No Rules escrita por drê


Capítulo 4
As consequências


Notas iniciais do capítulo

Para tudo há consequência..



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Encarava a garota com um sorriso no rosto, esperando que ela segurasse minha mão.

– Você não vem? - apressei, já nervoso.

– Como posso confiar em você? - sorriu, guardando o celular dentro da pequena bolsa que carregava.

– Vai de você. Se quiser se livrar do que te atormenta, pegue minha mão. Se não quiser, me diga e vou embora. E você nunca mais me verá.

Ela pensou um pouco e por fim, senti o toque de sua delicada mão na minha. Eu sorri, gratificado por sua atitude. Levantei minha mão, levantando a dela junto. Ela sorria olhando para baixo enquanto caminhávamos. Chegamos perto da porta, soltei a mão dela e abri a porta para que ela pudesse passar. Ela foi e eu segui logo atrás.

Uma música animada da Jessie J tocava. Passamos no bar e peguei uma bebida pra ela. Ela aceitou na boa, e eu aconselhei que ela bebesse em um gole só. Ela ficou encolhida, mas aceitou. Bebeu. Fomos dançar. Ela parecia envergonhada, mas aos poucos foi se soltando, e quando percebemos estávamos dançando a quinta música juntos.

Olhei para a escada e avistei Stanley descendo. A princípio, achei que ele havia me visto, mas não. Ele seguia junto de uma menina, para o lugar onde eu estava. Procurei por Tyler, e cutuquei ele.

– Acho melhor sairmos daqui. - apontei para Stanley. Ele se despedir da garota com quem estava. Parei na frente da menina que eu havia tirado do banco e falei, apressado: - Olha, me diverti muito com você, espero que a tenha ajudado. Mas preciso ir.

– Vamos, Nate. - foi a vez de Tyler me apressar.

Beijei a garota no rosto, e ela ficou paralisada sem saber o que fazer.

– Meu nome é Nathan. E desculpas sair desse jeito. - quando percebi Tyler estava me empurrando, e quando olhei ao redor, Stanley estava mais próximo.

Fomos direto para a porta da frente. Havia um casal no amasso, ali mesmo, atrás da porta.

– Megan? - encarei para ver se era. Olhei para Tyler e ele acenou com a cabeça, confirmando. - Desculpa aí, amigão. - falei ao rapaz, e peguei Megan pela cintura.

Tyler abriu a porta e nós saímos de disparada. Pegamos nossas coisas que havíamos deixado do lado de fora, e subimos a rua que tínhamos descido antes.

– Ei, o que aconteceu? Por que essa euforia? - Megan perguntou, sem entender nada.

– Stanley estava descendo, e ia complicar continuar na festa. - Tyler explicou.

– Ah.. Só porque estava me divertindo. - resmungou Megan.

– É, nós percebemos. - tirei sarro. Logo ri. - Mas tava na hora mesmo. - olhei pro meu relógio. - Aí, são três horas da manhã já.

Eles me olharam espantados. É, o tempo havia passado e nem tínhamos percebido. O jeito era ir pra casa, e dormir. Nós três morávamos muito próximo um do outro. O meu prédio ficava no meio. A casa de Tyler logo na esquina, e a de Meg na outra esquina. E por isso, seguimos nosso rumo. Cheguei em casa, e fui direto para a cama. Aquela noite havia acabado comigo.

***

Já se passara uma semana desde a última festa do Stanley que invadimos. Era sábado novamente, e eu estava em uma conferência importantíssima da minha mãe, para sua fábrica de perfumes. Estava vestido com o melhor blazer que minha mãe já havia encomendado. Assim como Arthur também estava.

Nós estávamos em um museu de arte, onde minha mãe iria apresentar sua nova fragrância. Não era importante pra mim, e nem para Arthur, mas como ela pediu, nós viemos. Eram quase quatro da tarde e eu estava achando aquilo um saco. Arthur já foi paquerar alguma filhinha de mamãe.

Segui até um dos quadros do museu, fiquei encarando uma obra de arte de Picasso. Estava com uma taça de champagne nas mãos, e levantei-a quando minha mãe acenou pra mim. Fiquei ali parado, sem nada para fazer. Quando percebo uma garota muito elegante entrar no museu.

Era linda. E usava um vestido num tom marrom, que caía super bem em seu corpo. Enquanto bebia meu champagne, eu a observava. Avistei ela se aproximando de mim. Fiquei nervoso, será que estava olhando demais pra ela? Tentei desviar o olhar, mas ela veio falar comigo.

– Nathan? - ela falou, franzindo a sobrancelha e sorrindo.

