Amor De Irmãos escrita por Minori Rose


Capítulo 34
Casa comigo?


Notas iniciais do capítulo

Na verdade não tenho muito a dizer, tirando o fato de que agora sim as coisas caminham para o final. É tão difícil dizer adeus! Talvez seja por isso que minha mente tem travado para escrever. Comecei uma nova fanfic (Se é amor) e estou mais adiantada com ela, se quiserem ler enquanto ajeito tudo para Amor de Irmãos. Na verdade, APAREÇAM! Não sumam agora, por favor



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"De novo aquela sensação incrível de estar voando, de ser sentir livre e espontânea. De novo os lábios de Adam sob seus lábios, ora passando por eles, ora cismando entre a ponta do nariz e o inicio do queixo. Por conta do vai e vem. As mãos fincadas em seus cabelos loiros, sendo que as vezes — ou toda hora — alguma delas vinha, devagar e forte, comprimindo a quentura nos seios, na barriga, na cintura... e até as partes mais baixas. Como Adam estará impossível aquele dia. Como aquela coisa de deixar o corpo junto dele a deixava a beirava de loucuras."
Adam não deixou que ela fosse até o corredor. Sentia uma vontade estranha. Disse a Violetta que seu batom borrou por conta dos abraços... e os pés pequenos se arrastaram para dentro do aposento novamente. A moça foi a caminho da porta do banheiro, já sentindo que ele mentia. Percebia pelo jeito que a voz do rapaz esguichou na mentirinha boba e afetuosa. Porque ele se sentou. Porque mantinha nos lábios finos um sorriso.
— Só mais um, para terminar o estrago. — disse sussurrando.
E como a pele de Violetta se eriçava com aquela voz. Ele esticou os braços. Sorriu e mordeu os lábios... os lençóis roçaram contra os joelhos de Violetta. Nesse momento as pernas separadas por cima de Adam, com o vestido levantado e as mãos em sua nuca.
Ele mexeu os lábios devagar. Nenhum som saiu: "não tem ninguém em casa, amor."
— Não importa — ela respondeu dando de ombros.
Ele riu. Riu pois o descontrole principia a tocar—lhe. O olhar verde e puro da garota dançava entre seus olhos e seus lábios, e Adam ficou a reparar quando seus dedos hostis apertaram as coxas de Violetta. Ela respirou mais fundo. Deixou o ar entrar leve e suave depois beijou—o. Sentiu a barba — agora um pouco maior — de Adam em contato a sua pele e continuou. Como ele era fantástico, com aqueles lábios vorazes e falando coisas bobas entre um estalinho e outro.
A felicidade era tão longa e misteriosa daqueles carinhos tão curtos; a imaginação sobre o futuro que parecia tão palpável, tão fácil, provocava tantos risos internos e tão afagos na pele um do outro, que as pessoas a volta somente fingiam não ver. Não ver como eles só andavam fora, como Adam recebia tantas ligações, visitas... compradores. Ver como Violetta passou a recusar ensaios. Como as exigências da mãe não os anteviam mais.
Vender tudo, ou quase tudo, iria roubar mais tempo do que o calculado. Ficariam ali somente até a segunda semana do ano. Antes disso participariam da mesma regra de semanas: irmãos até arredios na frente da família, um casal lindo para os amigos, e amantes entre eles mesmo."

