As Aventuras De Thalia - Um Mundo Novo escrita por Stephany Pevensie


Capítulo 13
A Inspeção


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Espero que gostem e como eu disse, esse capítulo está maior que o anterior ;) Boa leitura.



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Quando Lorenzo voltou, ele não nos disse nada sobre a nova sentença de Nicolau. E o melhor, ele ainda veio com Lady Donatien. Ela almoçou conosco. E como se é de se imaginar foi uma ótima companhia.

- Rei Ítalo, sente-se ereto. Lorenzo, você não ensinou nada a eles? - Ela perguntou durante o almoço.

Lorenzo parecia arrependido de tê-la deixado ficar por um tempo aqui.

- Eu ensinei, Lady Donatien.

- Creio que você seja bastante competente claro, são só essas crianças que não tem boa vontade.

- Nós iremos ter que aulas hoje? - Hector disse antes de beber em seu cálice.

- Não me interrompa! - Repreendeu Donatien.

- Mas, Lady, você já... 

- Não é educado interromper os outros, Majestade. - Ela disse com os olhos arregalados.

Hector ia abrir a boca parar falar algo, mas desistiu.

-Respondendo sua pergunta nossa próxima aula é de...

- Rainha Doralice, não fique admirando seu reflexo na colher! - Interrompeu.

Lice ficou vermelha e tremeu de raiva. Em seguida abaixou a colher e continuou a refeição enfezada.

Olhei pela janela o dia estava lindo. Observei as borboletas voando graciosamente.

- Rainha Thalia, você não sabe que a refeição é para se alimentar e não ficar olhando para o nada?!

Tomei um susto. Aquela mulher está me dando nos nervos.

- Será que esta mulher não sabe calar a boca? - Cochichou Ítalo para mim.

- Majestade, não sabe que guardar segredo é falta de educação? Diga agora o que disse à ela.

- Eu disse - Falou Ítalo encarando-a desafiadoramente - Perguntei, aliás, se a senhora não sabe... 

- Se você não sabe que o dia está lindo e que não tinha como não se distrair. - Interrompi.

Ele fez uma careta para mim que dizia: ''você estragou o meu momento.''

- Só isso? Isto não é segredo para ninguém.

- Quanto tempo pretende ficar aqui, Lady Donatien? - Perguntou Lorenzo.

- Quatro semanas, creio que seja o suficiente.

- Para quê? - Hector perguntou.

- Você irá ver, Majestade.

Hector deu de ombros.

Nas aulas ela também ficava presente. E se um de nós errava algo, ela obviamente criticava. Sinto que Ítalo vai aprontar alguma com ela, alguma pegadinha ou algo do tipo.

Nos intervalos também estava à espreita o que realmente era estressante. E sempre dizia: ''Estou de olho.''

- O que você está procurando, Talinho? - Perguntou Lice quando estávamos na biblioteca. Ítalo estava passeando pelas estantes procurando algo.

Ele estava prestes a xingá-la quando lembrou que Donatien estava por perto.

- Procurando um livro,ora.

- Você? Procurando um livro? Só Thalia faz isso! - Ela deu uma risada.

- Não seja tão estúpida, Doralice. - Ele sussurrou. - Eu sou péssimo em poções, e você também, mas ao contrário de você eu vou me esforçar.

- Ítalo, está se sentindo bem? - Perguntei.

- Por que não estaria? - Ele não tirou os olhos da estante quando falou.

- Você não está nem aí para as aulas. A não ser as ao ar livre é claro.

- As pessoas mudam, sabia? - Ele olhou para mim com um sorriso travesso. Voltou os olhos para estante. - Ah! Está aqui. - Ele pegou um livro de capa roxa.

As únicas coisas que tenho certeza são que Ítalo não mudou e que não vai usar o livro para estudos.

- Bom saber que está mudando de comportamento.

Nos inclinamos para o lado para poder ver Donatien encostada na parede.

- Ahn, obrigado. - Disse Ítalo sorrindo.

Definitivamente não é para estudos.

As aulas ao ar livre também deixaram de ser divertidas com Donatien por perto. Nós estávamos tendo, pois Lorenzo achou que Donatien poderia ser uma Guardiã provisória.

Na aula de esgrima ela criticava Lice e Hector.

- Só porque você é uma dama não quer dizer que você não possa aprender a se defender!

