Amor De Irmãos escrita por Minori Rose


Capítulo 13
Festa


Notas iniciais do capítulo

Então, vamos lá. Como o cap de hoje tem haver com festa, sugiro Calvin Harris - Sweet Nothing (feat. Florence Welch). A letra é legal e é som de festa, acho. Espero que gostem do capitulo, observem, fatos estão para mudar ;)
Boa leitura.



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Então eu coloco minha fé em algo desconhecido

Estou vivendo à base de sussurros doces e vazios

Mas estou cansada de esperar sem nada para me apegar

Estou vivendo à base de sussurros doces e vazios

E é difícil aprender

E é difícil amar


Estava tudo decorado em total perfeição; os enfeites dourados e brancos cintilavam em conjunto com as finas taças de cristal. Bolos e doces espalhados por toda a extremidade do local davam a impressão de que a comida era infinita. Eletrônica House tocava ao fundo, e vários convidados procuravam um lugar perto do palco do DJ para se sentarem antes da entrada da aniversariante. Agnes rodava o lugar procurando ver satisfação no rosto de todos; Richard tomava mais um drink.


Violetta esperava no fundo do salão tremendo de nervosismo; era muita gente, aquilo lhe causava arrepios. Sem contar que teria de sorrir o tempo inteiro para todos os convidados. Se lhe fosse proporcionado cinco minutos para comer e sentar-se seria muito. Já se sentia cansada, mas feliz, afinal aquilo tudo era para ela. Adam já havia entrado junto a Celina. Thomas estara junto a namorada na porta dos fundos.

– Está pronta? – Ele perguntou beijando-a rapidamente.

– Sim... Chame meu pai, Thomas. Te vejo lá dentro.

Por um momento enquanto ele saia ela se perguntava se o fato de ter beijado Adam seria retrato de traição a Thomas; balançou a cabeça para parar de pensar dessa forma. Não aconteceria novamente. Cerca de dois minutos depois Richard veio agarrando o braço dela e fazendo cócegas no pescoço.

– Pai, você ainda vai me abraçar quando eu for mais velha?

Ele a olhou com um riso estampado no rosto.

– O que é isso? Uma piada? Sua boba é claro que sim.

Violetta sorriu, ajeitando-se pedindo para que abrissem a cortina de divisa. Nem entendia o porquê de ter que entrar depois que todos chegassem, mas que fosse. Desceu as escadas à luz violeta de um holofote em sua frente; “que circo” pensou enquanto tentava identificar os rostos a sua frente. Ao fim desse empecilho, varias pessoas vieram cumprimentá-la, entre muitas, Janaina com a sua cara cínica. Certamente a sua lista de convidados foi para o lixo quando virou as costas.

As primeiras horas da festa se resumiram a presentes e mais presente, foto e mais fotos, e a raiva. Parecia que o fato de Violetta estar ocupada resultou em passe livre para Janaina bater papo com Thomas, e Celina se esfregar em Adam. Admitiu a si mesma que sim, estava com ciúmes e quase se socou ao percebeu que era mais de Adam. Por pouco brigadeiros não voaram “a La face”. O irmão e a coisa – Celina – realmente eram um casal perfeito de aparência. Talvez ela fosse apenas um incomodo.

Deixou esses pensamentos pairarem no ar enquanto pedia uns minutos de descanso a Fernando. Sentou-se na mesma mesa de Adam só para observar; Celina enfiava comida goela a baixo, enquanto Adam a encarava o tempo todo e Violetta fazia o mesmo com um olhar raivoso. Depois de comer alguns salgados, pegou uma taça de champanhe. Antes que pudesse dar o primeiro gole Adam já havia tomado a taça de suas mãos empurrando um copo de suco. Ele mesmo começou a beber...

– Qual é Adam, é só um pouquinho. – ela disse debruçando-se sobre a mesa e esticando a mão.

– Desde quando você bebe esse tipo de coisa? Não é interessante.

– Hmm, nunca bebi. Mas to quero experimentar... Só um pouquinho! – ela falava em tom manhoso deslizando as mãos sobre a planície da mesa até a mão de Adam.

Adam a chamou com a mão, ela foi sentando-se ao seu lado. Levou a taça até a boca de Violetta lascivamente, virando para que bebesse só um pouquinho, ao passo que ela apertava-lhe o braço pedindo mais um pouco. Ela nem gostava de qualquer bebida alcoólica, nunca sentiu vontade de beber, mas quis depois de receber por ele. Era nesse tipo de situação de Adam via o quanto Violetta podia o controlar caso quisesse; e ela queria.

Celina olhava tudo com certo incomodo. Adam simplesmente se esquecia dela quando e enquanto aquela menina desgraçada mantinha-se perto dele. Fernando pediu para que eles se juntassem, e tirou uma foto. Antes de sair cruzou os braços por detrás do pescoço dele, aproveitando do escuro.

