Amor De Irmãos escrita por Minori Rose


Capítulo 14
Melhor do sofrer depois


Notas iniciais do capítulo

Hmm, eu quase morri escrevendo esse capitulo, mas saiu! weeeeeee espero que você gostem, mesmo por que eu nem sei como ficou...Boa leitura ♥



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Me fiz em mil pedaços pra você juntar
E queria sempre achar explicação pra o que eu sentia
Como um anjo caído fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira

Adam subiu as escadas correndo. Por pouco não caiu – estava um pouco tonto –. Pegou Violetta nos braços e desceu quase que derrubando-a, fazendo com que ela mais risse do que brigasse com ele. Empurrou alguns objetos de uma mesinha, a colocando sentada em cima com se fosse uma boneca, uma boneca com um vestidinho sexy. Antes de qualquer coisa viu-se a repreendendo por isso. A embriagação nem era o seu pior problema, e sim o atordoamento.

– Qual é a desse vestido? – ele perguntou sem querer correndo os olhos pelo corpo dela.

– Qual é a dessa sua cara de bêbado? Descumpriu o trato né? – Disse brava. E estava mesmo.

Adam mal compreendia o que ela dizia; tentava não falar besteiras mesmo querendo. Tentava não olhar para as pernas dela enquanto balançavam entre as suas, tentava não olhar para os seios dela realçados pelo tomara que caia envoltos pelos cabelos. Adorava aqueles ossinhos claviculares que se mexiam junto aos ombros da menina; o que pudera ser visto realmente já tinham sido observados pelos olhos curiosos dele; curiosamente perversos, e curiosamente carinhosos.

– Foi só um pouquinho ­– ele disse em tom manhoso, fazendo-a lembrar de si mesma.

– Se eu caísse e quebrasse minhas costelas você falaria isso para o medico?

– Não... Diria a ele que a culpa é sua por ter pulado em cima de mim!

– Você me puxou! – Ela disse com bico.

Adam parecia perdido em outro mundo. Era difícil de dizer e explicar o fato de que ele estava sufocado com aquelas palavras, estava morrendo! Viu nos carinhos dela uma porcentagem mesmo que pequena de vida, mas não usurparia, nunca. De acordo com a lei ele não poderia ser preso por se envolver com a irmã, mas seria com certeza morto pela condenação social.

Poderia manter aquilo em segredo, beijá-la só de vez em quando. Mas não era assim. Não iria desgraçar com a vida de Violetta sem promessa algumas, baseando-se em desejos e esperanças estúpidas. Doía, mas preferia que ela o odiasse sabendo da verdade; pensou encontrar indiferença ou minimamente nojo nos olhos dela, contudo só viu carinho e ternura. Dificultando ainda mais a sua tarefa de ser rude, mesmo com ela. Nunca em toda sua vida a tratou mal, era o que pensava até voltar e ver que sim, mesmo de longe ele cumpria essa tarefa perfeitamente.

Parecia preparada para dizer tudo que queria, mas como sempre ele era mais rápido.

– Acha mesmo que eu vou ser nojento a esse ponto?

Ela não respondeu; perplexa.

– Eu não posso. – disse em tom choroso, enquanto acariciava os cabelos dela.

Muita gente bebe e se torna agressiva. Adam bebia para se tornar um pouco mais dócil; sempre ficava calmo e deveras chorão quando enchia a cara. Era mais vergonhoso do que se batesse em alguém, mas era assim que era.

– Então por que você me deu aquilo? Pra jogar na minha cara, ou pra rir de mim?

– A sátira sou eu. Não entende? Eu realmente não poderia viver desse jeito, sufocado. Mas ao mesmo tempo eu não poderia viver com você do jeito que idealizo. Compreende agora o por que fui embora? Entende Violetta?

– Entendo...

– Compreende que não fosso ficar com você? De nenhum jeito.

– Compreendo... – Ela disse pedindo espaço para descer.

Adam a prendeu com as mãos.

– Como eu disse... Te amo tanto que não posso considerar a possibilidade de acabar com a sua vida, em um relacionamento como esse.

Ela suspirou. Tentou descer de novo, mas ele não deixou. Ele estava bêbado; ela gritava a si mesma; ele mudaria de idéia no dia seguinte. Violetta o empurrou descendo da mesinha com dificuldade. Seus pés demoraram a chegar ao chão, em olhares lamentosos de Adam. A pulseira cintilava enquanto ela o puxava para fora de casa, dizendo que teriam de voltar à festa. Recusava-se a pensar que ele não fosse levar aquilo a sério. E ele brigava consigo mesmo para que se controlar-se e não a jogasse no sofá.

