BêêêêêêêÊÊn!. O sinal tocou e todos nós sentamos.

O professor gostoso entrou acompanhado de uma aluna, Sofia. Acho que ela tava pegando ele.

Sortuda!!!

A aula começou e eu quase babava toda vez que ele passava por mim. Realmente a Sofia estava com ele, pois ela passava toda hora na frente dele e o mesmo quase a comia com os olhos. Ela dava beijos nas bochechas dele quando ia perguntar alguma coisa. Maldita!

O sinal tocou, ainda bem pois não estava aguentando mais a melação dos dois. Não entendia porque ele gostava dela. Ok, ela tem uma bunda enorme, mas é só isso!

Me encaminhei para o refeitório e me sentei co meus amigos:

Thalia: minha melhor amiga punk. Ela tem cabelos repicados com mechas azuis.

Connor e Travis: são irmãos gêmeos. Têm cabelos cacheados e castanhos, olhis caramelo, são altos e são muito engraçados.

Silena: morena de olhos azuis, extremamente pati! Ela é super fresca, mas gente boa....

Chales: namorado da Silena. Um cara alto, forte, negro é muito carinhoso, com a Silena.

Essa é a minha turma. Somos os diferentes. Nem populares, nem excluídos, somos os diferentes.

Comi meu lanche tranquilamente. Estava indo até o lixo jogar papeis fora quando sinto algo molhado em minha camiseta, suco.

Virei-me para trás e vi aqueles par de olhos que assombravam os meus pesadelos.

Par de olhos azuis celeste. Os olhos de Calipso.

- Ai... desculpe. Foi sem querer- disse a vagabunda- Mas pensando melhor, sua blusa ficou melhor assim.

Eu estava com uma blusa branca e ela derramou suco de morango em mim!

-  Você tem o que na cabeça? Porque cérebro que não é!- falei irritada.

- Ui! Ficou bravinha, foi? Vou chamar o papai para te defender!- disse ela.

- Você é uma IDIOTA! Puta! Só por que eu não tenho pai não precisa ficar me humilhando! Sua vagabunda.

A loira pulou em cima de mim! Puxando meu cabelo violentamente.

-CHEGA!- gritou alguém.

Levantei-me e dei de cara com o diretor e sua cara feia.

- As duas, para minha sala. AGORA!- gritou ele.

Encaminhei-me para a sala dele, toda suja de suco e de comida, que infelizmente eu cai em cima.

O diretor fechou a porta e se virou para nós com uma cara furiosa.

Ele era um homem baixo, gordo e careca. Uma figura até engraçada de se ver.

- Quem começa a falar?- perguntou ele.

-Eu. Ela. É. Sou. Não. Uma. Não. Acredite. Em. mim!- nós duas falamos ao mesmo tempo.

- Basta!- nós nos calamos- Hoje as duas vão ficar na detenção. E vão ficar encarregadas de limpar, deixar totalmente brilhante, a quadra de basquete. Depois do treino. Entediaram?

- Sim- falamos em uni soro.

Saímos da sala em silencio e nos dirigimos a nossas aulas. Antes de me separar dela falei:

- Lembre-se que isso é culpa sua!

__________________________==____________-

L a estava eu, parada no meio da quadra com um balde gigante e um rodo. A maldita Calipso não havia aparecido ainda. Então de repente recebi uma mensagem.

“Amorzinho, meu vovô esta no hospital. Então não posso ir ai te ajudar.... Im Sorry.

Bjs Cali

Aquela vadia! Me deixou sozinha! Sobrou tudo para mim...

Comecei a limpar a maldita quadra que estava com cheiro de suor dos idiotas do time de basquete.

Fazia 15 minutos que já estava naquela tortura. Estava suando muito, pois realmente, essa quadra é bem quente.

Olhei ao redor e percebi que não tinha ninguém então arranquei aquela blusa ensopada de suor, ficando de tope. Foi um grande alivio!

Joguei água na quadra inteira e comecei a passar o produto de limpeza, quando escuto alguém dizer:

- Nossa! Não imaginava que você tinha esse corpão!

Olhei párea mim mesma e vi que estava com um shorts completamente molhado, um tope branco que  estava transparente e os cabelos meio molhados. MERDA!

Virei-me para trás e me deparei com ninguém menos, ninguém mais que meu querido, queridíssimo.... Primo!!

- O que você esta fazendo aqui, idiota?- falei procurando minha camisa.

- Eu estava tomando banho... Mas acho que vou precisar de outro- disse ele com uma cara maliciosa.

Eu estava morrendo de vergonha, raiva e não achava a maldita camiseta!

- Cadê minha camiseta caralho!- disse a mim mesma.

Percy riu. Mas eu não dei importância.

- É isso aqui que você esta procurando priminha?

Me virei, e lá estava minha blusa azul nas mãos daquele nojento.

-Percy... Me da...!

- Não- fez cara pensadora- estou gostando de te ver assim.

- Percy me dá!! Eu sou sua prima!!

- Mas nem por isso eu não posso te achar gostosa. E você realmente é!

- Percy eu vou gritar, me da logo!

Ele foi andando em minha direção calmamente. E pensei : Me fudi!

A cada passo que ele dava eu dava um para trás. Um momento ele começou a rir e jogou a camisa para mim.

- Pronto! Estão satisfeitos?- disse Percy se virando com os braços para cima.

Não entendia nada, até que os seus amigos apareceram. Era tudo uma aposta.

- Eu disse que ela não era fácil e não ia ceder. Conheço a prima que tenho. - ele disse.

Vesti minha camiseta e fui embora dali. Andei pelos corredores vazios da escola quando comecei  a escutar múrmuros, vindos da sala 4.

Aproximei-me da sala e percebi que eram sons  de beijos. Olhei pelo vidrinho e me surpreendi com o que vi. Calipso aos beijos com o jogador de basquete, Jack. Tadinho do Percy... esquece eu não consigo sentir pena dele.

Continuei andando. Entrei no banheiro e tentei me secar com uma quantidade imensa de papel. Não deu muito certo, o papel grudava na camisa molhada e se despedaçava, mas tudo bem.

Ouvi alguém entrar e me meti em um dos boxes do banheiro.

-Ele não vai ficar sabendo. Fique tranquila – disse Calipso.

- Mas agora ele tem um par de chifres na cabeça, qual é Cali!- disse uma voz que não reconheci.

- Relaxe linda. Se for por mim, Percy nunca vai saber dos pares de chifres que ele tem plantado.

Nossa! Então significa que a vaca já havia traído o idiota mais vezes? Que do! Hahaha.

Sem querer eu deixei meu celular cair no chão, fazendo um barulho desgraçado!

- Quem esta ai!?- perguntou Calipso.

Pronto, estava ferrada! Conseguia a ouvir chutando as cabines. Destranquei a minha e continuei quieta.

Quando ouvi que ela já havia chutado a cabine ao meu lado e já estava vindo para a minha. Passei por baixo do vão e fui para a cabine do lado, onde ela já havia chutado.

Tranquei-me lá e continuei quietinha.

- Não tem ninguém aqui! Vamos!- disse a voz.

UFA! Havia me livrado!