A conversa com Bernardo foi calma, não tão longa nem curta. Foi essencial. Não durou tanto porque nós dois tínhamos que encontrar alguém: eu, o meu irmão, e ele a nova namoradinha. Fiquei louca para conhecê—la depois que vi aquele brilho nos olhos dele, quando tocou no nome da garota. Nos encontraríamos para ver os fogos na praia. Eu voltava para casa distraída. Tão leve e ao mesmo tempo tão preocupada; como se isso fosse possível.
Parte de mim dizia que o teste de gravidez de Barbara daria negativo. A outra parte ainda temia.
Fui para as Roseiras, como havia combinado com Adam. Depois que nós descobrimos sobre o conhecimento da ruiva sobre nossa casa, não houve nada. Não foi o suficiente para que deixássemos o lugar. Lembranças demais. Ele me deixou tranqüila, me explicando que ele tinham amigos em comum e só isso. Ela não sabia de nada realmente, só supunha.
Quente. Rio de Janeiro ainda era diferente para mim em todos os sentidos, inclusive no sol que chegou a me deixar bronzeada até demais. Meu cabelo havia crescido se um jeito que ultrapassava a cintura. Adam disse que a beleza me cobria. Como se eu pudesse confiar nele se tratando de elogios.
Abri a porta. Logo senti o cheiro de comida... alguma espécie de bolo ou torta. Larguei os sapatos e a bolsa no canto do estúdio e reparei em mim no espelho. Até que gostei bastante do que eu via. Me assustei quando Adam apareceu na divisa, com um prato na mão e dando um sorriso.
— Voltei rápido, viu? — eu disse, indo abraçá-lo.
E então percebia que mesmo depois de tanto tempo, um friozinho gostoso passava pelo meu estomago quando ele me encarava com aqueles olhos verdes. A barba já crescera de novo, eu arriscava dizer que talvez estivesse até mais grossa do que quando cheguei. Amava. A sensação já era comum para mim, em todo o meu corpo. Adam não vestia uma camisa.
Abracei—o, carinhosa. Podendo sentir os músculos dele contra mim. Seus braços se fecharam contra meu corpo, mesmo com o prato em uma das mãos. Quando pude voltar o rosto, seus lábios já apertavam—se contra os meus. De repente, eu só podia sentir o meu corpo agindo. Já que não me controlava mais na sua presença. O que me deixava um pouco assustada.

**

Violetta viu aquele sentimento reconfortante nos olhos a sua frente. E o abraçou de novo. Sua altura só permitia sentir o queixo de Adam apoiado em sua cabeça, e seu corpo bem rente ao dele. A respirando agitada por conta do beijo. O carinho no cabelo.
Não queria cortar o clima, só queria saber. Acabar com aquela tortura.
— E o teste? — perguntou acanhada.
Adam apertou ainda mais o braço na cintura em sua frente.
— Não abri. Não precisamos fazer isso agora... talvez depois da virada.
Violetta se afastou. Mordeu os lábios, nervosa.
— Coragem, Adam. Precisamos saber. Eu preciso.


———————


Adam encostou—se na parede, sentado na cama. Violetta na frente, entre suas pernas. Ele até que tentou lhe dar alguns beijos, mas a moça mantinha—se decidida. E a hesitação de Adam, só a deixava uma pilha de nervos. Respirou fundo, com o papel nas mãos. Barbara concordara em deixar o resultado com ele, depois de muita insistência. Parecia o correto.
Nada de teste de farmácia, ou algo em que pudessem ser enganados. Ali jazia a verdade. Abriu o envelope, puxou a folha, seus olhos ligeiros sobre a primeira folha: nada da informação. Segunda folha. Ali. Bem ali. O resultado: negativo.
Os ombros de Adam relaxaram e sua respiração voltou a funcionar. Graças a Deus. Agora só outra coisa o deixava nervoso...
— Eu disse — falou calmamente — eu falei, amor! Graças a Deus, pelo menos esse problema não temos.
A felicidade, o alivio enchia o coração da loura.
— Que bom, Adam! Não vou precisar te dividir com mais ninguém!
Ele sorriu, meigo. Mudou a posição de um jeito que Violetta se encontrava de baixo dele agora, sentindo de perto o cheiro mais do que individual de Adam: sabonete, chocolate, perfume. E o cheiro natural de sua pele. Meio estranho admitir que as coisas entre eles andavam assim: sempre acabando — ou começando — com beijos quentes. Com caricias fortes e as vezes até mais que isso.
Mas, Adam sempre tão... tranqüilo, seguro e pronto. Não restando medo ou duvida no coração de sua garota. Só o desejo de tê—lo, fosse como fosse.

