As Aventuras De Thalia - Um Mundo Novo escrita por Stephany Pevensie
Notas iniciais do capítulo
Oi muchachos! Só eu que quando vejo a palavra ''muchachos'' imagino um bando de gente com bigode e chapéu mexicano? e.e Bem, acho que vou parar de comer flor de lótus ( fãs de Percy Jackson irão entender) ...Espero que gostem.
– Ai estão vocês! - Disse Lice. - Sabia que os encontraria aqui. Já basta você de viciada em livros não contagie o Nicolau, por favor.
– Livros são muito bons. E eu não tenho com quem conversar sobre livros, você e Ítalo nunca vão ler e Hector gosta de ler apenas livros de feitiços. - Falei.
– É verdade, nem que me paguem vou ler um livro. - Disse Ítalo pensativo.
– Recomendou algum livro? - Perguntou Hector.
– Eu estava escolhendo agora. - Me virei para a estante e olhei as lombadas dos livros e rapidamente achei um chamado ''O fim''.
– Aqui. Esse fala sobre aventura e mistério. - Falei entregando o livro. - Espero que leia mesmo.
– Vou ler sim. - Disse Nicolau.
– Que flores são essas? - Perguntou Lice chegando mais perto para ver melhor.
– Nós passamos pelo jardineiro e ele estava com essas flores. - Botei as flores no primeiro vaso que vi por perto. Resolvi que só falaria da passagem com eles depois. - Lindas, não?
– Sim. - Disse Lice - Vamos aproveitar o resto do intervalo?
Saímos da Biblioteca.
– Vocês voltaram rápido o que houve? - Perguntei.
– Lorenzo nos liberou quando estávamos alimentando os cavalos não sabemos por que. - Disse Hector.
– Eu já volto. Encontro vocês no jantar. - Disse Nicolau dando meia volta.
Isso foi estranho. O que será que Nicolau queria me contar sobre Lorenzo? Será que ele estava seguindo Lorenzo e por isso some? O que Lorenzo estaria fazendo? Não haverá muitas oportunidades para ele me contar o tal segredo. Não vou contar aos outros ainda que Nicolau descobriu alguma coisa. Lice tem uma queda por ele, e com certeza Lice contaria à ele que Nicolau estava desconfiando de que ele estava fazendo algo de errado.
– Thalia! Acorda.
Pisquei. Os três estavam à minha volta, devo ter me desligado.
– Desculpe, me desliguei.
– Percebemos. - Disse Ítalo.
– Vamos logo antes que o horário livre acabe! - Disse Lice.
Na Sala de Reuniões ficamos brincando de lançar globos de luz um para o outro, bem mais divertido do que brincar com uma bola.
De repente senti o castelo tremer.
– O que foi isso? - Perguntou Lice arregalando os olhos.
Então ouvi um rugido de furar os tímpanos.
– Isso não pode ser coisa boa. - Falei.
Fomos até a grande janela que dava para o povoado.
Não acreditei no que vi. Havia um dragão verde voando em cima das casas cuspindo fogo. Pessoas correndo desesperadas. Guardas chegavam perto da situação com armas.
– D-dragão! - Exclamou Ítalo.
– Oh, não! - Disse Hector.
A porta se abriu num estrondo e Lorenzo adentrou no aposento aterrorizado.
– Ainda bem que estão bem, Majestades! - Disse Lorenzo sem fôlego.
– Nós estamos bem, mas, as pessoas lá fora, não! - Falei.
– Não se preocupem os guardas vão controlar a situação, e as pessoas vão estar bem. Porém o prejuízo será grande. - Disse Lorenzo.
– De onde surgiu esse dragão? - Perguntou Hector.
– É o Monstro.
– Nós já sabemos que é um monstro. - Disse Ítalo como se fosse óbvio.
– Não. O nome dele é Monstro. Ele fica na parte subterrânea do castelo. Alguém o soltou, nós só o usamos para o caso de guerras. - Disse Lorenzo.
– Mas, quem o soltaria? - Disse Lice.
– Eu não sei. Mas ele nunca poderia ter saído sozinho. Ele é preso com as mais poderosas magias. Só pode ter sido alguém dentro do castelo, pois o castelo é rodeado por centenas de guardas.
Ouvi mais um rugido e o castelo tremeu.
– Vocês têm alguma ideia de quem possa ser? - Perguntou Lorenzo.
– Não. - Falei.
– Eu tenho. Mas a ideia é muito absurda... ele não poderia fazer uma coisa dessas, eu acho... - Disse Hector.
– Quem acha que foi? Diga que ele será punido por causar caos e prejuízo! - Disse Lorenzo.
– Nicolau. Ele sumiu um pouco antes de o dragão aparecer. - Disse Hector um pouco inseguro.
