No Rules escrita por drê


Capítulo 3
Ato de bondade


Notas iniciais do capítulo

Um pouco de melosidade não faz mal. rs



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A festa do Stanley estava bombando, e isso que era apenas onze horas. Pra começar, nós já havíamos perdido a Megan. Ela já devia ter achado um cara bacana e já devia estar quase transando com ele. As cosias são rápidas hoje em dia. Quando você perceber, já foi.

Eu e Tyler, como fomos com mais calma, decidimos ir dançar. Estava tocando David Guetta e nós simplesmente adorávamos. Era excelente pra distrair e curtir. A batida já entrava na mente, e nós, mesmo sem querermos, começamos nos movimentar. Fomos pra um lugar onde tinha bastante garotas. E lá nos acabamos.

– Ei, você não é Nathan Bukowski? - uma garota com quem eu dançava, perguntou.

– Nossa, estou tão conhecido assim? - perguntei aos risos.

– Não sabe como as garotas falam de você. - comentou.

– Não fala assim, vou acabar me exibindo mais do que devo. - falei.

– Você pode, afinal você é Nathan Bukowski. - ela falou.

Eu sorri pra ela, me sentindo o cara e voltei a dançar junto dela. Ela me instigava e eu dava corda. Ela dançava de um jeito provocante e eu aceitava. Ela era bela, e tinha um corpo muito escultural. Era magrinha, mas tinhas belos dotes. Estava me envolvendo com ela. Quando olhei para o lado, Tyler já estava se divertindo. Eu apenas ri, pois estava adorando tudo aquilo.

A garota continuava a dançar pra mim, e eu apenas correspondia. Até que nos beijamos. Ou melhor, eu beijei ela. Seu beijo não era dos melhores, mas pra começo já estava ótimo. Nós ficamos por um bom tempo, até que eu fiquei com sede, e convidei Tyler – que já estava sozinho – para irmos pegar uma bebida. Larguei a menina, e disse que já voltava. Fomos até a cozinha, onde bartenders estavam trabalhando em um bar que Stanley montou ali mesmo, na cozinha. Pra você ver o nível da festa do cara. Era de outro mundo.

– Quero uma vodca, por favor. - pedi.

– Vou querer wisky. - Tyler pediu o seu. Em pouco minutos, nossos drinques haviam chegados.

Brindamos mais uma vez.

Ao Stanley.

E voltamos a dançar. Na volta, consegui beijar mais duas meninas. Uma melhor que a outra, devo admitir. Eu estava me acabando na festa. Estava excelente. Bem estilo Stanley.

– Veja se não é Nathan Bukowski. - alguém falou. Me virei rápido para ver quem era.

– Trisha! - falei. - Porra, que susto. Achei que era o Stanley. - cumprimentei ela com um beijo no rosto. Ela estava cheirosa, e mais linda do que nunca.

– Com essa voz feminina? - retrucou.

– É que.. bem.. sua voz confunde. - brinquei. Ela me deu um tapa no braço, me chamando de idiota.

– Não vai me cumprimentar, Nate? - ouvi alguém, logo atrás de Trisha, resmungar.

– Cate.. Nem tinha te visto. Desculpa. - falei, logo cumprimentando ela.

– E então, foi convidado finalmente? - Trisha falou.

– Claro que não! Festas do Stanley só entro de penetra mesmo.

– Imaginei. - ela riu. - Veio sozinho?

– Mas como? Eu e meu parceiro, que quando se trata de “entrar nas festas do Stanley sem ser convidado” nós somos os caras. - apontei para Tyler, que estava logo atrás de mim. Se divertindo novamente. Trisha apenas fez um sinal de positivo pra mim e riu.

Conversamos mais um pouco, e depois dançamos. Cate, como sempre, se exibia pra mim. Não dava moral. No começo. Ela era linda, poucos achavam o contrário, e muito me achavam idiota por dispensar alguém com o nível dela. Mas Cate me cansava. Me dava muita moral, e eu não gosto muito disso. Não a toda hora. Prefiro alguém como Trisha, que eu sei que consigo ganhar fácil, mas que evita transparecer isso.

Garota forte, de atitude. Não jogada tipo Cate. Mas sou homem, não posso desperdiçar uma chance dessas. Ainda mais na minha situação.

Me aproximei de Cate, e comecei a dançar com ela. Meu Deus, como era linda. O que tinha de linda, tinha de burra. Sem ofensas, mas era a verdade. Sabia que tinha ela nas mãos, e não foi difícil roubar um beijo dela. Nós ficamos, até que ficamos um bom tempo. Mas estava com vontade de fumar, então fui para o quintal dos fundos. Percebi que Tyler me acompanhava.