**

Os fogos estourando no céu. Ano novo. A cor e o barulho daqueles de encher a alma, encantar os olhos. Um ano diferente havia começado; os olhos dele foi a primeira coisa que ela viu, depois da tão empolgante contagem regressiva. Depois as cores, e o seu abraço quente.
— Amo você — ele disse a apertando.
O coração de cada um tão feliz. Não mais foi uma virada de ano apática, sem nada, só com a saudade. Naquele ano, tiveram um ao outro ali, podendo se olhar, se tocar e fingir a liberdade que tanto quiseram. Por enquanto eram só os dois. E Adam queria aproveitar antes que mais alguém chegasse.
Violetta ali tão perto, seus olhos quase azuis, gentis e quentes sob os deles. Não pode evitar. Teve que beijá—la, mesmo sendo arriscado. A boquinha dela não o rejeitando, só devorando com doçura a sua. Sentia os seus sorrisos entre o beijo, o que só foi mais encorajador. Queria perguntar logo!
Decidiram ficar num lugar mais longe do show, mais ao fundo da praia, onde não havia muita gente. Violetta estava maluca com o mistério de Adam; percebeu por um momento que as mãos dele até tremeram. Quanto ao clima, era feliz. Abafado, com o som das ondas mais sensível aos ouvidos.
Perto de um quiosque fechado. Má iluminação naquele canto, só a metade do rosto de Adam aparecia para ela. O que estava acontecendo com ele?
— Amor... quero te falar umas coisas. Não quis dizer lá na areia, no meio de tanta gente porque... hã... é uma coisa só nossa.
Ela enrugou a testa, provocando risos no rapaz.
— Está me deixando tão curiosa!
Ele suspirou, como se fosse começar um discurso.
Seus olhos não paravam quietos. Iam desde os cabelos dourados, passando pelas clavículas, a cintura e as pernas cobertas por um longo vestido branco com um detalhe dourado. Violetta usava uma flor no cabelo. Isso fazia seu coração pulsar. Porque ela... parecia uma noiva.
— Vamos supor que... não fossemos irmãos. Que por um acaso nos conhecemos em um barzinho paulista e tudo mais. Você gostaria de mim? Se não fosse obrigada a me ver todo dia?
Violetta gargalhou. Uma risada gentil. Ela o beijou de leve.
— Por quê essa pergunta?
Adam acarinhou a bochecha esquerda da moça com o polegar. Seu rosto queimou de leve.
— Só responda.
— Sim. Tenho certeza que eu passaria meu numero pra você.
Ele sorriu.
— E... suponhamos que depois disso a coisa evoluísse entre nós — o ar faltando — e...
A loira arqueou as sobrancelhas. O rosto perto do dele, isso invadindo a concentração do moreno.

— E?
— E eu quisesse ser mais seu, ser seu marido... você aceitaria?
Ele não percebeu muito bem quanto a boca da garota se estreitou num sorriso de orelha a orelha. Não podia ser possível! Era o seu Adam, seu amor, a pessoa por quem ela arriscava a vida, ali na sua frente fazendo a pergunta que toda mulher queria ouvir. O coração dela derreteu. Como ele era interessante! Perguntara daquela maneira tão peculiar.
— Talvez. Se você parasse de suposições.
Um sorriso malicioso cruzou os lábios de Adam quando Violetta veio mais pra perto. Com os mãos sob seus ombros, o hálito doce sob seu rosto. Cada dia, o tempo todo, só uma coisa se fundia cada vez mais no seu eu: aquela mulher sempre acabou, acabava, e continuaria acabando com ele. Completamente maluco por ela.
As testas dos dois coladas. Adam fechou os olhos, as mãos na cintura da garota que também fechara os olhos. Não se beijaram. Só sentiam a respiração um do outro, o calor, o sentimento.
— Quero você como minha mulher... se casa comigo?