Lice bufava e cruzava os braços.

Para Hector ela dizia:

- Você luta que nem uma doninha com coceira.

Hector olhava para o chão.

Na de arco e flecha ela me criticava.

- Você tem uma mira péssima. Eu digo para acertar uma simples árvore e você quase acerta a cabeça de Lorenzo, parece que tem problemas.

Eu simplesmente revirava os olhos.

 Já na de hipismo criticava Ítalo.

- Se quer ser um cavaleiro tem que saber montar um cavalo, parece que você está tendo convulsão!

Ele a olhava com um olhar de ''você vai se ver comigo.'' E ela perguntava se ele estava passando mal.

Em uma aula de esgrima Donatien não pode comparecer ao ínicio da aula, não sei o porque. Ítalo aproveitou para xingá-la.

- Aquela mulher que parece uma doninha com coceira! - Então ele acertava o boneco de pano fingindo ser ela. - Ela que tem problemas! - Acertava de novo. - Ela que parece ter convulsão. - Novamente. - E ela deveria cuidar da vida dela! - Ele decepou a cabeça do boneco.

- Creio que ela não possa cuidar da vida dela se estiver com a cabeça decepada. - Falei.

- E nem da de ninguém.

- Talinho, você nunca teria coragem de decepar a cabeça de alguém. - Disse Lice.

- Se eu fosse você não duvidaria de Ítalo Benevolo! - Disse Brandindo a espada.

- Espera seu sobrenome é Benevolo?! - Falei.

- É. Por que pergunta?

- Por nada...

Benevolo quer dizer ''aquele que quer o bem do outro'' e Ítalo não queria o bem de Donatien, achei isso irônico.

- Olá, já resolvi os problemas e... O que você fez com o boneco!? - Disse Donatien chegando.

- Calma, ele está apenas treinando. - Disse Lorenzo.

- Por que tem uma letra D desenhada na barriga do boneco? - Perguntou ela com um sobrancelha levantada.

- Acidente. - Falei.

- Ah. Espero que seja mesmo. Vamos continuar a aula.

E como sempre ela começou a nos criticar. Ela não fará nenhuma falta quando ir embora.

***

Na terceira semana de tormento. Resolvi acordar mais cedo que os outros. Para ter um momento sem Donatien à espreita.

Dei uma arrumada no cabelo e coloquei um roupão de cetim. Quando eu estava fechando a porta reparei em uma caixa embaixo da cama, nunca havia reparado nela antes.

Entrei no quarto novamente. Me abaixei e peguei a pequena caixa. Estava com uma camada muito grossa de poeira. Uma prova de que não limpam embaixo das camas. Ao abri-la, achei uma pulseira um pouco grossa com um rubi.

Era bonita. Pus no pulso. Quando passei a mão pelo rubi, pressionei forte demais e ele se mostrou na realidade algum tipo de botão. Então minhas mão sumiram. Eu ainda podia senti-las, passei elas pelo rosto e as senti. Elas estavam invisíveis. Fui até o espelho. Eu não me vi, só conseguia ver o armário lá atrás. Eu estava toda invisível. 

Com minha outra mão procurei o botão rubi e cliquei. Vi novamente minhas mãos. Me olhei no espelho. Conseguia ver meus olhos cinzas e meu cabelo dourado, é eu estava visível de novo. Isso é incrível! Eu descobri uma pulseira da invisibilidade!

Decidi ficar com a pulseira. Afinal parecia que ninguém mexia nela, e na caixa que estava, há muito tempo. 

Abri a porta do quarto e fechei ao sair. Não iria acordar os outros agora para dizer minha descoberta, apenas queria ir para a varanda. E fui até lá.

Como sempre havia uma brisa magnífica. O sol brilhava, não estava quente, a temperatura estava ótima. Olhei para baixo e vi o limite do jardim com os muros e um pedaço da cidade. Nunca havia entrado naquela varanda, não me lembrava dessa vista.

Reparando no povoado, vi um campo com plantações e algumas pessoas carregando saco de grãos bem pesados. Estranho, uma delas usava calça jeans, o que é incomum... Espera. Eu só vi uma pessoa de calça jeans aqui... Então reconheci. Era Nicolau.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Segunda ou domingo postarei o capítulo 14.
Até segunda/domingo muchachos!



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