As Aventuras De Thalia - Um Mundo Novo escrita por Stephany Pevensie


Capítulo 3
Que lugar é este?




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Nós estávamos caindo em um túnel escuro. A única claridade que havia era a de pontinhos brilhosos, muito semelhantes à estrelas. Caiamos tão rápido que não havia como gritar. Olhei para os outros, eles estavam com as caras mais estranhas do mundo, estavam embaçadas e apavoradas.

Pelo o que se pareceram horas, nós continuamos caindo em direção ao nada. Até que de repente senti impacto com um lugar macio, o ambiente era agradável e cheiroso. Abri os olhos, eu estava deitada no meio de um campo de flores maiores do que o normal. Me levantei e vi os outros a alguns metros de distância de mim, assim como eu pareciam estar sem entender nada.

– Que lugar é este? - Perguntou Lice.

– Ora, estamos em um campo de flores, Doralice. - Disse Ítalo.

– Quantas vezes já não lhe disse para para de me chamar de Doralice, Talinho! - Retrucou Lice irritada.

– E quando você vai parar de fazer perguntas idiotas? - Falou Ítalo tranquilamente.

– Seu...

– Será que vocês não vão nunca parar de brigar!? Não percebem que podemos estar a quilômetros de distância de casa? Que estamos em um lugar que não conhecemos e que não sabemos que perigos podem existir aqui? - Disse Hector.

– Realmente, estou morrendo de medo de um campo de flores. - Falou Ítalo que parecia ter esquecido que estava morrendo de medo há alguns segundos atrás.

Enquanto continuavam a discutir olhei a nossa volta. Parecia que só havia campos de flores, até que olhei para trás e vi um grande muro cinza, que parecia ser de um castelo, e lá em cima havia um guarda de armadura e espada. Antes que eu pudesse falar para fazerem silêncio, o guarda nos viu e logo saiu correndo e trouxe outro guarda junto dele.

– Pessoal, acho que isso é um mau sinal... - Disse eu apontando para o muro, onde um guarda descia pela escada.

Todos nós ficamos paralisados, antes de podermos nos recuperar do choque o homem já havia amarrado-nos uns aos outros e nos conduzia à entrada do castelo.

– O que vai acontecer com a gente? - Disse Ítalo que estava branco como papel. - Ele vai nos matar?

– Só sei que coisa boa não é. - Respondi.

Na entrada havia um enorme e majestoso portão rico em detalhes com dois guardas. O guarda que nos prendeu falou algo que não consegui entender para os outros, estes logo abrirão o imenso portão que dava para um sala enorme, com chão lustroso. No final da sala havia quatro tronos. Não entendi pois só há um rei e uma rainha em qualquer lugar que seja. Logo acima dos tronos havia uma daquelas vidraças com desenhos, que normalmente se vê em igrejas, no desenho havia dois meninos e duas meninas com roupas de reis e rainhas, eles eram estranhamente muito parecidos conosco, não fui a única a notar.

– Aquelas pessoas do desenho são muito parecidas conosco... - Comentou Ítalo baixinho.

– Será que somos nós? - Falou Lice também baixinho.

– Claro que não, esse castelo parece ter centenas de anos e como iriam saber de nossa existência? - Respondeu Hector.

O guarda nos olhou com censura e entendemos que era para ficarmos calados.

Quando estávamos no meio do salão, um outro guarda surgiu de uma porta perto dos tronos e assim que nos viu seu rosto perdeu a cor. Ele começou a gritar com o outro e ficou apontando para a vidraça a cima dos tronos, os dois guardas começaram a discutir.

– Do que será que estão falando? - Sussurrou Hector.

– Estou entendo algumas coisas do que eles dizem. - Sussurrei de volta.

– Como assim você entende? - Disse Ítalo surpreso.

– Eles estão falando em francês, eu estudo francês na minha escola.

– O que é francês? - Disse Lice.

– É a linguagem que eles estão usando.- Respondi muito surpresa de saber que eles não sabiam o que era francês.

– Então traduza o que eles estão dizendo. - Disse Hector.

– Pelo o que entendi há uma profecia sobre quatro crianças e um o guarda está brigando com o outro por achar que nós somos as crianças da profecia e que não devíamos estar indo para a masmorra...

– Então era para lá que estávamos indo... - Interrompeu Ítalo.

– E que deveríamos estar sendo bem tratados, o resto do que disseram não entendi.

– Quer dizer que esses bocós estão achando que nós somos reis e rainhas de uma profecia? Isso quer dizer bailes, lindos vestidos, jantares ... - Disse uma Lice sonhadora.

– Você não quer explicar a eles que não somos de profecia nenhuma? - Disse Hector.

– Para que? Para sermos jogados em uma masmorra sem mordomias? - Disse Lice.

– Concordo nesse ponto. Mas espera aí, se somos os reis e rainhas da profecia e esse castelo parece ter centenas de anos... O reino deve ter ficado sem rei e rainha há muito tempo. - Falei.

– Pode ser... - Concordou Hector.

Nesse momento os dois guardas pararam de discutir, eles nos desamarraram e fizeram uma profunda reverência e pediram perdão e nos chamaram de majestades, pelo menos foi o que entendi. Logo chamaram empregadas, que disseram que iriam nos levar a nosso quarto.

– O que eles vão fazer com a gente? - Sussurrou Lice.

– Entendi que vão nos levar para nossos cômodos e que cuidarão de nós. - Sussurrei de volta.

Todos pareciam um pouco mais aliviados.


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