Por fim foram realmente de volta para a festa. Viram o slide onde apareceram varias fotos nostálgicas. Em uma delas eles eram crianças, Violetta estava com os cabelos desalinhados enquanto Adam corria atrás dela com uma boneca medonha nas mãos; todo mundo riu menos eles. Aquilo somente mostrava a realidade dos olhos da moral e dos laços sanguíneos, de suas historias. As bandas passaram procelosamente em meio a duvidas. O amanhã de decisão talvez nem chegasse, tudo dependeria de Adam e sua coragem de agir do modo certamente errado.

No dia seguinte

Muita gente da família foi para a festa de Violetta; muita gente ficou na casa dos Barizon ao termino de tudo; menos Adam. Esse foi embora dizendo que Violetta não escaparia da verdade, contudo quem fugiu foi ele. Como havia muita gente logo de manhã eles decidiram que teria uma segunda festa. Festa na piscina. Ela se perguntava o que tinha feito para ter que agüentar aquele povo nem um pouco agradável, um pior que o outro.

A única coisa divertida era o clima tropical, tomar banho de piscina parecia uma boa. O Vôo sairia às cinco. Até lá Adam desejava ter resolvido tudo, ao menos de sua maneira. Já tinha arrumado tudo, foi somente dizer à menina que precisaria deixá-la por um tempo. Chegou em casa graças a Deus sozinho; Celina fora trabalhar. Assim que chegou entrou percebeu a baderna. Ficou indiferente quanto a isso até ver uma cena que o faria arrepiar.

Sua mocinha estava sentada em uma das cadeiras de jardim, lendo alguma coisa, de biquíni. Parecia rir, de óculos de sol. Pena que estava de camiseta, uma camiseta branca com certa transparência. Torcia em seu coração dissoluto que ela tirasse e lhe mostrasse parcela do que desejava ver. Ficou ali, na porta de espreita vendo a diversão das crianças – se bem que ninguém estava se divertindo mais do que ele –. Violetta demorou a querer entrar na piscina, só o fez quando Juliana fez birra. “Santa Juliana” pensou quase que comemorando com a voz.

Ela o viu antes de por as mãos na camiseta – bem folgadinha – e levantou. Primeiro exibindo uma barriga palidamente lisa por conta do ballet, depois aqueles seios pubescentes cobertos por um biquíni azul com branco listrado, e completando o “ciclo” acabou por desprender o cabelo mesmo sem querer, tornando a missão de desviar o olhar mais difícil ainda. Ninguém deu importância, menos Adam que alem de ver tudo em câmera lenta rebobinou umas dez vezes antes de chamá-la para dentro de casa, enquanto ela ria nadando sinuosamente dentro da piscina o encarando.

Violetta entrou deixando rastros de água pela casa.

– Vamos subir. – ele disse atrás dela, mexendo as mãos em direção a escada.

Subiram à surdina; torciam para que ninguém tivesse visto, aquela conversa teria de ser particularíssima. Entraram no quarto dela com cuidado. Adam trancou a porta a chave.

– Pode falar. – ela disse indiferente, tirando uma toalha de dentro do guarda roupa.

Adam sorriu.

– Por que está falando assim? Não seja birrenta, é feio... – Adam dizia a abraçando por trás e segurando a toalha que portava nas mãos. – posso te ajudar a se secar...

– Não. Não preciso de ajuda.

Adam a soltou e estalou a língua em sinal de irritação. Estava fazendo aquilo para provocá-lo? Por que se fosse estava a conseguir. Ele puxou a toalha com veemência e sem mais nem menos, começou a deslizá-la pelo corpo de Violetta que se eriçava.

– A-adam eu posso fazer isso sozinha... – Violetta disse corada, afastando-se.

– Que pena...

Largou-se na cama dela, mexendo nos ursinhos de pelúcia. Se lembrava turvamente o que havia se passado na noite anterior, só sabia que com certeza ela tinha lido; seu amor e desejo não era mais segredo. Soltou um ‘ah’ de vergonha forjada se lembrando do que escrevera, ao passo que Violetta pendurava a toalha novamente.

– Violetta. – Adam disse firmemente – Venha aqui.

– Eu não vou me deitar ai...

– Venha.

Andou até ele com certa insegurança; cruzando uma perna na frente da outra enquanto atravessava o quarto e os braços sobre o busto. Encostou os joelhos na cama, ainda com as bochechas vermelhas. Gritando e apertando os olhos quando ele a puxou derrubando-a na cama, mais por brincadeira. No inicio.

Depois que se deram conta do que acontecia a vermelhidão somente aumentava junto a tremedeira de rio de Violetta. Adam abraçou-a pela cintura e ela retribuiu. Eles não se olhavam nos olhos, parecia uma ótima posição para começar uma conversa complicada.

– O que você sente por mim?

– Eu te amo...

– Como? – Adam perguntou desejando que ela dissesse que o queria e ao mesmo tempo não.

– Não sei como dizer...

– Só fale.

– De uma forma pervertida.

Adam gargalhou e Violetta deu-lhe um chute na perna. Silêncio...

