto. - Ele apontou para outra carruagem sem teto.

Assim que subimos na outra carruagem, os cavalos começaram a se movimentar. O povoado estava cheio de decorações, as pessoas pareciam felizes pela fartura que teriam e curiosas para nos ver. Era um pouco sujo e as pessoas pareciam não ter muito dinheiro.

Acenamos um pouco e demos alguns sorrisos para o povo.

– Eu estou cansado de tanto sorrir para eles, quero que me deem uvas na boca. - Disse Ítalo.

– Não seja tão egoísta, Talinho. - Respondeu Lice.

Ele pareceu que ia falar algo, mas desistiu. Eles pararam de brigar na frente de outras pessoas, brigavam apenas quando eu e Hector estávamos perto.

As casas e as lojas pareciam ser todos iguais. Em outra parte da cidade, um pouco distante do povoado estava a parte rica da população, que não comparecera ao Festival.

Deixei meu olhar vagar pela multidão. Uma figura chamou a minha atenção.

No meio da multidão havia um garoto com roupas e características diferentes da do povo. Ele tinha cabelos negros e olhos também escuros. Usava calça jeans, o que me impressionou bastante nunca vi alguém aqui usar calça jeans aqui, e uma blusa preta e uma espada pendia a seu lado. Continuei olhando por um tempo.

Lorenzo passou ao meu lado montado em um cavalo.

– O que eu lhe disse sobre olhar demais para a multidão? - Repreendeu Lorenzo.

– Desculpe. - Virei o rosto para o caminho á minha frente.

A carruagem parou, descemos e fomos para o palco rodeado de guardas. Havia bandeiras com o simbolo do reino e quatro tronos.

Lorenzo ficou no meio do palco à nossa frente e disse algo para a multidão que não entendi. As pessoas se aproximaram do palco.

Ele disse mais alguma coisa e chamou Hector:

– Hector.

Hector foi para o lado de Lorenzo. O povo deu palmas. E Hector fez uma rápida reverência.

– Ítalo.

Ítalo foi para o outro lado de Lorenzo. Mais uma vez o povo deu palmas. Ítalo apenas deu um sorriso nervoso e um aceno como resposta.

– Thalia.

Parecia que minhas pernas haviam virado gelatina. Tomei coragem e fui até o lado de Ítalo. A multidão deu palmas a mim. Dei um sorriso e agradeci de um jeito que ninguém ouvisse.

– Doralice.

Achei que Lice fosse ter um treco quando ouviu seu nome, não por ser exibida por centenas de pessoas, mas sim porque detestava seu nome. Ela foi para o lado do irmão, de novo palmas, ela deu um reverência e sorriu.

Logo,logo eu iria dar meu discurso sobre o Festival. Lorenzo me escolheu por eu saber pronunciar francês melhor que os outros, quer dizer Devonns é como chamam a língua que se fala aqui.

Lorenzo deu um passo para trás e fui até onde ele estava a um segundo. Olhei a multidão. Parecia que eu tinha engolido uma bola de gude e que ela não queria sair de jeito nenhum.

Pigarreei. Comecei a falar em Devonns:

– Bem vindos à mais um Festival de Devonne. O Festival é o início da época de nossa maior fartura, o início da época de boas colheitas, de prosperidade. - Engoli em seco - Que nosso reino sempre continue próspero mesmo nas horas mais sombrias e escuras, pois sempre há luz no meio de toda escuridão. Só é preciso encontrá-la. E agora que nós, os reis e rainhas de Devonne, aparecemos para tomar nosso devido lugar no trono, garanto que haverá mais luz do que escuridão.

As pessoas deram palmas muito calorosas, sorriam para mim. Eu sorri de volta e voltei para meu lugar. Lorenzo se pôs novamente entre Ítalo e Hector e recomeçou a falar algo.

Quatro criados subiram o palco com almofadas com coroas douradas, cheias de adornos e joias. Um deles também segurava um tipo de bola de metal com uma cruz em cima.

Lorenzo disse para eu, Lice e Ítalo chegarmos para trás. Apenas Hector ficou ao seu lado.