**


Talvez ela sempre tenha desejado isso. Medo de admitir, quem sabe. Mas tudo corria tão bem, bem demais! Chegaram a se assustar com as coisas caminhando daquele jeito. Porque a calmaria sempre vinha antes da tempestade.
Só não havia tempo pra pensamentos ruins.
Violetta abraçou Bernardo e a garota que trouxe com ele. Laura: morena, pequena, olhos azuis. O cara tinha bom gosto. Então ela percebeu que talvez fosse diferente pra ele: a maneira como Bernardo olhava para Laura ou a abraçava. Parecia até apaixonado.
Adam estava prestando atenção no show (ou pelo menos fingindo), já que Violetta simplesmente se distanciou e a garota Laura conversava com outras pessoas. Violetta foi mais para perto do loiro, os olhos brilhantes e a felicidade estampada na cara.
— Você parece apaixonado — cochichou no ouvido dele, para que ouvisse.
A musica era alta.
— Você também — retrucou sorrindo.
O anel reluziu, quando Violetta levantou a mão direita pra ajeitar o cabelo bagunçado pelo vento. Ele estreitou os olhos.
— É uma aliança?
Pegou a mão da garota entre as suas. Violetta sentiu um misto de sentimentos; seu estomago até apertou um pouco. Queria tanta dizer a verdade para ele, porque aprendeu a amar Bernardo mesmo no inicio o odiando. Ele se tornara uma pessoa especial.
Estou tão feliz! Estou noiva, acredita? Sei que não podemos casar, mas é real para nós dois.
— É... — e foi tudo que conseguiu dizer.
O contato das mãos quentes. Violetta não teve tempo de pensar se Adam ou a Laura reparavam. Só se sentiu meio abduzida por Bernardo, querendo tanto se abrir para ele. Não há coisa mais difícil do que guardar tudo para si mesmo. E o que a deixava mais triste, é que aqueles sentimentos de coragem só aparecia depois que ela bebia, nem que fosse um pouco. Se pudesse, beberia mais para contar tudo de uma vez. Mesmo que ele se afastasse depois, isso serviria para alguma coisa, afinal: saber o que era verdade ou não.

Engraçado. Bernardo passava pela mesma tortura. Fez de tudo para conhecê-la, depois viu como eles eram parecidos, e como ela sofria naquela família. Todo os dias naqueles ferias queria ser menos covarde, fazer o que a mãe e os outros não tiveram coragem. Só que eis o diferencial: ele havia pedido pra caramba.
— Acho que precisamos se abrir um para o outro, loira — sussurrou no ouvido dela e apertou-lhe a mão.
Violetta só se sentou intrigada. Não aconteceu nada em seu corpo com a boca do Bernardo tão perto, bem diferente do que acontecia em relação a Adam. Ela mordeu os lábios. Será que Bernardo sabia? Sobre ela e Adam? Será que todo mundo só fingia que não sabia? Será que...
— Vamos, loira...
As palavras na ponta da língua, a vontade grande de dizer. Os dedos juntos nas mãos grandes do cara a sua frente e a compressão que via nos olhos dele, mesmo a meia-luz.
Então Adam se aproximou, se sentindo estranho em vê-la cochichando com aquele cara. Violetta soltou as mãos do amigo e deu um passo para trás ao tempo que a mão de Adam se estreou um sua cintura.
— Vamos ver o resto do pessoal um pouco.
Ele não perguntou "o que acha, pode ser?", nenhum ponto de interrogação. Não era uma ordem expressão em sua voz. Era ciúme.
— O pessoal lá de casa tá fazendo um jantar — ela praticamente gritou — não quer ir?
Riu.
— Pode ser. Se não houver briga de novo.


**


Todos sentados, comendo, conversando ou ouvindo musica. Os Barizon caretas demais para sequer sair na rua. Então todos ali. Todos arrumados e comportados, sem nenhuma intrusa desta vez. Bernardo e Laura admiravam a vista da sacada, linda por sinal. Enquanto Adam puxou Violetta para a cozinha. Os dois fingiam fazer algo na pia e conversavam baixo.
— Vou ter que tirá—la — ela disse em tom tristonho.
— É melhor...
Violetta disse sim para ele mil vezes. Lhe deu mil beijos também; e Adam lhe pôs no dedo uma aliança dourada, grossa e pesada, e acima de tudo: linda. Cravejada com uma pedra bonita que ela não sabia o nome. Se sentiu tão emocionada.
E ele fez, por a ver feliz. Como sempre. Afinal o amor é estar feliz se sua pessoa está feliz. Tudo muito mutuo. Queria levá—la para outro lugar. Não precisava ser as Roseiras talvez, só queria a apertar contra si mesmo por muito tempo. Para que aquilo nunca acabasse.
Mas os planos dela eram outros.
— É linda demais — soltou em um sorriso, como se falasse sozinha.
Ele assentiu, retraído.
Não podemos nos casar. Não podemos ter filhos, comprar uma casa para nós dois ser ter que fugir. Desculpe...
E ao mesmo tempo a sua realização era tão absoluta.
Alguém vinha. Quando a taboa rangeu, os dois riram automaticamente. Mudarem de assunto, de postura, de olhar. Começarem a atuar de novo.