– Tem razão Adam, não vi nada de interessante nisso. Faremos um trato, eu não colocarei uma gota de álcool na boca sem a sua permissão. Faça o mesmo quanto a mim.

– Trato feito. – Respondeu sorrindo.


Violetta dançava com Juliana – sua prima autista – ao som de Calvin Harris, quando o narrador da festa pediu atenção para a hora da valsa. Sentiu vontade de correr, o seu lance era Ballet não valsa. Mas não teria como fugir. Parecia que todos fizeram um circulo deixando-a no meio. Quando nós tanto temos medo, as coisas tendem a correr de um jeito bom; foi uma magia só. Violetta só pensou em como dançaria com Adam, mas foi com Thomas que seu mundo girou junto a seus pés; as pessoas ao redor sumiram enquanto um se perdia no brilho dos olhos do outro.


Adam observou tudo, Fernando fotografou cada segundo, e Celina não perderia a oportunidade.

– Eles parecem se gostar... Sem contar que ele é muito bonito.

Ele não respondeu. Violetta não poderia olhá-lo mesmo, já bebia seu terceiro copo depois do ‘trato’.

– Parece que você perdeu a vez Adam.

Olhou tão feio para ela que chegou a assustar. Não precisava de ninguém dizendo o que ele já sabia muito bem; faria de tudo para não ser fraco novamente. Aguentaria firme, a culpa era dele mesmo. Viu sua menina passar pelos braços de duas pessoas das quais não tinha afinidade nenhuma com a maior calma do mundo. Talvez o antigo Adam tivesse voltado... Violetta vibrou ganhando um anel de brilhante do pai, a jóia mais linda que já viu.

Na hora dos parabéns, com um bolo de três andares glacê branco e flores violetas, a aniversariante dedicou o primeiro pedaço a si mesma – melhor soar egoísta do que ingrata –. Enquanto o pessoal dançava, ela se preparava para trocar de roupa e Adam foi para os fundos, fumar um pouco. Violetta sentiu a sua falta, foi à procura dele com uma fatia nas mãos; se ele tivesse ido embora o mataria, sem duvida. Depois de rodar o lugar finalmente o encontrou, mas não estava sozinho.

A menina andou pelos jardins dos fundos lentamente, ouviu alguns barulhos e logo viu a cena. Adam e Celina se pegavam sem o menor pudor; o péssimo cumpridor de promessas já estava bêbado se entregando totalmente enquanto passava às mãos nas costas da namorada, que por sua vez grudava nele como se fosse chiclete. Violetta horrorizou-se com o que viu; não soube explicar por que, mas seu sangue ferveu. Apertava os olhos para espantar as lagrimas – pensou que tivesse parado de ser chorona – e saiu correndo tropeçando-nos próprios pés.

Como ele pode tratá-la daquele jeito “diferente” pra depois se atracar com aquela idiota. Mesmo que ela não fosse o problema queria matá-la por poder ter Adam a dispor enquanto Violetta tinha de minimizar-se a pensamentos perversos. Naquele tipo de momento daria o sangue para não ser uma Barizon. Sangue aquele que a condenava a queimar nas chamas de tormenta e amores supérfluos. Avisou a qualquer pessoa que iria até em casa mudar de roupa; desembestou-se pelas ruas do condomínio e quando já estava cansada de correr se sentou em uma das calçadas daquelas casas enormes.

Como ela podia ser tão egoísta? Tinha um namorado perfeito, uma melhor amiga incrível, uma casa esplendida, uma festa conto de fadas, um pai maneiro, uma mãe, e uma porcaria de irmão. Droga! Já havia se esquecido da maquiagem, esfregava as palmas das mãos nos olhos borrando a maquiagem – falta de costume –. Alguém se aproximou assustando-a. Se não fosse o bastante era a mulher que a perseguia dias atrás. Pensou que devia sair correndo, mas suas pernas não se mexeram e além do mais, aquilo era um condomínio, se ela entrou, era de confiança. Pelo menos torceu para que fosse. A mulher se sentou ao lado dela

– Quem é você? - Violetta perguntou apertando a roupa. (mania?)

– Vim visitar uma pessoa que mora nesse condomínio. Estava indo embora quando a vi chorando, parecendo uma noivinha jovem abandonada no altar.

– Não sou uma noiva, sou uma debutante. Menos mau não é?

A mulher balançou a cabeça dizendo que sim.

– Ainda não me disse quem você é...

– Sou Shirley, – disse estendendo e apertando a mão da garota – você é? – perguntou com um sorriso mesmo já sabendo da resposta.

– Violetta, Violetta Barizon - ela disse orgulhosa.

– Violetta, bonito nome, é diferente.

– Minha mãe - o coração de Shirley pulou - ama violetas, pelo menos na época que eu nasci ela era apaixonada por flores.

– Hmm... - Shirley expressou enquanto puxava assunto para ela não ir embora – Você é muito bonita Violetta.

Ela riu. Lembrou-se de Fernando.

– Muito obrigada Shirley.

Silêncio.