Todos arregalamos os olhos para Hector.
– Hector, ele é nosso Guardião não faria isso. - Disse Lice.
– É por mais que eu não vá muito com a cara dele, não acho que tenha sido ele. - Disse Ítalo.
– E além do mais é nosso amigo. - Falei.
– Nós o conhecemos há pouco tempo, e além do mais é muita coincidência. - Falou Hector.
– Vou procurá-lo imediatamente. E se for mesmo ele, ele será julgado amanhã mesmo! - Disse Lorenzo saindo da sala.
– Hector... Como você pode acusá-lo? - Disse Lice.
– Pessoal é óbvio que só pode ter sido ele. Nós nem o conhecemos há muito tempo e nem sabemos onde ele foi quando sumiu.
Todos ficamos quietos. Eles se sentaram em frente à lareira, eu continuei olhando pela janela. Conseguiram prender o dragão. Boa parte da aldeia estava pegando fogo. Algumas pessoas ajudavam os guardas jogando água. Poucas pessoas pareciam feridas, o que é bom. Um guarda atirou no dragão, acho que algo como um tranquilizante, e amarraram a boca dele. Vários homens amarraram-no e o arrastaram. Pelo menos o estrago não foi tão grande.
Não consigo acreditar que Nico tenha feito uma atrocidade dessas. E nem que Hector tenha o acusado. Tudo bem que tudo parece se encaixar, mas não consigo acreditar.
Alguém bateu na porta. Belle entrou avisando o jantar. Nico não apareceu. Depois de um tempo Lorenzo apareceu.
– O julgamento será amanhã na Sala dos Tronos. Houve poucos feridos. O dragão já está sob controle. Porém o prejuízo foi grande, então vocês terão uma reunião com os Conselheiros para saber o que irão fazer. - Lorenzo praticamente cuspiu as palavras.
– Por que nunca disse que tínhamos um dragão? - Perguntou Ítalo, como se discutir o porquê não sabia da existência de um dragão fosse o assunto mais importante.
– Não queria que vocês ficassem curiosos e resolvessem ir lá embaixo.
– Quem são esse Conselheiros? Nunca ouvimos falar neles nesses dois meses que estamos aqui. - Disse Hector.
– Os Conselheiros são muito atarefados. Viajam por vários reinos para fazer acordos, apenas em alguns casos vem para cá. E o caso de boa parte do povoado ser destruído é para eles virem. - Respondeu Lorenzo pegando seu cálice.
– Então eles que vão julgar Nicolau? - Perguntou Hector.
– Não. Vocês vão. Vocês vão analisar os fatos e decidir se é culpado ou não, e eu vou ver de acordo com as leis a punição. - Disse Lorenzo calmamente.
– Nós?! - Disse Lice se engasgando.
– Não deveria ser outra pessoa para fazer julgamentos? - Disse Hector.
– Em casos normais. Porém esse caso é grave, e além do mais, o acusado era amigo e Guardião de vocês.
– Quando será a reunião com os Conselheiros? - Perguntei.
– Em três dias. Eles estão ansiosos para conhecê-los. Depois de tanto tempo sem governantes...
– Que horas vamos julgar Nicolau? - Perguntou Hector.
– Ás nove horas da manhã.
Ele se serviu de vinho e disse com uma expressão séria:
– Espero que vocês, Majestades, tenham o bom senso de julgar seu Guardião justamente, sem beneficiá-lo por ele ser amigo de vocês. Julguem-no pensando no que ele fez e não nos momentos de amizade.
Todos ficaram calados. Fiquei encarando meu prato que estava comido pela metade.
– Creio que estejam cansados. O que acham de irem dormir? - Sugeriu Lorenzo.
Dormi rapidamente.
No dia seguinte acordei cedo. A rotina de sempre. E fui tomar o café da manhã. Os outros estavam já lá.
– Bom dia. - Falei.
– Bom dia. - Responderam.
Sentei e me servi pão e suco.
– Vocês acham que Nico é o culpado? - Perguntou Ítalo em tom baixo.
– Acho. - Disse Hector sem hesitar.
– Sei lá. - Disse Lice.
– Eu não sei...
Lorenzo entrou na Sala de Jantar.
– Bom dia Altezas. Vejo que ainda estão tomando café... Quando terminarem, dirijam-se à Sala dos Tronos. - E saiu rapidamente.
– Lindo como sempre... - Suspirou Lice.
– Doralice, como você pode ser tão estúpida? Daqui a pouco iremos julgar um garoto acusado de soltar um dragão que destruiu boa parte da cidade. - Disse Ítalo.
Lice ficou vermelha e não respondeu.
Terminamos a refeição e fomos à Sala dos Tronos. Dois guardas escoltavam a porta principal e Nicolau estava no meio do salão. Lorenzo estava perto dos tronos. Todos nos sentamos rapidamente.