Violetta apertava os braços do irmão e poderia na sua melhor forma pervertida sentir os seus músculos rígidos; durante o tempo em que ele alisava suas costas.

– Deixe ela.

– O que?

– Deixe Celina e fique comigo.

Adam viu seu próprio olhar se desmanchar docemente junto a um sorriso. Soltou-a, e ela foi para trás para que pudesse olhá-lo e dizer-lhe o que queria. Mas não foi preciso; Aproximou seu rosto do dela e voltou, brincando com a vontade espelhada no rosto de sua doce menininha. Foi para mais perto ao ranger da cama e finalmente osculou o seu "centro" de desejo mais forte. Deu-lhe vários selinhos demorados, antes de movimentar os lábios. Ao tempo que a velocidade do beijo aumentava massageava os cabelos molhados de Violetta que o impulsionava pela nuca. Adam a incitou de tal forma a coisa que como ele queria a própria menina começou a usar a língua em movimentos acanhadamente ternos.

Era somente do que ele precisava para afoitar-se subindo em cima dela; Violetta continuou a beijá-lo e Adam não sentia a mínima vontade de parar. As caricias que a língua e mãos gentis de sua irmãzinha lhe passavam eram tão dopantes e boas que se fundiam a com ilusões, ou na verdade sonho de quem desejou por aquele momento por anos a fio. Ele beijava o pescoço dela quando começou a pensou no que estava fazendo; Aquilo era errado e nunca daria certo por muito tempo, era fruto de suas mentes loucas por um amor inaceitável.

Adam parou por uns instantes para ver o que se passava no rosto de Violetta. Com aquela velha mania, roçava o polegar nos lábios da menina que o olhava com toda a meiguice do mundo.

– Me sinto tentado a nunca mais abrir a porta.

– Então não abra. Vamos ficar aqui para sempre. – Ela disse mais rindo do que sorrindo.

Para sempre. Que ridículo.

– O para sempre pode durar até o vôo das cinco. – Adam deixou escapar. Idiota, agora não.

Violetta o olhou com enfurecida, até mesmo antes de compreender totalmente o que ele havia dito. Adam iria embora com aquela velha piadinha do vôo das cinco; Podia até ouvir antecipadamente ele dizer para que ficasse calma, seria apenas um tempo. Com espaço de anos.

– Eu não acredito nisso.

– Violetta eu te disse ontem, isso não vai ser permanente.

– Você está brincando comigo! – disse o empurrando exatamente como havia feito ontem. – Você sempre faz isso.Fala besteiras, depois se reconcilia e volta a repetir.

Adam segurou em suas mãos, mas mesmo assim ela gritava. Passou dentre seus braços e sentou-se na cama encostando as costas na parede fria e lisa. A frustração era tão grande! Sentia vontade de bater nele ate que seus punhos doessem. No fundo sabia que sua volta ao RJ era apenas barramento aos sentimentos que sentia por ela; Não dava certo. Não deu na primeira, não daria na segunda... Mas o manteria afastado. Mesmo sabendo também que ele continuaria a amá-la, que ela precisava dele vice versa.

Em meio a tudo isso culpasse tendo consciência de que ele não fazia bem a Violetta, não a amaria do jeito que esperava e não importa quantas vezes olhasse para ela veria sem a sua menininha, aquela que segurou nos braços com medo, aos 10 anos; Questionava-se na época se perderia seu lugar de destaque na família, seu posto de super-herói. Mas pensou que poderia ser o super-herói de sua própria irmã a protegendo sempre.

Sempre que nunca existiu opaco perto de seu ciúmes e despreocupação e depois para uma coisa que o atormentaria até o fim de sua existência mal vivida.

– Não é fácil para você, muito menos para mim. Mas me diga, com toda a sua sinceridade aonde isso tudo daria?

Ela não respondeu. Encostava a testa nos joelhos tentando raciocinar.

– Responda Violetta. Você entende mesmo parte do que me cerca como irmão mais velho, como homem mais velho? Isso dói mais em mim do que vai doer em você um dia. Tenho certeza que se cortamos isso desde agora você não vai gostar de mim da forma que imagina.

Ele falava olhando para o teto. É como se estivesse andando a fio em um precipício. "Não olhe para baixo." Um vale com cheiro de flor infestava sua mente, a sua queda e declive estariam no vale, nos olhos daquela que foi a única capaz de derrubá-lo com gesto, e lagrimas. Mas como em todo bom filme o protagonista seria fraco; não perderia a oportunidade de talvez ver no invasivos vale de violetas, ele olhou. Olhou para ela. A salvação e a sua ruína, a sua benção e a sua desgraça, a solução e a causa de seus problemas. E viu em meio a sua dor uma pessoa que chorava de amor, por amor. Digamos a verdade, uma não duas.


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Notas finais do capítulo

Preciso saber da opinião de vocês então...obs.: Tem muita coisa pra acontecer, não se avexem. Beijos :3 ♥