Scarlett Dragon escrita por RoxyFlyer21


Capítulo 10
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Notas iniciais do capítulo

Obrigada pela nova leitora!! E por favor, se puderem recomendem e passem reviews!!!
Beijoos!



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O táxi parou na entrada do bloco 45 com a 3º avenida, e em segundos Donovan já estava fora do veiculo caminhando. Eu tirei minha carteira do bolso e paguei rapidamente o taxista.

– Ei! Não dá pra esperar não?! – eu disse, me apressando para colocar-me ao seu lado. Ele não diminuiu a velocidade de seus passos, e mantinha as mãos dentro dos bolsos.

– Você costuma perder evidências se perde tempo esperando. – ele fez menção de parar na frente da entrada de um complexo residencial de paredes de tijolos e vidro sujo. – Como aquilo.

No final da rua, o enorme caminhão vermelho de bombeiros estava estacionado, e percebi que os morados haviam sido evacuados, e agora estavam reunidos na calçada, esperando para poder entrar de volta. De repente, Donovan afastou-se da entrada, de forma a permitir que dois bombeiros passassem. “Se esse cara não vai agir, eu vou.”

– Com licença, – levantei a voz, aproximando-me dos dois homens uniformizados. Ergui minha identificação policial, apresentando-me. – Sou tenen-, digo, oficial Campbell da CIA. O que aconteceu por aqui?

– O detector de fumaça acionou o alarme poucos minutos atrás, mas não foi nada de mais. – O bombeiro que carregava seu capacete nas mãos respondeu, olhando entediado.

– Em qual apartamento?

– 497, no quarto andar. Um engraçadinho deve ter queimado alguma coisa no forno, ou....

– Detectores de fumaça não são tão sensíveis.... – murmurei comigo mesmo, tomando rapidamente as escadas da entrada e deixando os dois bombeiros sozinhos. Pude ouvir Donovan dispensando os homens antes de juntar-se a mim prédio adentro.

Subi escalando dois degraus por vez até o quarto andar, encontrando-me em um estreito corredor de paredes brancas desbotadas. Algumas das portas haviam sido escancaradas, inclusive a 497º. Poças d’água haviam escorrido de dentro do apartamento, e mais água havia se acumulado pela entrada.

A residência não dispunha de muitos móveis, e em quanto adentrava pude notar algumas garrafas de cerveja vazias flutuando pelos cantos. O único sofá branco estava encharcado, a cozinha completamente vazia, como se o imóvel nunca tivesse sido habitado. Donovan entrou pela porta ao meu lado, porém eu fiquei mais alguns segundos analisando o local, de certa forma preso em meus pensamentos. “Claire esteve aqui,” pensei comigo mesmo. Mas esse não era o local que ela morava. Na verdade, agentes da CIA estão neste exato momento vasculhando todo o perímetro da James Street, e o antigo orfanato para o qual foi designada a viver.

Mas a James Street é do outro lado da ilha.

Ainda não recebi muitas confirmações, mas soube que não encontraram nenhuma pista no orfanato. Aparentemente, sua mochila foi encontrada contendo todos os livros da faculdade. Quando entrada em contato, a pequena universidade pública alegou não saber de sua localização. Na verdade, os pagamentos mensais haviam sido cessados algumas semanas antes, e ela inevitavelmente teria tido sua inscrição cancelada em poucos dias. As diretoras do orfanato afirmaram não ter nenhum contato com ela desde dois dias atrás, quando ela simplesmente deixou seu quarto e não voltou mais. Mesmo tendo poucas evidencias para continuar a busca na zona norte de Manhattan, a investigação continuaria forte por lá. Até agora.

– Por que você acha que ela veio até Lexington? – perguntei de certa forma baixo, mas para mim do que para Donovan. No entanto, sua voz atravessou o corredor até a sala.

– Por que um procurado foge de seu país? É meio óbvio ela ter mudado sua localização tão bruscamente. – Ele estava dentro do único quarto do apartamento, e adentei mais na sala. Meus sapatos afundavam no espesso acúmulo de água, molhando as pontas das minhas meias. Olhando para cima, concentrei-me em analisar os detectores de fumaça. – O curioso é a escolha da nova localização.

Os pequenos detectores metálicos que pendiam firmemente do teto reluziam com algumas gotas d’água, e eu estendi o braço para tocar um ao lado da porta. Enxuguei a superfície lisa com o indicador, e quando trouxe minha mão de volta, percebi que meu dedo parecia um tanto brilhante. Analisando-o mais perto, notei algumas partículas de um certo pó metálico desconhecido, que visto de longe passaria completamente imperceptível. Tirei a minha carteira do bolso com a outra mão, onde eu guardava um lenço de tecido, e limpei meu dedo nele. “Quase certeza que não é nada, mas se tratando de Marlow, isso vai para a análise.”

– O que foi que falou? – perguntei a Donovan, quando percebi que tinha perdido o que ele havia dito por último.

– 3º Avenida com 45.

– O que que tem?

– Tenente, você sabe mesmo aonde estamos?

Com isso, eu passei pelo curto corredor e entrei no quarto. A figura impassível de Donovan estava ao pé da janela, com as mãos nos bolsos.

– O endereço pode ter sido aleatório, mas isso com certeza não foi.

Aproximando-me dele, pude notar que algo estava grudado na janela a sua frente. Um pedaço de jornal, com a foto de um bar.

– Acho que agora não estamos mais a caça de Claire. – ele disse, virando-se. – Vamos acender umas tochas. A caça aos fantasmas está oficialmente aberta.


“Pleasure Manhattan recebe investimentos anônimos depois de passar quatro meses fechado. Diretores governamentais são acusados de contribuir com prostituição internacional, e CIA desmente denúncias. Clube Noturno deve abrir em Agosto sob nova direção.” 


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Notas finais do capítulo

Essa acho que foi curtinha, mas prometo que a próxima vai ser maior!!! Comentários ajudam bastante viu pessoal??? XD



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