– Muito bem. Todos estão aqui. Para o pequeno julgamento de Nicolau, o Guardião. Nicolau, o Guardião jura dizer apenas a verdade?
– Juro dizer apenas a verdade. - Jurou encarando Lorenzo.
– Você está acusado de soltar o dragão real que destruiu moradias e feriu cidadãos. Está ciente deste fardo?
– Sim.
– É verdade que estava com Vossas Majestades um pouco antes de tal acontecimento?
– Sim.
– Confirmam? - Perguntou Lorenzo olhando para nós.
Ninguém falou, apenas concordamos com a cabeça.
– É verdade também que saiu de perto deles sem dizer para onde iria e o que iria fazer?
– Verdade.
Lorenzo olhou para nós novamente. Concordamos com a cabeça.
– Depois de o dragão sumir você não apareceu até eu achá-lo, certo?
– Certo.
– Vossas Majestades o consideram culpado de tal atrocidade? Graças à seu ato muitas pessoas poderiam ter morrido, e agora estamos com um prejuízo. Rei Hector?
– Culpado.
– Rei Ítalo?
– Culpado... eu acho...
– Rainha Doralice?
– Sei lá.
– Desculpe Majestade, mas você não pode dar uma opinião imparcial. - Disse Lorenzo dando um sorriso seco.
– Como Hector e Ítalo o acham culpado... Culpado.
– Rainha Thalia?
Engoli em seco.
– Traição é imperdoável. - Consegui dizer.
– Isso quer dizer que ele é culpado?
Confirmei com a cabeça.
Lorenzo pediu para os guardas levarem Nico.
– Espere. Eu queria dizer que gostei muito de ter vocês como amigos nesse tempo. - Ele disse. - E ah, Thalia, eu creio que tenha que devolver o livro.
Ele entregou o livro à mim.
– Eu prometi que iria lê-lo, lamento não cumprir a promessa.
– Isso é tudo? - Perguntou Lorenzo.
– Sim.
– Levem-no para a masmorra.
Os guardas obedeceram.
– Bem, o julgamento foi muito simples. Podemos voltar para nossa rotina normal. Vamos. - Lorenzo caminhou a passos largos para fora do aposento, eu fiquei alguns passos atrás com meus amigos.
– Esse julgamento foi simples demais. Tinha que haver mais perguntas. Acusadores e defensores. Nunca vou entender as leis daqui - Disse Hector.
– Será que ele vai ficar na masmorra para sempre? - Perguntou Lice.
– Acho que ele será banido do reino. - Disse Hector.
– Achei estranho o Nico não ter negado nem confirmado que foi ele quem soltou o dragão, ele confirmou apenas que havia sumido no momento que tudo aconteceu. - Falei.
– É foi estranho. - Disse Ítalo. - Será que vão achar outro Guardião?
– Com certeza.
– Até que ele era legal. - Disse Lice.
– É. - Falei.
Chegamos à sala e tivemos mais uma tediosa aula de história.
Durante o almoço Lorenzo sumiu como sempre. Quando terminamos fomos à Sala de Estudos esperar por ele.
– Ele está atrasado vinte minutos. - Disse Hector.
– E ele é sempre pontual. Será que algo aconteceu com ele? - Perguntou Lice.
– Doralice, não seja estúpida.
– E por que você não deixa de existir, Talinho?
– Vamos ver onde ele está. - Disse Hector.
Procuramos na Biblioteca, na Sala de Jantar e na Sala de Reuniões.
– Talvez ele esteja na Sala dos Tronos. - Sugeriu Lice.
Fomos até a Sala dos Tronos e Lorenzo estava lá conversando com uma figura encapuzada que segurava um machado.
– Com quem ele está falando? - Perguntou Lice assustada. - A Morte?
– Não seja tão tapada, Doralice. - Ele deu um tapa na nuca de Lice.
Lice o olhou com raiva e começou a bater nele.
– Ai! Ai. Para! - Ele fez um escudo e ela não pode mais bater.
– Talinho, quando você menos esperar você vai se ver comigo.
– Cadê a justiça? Eu só te dei um tapa e você me bate quatrocentas milhões de vezes e ainda fala que vai ter mais.
Lorenzo finalmente percebeu nossa presença e encerrou o assunto com o estranho, que logo foi embora.
– Desculpe ter deixado vocês esperando.
– Quem era aquele? - Perguntou Hector.
– O carrasco. - Respondeu Lorenzo.
– Carrasco? Por que você estaria falando com um carrasco? - Falei.
– Ora, para a execução de Nicolau. - Disse Lorenzo tranquilamente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado. E comentem nem que seja só para dizer ''Oi'', gosto que comentem :)