**

Ponto de Vista - Violetta

— O que foi? — perguntei assustada a Bernardo, enquanto ele me puxava pra dentro do quarto em que eu dormia ali no apartamento.
— Precisamos continuar nossa conversa.
Eu assenti. Ele parecia tão nervoso. Isso me deixou nervosa.
Entramos devagar. Liguei a luz e indiquei uma das camas para que ele sentasse; disse que não. Bernardo cheirava totalmente a bebida, mas não parecia mal. Parei na sua frente, apreensiva.
— Fala — soltei, calma.
Ele apertou as mãos.
— Cadê sua aliança?
— Está guardada — respondi sem pensar.
— Não acha que deveria usá—la? Você parecia muito feliz quando a recebeu — disse, calmo e sorrindo.
Tinha combinado de encontrá—lo na praia. E realmente nos vimos poucos minutos depois dos meus beijos com Adam. Depois que recebi a aliança e um beijo apaixonado. A sorte não andava nem um pouco a meu favor nesses últimos tempos.
Eu deveria entrar em pânico. Mais uma pessoa sabia e agora a coisa toda andava a ficar fora de controle. Mas fiquei calma. Ele me deixou assim: calma e receosa ao mesmo tempo.
— O que você viu? — perguntei sussurrando.
— Você e Adam, na praia... se abraçando e... — ele levantou as mãos, dando a entender que o resto eu já sabia.
De certa forma, talvez correr não fosse tão ruim.
— No inicio eu custei a acreditar. Mas depois que eu vi vocês daquele jeito, tão feliz, e.... e depois a aliança. Bom, de repente eu não liguei sobre vocês serem irmãos. Sei lá, se isso te fizesse feliz.
Bernardo falava me fintando de um jeito tão louco e sincero. Tão profundo. Então eu simplesmente não teria mais como negar. Dizer que a minha boca foi parar na do Adam, varias e varias vezes por acidente, não daria certo.
— Não quero que se afaste de mim, que sinta nojo ou não sei... as pessoas não entendem... na verdade nem mesma eu entendo.
O chão era pra onde meu olhos iam.
O vi se encostar na parede pelo canto dos olhos.
— Escuta, não sinto nada disso. Na verdade, as coisas fazem um sentido louco agora.
Não entendi, mas ele continuou:
— Você já sentiu vontade de me beijar? — perguntou seriamente.
Ri, porque foi mais forte.
— Não... quer dizer, você é muito bonito mais nunca senti nada "a mais por você". Só um carinho sem fim.
Ele sorriu, como se esperasse aquela fala por muito tempo. Quando Bernardo voltou a apertar as mãos de um modo irritantemente frenético, e meu coração não quis desacelerar, percebi que ainda havia muito a ser dito.
— Você o ama?
— Amo. Demais.
O que eu estou fazendo?
— Então terá a minha ajuda pro que precisar, se quiser.
Encontrei suas pupilas dilatadas. E senti vontade de chorar. Quantas coisas aparáveis aos meus sonhos aconteciam naquela noite! Era bom demais pra ser verdade. Nos abraçávamos. Bernardo é forte, com uma altura similar a de Adam, o que até me fez lembrar dele. No entanto, o que eu senti no abraço do loiro foi o acalentar que eu sentia quando abraçava Adam quando mais nova, na época que não existia nada entre nós.
Devo ter balbuciado uns três mil obrigadas e isso é segredo, porque o tempo parece ter parado um pouco. Bernardo dizia que precisava me conta algo, se abrir também... Mas não pode. Não antes da porta se abrir, com uma força desnecessária. De nos assustarmos e se afastarmos como se estivéssemos fazendo algo errado.


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Notas finais do capítulo

Opiniões: elogios, criticas, sugestões... Eu quero! Bjos



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