A Repetente escrita por CassieWriter


Capítulo 18
Capítulo 18 - O Cativeiro




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No dia seguinte abri os meus olhos mas preferia ainda estar dormindo ao relembrar o pesadelo que estava vivenciando, senti fortes dores no corpo inteiro, eu já estava presa naquele cativeiro por dois dias, cujos custaram a passar, eu estava cansada, suja, sendo mal alimentada, com saudades de casa, o Jared agora já não era meu único problema. 

-Bom dia princesinha. -Disse um dos sequestradores.

- Bom dia o caralho, quando é que vocês vão me tirar daqui? 

- Quando tivermos ordem. - Disse o outro.

- Ordem de quem? Eu não aguento mais isso. Me deixem sair daqui -Eu disse, fazendo força contra as cordas que me prendiam naquela cadeira. 

- Cala a boca, toma o seu café da manhã! - Disse um deles jogando um prato com ovos fritos em meu colo. 

- Como é que vou comer sem as mãos, filho da puta?

- Deixa que eu te sirvo na boquinha... 

- Prefiro ficar com fome! - Gritei, com nojo daquele homem. 

Ele  olhou para mim sem responder nada, veio em minha direção e desamarrou minhas mãos.

-Come agora. 

Comecei a comer aquela comida ruim, só porque estava com muita fome, mas eu estava com muito nojo daquela comida, daquele lugar e daqueles homens nojentos, terminei de comer, e logo vieram me amarrar.

- Não me amarrem, por favor, não me amarrem! 

- Só deixo com uma condição, lindinha...

- Se for pra fazer algum serviço sexual pode tirar seu cavalinho da chuva.

- Não, porque sabemos que você não iria fazer, queridinha... Quero que você vá naquela salinha ali e prepare um suco para nós, se cumprir isso, deixo você sair lá fora pra tomar um ar, mas claro que com a nossa companhia. 

- Viu, agora me soltem. 

Eles me soltaram e eu fui até a sala que eles haviam me mandando, tinha todos ingredientes para fazer suco, quando terminei e já iria servir, abri uma gaveta e encontrei os soníferos que eles colocavam em minhas bebidas, acabei juntando também com os outros ingredientes do suco e fui servi-los. 

- Vamos ver se isso vai prestar. - Disse o mais alto.

- Só vamos deixar sair se tiver bom... - Disse o outro. 

Servi os dois, ignorei as piadinhas e sentei de volta na cadeira, agora só restava esperar o sonífero fazer efeito. 

- Está bom o suco, gatinha...

- Além de linda, cozinha super bem!

Em menos de meia hora, ali mesmo no chão os dois adormeceram, com muito cuidado para não acordá-los, peguei no bolso de um deles o celular e sai correndo daquele lugar, quando já estava um pouco afastada peguei o celular e disquei o número da minha mãe que eu tinha memorizado. 

- Alô? -Disse a minha mãe com voz de choro. 

- Mãe, me ouve por favor...

- Becca, onde você está? Quer me matar de preocupação?

- Fui sequestrada, estou em uma fazenda, só agora consegui escapar. 

- Sequestrada? Por quem?

- Por dois homens que eu nunca vi, foi mandado por alguém.

- Filha, esse cativeiro é muito distante daqui?

Detalhei onde era o cativeiro para minha mãe, como era cidade pequena, nós sabíamos onde ficava, e eu sabia ir até uma estrada próxima que havia por ali.

- Faz o seguinte, saia dai o mais rápido possível, que mandarei a polícia te buscar e descobrir os sequestradores. 

Corri o mais rápido que pude até a estrada que era cerca de um quilômetro e meio do cativeiro, quando cheguei lá cansada, morrendo de sede, já haviam duas viaturas me esperando, quando me viram aproximar, todos desceram e vieram falar comigo.

- Becca, tudo bom com você? - Perguntou a delegada. 

- Estou muito fraca, pois passei muita fome e sede, fora isso estou bem.

- Eles te machucaram? 

- Não, só me assediaram e me davam bastante sonífero. 

- Estamos indo para lá com a viatura, você volta pra casa com a Delegada na outra viatura. 

Eles entraram na viatura e foram em direção do cativeiro, entrei na outra viatura com a Delegada e ela foi o caminho todo me interrogando. Ela me levou até em casa, quando cheguei lá fiquei surpresa com o que eu vi, o meu pai estava lá junto com a minha mãe, a Jessica, a Vic e alguns familiares que eu não via há bastante tempo.  Minha mãe veio correndo em minha direção e me deu um abraço demorado. 

- Eu te amo, Becca!

- Eu te amo, Mãe.

A Vic também veio em minha direção, chorando me abraçou e disse que estava com saudades de mim e que eu havia emagrecido. Meu pai, que não me abraçava a bastante tempo e não era mais presente em minha vida, disse que me amava, me emocionei. Até vaca da Jessica me tratou bem, no fundo, eu gostava dela e ela gostava de mim. 

- Becca, você está imunda, tome um banho que vamos te levar no hospital. 

- Hospital? Estou bem, Mãe.

- Não, você não está bem, está abatida, e mais magra. 

- Viu, Mãe... 

Me despedi de todos e entrei no meu quarto, lá havia um pacote embrulhado escrito "Becca" com letras bem desenhadas, abri e tinha uma caixa de chocolates e um cartão.

 "Soube do que aconteceu, espero que você esteja segura neste momento. Eu te amo, Becca!"

E como sempre, não havia assinatura. Será que era o Jared? Parei de ficar pensando besteiras, fui ao banheiro e tomei um longo banho, era como se mesmo depois do banho eu ainda estivesse suja, suja daquele lugar, e daqueles homens nojentos, eu só queria que tudo ficasse bem, eu queria que minha família fosse "perfeita" apesar dos defeitos, queria esquecer de todo esse pesadelo, e queria que o Jared estivesse ao meu lado, me apoiando, correspondendo o amor que eu sinto.


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Notas finais do capítulo

Emoções finais, o próximo capítulo é o último, e então, o que acharam? Beijos!