Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 64
14 - O Rito do Guerreiro


Notas iniciais do capítulo

eai fiquei bastante tempo sem postar, mas aí está. espero que gostem
deixe reviews por favor



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14 – O Rito do Guerreiro

 

Eles estavam instalados na fortaleza de Nyx como reis. Manjares e manjares de comida estavam à suas bocas todo o tempo e serviçais fantasmagóricos sempre enchiam os cálices com qualquer bebida que pedissem.

Até ali a deusa estava sendo uma boa anfitriã como sempre gostava de lembrar. Ela desejava avidamente saber sobre histórias dos heróis e se maravilhava com sua insignificância mortal.

O templo anti Olimpiano era bem luxuoso. Átrios enormes e salões gigantescos estavam dispostos nas construções gregas que ocupavam toda a beirada da montanha.

Eles estavam num dos mais altos salões do palácio, apenas a alguns andares do templo do gigante.

O salão era oval e bem amplo, com uma abóbada bem lá no alto onde podia-se ver as nuvens negras ribombando raios. Uma boa alternativa para estrelas – pensou Percy. Archotes de labaredas amarelas davam ao salão uma luz agradável. Havia uma sacada na frente do garoto.

Percy se recostava em um sofá estilo egípcio bem confortável. Todas as suas armas estavam no chão ao lado dos coturnos militares. Felizmente Nyx foi bem gentil em lhes dar roupas novas. Percy estava com calças militares camufladas e uma camisa cáqui de botões.

Seus amigos também se recostavam em poltronas e sofás. Luke dormia em um sofá próximo à lareira do salão. Sua expressão era serena, se ignorasse o fato da pele dele estar quase translúcida Percy conseguiria acreditar que ele estava bem.

O garoto girava a caneta entre os dedos impaciente. Uma brisa mexeu com as cortinas de linho da sacada e passou por Percy tomando a forma de uma ninfa do ar negra como a noite.

—A senhora Nyx o aguarda na entrada da ponte.

Ela se desfez em uma brisa no instante em que falou.

Percy tomou ar e inflou os pulmões. Ele se sentou e calçou os corturnos. Era chegada a hora.

Prendeu o cinto de adagas na cintura e o outro cinto no ombro. A adaga cravejada estava na bainha da direita. As duas outras presas horizontalmente na espinha, além de inúmeras outras adagas menores em cintos espalhados pelo seu tórax, ombro e cintura.

Ele não se esqueceu das pistolas flintlock. O coldre axilar se ajustou perfeitamente em suas costas.

Percy andou até a lareira e tocou o ombro de Luke fraternalmente. O garoto se remexeu no sono.

—Eu vou salvá-lo.

Ele prendeu o Arco de Épiro nas costas e se dirigiu para a porta do aposento, mas antes de sair ouviu a voz de Beckendorf.

—Ei, Percy – ele se virou – Acreditamos em você.

O garoto assentiu com a cabeça e saiu da sala.

***

Percy andou absorto por entre as vielas dos templos e passou por incontáveis pátios e escadarias com as mãos nos bolsos.

Os espíritos malignos que transitavam em hordas sempre abriam caminho para o garoto, a aura de energia da luz que envolvia seu corpo fazia as trevas recuarem.

As brisas fumegantes do Tártaro ainda incomodavam a repiração do garoto, ele subiu os olhos até o templo de Órion. Era uma das últimas construções do Anti Olimpo, as nuvens negras se misturavam e espiralavam em torno do templo. Alguns espíritos da tempestade voavam e projetavam sorrisos sinistros para o garoto.

As escadarias de mármore eram intermináveis. A cabeça dele voava por um turbilhão de pensamentos. Luke estava morrendo por sua causa, a guerra estava sendo perdida e ele não fazia ideia de como derrotaria Órion.

A esperança de Percy era forte. Ele era obstinado. Lutaria até seu último suspiro, mesmo sem saber o que o motivava tanto a fazer isso. Haviam os meio-sangues, os deuses, e ela... Annabeth. Mesmo depois de ser atacado pela garota ele não conseguia parar de pensar que deveria salvá-la do mal. De Tártaro. Seu instinto semideus insistia em incomodá-lo e fazê-lo pensar que algo náo estava certo, ela deveria ser a líder do Acampamento, não das forças do senhor dos abismos.

O maior salão da montanha se erguia imponente com portas de concreto colossais. Ele adentrava a motanha, como se fosse embutido. Ele diria que era o Olimpo, mas o mármore negro ornado com pedras preciosas indicava o oposto.

Ele foi insultado por algumas almas amarguradas no caminho até as portas. Os olhos semicerrados e os dedos das mãos em volta da caneta Contracorrente. Era um lugar hostil, Percy tinha que esperar o pior.

Tochas ardendo com fogo grego ardiam em gigantescos candelabros no teto estrelado do salão. Uma queda súbita de temperatura fez pequenas nuvens brancas saírem do nariz do garoto ao respirar. De repente ele sentiu falta da fogueira do Acampamento Meio-Sangue, mesmo que não soubesse o porque.

Uma enorme mesa de madeira lustrosa estava à sua frente. Apenas uma cadeira.

Nyx comia uma uva e olhava fixamente para Percy.

—Está pronto heroi? – ela encarava o garoto como um cãozinho indefeso.

Ele não respondeu. Os dedos apertaram ainda mais a caneta nos bolsos. Nyx riu.

—Não sou eu quem você deve enfrentar. Sou uma boa anfitriã.

—Podemos começar logo? – a impaciência dele divertiu a deusa.

Os olhos negros dela começaram a fumegar. Todo o salão começou a ser tomado por uma névoa roxa que serpenteava por entre os pés de Percy. A mesa flutuou para longe sendo carregada por ninfas negras até desaparecer por uma porta no fundo.

—O rito do guerreiro – ela murmurou com uma voz estridente.

“Para aqueles que desejam o conhecimento da noite é necessário despir-se de tudo. Para compreender os mais nefastos segredos escuros é preciso esquecer-se de si. Esquecer-se de todos. Do seu destino. De sua vida. De sua alma.”

“Para estes que se dispõe aos sacrificíos... Um passo a frente.”

Percy respirou fundo.Colocou as mãos para trás e olhou para baixo. Ali onde ele estava de pé era o unico lugar onde a névoa roxa não cobria. Seu pé direito se postou à frente. Era preciso salvar Luke. Descobrir o segredo do Veneno de Tártaro.

“Muito bem.”

A gargalhada a seguir foi de arrepiar os ossos.

 A névoa roxa começou a tomar a forma de enormes serptentes. Elas estavam vindo na direção de Percy, que tentou desviar. Em vão. Seus pés estavam agarrados no chão. Mãos esqueléticas os seguravam com toda força.

O coração dele falhou uma batida. Quando tentou recorrer a Contracorrente sua mão direita foi presa por um braço esquelético roxo.

Ele estava encurralado. Seria seu fim com certeza.

Quando as serpentes roxas abriram as bocas à sua frente tudo ficou negro.


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