– Sabe, acho que debutante tem que estar na própria festa.

– Eu preciso por o segundo traje, mas não me importaria de ficar aqui.

Quando ainda terminava a frase Meiko vinha correndo, com seu cabelo liso no rosto.

– Meu Deus Violetta! To te procurando faz tempo. Sua mãe está uma fera! Mandou você parar de enrrolação e andar logo...

A aniversariante fez bico. As outras duas riram. Shirley queria apertar o botão de pause e congelar aquele momento. Meiko estava pronta parar fazer um questionário sobre a mulher loira, mas Violetta não deu tempo.

– Vocês me ajudam a me arrumar?! Estou um bagaço...

– Vamos amiga.

– Shirley se quiser pode vir também.

Ela pensou se devia. E se alguém aparecesse? No final das contas já se encontrava na casa dos Barizon, dando um jeito nos cabelos loiros de Violetta. Shirley soltou, fazendo uns cachos com os dedos, enquanto Meiko passava maquiagem na amiga. Ela já havia trocado de roupa, vestia um vestido mais curto, talvez um tanto curto demais, da mesma cor que o primeiro e um pouco mais brilhante.

Quando já havia acabado Violetta disse que escolheria um sapato, com a ajuda de Shirley procurava um mais baixo. Meiko revirava os presentes, curiosa como era. Olhou uma bonequinha de pano fofa, uma blusa, remexeu a cama inteirinha até encontrar uma agenda.

– Olha Violetta, uma agenda com seu nome e uma outra coisa muito linda... Oh meu Deus! Olha essa pulseira. - ela gritava à medida que tirava o embrulho do segundo presente.

– Mas o que você está fazendo? Oh meu Deus, isso não é o que estou pensando!

– É! Uma pulseira com brilhante de coração!

– Não é isso sua idiota! Me dá a agenda!

– Toma essa coisa!

Violetta segurou a coisa como se fosse a maior das jóias. Seus olhos se marejaram de emoção! Só Adam poderia ter deixado isso ali. Era a resposta pra suas perguntas?

– Vocês poderiam sair? Só um minutinho, já estou descendo.

– Ah, mas, eu não terminei de ver!

– Meiko! Você vê depois, por favor, saia. – ela disse calma, fintando a agenda.

– A pulseira estava junto... – Meiko entregou a ela antes de sair.

Esquece o que eu havia dito sobre a jóia mais bonita ser o anel. Nada se comparava a pulseira! Corações a rodeavam em ouro amarelo, ela quase chorou. Abriu o seu presente mais precioso tremendo... E começou a ler. “Há tempos penso em escrever o que aqui vai ser posto. Nada mais do que do que meu amor indeciso por minha menina Violetta. A quem não compreende pode parecer estranho, e é, mas escrevo isso para você Adam moralista o porquê de ser assim. Eu a amo mais do que a mim mesmo, nunca se importei com alguém como me importo com ela, e nunca vou... Até aqui parece solúvel, Amor de Irmãos é o que parece. Mas só parece. A minha loirinha não é minha irmã; não nos meus pensamentos não no calor do meu corpo; não quando eu deixo de dormir para pensar nela e não quando eu me satisfaço com alguém pensando ser a minha menina [...] Que Adam moralista assumisse total forma, ah como isso é desejado. Mas você só aparece enquanto penso nela, por que não assume o posto e tome conta de minha dor? É difícil, eu sei. Ah, mas calma isso é café pequeno perto da dificuldade que tenho em parar de sentir libido ao pensar nela. Aqui vou chamá-la de "minha", antes de qualquer coisa. Aqueles cabelos loiros me matam, não mais do que aqueles olhos que me lêem ou aquela boca rosada da qual desejo. Não mais do que ela por inteira..."

Enquanto Violetta se deliciava com as palavras de Adam, ele já tinha dado um perdido em Celina. A sua parte sóbria procurava por Violetta, tendo que recorrer a Meiko para achá-la. Ela disse sem pensar muito, e então ele foi até em casa, torcendo do fundo de seu coração embriagado que ela tenha seguido a porcaria do script e não tenha lido a coisa do demônio antes da hora. Abriu a porta de seu antigo lar, andou pela sala desviando olhar do uísque ao canto do local. "Subo? Não! O que eu to fazendo aqui, volte, merda!".

Meio que andou até a porta, cambaleando. Violetta ouviu uns barulhos no andar de baixo – ele derrubou um porta- retrato – empurrou a agenda para debaixo da cama, e espiou quem era; portava a pulseira no braço e olhou para ela antes de agir por impulso.

–Adam! – Violetta gritou do topo da escada, fazendo-o se virar brutalmente.

Ela abria os braços, como se sugerisse que queria ir para os braços dele sem medo nenhum.

– Pegue sua mocinha no colo.


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Notas finais do capítulo

Estive pensando, querem um capitulo extra somente sore o conteúdo da agenda? Vai ser interessante, digam aqui nos coments.
e é isso ai, beijos :3