Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 65
15 - A Luz da Justiça


Notas iniciais do capítulo

olá, demorei... eu sei, mas aí está
obrigado pelos reviews



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15 – A Luz da Justiça

 

Durante o tempo em que ficou desacordado Percy teve muitas visões. Ele podia vislumbrar cenas de batalha intensas entre guerreiros de armadura completa. Figuras brilhantes circuncavam os céus enevoados e negros. Os deuses. Zeus atirava seus raios, Apolo brilhava como o sol, Ártemis e Atena cortavam os céus em bigas de guerra puxadas por pégasos.

Não era uma batalha atual, mas Percy conhecia os outros. A mesma armadura de ferro estígio, os olhares quase inumanos. Os seguidores de Tártaro, aquela deveria ser a primeira grande batalha contra o primordial.

O mais perturbador era o cenário da guerra. Percy conhecia as montanhas que antes eram brilhantes, as mesmas que ele se lembrava de ver no museu de arte de NY. O garoto pareceu não se espantar com a lembrança, parecia que ela sempre estivera ali, ele só havia se esquecido de como acessá-las.

Aquele era o Monte Olimpo original. O lar original dos deuses.

Algo não estava certo. Os templos estavam destroçados. As praças, destruídas. Percy fixou seu olhar nos olimpianos. Eles já não mais brilhavam, suas armaduras cobertas de lama e rachaduras.

Quando Percy viu a nuvem negra se atirar no céu contra Zeus seus pelos se eriçaram. Tártaro era ainda mais assustador do que no presente. Seu corpo se fazia em fumaça e se recompunha em estado sólido à sua vontade. O senhor do céu não tinha chance. Seus raios o atravessavam direto e Tártaro contra-atacava com sua espada de espíritos da tempestade novamente. Os lábios em forma de sorriso demonstravam a facilidade da luta.

Ele pegou Zeus pelo pescoço e o atirou em direção ao solo.

Houve um estupor de ambos os lados, o rei dos Olimpianos tinha aterrisado numa cratera no chão. Fumaça cobriu todo o campo de batalha.

Após a poeira baixar uma figura estava de pé. Armadura de ferro reluzente, Contracorrente na mão. A expressão mortal no rosto do homem era familiar à Percy. Os olhos penetrantes desprendiam fumaça verde.

Aquele era Perseu. O filho de Zeus.

—Está com medo – sua voz ecoou no silêncio – Sabe que sua derrota está aqui, por isso se empenhou tanto em destruir o Monte Olimpo.

Tártaro não respondeu, ele voou como uma bala na direção de Perseu, a luta era de derreter os olhos.

A cada encontro das lâminas rivais um choque ribombava nos céus. O chão tremia a cada baque. A velocidade era impressionante, eles se moviam rápido suficiente para deixar todos confusos.

Ambos foram arremessados para longe quando levantaram suas mãos para desferir um soco, Percy permaneceu de joelhos com dificuldade.

—Seu veneno será destruído – ele girou Contracorrente nos dedos – Perderá tudo.

A última coisa que Percy ouviu foi o ribombar de um trovão amarelado.

***

Sua mente foi novamente guiada para outro lugar.

Um homem e uma mulher trajados para a batalha andavam por um longo corredor de mármore.

—Tem certeza? – a melhor perguntava ao homem – Roubar dos deuses? É perigoso demais até para você.

—Eles são tolos Pandora – a voz era familiar novamente – Isso esteve aqui o tempo todos debaixo dos narizes deles, e são orgulhosos demais para usar.

O corredor novamente virou à direita, dando lugar a um enorme átrio. Percy reconhecia a praça e as árvores de folhas douradas. Era novamente o Monte Olimpo.

—Essa arma não só vai curar nossos irmãos, como os generais dele, todas as suas forças se desfalecerão do mal. Ela é anterior aos deuses, anterior à esta montanha.

Muitas ninfas observavam os dois andarem através das praças e templos, sempre cochichando e apontando dedos.

Esta visão era bastante diferente da anterior. O Olimpo estava feliz, sem sinal de lutas ou morte. Era um dia perfeitamente comum na montanha com dezenas de deuses.

Um sátiro correndo desesperado veio de encontro a eles. Percy se espantou com sua aparência idêntica à do sátiro Grover, exceto a roupa, este usava uma toga branca.

—Ele sabe – sua voz saiu quase sem som – Perseu, ele...

—Não importa meu caro amigo – ele sorriu de lado – Ele não pode me impedir. Nem mesmo o rei dos Olimpianos.

—Mas ele vai matar você – Grover acompanhou eles por um tempo – E ela.

Pandora não prestava atenção à conversa, mas sorriu desafiadora ao fitar o longe.

—Zeus não está em posição de fazer isso, ele tem medo de mim – Perseu inflou o peito – E ainda assim negligencia a ameaça iminente do primordial. Cada dia que passa mais deuses e heróis se juntam à ele, e mesmo assim nosso rei não se digna nem um pouco a ajudar.

Raios ribombaram no céu. Perseu não se limitou a um sorriso de canto.

—Eu devo ir, até mais Perseu – ele acenou de cabeça – Senhora Pandora.

Ela se virou para Perseu e o encarou com os olhos verdes.

—Está muito confiante – repreendeu – Só porque tem esse poder que Gaia lhe deu não significa que é invencível.

—Mas significa que sou mais forte que eles – ela fechou a cara – E você sabe.

Pandora parou subitamente e colocou o braço no peito de Perseu.

—Olhe.

Mais à frente soldados olimpianos patrulhavam o mercado de Hermes. Eles apontaram para os dois.

—Vamos, temos que despistá-los.

Eles correram por entre as vielas do distrito Hermes e se esconderam em um beco escuro debaixo de uma soleira velha. Os guardas passaram correndo por eles esbravejando em descontentamento.  

—Então, o que é,exatamente, esta arma? – Pandora fitou a poça d’água no chão de pedras enegrecidas.

—É algo que vai libertar nossos irmãos, colocar seus corações à preço, e mostrará a justiça de cada um deles.

—E como vai acontecer isso? - Pandora observava seu reflexo na poça com descontentamento. Os cabelos da deusa estavam desgrenhados e empoeirados.

—Vamos matá-los. E aqueles de coração justo renascerão no bem.

"A Luz Superior nos mostrará os valorosos, e nos trará de volta a esperança levada com os traidores do Olimpo."

—E onde está essa Luz?— ela inclinou a cabeça curiosa.

—No coração da montanha. Precisamos atravessar até o ponto mais oriental da montanha, lá a Pedra de Onfalos nos mostrará o caminho.

—Vamos, precisamos ir rápido – ele olhou para os céus negros – Vem tempestade aí, e eu posso ter irritado mais deuses além de Zeus.

 

***

 

A luz finalmente havia retornado aos olhos de Percy. Ele estava em uma floresta iluminadas por archotes ardendo com chamas azuis.

Ele ergueu o tronco e viu uma clareira logo à frente. Um homem de pele escura estava de joelhos frente à um grande braseiro de bronze.

—Finalmente Perseu Jackson. Veio para a morte.

 


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