– Desculpa.. Mas nos conhecemos? - respondi, meio sem graça.

– Sabia que não iria lembrar de mim. Homens são assim. - falou, soltando um riso.

Oh.. Deus, esses olhos. Esse cabelo, essa boca carnuda. E essa cor parecendo bronze! Estava me excitando quando me segurei.

– Ah!! Claro. Me desculpa. Estou meio perdido aqui hoje. Você sabe.. Não é muito minha rotina. - falei. - Você é a garota da festa do Stanley, não é?

– Isso. - ela riu. Seu sorriso era maravilhoso. - Me chamo Katherine. - ela esticou a mão pra me cumprimentar. Eu a apertei.

– Muito prazer, Kate. Bem, sou Nathan. - ri, sem graça. - E então, como você está? Te ajudei naquele dia?

– É, ajudou sim. - sorriu, ajeitando o cabelo para trás da orelha. - Eu estava com alguns problemas, e você realmente me fez esquecer de tudo.

– Eu disse que era fácil. - dei o melhor sorriso que podia, e bebi mais um gole de meu champagne. - E quero lhe pedir desculpas por sair daquela maneira.

– Mas me conte, por que saiu correndo? Achei que você tinha visto um fantasma. - ela riu.

– Não. - ri. - É porque eu e Stanley não somos muito companheiros, sabe? E quando tem essas festas dele, ele meio que não me convida. Entende? Aí eu dou um jeitinho de entrar. E quando ele resolve aparecer.. Eu tenho que escapar. - soltei um riso.

– Jeitinho Nathan de ser. - falou. - Mas então, se aqui não é muito sua rotina.. O que faz aqui? - riu.

– Bem, Madeleine é a minha mãe. - sorri. - E ela pediu que eu viesse hoje, e aqui estou eu. Mas vou te contar, isso tá um porre! Estou de saco cheio disso. - ri. - Mas e você? O que faz aqui?

– Minha mãe é Caroline Hughes. Ela quem criou o perfume KateLine. Uma junção de nossos nomes. Foi a coisa mais bonita que alguém já fez pra mim. - riu. - E eu sei como é, essas coisas são um pé no saco. Odeio vir. Mas venho pela minha mãe.

– Nunca tinha vindo anteriormente. - comentei. - Mas dei sorte. - sorri. Nós ficamos nos olhando por um tempo, e tomei uma atitude que nunca imaginei fazer. - Quer sair? Tomar alguma coisa? Passear?

– Adoraria. - ela sorriu.

Sorri pra ela e disse que já voltava. Fui falar com minha mãe se ela não fosse ficar muito braba de eu sair. Ela olhou pra Kate e apenas acenou que sim, com um sorriso gigante no rosto. É, ela já tinha ganhado minha mãe. Larguei a taça em uma mesa por perto, e segui com Kate para fora do museu. Como estávamos vestidos de uma maneira muito social, convidei ela pra ir até o Burnin Coffe. Adorava essa lanchonete. Era calma e o atendimento era excelente.

– Me fale sofre você. - ela pediu enquanto seguimos até o Burnin.

– Bem.. Sou Nathan. - ri. - Tenho 17 anos, eu estudo na Athena, moro na rua de trás em um prédio cinza. - nos aproximamos de Burnin, eu abri a porta para que ela entrasse e nos sentamos em uma mesa. E continuei: - Tenho um irmão, que é o Arthur, não sei se você viu ele lá no museu e moro sozinho com ele no nosso apartamento no tal prédio cinza.. Enfim, acho que é isso. - sorri. A garçonete se aproximou e pedimos algo para comer e tomar. - Agora você. - falei.

– Sou Kate. - riu. - Acabei de fazer 17 anos, eu estudo no Saint Patricks, eu moro na avenida e moro em um prédio verde. Eu não tenho irmãos, mas tenho uma cachorra chamada Lila. E eu ainda moro com meus pais. - ela riu novamente. - E acho que é isso.

– Acho que não podemos ir na sua casa, então. - sorri, recebendo os pedidos que a garçonete estava trazendo. Agradeci, e voltei minha atenção para Kate.

– Ué, seu irmão está sempre em casa? - ela tomou um gole de seu suco, depois riu.

– Não. - ri, mordendo um pedaço do meu croissant. - Isso quer dizer que você quer ir lá em casa?

– Você quem está tirando suas conclusões, Nate. - riu. - Eu não falei nada, só pedi se seu irmão estava sempre em casa. Quem sabe um dia eu te faça uma visita.

Fiquei observando-a. Meu Deus, como pode encantar tanto assim? Imagina uma mulher dessa no meu apartamento.. Só nós dois.. Ah..



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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. ♥♥



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