As Aventuras De Thalia - Um Mundo Novo escrita por Stephany Pevensie


Capítulo 5
A Profecia




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- Bem, vamos para a biblioteca? - Falou Lorenzo.

- Sim, claro. - Falei.

Como governantes não podem sair ao ar livre? Tudo bem que somos crianças, mas por que os reinos iriam querer nos fazer mal? Há mais coisa do que eu pensava nessa profecia...

A biblioteca era enorme. Havia estantes gigantes embutidas em todas a paredes e o teto era bem longe. Também havia uma escada que levava a um segundo andar, para alcançar outros livros, só havia duas grandes janelas. Por todo lugar tinha cadeiras e mesas.

- A biblioteca real é a parte mais interessante do castelo. Aqui vocês podem tirar suas dúvidas sobre tudo o que imaginarem. - Disse Lorenzo mostrando as várias estantes da biblioteca. - Amo livros são muito bons.

- Discordo. Esse é o lugar mais entediante do castelo e livros não são essa coisa toda! - Disse Ítalo.

- Talinho! Eu concordo com o Lorenzo livros são muito bons! - Disse Lice.

- Ela nunca nem leu o título de um livro sequer. - Hector sussurrou para mim.

- Que bom que gosta de livros! Continuando o tour vamos até o salão de bailes. - Disse Lorenzo já na porta.

Foi então que tive uma ideia.

Hector já ia seguindo os outros então puxei seu braço.

- O que foi?

- E se nós tentássemos sair daqui a noite, quando todos estivessem dormindo? - Propus.

- Não sei se é uma boa ideia... Se não haver guardas e a porta estiver aberta nós vamos, o difícil vai ser convencer Lice e Ítalo. - Respondeu inseguro.

- Arrumamos um jeito, sei lá fazemos alguma magia que os faça vir conosco.

- Eu...

- O que vocês estão fazendo aí? - Perguntou Lorenzo - Majestades.

- Nada, vamos Hector.

Passamos o resto do dia fazendo tours dentro do castelo, parando apenas para almoçar e jantar.

- Amanhã teremos mais aulas de boas maneiras. Aprenderão a história de Devonne, semana que vem. - Disse Lorenzo. - Até mais crianças. Quer dizer majestades. - Fez uma reverência e saiu apressado.

- Crianças, como se eu fosse criança. - Reclamou Ítalo.

- Você só tem doze anos. - Disse Hector.

-É, mas falta dois meses para eu fazer treze anos! - Falou Ítalo.

- O Lorenzo não é lindo? Ele é perfeito. - Disse Lice abobadamente.

- Quer saber? Ele é a pessoa mais feia que já vi em toda minha vida, rainha Doralice! - Disse com raiva, fez uma reverência e saiu andando batendo os pés como uma criança de três anos.

- Volte aqui, seu palhaço! 

- EU NÃO SOU PALHAÇO! - Berrou antes de sumir por um corredor.

- Aquele idiota vai perder o jantar. O que será que deu nele?! - Disse Lice.

- Hector, vai atrás dele enquanto eu vou com Lice na sala de jantar e esperamos por vocês - Falei.

- O que?! Ficou maluca? Quando Ítalo fica daquele jeito, ele vira um bicho! Eu não quero ir lá não. - Disse Hector.

- É verdade. Melhor você ir, Thalia. Acho que você será mais capaz de acalmá-lo do que nós. - Concordou Lice.

- Ahn... Ok, então. - Falei. 

Fui no rastro de Ítalo. Passei rápido em frente a varanda e ouvi um barulho, com certeza era ele. Entrei na varanda, Ítalo estava sentado na borda.

- Oi. Olha, porque você teve esse ataque de nervos só porque ela achou Lorenzo bonito? - Falei.

- Por nada. - Falou sem me olhar.

- Mentira. - Sentei ao lado dele. - Sei muito bem que você gosta dela e ficou com ciúme.

- Eu? Gostar dela!? Ciúme? Você só pode estar maluca.

- Acho que nem você percebeu ainda, que gosta dela. Nós ainda somos crianças - Ele me olhou com censura - Tudo bem eu, Hector e Lice somos crianças, mas quando Lice for adolescente porque não a pede em namoro?