Nós contornamos a piscina, e sentamos nessas cadeiras de praia que ficava próximo a piscina, e de frente para a casa. Acendemos nossos cigarros, observando todas as pessoas que estavam ali fora. Havia gente na piscina. Tinha um casal no maior amasso, estavam quase transando dentro da piscina.

– Que selvagem. - comentei.

– Rebeldia. - completou, Tyler.

Passava os olhos por todas as pessoas que estavam ali. Até que vi uma garota sozinha, sentada em um banquinho. Ela mexia em seu celular e parecia muito desanimada com a festa. E eu me perguntava por quê.

– Vai ver brigou com alguém. Namorado, amiga.. Vai entender essas garotas. - Tyler falou.

– Vou lá falar com ela. - me levantei.

– O que? Meu irmão, você pirou. - Tyler se indignou.

– Pirei nada, só quero saber porque que ela está triste.

– E o que tem? Isso passa. E você nem conhece ela, vai se preocupar por que?

– Credo Tyler, que coração hein?! - falei aos risos.

– Tu é muito otário, vai lá falar com a garota enquanto eu pego outras lá dentro. - ele piscou pra mim, deu uma arrumada na sua roupa na maior pinta de galã e seguiu de volta pra festa.

Eu ri, fumando meu cigarro pela última vez. Joguei-o longe e deu uma arrumada na roupa, também. Segui meio sem jeito e calmamente até a garota. Não sei o que me deu, mas eu fui até ela. E sentei ao seu lado, sem falar nada. Ela também não falou nada, continuava a mexer em seu celular. Até que uma hora ela me olhou. Percebi que ficou me encarando, esperando uma resposta minha.

– An.. Posso te ajudar? - franziu a sobrancelha.

– Não.. Quer dizer, tô tentando saber o que você tanto mexe nesse celular. - comentei, olhando-a.

Observei cada canto do rosto dela. Era a garota mais linda que eu havia visto até hoje. Sem brincadeiras. Era realmente linda. Tinha os olhos puxadinhos, o que dizia que era de cultura oriental. Mas era bem pouco, o que dava um charme. E a cor deles eram uma tonalidade marrom, que combinava com sua pele. Sua boca era carnuda. E seu cabelo eram lisos, o que a dava o ar de sua beleza. Tudo nela combinava.

– E por que quer saber disso? - perguntou, soando meio arrogante.

– Nossa.. - arregalei os olhos. - Só queria saber. Mas se estou te incomodando, não me importo de sair. - sorri pra ela, e fui me levantando.

– Não.. Espera. Me desculpa se pareceu arrogante. - suspirou.

– É, pareceu. - falei, sentando-me novamente.

– Desculpa mesmo. Não estou fazendo nada demais no celular, tô mandando mensagens à uma amiga. - sorriu, mas sem vontade.

– E por que?

– Como você é curioso né? Puta merda. - falou. Não me contive e gargalhei. - O que foi? - ela sorriu, dessa vez com vontade.

– Desculpa, o jeito que você falou foi muito engraçado. - recuperei meu estado, enfim voltei a conversar com ela. - Não é curiosidade. Quer dizer, um pouco. Mas é que eu estava lá no fundo e estava observando você. E você tá com uma cara triste pra quem está em uma festa.

– Eu sei. Não queria estar aqui. Coisas acontecem em momentos impróprios. E a gente não pode fazer nada. - falou.

– A vida é assim. Injusta mesmo. E sim, não podemos fazer nada quando essas coisas acontecem. Mas podemos fazer algo que nos traga coisas boas. Nos traga consequências positivas e que nos faça esquecer as coisas negativas. Tipo agora.. Você deveria estar se divertindo, e esquecer tudo o que está te atormentando. - expliquei.

– Não é tão fácil.. - ela baixou a cabeça. Uma mensagem havia chegado pra ela, mas ela ignorou.

– Como não? A festa está depois daquela porta lá. - apontei. - É só você abrir, passar por ela e pronto!

– Você me entendeu. - ela riu, girando os olhos. - A vontade de querer se divertir é a parte mais difícil de “achar” Se eu passar por aquela porta – ela apontou – vai ser a mesma coisa que aqui fora.

– Vai não. É só você querer, que você esquece fácil. Toma um vodca, que tudo resolve. Vai dançar um pouco. Tudo ajuda, é só você querer. - falei.

– Não é fácil. Já disse. É complicado.

Me levantei, suspirei e estiquei a mão até ela. Ela ficou encarando.

– O que? - perguntou, franzindo a sobrancelha.

– Vem.. Vou te mostrar que é fácil. - sorri, esperando ela pegar minha mão.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. ♥♥



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