O criado botou a bola de metal na mão de Hector, Lorenzo abriu um pergaminho velho e começou a ler em voz alta dando pausas para Hector poder repetir. Era o Juramento Real. Quando terminou botaram uma capa vermelha de rei nas costas de Hector, e uma das coroas douradas em sua cabeça.

– Hector, trigésimo rei de Devonne. - Disse Lorenzo em voz alta e clara.

Deu outra reverência ao público e se sentou no trono do meio.

Deu um sorriso para ele, ele deu um pequeno sorriso em resposta.

Agora era a minha vez de fazer o Juramento Real.

Fui até o lado de Lorenzo. Botaram a bola de metal, que descobri que na verdade era prata, em minha mão. Lorenzo recomeçou a ler o texto e fui repetindo:

– Prometo sempre fazer o que é certo. Governar com sabedoria e harmonia. Jamais trair meu povo. Sempre ser justa. Pensarei em todos antes de uma decisão. Me sacrificarei se for necessário. Lutarei pela justiça com a mais imensa bravura. Sempre terei o coração puro.

Puseram uma capa fina em meus ombros e uma coroa de ouro com diamantes e rubis. Suspirei.

– Thalia, vigésima oitava rainha de Devonne.

Reverenciei ao povo e me sentei no trono do lado direito à Hector.

– Não foi tão ruim, pensei que fossem jogar tomates em mim. Principalmente por eu ser apenas um criança. - Desabafei com Hector baixinho.

– Também pensei. Parece que eles realmente acreditam na profecia. - Disse Hector sorrindo. - Somos oficialmente reis. E parece que Ítalo já é.

– Ítalo, trigésimo primeiro rei de Devonne.

Ítalo caminhava em nossa direção sorridente. Sentou-se no trono ao meu lado.

– Ainda bem que acabou. - Suspirou Ítalo. - Eu não sei falar direito essa maldita língua.

– Sorte sua que não entendem o que dizemos. - Disse Hector.

– Pois é. - Falei. - Como se sente sendo oficialmente um rei?

– Vou ter a mesma mordomia o que muda é que vou ter que usar uma coroa e uma capa maneira, então tá ótimo para mim. - Ítalo deu de ombros.

– Acho que nem sempre vamos ter mordomias. - Falei.

– Doralice, vigésima nona rainha de Devonne. - Anunciou novamente Lorenzo.

Lice se sentou no trono à direita de Hector, também parecia feliz por ter acabado o discurso.

– Parabéns. Agora você são as majestades oficias de Devonne. - Disse Lorenzo vindo até nós.

– Obrigado, instrutor. - Respondemos automaticamente.

– Não é necessário formalidades, somos amigos, certo? Só precisam me tratar assim na frente de outros.

Acenamos com a cabeça.

– Daqui a pouco voltaremos ao castelo e deixar o Festival fluir. Só vamos deixá-los dar mais uma olhada em vocês.

Esperamos mais alguns minutos e nos chamou. Criados tiraram nossas capas, só não mexeram nas coroas. Voltamos para a carruagem fechada e fomos para o castelo.

– Por que não experimentam seus tronos? - Sugeriu Lorenzo quando chegamos na Sala dos tronos.

A vidraça com nossas representações brilhava mais que o normal, devem tê-la limpado.

Fui hesitante e sentei- me no terceiro trono. Depois Lice,Hector e Ítalo também se sentaram no tronos. Cada um de nós estava embaixo exatamente de nossas figuras na vidraça.

– Confortáveis? - Perguntou Lorenzo.

Respondemos ao mesmo tempo:

– Muito.

– Perfeito.

– Maravilhoso.

– Ótimo.

– Que bom. Vocês tem horário livre até o jantar após isso estudaremos história. - Avisou Lorenzo sumindo por um corredor.

– O que vamos fazer? - Perguntou Ítalo.

– Vamos a biblioteca, quero escolher o próximo que irei ler. - Falei.

– Depois sala de reuniões. - Disse Ítalo.

Lice e Hector concordaram.

Juntos fomos à grandiosa biblioteca.


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Notas finais do capítulo

O discurso da Thalia foi um pouco inspirado no discurso do Dumbledore em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Espero que tenham gostado :)



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