- Não gosto dela! - Insistiu Ítalo.

- Eu e Hector já percebemos isso, só você e ela que não. Quando ela tiver idade tenha coragem e peça ela em namoro. Ela não vai recusar no dia que isso acontecer, tenho certeza. - Falei com sinceridade. - Agora, vamos jantar?

- Vamos. Você não vai contar nada para ela vai?

- Não, vou dizer que é só implicância sua e proteção sua por que acha que Lorenzo não presta. O que acha?

- Ótimo, agora vamos, tenho que comer alguma coisa. - E lançou um sorriso para mim.

Para mim Ítalo era só um garoto metido e arrogante, nunca pensei que conheceria esse lado dele. Tudo bem que o conheci ontem, mas parece que  o conheço a anos, não só ele, Hector e Lice também.

Saímos da varanda e fomos tranquilamente até a sala de jantar.

- Quem diria, conseguiu amansar a fera. - Falou Lice quando nos viu.

- Muito engraçado, Doralice. - Retrucou Ítalo.

Os dois começaram a brigar.

- É, voltaram ao normal. O que você disse? Da ultima vez que ele ficou irado, nada do que dissemos adiantou. - Disse Hector se servindo.

- Falei a verdade.

- Ah... Sim.  Falou com ele sobre irmos embora?

- Não. Mas  acho que ele vai mudar de ideia por causa do Lorenzo. 

- Se ele gostou da comida daqui, nem Lorenzo vai fazê-lo mudar de ideia. - Disse Hector observando ele atacar o assado de carne.

- Que horas acha que todos vão estar dormindo?

- Meia noite.

Combinamos de nos encontra na sala do trono exatamente a meia noite. Estava muito escuro. Eles podiam deixar algumas tochas acesas...

- Hector você esta ai? - Sussurrei.

- Estou, agora vamos logo.

Fomos até o grande portão, não havia nem um guarda. O que foi muita sorte. Ajudei Hector a abrir o portão, que estava destrancado. Vi a linda noite estrelada, um jato de vento veio em meu rosto.

- Quanta falta de responsabilidade deixar a porta aberta dessa forma.

- Thalia, eu parei para pensar. Não há guardas e a porta está aberta, deve haver algum encantamento que avise que a porta abriu...

- Exatamente, acertou na mosca!

Lorenzo foi para a parte iluminada pelo luar.

- E foi muita sorte de vocês eu ter ouvido o sinal. - Disse fechando a porta - Eu disse que em hipótese nenhuma deveriam sair! Se outra pessoa viesse sofreriam graves consequências!

- Pensei que reis não fossem castigados. - Falei.

- Pois pensou errado! Em outros reinos,mas aqui essa regra existe! 

- O que fará conosco? - Disse Hector.

- Nada. Apenas quero lhes mostrar uma coisa. - Ele pegou uma tocha que estava na parede apontou o dedo e disse: Fogus Luminus. Então a tocha acendeu.

- Agora sigam-me.

Percebo agora como esse plano foi tão mal planejado. O castelo deve ter encantamentos de proteções antigas, nunca sairíamos sem que ninguém soubesse. Foi uma tolice esse plano. Como fui burra.

Lorenzo estava nos levando para a sala dos tronos. 

- Vai nos levar para nossos quartos? - Arriscou Hector.

- Já não disse que vou mostrar uma coisa?

Hector não respondeu. Seus olhos faiscavam por causa do reflexo do fogo.

Chegamos aos tronos.  Na parede atrás dos tronos estava escrito algo que não consegui entender pela falta de claridade. Lorenzo botou a luz de jeito que iluminasse perfeitamente o que estava escrito.

- Eis a profecia. - Disse Lorenzo que então recitou:

                            Quatro crianças das almas mais puras

                   Do nada aparecerão no humilde reino de Devonne

                   Pode demorar muitos anos, mas estes aparecerão

                       E quando chegarem o reino voltará a vida

                     Não só nos salvarão, mas salvarão os mundos

                                    Do mal que há escondido 

                                        Que irá se revelar


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