Conflitos Silenciosos escrita por Just a girl


Capítulo 3
Olhares...


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo não está muito grande, porém acho que está com muito conteúdo e interessante.
Espero que estejam gostando :3
Boa leitura ^.^



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Olhares incessantes...

Como disse anteriormente, eu e Camille nos olhamos muito durante as aulas e eu disse que explicaria, para começo de explicação, não sabemos como isso tudo começou, simplesmente começou e como nós não conversamos, somente quando estamos no mesmo grupo, então não falamos sobre esses olhares. Mas eles acontecem, sempre... Num silêncio misterioso... Mas vamos à explicação desses ocorridos.

Sempre que eu olhava na direção dela, a pegava olhando pra mim e então desviávamos nossos olhares rapidamente. Era muito frequente isso. Muitas vezes durante as aulas quando eu olhava sem querer pro lado onde ela estava, nossos olhares se encontravam. Isso era meio constrangedor, mas acontecia muitas vezes, todos os dias...

Os olhares dela são indecifráveis, não consegui enxergar se eram enraivecidos, sarcásticos, desdenhosos ou até mesmo afetuosos. Quando nossos olhos se encontravam, ao mesmo tempo que eu me sentia repreendida, me sentia compreendida.

Me pergunto por vezes onde está o nosso ódio nesses momentos... exposto em nossos olhares? Não creio. Guardado por trás da cortina secreta de nossos olhares? Não sei... Nem eu entendo o que acontece quando nos olhamos, sei que não e ruim... É confuso.

Algo interessante também, é que não é só eu que me sinto constrangida, estranha, com isso, porque quando ocorre tais encontros visuais ela também fica sem graça e desvia o olhar. Por vezes ela fixa seus olhos nos meus até que eu desvie.

No instante em que nos olhamos, parece que não há nenhum conflito entre nós, como se nos entendêssemos por olhares, como se nos rendêssemos, como se aquilo fosse uma fuga do que mostramos ser uma para a outra, se é que me deixei clara. Deixe-me explicar melhor, é como se quando nos olhamos somos simplesmente o que realmente somos, como se deixássemos nossas essências expostas. Por mais que os olhares de Camille fossem tão secretos.

Talvez seja por tal exposição de nós mesmas, que tentamos fugir de tais encontros de olhares, porém uma força nos puxa, como se houvesse um imã em nossos olhos. E algo que já faz parte de nossos dias.

Não sei dizer exatamente se gostamos ou não desses olhares, mas posso dizer por mim, que é interessante a intensidade e o seus efeitos.

Não creio que meus olhares sejam indecifráveis como os de Camille, devido a força que sinto nos olhares dela, sinto como se ela me decodificasse...Mas não sei ao certo.

Eu tenho um lugar fixo na sala, sempre sento na frente, na mesma carteira, todos os dias. Já Camille não, ela nunca tem um lugar fixo, as vezes fica no mesmo canto, mas não na mesma carteira. E mesmo assim, sempre estávamos numa linha perfeita, sempre nossos olhos se encontravam. Até mesmo quando ela se sentava atrás de mim ou na mesma fileira. Era impressionante.

Acho que ainda não houve nenhum dia que não nos olhássemos nas aulas. É, realmente não houve ainda nenhum dia de aula que não acontecesse isso. Isso é engraçado e estranho ao mesmo tempo.

Caro leitor, não sei se com essa narrativa consegui explicar o poder de nossos olhares, mas acredite, são fortíssimos, talvez, se não me fiz entender deve ser pelo fato de ser um momento tão intensamente perfeito que não sei como explica-lo em palavras. É algo que mexe comigo!

Podem me chamar de louca por dar tanto significado a olhares, mas é porque eles têm, de fato, importância. Quando a vejo conversando com outras pessoas o olhar dela e totalmente diferente, ainda não sei como explicar, é como se não tivesse nenhuma intensidade, nenhum código, nada por trás do fato de simplesmente enxergar. Aqueles pequenos olhos castanhos-escuros profundos, me dizem tantas coisas e nada ao mesmo instante.

É engraçado como me sinto ao lembrar dos seus olhos, me sinto... bem...

Ahh aqueles olhos...

Me peguei até desenhando seus olhos no meu caderno. Vale contar a você que gosto muito de desenhar, mas nem meu traço conseguiu chegar próximo da perfeição de nossos olhares.

Mas a ideia de que ela me odeia ainda ronda minha mente, mais forte do que o Bernardo disse... E meu ódio é reciproco.

Agora acho que já podem entender ou ao menos deduzir nossos olhares, mesmo que nem eu o consiga. Citarei ainda mais vezes esses nossos olhares quando os mesmos ocorrerem.

Aiai...

Esses olhos de Camille que quando se encontrar aos meus me transportam para um mundo de paradoxos.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^.^
O que estão achando da fic?
Ate a próxima...



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